Mário Luciano de Mélo Silva Júnior
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Hildenice Ferreira Bernardes Leonídio
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Mariana Montenegro de Melo Lira
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Luciana Cardoso Martins Arraes
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Carlos Eduardo Guimarães Padilha
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Tipo de estudo: relato de caso. Relato de caso: Homem, 42 anos, diagnosticado com aids há dois anos, desenvolveu aumento de volume abdominal há seis meses da admissão. Tomografia computadorizada mostrou líquido livre na cavidade peritoneal, além de linfonodos mesentéricos e esplenomegalia. O líquido ascítico tinha aspecto leitoso e alto nível de triglicerídeos. Após amplo diagnóstico diferencial, diagnosticamos linfoma de Hodgkin tipo celularidade mista por biópsia linfonodal via videolaparoscópica, Ann Arbor IIIS. Quimioterapia e continuação da terapia antirretroviral de alta potência resultaram em ganho de peso e redução do volume abdominal. Ascite quilosa é uma entidade rara, que possui vários diagnósticos diferenciais. Discussão: Em nossa revisão, a maioria (15/18, 83%) dos casos de ascite quilosa em paciente com HIV/aids deveu-se a causa infecciosa (especialmente pelo Mycobacterium avium complex e tuberculose), em pacientes gravemente imunocomprometidos (linfócitos T-CD4 médio=84células/mm3). Até onde sabemos, este é o primeiro caso de ascite quilosa secundária a linfoma de Hodgkin em paciente com aids.