scholarly journals Avaliação do conhecimento e do autocuidado de pacientes diabéticos portadores de doenças infecciosas

Author(s):  
Katia Regina Oliveira Azevedo Rocha ◽  
Lusiele Guaraldo ◽  
Patrícia Dias Brito

Objetivo: avaliar o conhecimento e autocuidado dos pacientes diabéticos portadores de doenças infecciosas. Métodos: foi realizado estudo seccional com uma amostra de conveniência de pacientes, em uma unidade de saúde no Rio de Janeiro, com aplicação dos questionários Diabetes Knowledge Scale Questionnaire, Summary of Diabetes Self Care Activities Questionnaire e da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar versão reduzida. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da Instituição, e todos os pacientes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Resultados: foram incluídos 50 participantes, com idade média de 60,8 ± 10,0 anos, sendo a maioria (60%) do gênero feminino, da cor da pele não branca (64%) com diagnóstico de HIV/AIDS (44%) ou doença de Chagas (38%). Metade da amostra apresentou conhecimento suficiente acerca do diabetes, e a pontuação média foi de 8,02. A média de adesão ao autocuidado foi de 4,9 dias, e a situação de insegurança alimentar foi evidenciada em 62% dos pacientes. Conclusão: neste estudo, foram evidenciados um conhecimento limítrofe, uma baixa adesão às atitudes de autocuidado e uma alta prevalência de segurança alimentar, mostrando a importância de inclusão de aspectos socioeconômicos e psicoemocionais no planejamento de ações educativas interdisciplinares para gestão do diabetes.

2010 ◽  
pp. no-no ◽  
Author(s):  
G. S. Collins ◽  
S. Mughal ◽  
A. H. Barnett ◽  
J. Fitzgerald ◽  
C. E. Lloyd

2011 ◽  
Vol 24 (1) ◽  
pp. 79-88 ◽  
Author(s):  
Luísa Helena Maia Leite ◽  
Ana Beatriz de Mattos Marinho Sampaio

OBJETIVO: Descrever marcadores antropométricos, clínicos e dietéticos associados ao risco cardiovascular em indivíduos infectados pelo vírus HIV. MÉTODOS: Realizou-se um estudo transversal com 100 indivíduos, adultos, com HIV/Aids, da cidade do Rio de Janeiro. O risco cardiovascular foi estimado pelo escore de risco de Framingham. O consumo alimentar foi avaliado por meio de um recordatório de 24 horas e de uma lista de frequência de consumo de alimentos. Para comparar variáveis, foram utilizados o teste t de Student e o teste Qui-quadrado. RESULTADOS: Dentre os indivíduos avaliados, 63% eram homens, com idade média de 41,8, DP=9,6 anos, 77% faziam uso de antirretrovirais. Escore de risco de Framingham >10% foi identificado em 53% dos indivíduos. Os principais fatores de risco cardiovascular potencialmente modificáveis identificados foram: lipoproteína de alta densidade baixo (70%), hipercolesterolemia (35%), hipertensão arterial (35%), seguidos de tabagismo (23%) e glicose alta (21%). Indivíduos com escore de risco de Framingham >10% apresentavam uma tendência para consumir dietas mais ricas em colesterol (p=0,720), em sódio (p=0,898), em açúcares/doces (p=0,032) e pobres em fibras (p=0,273), associadas a um maior consumo de bebidas alcoólicas (p=0,053). A avaliação dos hábitos de vida revelou maior prevalência de tabagismo e maior nível de sedentarismo no grupo com escore de risco de Framingham >10, porém não significativos. CONCLUSÃO: Os resultados deste estudo mostram que pacientes com HIV/Aids sob terapia Highly Active Antiretroviral Therapy e com mais altos escore de risco de Framingham não seguem as medidas preventivas contra doenças cardiovasculares e devem ser permanentemente encorajados a fazer escolhas alimentares saudáveis, parar de fumar e aumentar a atividade física.


2003 ◽  
Vol 24 (83) ◽  
pp. 659-678 ◽  
Author(s):  
Simone Souza Monteiro ◽  
Eliane Portes Vargas ◽  
Sandra Monteiro Rebello
Keyword(s):  

Este artigo apresenta os resultados da avaliação do "Jogo da Onda", um jogo sobre a prevenção contra HIV/AIDS e uso de drogas, desenvolvido pela Fundação Oswaldo Cruz. Informado por uma abordagem qualitativa (grupo focal, observação direta do uso do jogo e questionário), o estudo analisa a opinião de 62 estudantes e 17 educadores da rede pública de ensino (Rio de Janeiro/Brasil) sobre o uso do jogo e as temáticas tratadas no material. Para os estudantes e educadores o jogo gera informação, estimula a reflexão e o diálogo acerca de situações do cotidiano relacionadas ao uso de drogas. A visão dos jovens acerca dos temas do jogo aponta para a relevância da percepção do usuário na avaliação do alcance das mensagens veiculadas em recursos de educação em saúde. Os resultados do estudo motivaram o desenvolvimento e a avaliação de novos conteúdos, principalmente sobre saúde reprodutiva e relações de gênero, que irão integrar as edições futuras do "Jogo da Onda". Os novos conteúdos privilegiam as interfaces entre os desafios enfrentados pela juventude na atualidade: epidemia de HIV/AIDS, DST, consumo de drogas lícitas e ilícitas, iniciação sexual, gravidez não-planejada, entre outros.


2016 ◽  
Vol 20 (57) ◽  
pp. 305-312
Author(s):  
Vivian Albuquerque Abreu dos Santos ◽  
Fabiana Barbosa Assumpção de Souza ◽  
Fátima Teresinha Scarparo Cunha
Keyword(s):  
De Se ◽  

Trata-se de pesquisa qualitativa realizada com representantes de Organizações Não Governamentais (Fórum ONGs/TB) no Rio de Janeiro, Brasil, para compreender as motivações desses sujeitos ao se afiliarem ao Fórum. A análise de discurso possibilitou entender que o risco de adoecimento ou morte por TB ganhou magnitude com o evento da coinfecção HIV/aids – TB, gerando ações de cooperação entre Estado e sociedade, referenciando a necessidade de se reduzirem os riscos de infecção por tuberculose. No Brasil, o surgimento da aids entre 1980 e 1990 mobilizou uma parte da sociedade civil organizada diferente da que hoje se mobiliza contra a TB. Atualmente, há tensões de sentido acerca do que deseja o grupo de pessoas afetadas pela tuberculose – os representantes das ONGs – e do que se defende. Portanto, são necessários mais estudos para compreender a participação desses grupos frente à tuberculose.


2014 ◽  
Vol 44 (2) ◽  
pp. 357-365 ◽  
Author(s):  
Renata Siqueira Julio ◽  
Ruth Khalili Friedman ◽  
Cynthia B. Cunha ◽  
Raquel Brandini De Boni ◽  
Sandra Wagner Cardoso ◽  
...  

2010 ◽  
Vol 63 (2) ◽  
pp. 230-237 ◽  
Author(s):  
Gláucia Alexandre Formozo ◽  
Denize Cristina de Oliveira
Keyword(s):  

Trata-se de pesquisa qualitativa cujos objetivos foram identificar e comparar as representações sociais do cuidado de enfermagem ao paciente soropositivo ao HIV para profissionais de enfermagem. O cenário foi um hospital público universitário da cidade do Rio de Janeiro e os sujeitos 20 auxiliares de enfermagem e 20 enfermeiros. A coleta de dados deu-se através de entrevista semi-estruturada e a análise utilizou o software ALCESTE 4.7. Entre os auxiliares de enfermagem foram caracterizados conteúdos do cotidiano do cuidado de enfermagem prestado ao paciente com HIV/AIDS, enquanto os enfermeiros trouxeram conteúdos voltados a qualidade de vida. Concluiu-se que a representação social dos auxiliares de enfermagem encontra-se ancorada em elementos práticos do cotidiano do cuidado, enquanto os enfermeiros ancoram-se no conhecimento reificado.


2013 ◽  
Vol 23 (1) ◽  
pp. 129-142 ◽  
Author(s):  
Stella R. Taquette ◽  
Zilah Vieira Meirelles
Keyword(s):  

O estudo teve como objetivo verificar a discriminação racial vivenciada por adolescentes negras moradoras em favelas da cidade do Rio de Janeiro e sua possível influência no processo de vulnerabilização ao HIV/Aids. Utilizou-se uma combinação de métodos, quantitativo e qualitativo. Este artigo se refere a um recorte da etapa qualitativa desenvolvida por meio de dez grupos focais com a participação de 139 adolescentes. Seguiu-se um roteiro para o debate contendo dois grupos temáticos: sexualidade/DST/Aids/gênero e raça/cor/discriminação. Os relatos foram gravados e o material transcrito organizado conforme os temas tratados e analisados criticamente por equipe multidisciplinar. Os dados coletados foram classificados em categorias específicas articuladas aos pressupostos teóricos, a fim de responder às questões formuladas, tendo por base os objetivos da pesquisa. Os resultados revelaram que as adolescentes negras sofrem discriminação racial no seu cotidiano, que é manifestada nas expressões de suas falas, referindo-se ao aspecto físico, ao caráter e à capacidade intelectual. Tais condutas discriminatórias dificultam o acesso aos serviços de saúde e induzem um atendimento de baixa qualidade. Concluiu-se que a discriminação racial vivida por estas adolescentes negras, na cidade do Rio de Janeiro, influencia o desenvolvimento da autoestima e contribui para a construção de uma identidade negativa que, aliada ao racismo e à pobreza, se configura num contexto de vulnerabilidade às DST/Aids. Sugere-se que estes dados sejam levados em consideração na elaboração de políticas públicas para que ofereçam atenção diferenciada àqueles que estão inseridos de forma desigual na sociedade.


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