Cadernos do PET Filosofia
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Published By Universidade Federal Do Piaui

2178-5880

2021 ◽  
Vol 12 (23) ◽  
pp. 114-123
Author(s):  
Amanda Sobrinho Costa

O objetivo deste artigo é apresentar a crítica nietzschiana a moral moderna, tal como descrita na Genealogia da moral. Procuramos ainda destacar a crítica de Habermas a Nietzsche presente na obra: Discurso Filosófico da Modernidade, mais precisamente no capítulo IV “Entrada na Pós-Modernidade: Nietzsche como ponto de inflexão”, onde Habermas discute os aspectos que estruturam o pensamento moderno, colocando a filosofia de Nietzsche como uma ruptura entre o moderno e o pós-moderno. Habermas apresenta a Modernidade como um paradigma, um momento ímpar na história do Ocidente. É no interior da filosofia hegeliana, segundo Habermas, que pela primeira vez se toma consciência no plano conceitual do que seja a Modernidade. Habermas acrescenta ainda que, nem Hegel, nem seus discípulos jamais questionaram as conquistas da Modernidade. Contudo, Nietzsche vislumbra nesta Modernidade a continuação de um mesmo mal: a vida reativa continuaria a triunfar, os valores que vem de baixo continuam a vigorar e os antigos valores metafísicos e negadores da vida que vão determinar as ações. Portanto, aquilo que Nietzsche propõe em sua crítica a modernidade é uma transvaloração dos valores, o que implicaria necessariamente a superação dos valores reativos, pois, só assim seria possível a grandeza na terra.Palavras-chaves: Nietzsche. Habermas. Hegel.  Modernidade. Transvaloração.


2021 ◽  
Vol 12 (23) ◽  
pp. 1-9
Author(s):  
Antonia De Sousa Vieira Soares
Keyword(s):  

O presente trabalho tem como objetivo analisar o fenômeno do Totalitarismo no pensamento da filósofa alemã Hannah Arendt tendo como fio condutor a obra Origem do Totalitarismo (1998). Verificaremos como a filósofa compreende o movimento totalitário e atuação do mesmo para capturar os seres humanos e destituí-los de todos os direitos usando para este fim os mais baixos artifícios, tais como os campos de concentração e o sistema propagandista ficcional. Focalizaremos especificamente no terceiro capítulo da obra supracitada, na qual a pensadora apresenta os horrores das ditaduras e do Totalitarismo revelando a face tenebrosa e cruel do homem.


2021 ◽  
Vol 12 (23) ◽  
pp. I
Author(s):  
José Elielton Sousa

2021 ◽  
Vol 12 (23) ◽  
pp. 40-51
Author(s):  
Ruan Pedro Gonçalves Moraes
Keyword(s):  

O presente artigo tem como proposta analisar as concepções de Andrew Feenberg e de Richard Rorty em suas críticas antiessencialistas. Feenberg tem seu foco numa crítica às posições substantivistas e deterministas das tecnologias. Para ele, as tecnologias não são pré-determinadas por alguma natureza ou essência própria. Sua crítica coloca o modelo atual de produção e desenvolvimento tecnológico enquanto limitado pelos valores exaltados por grupos dominantes e que excluem a multiplicidade de valores em jogo numa sociedade. Já Rorty parte do pragmatismo para realizar uma crítica às teorias de correspondência da verdade e das tentativas de fundamentar representações precisas da realidade. Ele aponta a imaginação, na concepção romântica, como a capacidade humana responsável pelo progresso social e como círculo dentro do qual a razão pode trabalhar. Essa noção de imaginação é, desse modo, o ponto de partida para novos modos do fazer e do desenvolvimento de potencialidades humanas. Este artigo buscou identificar um caminho aproximação entre esses dois autores. Eles concordam quanto à necessidade de ampliação das possibilidades do fazer humano e de que concepções essencialistas limitam nossas potencialidades. A noção de imaginação, como apontada por Rorty, vai ao encontro da defesa de Feenberg pela ampliação do modelo de racionalidade que encaminha o desenvolvimento tecnológico, permitindo a democratização e ampliação das possibilidades humanas.


2021 ◽  
Vol 12 (23) ◽  
pp. 100-113
Author(s):  
Rahra Carvalho Araújo
Keyword(s):  

Este artigo se destina a investigar a concepção do termo solidariedade em Richard Rorty e Axel Honneth, buscando apresentar as possíveis semelhanças e divergências de perspectivas tendo como parâmetro o progresso social. Richard Rorty aponta a solidariedade como uma troca de relações práticas intersubjetivas, sem apegos a tradição metafísica e a epistemologia. O autor nos propõe fugir de qualquer tentativa de fundamentalismos e buscas por verdades absolutas que venham guiar a noção de mundo dos indivíduos e fundamentar suas ações. Tal comportamento limitaria as relações práticas que ocorrem dentro de uma comunidade, atrapalhando o processo de resoluções dos problemas que estão nas práticas sociais, mas que são solapados por buscas de justificativas universalistas. Por outro lado, Axel Honneth defende a solidariedade como uma terceira esfera de reconhecimento, seria a esfera destinada a estima social, comportamento que cada sujeito deveria manifestar a outro indivíduo para haja relações intersubjetivas entre eles. Esta estima é construída levando em consideração a história e as lutas por mudanças sociais, ela é dada como uma esfera de reconhecimento recorrendo a princípios naturalmente humanos, tomando a racionalidade e valores intrinsecamente humanos. O objetivo desse artigo é verificar como cada autor articula suas reflexões sobre o tema. 


2021 ◽  
Vol 12 (23) ◽  
pp. 10-24
Author(s):  
CARLOS JAVIER LOZADA VILLEGAS

Neste ensaio, gostaria de esclarecer, por meio da filosofia de Mayz Vallenilla, a estreita relação que existe entre técnica e alienação, como uma filosofia da técnica que se preocupa com o comportamento do homem, portanto, com sua alienação. Como resultado, este ensaio será dividido em três partes: na primeira seção, será desenvolvido um diálogo entre um historiador e um sociólogo, para construir uma breve história da técnica; na segunda seção apresentarei um diálogo sobre o conceito de alienação entre Marx e Heidegger a partir do pensamento do filósofo venezuelano Mayz Vallenilla e na última seção apresentarei a conexão entre ética e meta-técnica como alternativa atraente à alienação técnica.


2021 ◽  
Vol 12 (23) ◽  
pp. 124-128
Author(s):  
Bartolomeu Dos Santos Costa ◽  
Vanessa Cristina Silva Neco

O texto é o primeiro capítulo da obra Estado pós-democrático: neo-obscurantismo e gestão dos indesejáveis, no qual Rubens Casara, discorre sobre e aponta uma superação do Estado Democrático de Direito pelo Estado Pós-Democrático; faz uma diferenciação entre ambas as noções e aponta o que venha a ser esse Estado Pós-Democrático, assemelhando-o ao neoliberalismo. Esta resenha se propõe a analisar e discorrer sobre as ideias de Rubens Casara nesse texto sobre Estado Democrático de Direito, Estado Pós-Democrático e a relação do modelo Pós-Democrático com o neoliberalismo.


2021 ◽  
Vol 12 (23) ◽  
pp. 71-82
Author(s):  
Eduardo José Lima de Oliveira
Keyword(s):  

O artigo parte do temerário diagnóstico que Jonas faz da visão unilateral do progresso tecnológico, o qual não leva em consideração seus efeitos negativos que podem deixar como herança, a longo prazo, terríveis e irreversíveis sequelas. Tendo em vista a velocidade que acontece esse desenvolvimento e a incapacidade moral dos seres humanos em lidar com esse novo cenário, chamaremos atenção ao rompimento feito por Jonas com o ideal de que toda tecnologia em toda e qualquer circunstância e custo é somente para o bem, e o modo que ele traz o fazer tecnológico para o campo da moralidade. Chamando atenção ao perigo eminente das apostas que são feitas nesse modo de agir, que coloca em risco a possibilidade futura de vida no planeta, no segundo movimento de nosso texto, daremos atenção ao princípio responsabilidade como ponto fulcral da ética jonasiana que visa a garantia futura da vida, seja ela humana ou não, mas que enfrenta dificuldades ao defender a primazia do mau prognóstico de seus efeitos cumulativos. Ao final, será problematizada essa inserção que ele faz, pois Hans Jonas recebe severas críticas ao recorrer ao temor como procedimento heurístico em seu tratado ético, sendo acusado de se opor aos avanços e desenvolvimentos tecnológicos, sua proposta normativa é entendida por alguns como uma aversão ao progresso tecnológico.


2021 ◽  
Vol 12 (23) ◽  
pp. 83-99
Author(s):  
PAULO THIAGO ALVES SOUSA
Keyword(s):  

O presente artigo reflete sobre a ressonância ética e política da teoria crítica da tecnologia de Feenberg na biomedicina, destacando o papel exercido pela chamada cidadania técnica, na compreensão e intervenção da saúde do corpo humano. A partir dessa perspectiva encontra-se desenhada a problematização de uma abordagem bio-ético-política que busca investigar como as tecnologias biomédicas podem estabelecer uma abordagem democrática vinculada à teoria crítica que orienta criticamente a tradução e a implementação tecnológica de projetos biomédicos socialmente engajados. Para cumprir o exposto serão desenvolvidos dois momentos: Primeiro momento apresenta o construtivismo crítico de Feenberg como abordagem filosófica da tecnologia que mais se adequa a uma proposta pragmática de realização democrática da técnica moderna. No segundo momento, partindo de uma interpretação do construtivismo crítico feenbergiano, destaca a articulação bio-ético-política na tecnologia biomédica, com ênfase no cuidado com a saúde do corpo humano. Destaque nesse tópico para o conceito de Medicina ciborgue (adaptado da teoria ciborgue de Donna Haraway) pelo qual o corpo, visto como fusão entre máquina e organismo, personifica o contexto social e político representativo para a intervenção tecnocientífica da biomedicina. Conclui-se que a teoria da cidadania tecnológica pensada por Feenberg possibilita uma reflexão ampla e prolífica sobre a implementação de uma política técnica da participação ativa das pessoas e ética médica humanizada do corpo, valorada pelo cuidado, responsabilidade, respeito e a solidariedade com a vida dos cidadãos, representada por uma reformulação epistemológica e metodológica que conecta o tecnológico aos cuidados sobre a saúde humana. Palavras-chave: Cidadania técnica


2021 ◽  
Vol 12 (23) ◽  
pp. 25-39
Author(s):  
Glaucer Ferreira Silva
Keyword(s):  

Resumo: A presente proposta investigativa tem como escopo pensar o elemento agonístico contido nos primeiros escritos do filósofo alemão Friedrich Nietzsche (1844-1900), a saber: A visão dionisíaca do mundo (1870), Os cinco prefácios para cinco livros não escritos (1872) e O Nascimento da Tragédia (1872); assim como outros textos do autor que se façam necessários. O conceito de ágon como força singular que impulsiona o fazer filosófico é, na filosofia nietzschiana, um termo ímpar, pois propõe rupturas e fissuras no próprio ato de pensar, postura esta, por vezes, extremamente radical com a tradição filosófica: como a ideia de verdade tão cultuada pelos pensadores clássicos da filosofia que encontra em Nietzsche uma leitura diferente. Para tanto, o ágon será tratado como um conceito aberto exatamente por sua natureza polissêmica, eixo de fundamental importância nos escritos nietzschianos de juventude, mas que utilizaremos no sentido de disputa ligada ao embate de ideias. Seguindo esse fio interpretativo, apontaremos para o efeito trágico contido na dicotomia apolíneo/dionisíaco, tão cara ao autor.  


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