scholarly journals Lendo Zora Hurston: a obra Mules and Men e sua relação com a teoria e a história da antropologia

2021 ◽  
Vol 30 (1) ◽  
pp. e183139
Author(s):  
Telma Bemerguy

Aproximando-me de iniciativas que têm buscado tensionar os processos excludentes que permeiam a fixidez irrepreensível dos cânones antropológicos, nesse ensaio, proponho um caminho alternativo ao quadro de leituras branco e masculino que usualmente caracteriza os primeiros anos de contato com a teoria antropológica na universidade. Apresento uma leitura sobre a obra Mules and Men de Zora Hurston - intelectual negra estadunidense e aluna pouco lembrada de Franz Boas, “pai” da antropologia cultural norte-americana. Partindo da disputa em torno da classificação do livro ao longo do tempo, busco indicar a forma como a obra dialogou com as teorias em voga no período, recuperando eventos e debates que nos permitirão visualizar como o trabalho de Zora Hurston acabou sendo pouco reconhecido pelos antropólogos da época, resultando em um longo período de apagamento de suas contribuições à disciplina.

2017 ◽  
Vol 23 (49) ◽  
pp. 61-88
Author(s):  
Gilmar Rocha ◽  
Sandra Pereira Tosta

Resumo: O processo de constituição da antropologia moderna será marcado por certa concepção e prática de educação cuja importância e significado tentamos destacar nesse breve ensaio. A experiência antropológica de Franz Boas (1858-1942), considerado fundador da tradição norte-americana da antropologia cultural na primeira metade do século XX é exemplar. Boas reuniu em torno de si um conjunto de pessoas, instituições e representações que marcaram indelevelmente a história da antropologia moderna desde então. O objetivo é apresentar algumas contribuições de Boas à luz de sua trajetória intelectual-pedagógica e de suas proposições teórico-metodológicas acerca da educação tendo como foco o campo, o museu e a escola.


Author(s):  
Han F. Vermeulen

Die Geschichte der Ethnologie beginnt für viele erst ab 1860 mit Adolf Bastian in Deutschland und E.B. Tylor in England oder ab 1887 mit Franz Boas in den USA. So kann man es in den Lehrbüchern lesen: Die Wurzeln der Ethnologie liegen im 19. Jahrhundert; in Deutschland fängt die Ethnologie mit Bastian an. Ähnlich wird die Genese der Anthropologie oft mit dem Wirken von Rudolf Virchow in Berlin verbunden. Meine Recherchen haben jedoch ergeben, dass beide Disziplinen bereits im 18. Jahrhundert entstanden sind, und zwar als parallele Entwicklungen in unterschiedlichen Wissensbereichen. Im Vortrag werde ich hierauf Bezug nehmen und zeigen, dass die Ethnographie 1732-1747 im Rahmen der Erforschung Sibiriens von dem Historiker G.F. Müller als eine beschreibende und vergleichende Studie aller Völker hervortrat; dass die Ethnologie 1771-1775 von A.L. Schlözer in Göttingen als eine allgemeine Völkerkunde eingeführt und 1781-1783 von A.F. Kollár in Wien als ethnologia definiert wurde; und dass die Anthropologie als eine "Naturgeschichte des Menschen" durch Linné in den Jahren 1735-1758, durch Buffon von 1749 bis 1777 und durch Blumenbach in den Jahren 1775-1795 herausgebildet wurde. Diese Entwicklungen kann man bis zur Gründung der BGAEU im Jahr 1869 gut nachvollziehen


2011 ◽  
Vol 1 (5) ◽  
pp. 70
Author(s):  
Breno Rodrigo Alencar
Keyword(s):  

O presente texto, uma tradução do livro Anthropology and Modern Life, de Franz Boas, chama a atenção para as discussões suscitadas pelo cenário científico pós II Guerra Mundial, onde biológico e social se confundem na compreensão da realidade cultural européia e norte-americana. O autor, maior expoente da escola histórico-comparativa, mostra que a dedução antropológica surge com a análise da distribuição das características anatômicas, das funções fisiológicas e das reações mentais, que nestes termos são o objeto desta ciência em transformação.


Mana ◽  
2017 ◽  
Vol 23 (3) ◽  
pp. 473-509 ◽  
Author(s):  
Manuel Ferreira Lima Filho

Resumo O artigo versa sobre a construção da “Coleção Karajá William Lipkind” composta por 527 (454 localizados) artefatos do acervo do Setor de Etnologia e Etnografia do Museu Nacional, realizada pelo antropólogo estadunidense William Lipkind. Filho de emigrantes judeus-russos, Lipkind chega ao Brasil num período de eminência da Segunda Guerra Mundial, quando permanece por 14 meses, de 1938 a 1939, entre os Karajá do vale do Araguaia. Sua pesquisa é mediada pela diretora do Museu Nacional, Heloísa Alberto Torres que recebe igualmente outros estudantes da Universidade de Columbia, como Buell Quain, Ruth Landes e Charles Wagley. O estudo dos itinerários da coleção de William Lipkind, entre outros atores e instituições no Brasil e nos Estados Unidos, traz conhecimento novo a respeito da qualificação da própria coleção, da história da antropologia no Brasil e nos Estados Unidos.


2016 ◽  
Vol 51 (3) ◽  
pp. 833-864
Author(s):  
JOHN DAVID SMITH

This essay examines the broad and understudied contributions of pioneer American anthropologist Alexander Francis Chamberlain (1865–1914), who earned America's first PhD in anthropology at Clark University under the legendary anthropologist Franz Boas. Before his untimely death on the eve of World War I, and Boas's rise as a leading scientific spokesman of antiracism at Columbia University, Chamberlain contributed as significantly as Boas to the fields of linguistic and cultural anthropology, cross-cultural psychology, child development, comparative folklore, and Native American and African American culture, and to the cause of equality and justice for all humans. Chamberlain subscribed to an antiracist cultural evolutionism, frequently and passionately condemning ethnocentrism and insisting on the “generic humanity” of all persons, of all races. Close reading of Chamberlain's work suggests not that Boas's work mattered less, but rather that both men participated in an emerging debate on the nature and meaning of race that informed social policy and shaped academic interests during the Progressive Era.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document