REDISCO – Revista Eletrônica de Estudos do Discurso e do Corpo
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Published By Universidade Estadual Do Sudoeste Da Bahia/Edicoes Uesb

2316-1213

Author(s):  
Eduardo Miranda ◽  
Vera Follain
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A crítica literária argentina Beatriz Sarlo fez a seguinte constatação, ao retratar, em seu livro Tempo passado, uma sensível mudança na narrativa dos anos 70, a partir da análise de romances que retrataram a ditadura militar daquele país: “As estruturas cederam lugar aos indivíduos”. Com esse diagnóstico, Sarlo mostrou a maneira como a memória solapou a História para que os relatos de tortura chegassem aos seus interlocutores sem o filtro autoritário do Estado. No campo da narrativa cinematográfica no Brasil, essa mudança das estruturas para os indivíduos foi empreendida não sem traumas. Até meados da década de 1960, as esquerdas acreditaram no papel pedagógico do intelectual, traduzida na narração em terceira pessoa, na “voz do saber”. No campo da ficção, entre Deus e o diabo na terra do sol (1964) e Terra em transe (1967), Glauber Rocha transitou de uma perspectiva teleológica da História à desilusão do intelectual com as grandes narrativas. O presente trabalho analisa a mudança do foco narrativo a partir do cotejamento de duas produções, uma filiada ao Cinema Novo – Cinco vezes favela (1961) – e outra em um nicho da produção contemporânea que busca privilegiar as vozes periféricas – 5X favela - agora por nós mesmos (2010). No intervalo entre um filme e outro é possível entrever as distinções do olhar sobre o espaço urbano da favela a partir da perspectiva “de dentro”, testemunhal, bem como a ascensão dessa alteridade


Author(s):  
Robert Moses Pechman
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Rubem Fonseca dialoga com a tragédia em busca de alguma transcendência, para sempre perdida, no cotidiano das grandes cidades, onde a figura do herói não é mais possível, diante da crise contemporânea dos valores. Os personagens vivem numa sociedade em que ao eclipse da ordem do transcendente seguiu-se o eclipse da crença na razão


Author(s):  
Andréa Rodrigues
Keyword(s):  

Este artigo apresenta a análise de algumas formas de discurso produzidas na cidade do Rio de Janeiro: um cartaz e uma faixa, expostos na parte externa de duas escolas públicas, e textos divulgados pela secretaria municipal de educação durante o primeiro semestre de 2017, período em que uma campanha intitulada “Aqui é um lugar de paz” foi lançada em toda a rede municipal de ensino pela gestão pública. Para a nossa pesquisa, formulamos as seguintes questões: De que modo a escola e a secretaria de educação produzem sentidos sobre a questão da violência no Rio de Janeiro? Os textos da campanha promovem um silenciamento dos conflitos nas escolas? Como se produzem deslocamentos em relação aos sentidos propostos pela gestão pública de educação? Pretendemos, assim, em relação às formas do discurso analisadas, compreender os modos de produção de sentidos; discutir os possíveis silenciamentos e deslocamentos; comparar as diferenças de funcionamento discursivo. Tomamos por base a proposta teórica da Análise do Discurso originada na França (Pêcheux e colaboradores) e desenvolvida também no Brasil por Eni Orlandi e pesquisadores por ela formados. Mobilizamos principalmente as noções de cidade como espaço simbólico e de fala desorganizada como um discurso que irrompe onde os sentidos faltam, para pensar de que modo a escola produz significados nesse espaço.


Author(s):  
José Duarte ◽  
Ana Rita Martins ◽  
Nilton Milanez

O Corpo (Fantástico) e o Espaço


Author(s):  
Nassima Kaid

Many writers have shown their preoccupation with and interest in the representation of the fantastic body over the past centuries. The figure of the vampire, werewolves, and zombies keep coming back in those works although today’s monsters are humanized. In Contemporary Young Adult fantasy, readers are presented with characters that usually adapt to the real world. The fantastic body does no more refer to psychosexual dysfunction but generates mainly from socioeconomic and cultural malaise (Badley, 17-18). In other words, the fantastic becomes a virtual reality that symbolizes the changing ‘self’ within the postmodern era though contemporary literature has transcended the actual environment as it copes with technological advancement. Unlike other fantasy fiction, Meyer has focused on traditional fantastic creatures originating in folklores and myths; they are an integral part of the fantastic as they cross lines between natural and supernatural elements. The present paper aims at addressing the representation of body transformations into vampires and werewolves in Stephenie Meyer’s The Twilight Saga. It will evaluate body metamorphosis into vampires and werewolves discovering new dimensions of one’s own identity and personality. It will further demonstrate how Meyer has succeeded in creating her own monsters without untying some of the mythical substratum.


Author(s):  
Roselene De Fátima Coito
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Michel Foucault, ao abordar os usos da História como o uso paródico da realidade, o uso dissociativo da identidade e o uso sacrificial da verdade, leva-nos a refletir sobre o que é a História sob a ótica da genealogia, a qual revela que a origem tal qual se concebe tradicionalmente, ou seja, linearmente, é questionável enquanto uma verdade atribuída por um conhecimento (ou um querer-saber) que percorre a humanidade. Este querer-saber de onde viemos e para onde vamos, tem suscitado reflexões variadas sobre identidade, sobre História e sobre verdade. No entanto, o que é a identidade quando se lhe atribui um caráter genealógico? O filósofo francês, partindo de Nietzsche, propõe dois olhares para esta discussão: a emergência ou o ponto de surgimento como possibilidade de reflexão sobre a origem, cujo termo em alemão é Entestehung, ou o corpo como “superfície de inscrições dos acontecimentos”, cujo termo em alemão é Herkunft. É partindo deste segundo olhar, que discutiremos a coreografia do batuque, uma dança africana, acompanhada de musica, que traz em sua manifestação coreográfica o elemento místico/mágico/fantástico e o canto popular como práticas que instituem e constituem a identidade do africano que veio habitar o Brasil. Podemos dizer que a coreografia desta dança africana revela que o corpo e o canto falam e, que ao falarem, mostram-se numa compreensão de um outro lugar do dispositivo do saber, lugar este que, por não estar calcado numa ciência positivista se institui como a instãncia do místico/mágico/fantástico e que constitui a identidade africana marcada no corpo e na voz, princip


Author(s):  
Igor Gonçalo Furão

Partindo do romance Uma casa na Escuridão (2002), de José Luís Peixoto, este trabalho almeja delinear algumas linhas de reflexão sobre as mudanças que o ataque às torres gémeas do World Trade Center produziram na sociedade/identidade portuguesas.Através da criação de um universo fantástico, no qual se movimentam lado a lado os debilitados habitantes da casa e os “bárbaros” soldados invasores, o romance de Peixoto permite-nos uma abordagem que articula fenomenologia, crítica cultural e crítica literária, dando-nos desta forma acesso a várias camadas hermenêuticas da mudança societal que se opera na passagem de uma sociedade disciplinar para uma sociedade de controlo (Deleuze) dominada pelo medo, até ao modo como o trauma do 11 de Setembro de 2001 se relaciona com uma já traumática identidade portuguesa, herdada do regime salazarista. De modo a articular com maior clareza as referidas camadas da obra, procurarei, num primeiro momento, analisar alguns aspectos a nível formal, nomeadamente, questões de linguagem e a justificação do género fantástico nesta obra; num segundo momento, o enfoque recairá sobretudo sobre a problemática da memória cultural/histórica e os mecanismos através dos quais esta enforma uma matriz identitária portuguesa, a qual, por permanecer agrilhoada ao passado (saudade), outra coisa não vê que escuridão no seu presente (Eduardo Lourenço).


Author(s):  
Redisco Revista Eletrônica de Estudos do Discurs

Expedientes


Author(s):  
Fernando Pinho

No início dos anos 2000 a Prefeitura de Belém apresentou uma proposta de revitalização para uma área específica do centro histórico da cidade, o projeto “Via dos Mercadores”. Com base no texto desse projeto, este artigo faz uma análise sobre como a ideia de crise urbana constituiu o discurso urbanístico ali presente, suas estratégias e seus modos de formulação


Author(s):  
Ivânia Dos Santos Neves ◽  
Ana Shirley Penaforte Cardoso

O tempo e as imagens não podem ser concebidos como homogeneidades, mas sim como construções históricas, imbricados em tramas culturais, envolvidos em relações de poder, intensamente administrados. Neste artigo, vamos analisar duas séries de imagens produzidas pela fotógrafa Cláudia Andujar sobre a história e a cultura do povo indígena Yanomami. Na primeira parte, dedicamos uma atenção especial às quatro possíveis formas de relação da imagem fotográfica com o tempo. Em seguida, para compreender as condições de emergências históricas da série fotográfica “Marcados”, tomamos como referencial teórico-metodológico as discussões sobre biopolítica e necropolítica. Por fim, fizemos uma discussão sobre as diferentes temporalidades apresentadas nas fotografias da série “Sonhos Yanomami”.


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