Modelo do Estudo: Experimental. Objetivo(s) do estudo: Analisar o efeito agudo do exercício aeróbio em diferentes intensidades no transporte mucociliar de pacientes com DPOC, bem como investigar possíveis associações do sistema nervoso autônomo nesta resposta. Metodologia: Foram analisados 22 pacientes com DPOC que realizaram avaliação inicial para coleta de dados pessoais e espirometria a fim de avaliar a função pulmonar. Realizou-se um teste progressivo em esteira ergométrica para prescrição do exercício aeróbio. Por fim foram realizadas duas sessões de exercício aeróbio randomizadas em esteira ergométrica com intensidade de 60% e 90% do pico da velocidade atingida no teste incremental (vVO2pico) com pelo menos 24 horas de descanso entre elas. O transporte mucociliar foi avaliado antes e após realização do exercício por meio do teste do tempo de trânsito da sacarina (TTS). A avaliação da modulação autonômica foi realizada por meio da variabilidade da frequência cardíaca (VFC) a qual prosseguiu durante todo o protocolo. Resultados: Os valores obtidos no teste de TTS dos pacientes com DPOC após exercício aeróbio a 60% da vVO2pico (9,08 ± 4,96 minutos) foi menor comparado ao TTS antes do exercício (11,96 ± 6,31; p = 0,005). O que também ocorreu após exercício aeróbio a 90% da vVO2pico (8,90 ± 4,21 minutos) quando comparado ao momento basal (12,94 ± 7,22; p = 0,023). As análises de correlação entre os valores finais de TTS e índices da VFC não apontaram diferenças significativas. Conclusões: Pacientes com DPOC apresentaram aceleração da transportabilidade mucociliar frente a uma sessão de exercício aeróbio. Não foi possível observar associação da modulação autonômica nesta resposta após o exercício