scholarly journals Mapeando festas do Espírito Santo no Rio Grande do Sul (Brasil) e no Quebec (Canadá)

2020 ◽  
Vol 19 (3) ◽  
pp. 125-148
Author(s):  
Cleusa Maria Gomes Graebin

Este trabalho é um relato de uma primeira tentativa para aproximar duas pesquisas paralelas sobre Festas do Espírito Santo no Grande do Sul (Brasil) e no Quebec (Canadá). No Sul do Brasil, esta celebração remonta ao século XVIII e no Quebec, à década de 1970. Nosso questionamento se direcionou para os contornos e especificidades que assumiu nestes espaços. A partir do seu mapeamento, tecemos considerações sobre sua entrada no Rio Grande do Sul e no Quebec, suas características, função social e simbólica. Percebemos que estas últimas estão relacionadas com a construção e reconstrução de identidades em diáspora e com a mediação entre o mundo dos homens e o espiritual – o do Espírito Santo. Em destaque, nestas duas pesquisas, a busca da identidade pela Festa e da autenticidade da Festa, esta última mais marcada no Brasil devido à distância no tempo e no espaço da Festa original açoriana.

2012 ◽  
Vol 10 (3) ◽  
pp. 367-386 ◽  
Author(s):  
Alex Branco Fraga ◽  
Yara Maria de Carvalho ◽  
Ivan Marcelo Gomes

Este ensaio apresenta uma iniciativa de investigação interinstitucional que agrega três grupos de pesquisa vinculados a programas de pós-graduação em educação física: Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Universidade de São Paulo e Universidade Federal do Espírito Santo. O tema articulador do projeto são as políticas de formação em educação física e saúde coletiva, cujo foco inicial é o Programa de Educação pelo Trabalho em Saúde. As investigações a serem empreendidas têm o propósito de acompanhar e analisar os processos de composição e articulação entre ensino, serviço e comunidade com vistas a constituir uma rede de saberes e práticas que responda aos desafios da formação em saúde comprometida com a defesa e consolidação do Sistema Único de Saúde.


Rodriguésia ◽  
2017 ◽  
Vol 68 (2) ◽  
pp. 337-346 ◽  
Author(s):  
Dayvid Rodrigues Couto ◽  
Fernando Perez Uribbe ◽  
Suara S.A. Jacques ◽  
Talitha Mayumi Fracisco ◽  
Rosana C. Lopes

Resumo A comunidade de epífitas vasculares ocorrente na restinga de Grumari, estado do Rio de Janeiro, foi avaliada através de coletas realizadas no ano de 2014 e complementadas com materiais de herbários e publicações. 37 espécies de epífitas vasculares foram registradas, distribuídas em 21 gêneros e seis famílias. As famílias mais ricas são Orchidaceae e Bromeliaceae, que foram as mais representativas (67,6% de todas as espécies registradas). A riqueza na restinga de Grumari é maior do que os outros inventários realizados na planície costeira do Sudeste do Brasil, no entanto, inferior as restingas de São Paulo, Paraná e da planície costeira do Rio Grande do Sul. A categoria ecológica mais representativa foi a holoepífita característica (62%) seguida por holoepífitas facultativas e acidentais com 18% cada. A restinga de Grumari possui mais espécies em comum com as restingas do Espírito Santo e Rio de Janeiro do que com São Paulo e região Sul do Brasil, possivelmente em função da distância geográfica. Nosso estudo traz a primeira contribuição ao conhecimento da flora epifítica da restinga de Grumari e evidencia uma flora singular com 40% das espécies exclusivas dessa localidade, o que justifica sua importância como Unidade de Conservação.


Palíndromo ◽  
2018 ◽  
Vol 10 (22) ◽  
pp. 190-207
Author(s):  
Sandra Ramalho

Na condição de editora do número 22 da Revista Palíndromo, decidi apresentar uma entrevista múltipla, uma entre-vista(s). Primeiro, porque gostaria de dialogar com essas várias pessoas mesmo, mas a chance de se fazer uma entrevista para uma revista científica é rara. Não conseguiria, uma por ano, dar conta de todos. No número 10, entrevistei Ana Claudia de Oliveira (PUC/SP), minha orientadora de doutorado, mas agora gostaria de trazer pessoas ligadas à semiótica, sim, mas mais próximas do ensino e do ensino de arte ou da semiótica do cotidiano. Queria ouvir Analice Dutra Pillar, Professora Titular da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul/UFRGS, atuando na graduação e na pós-graduação, com vários livros publicados e editora da Revista GEARTE; Moema Lúcia Martins Rebouças, Professora Titular da Universidade Federal do Espírito Santo/UFES, igualmente com atuação na graduação e pós-graduação e com várias publicações, além de membro de sociedades de ensino e pesquisa no país e no exterior; e Murilo Scóz, Professor Efetivo da UDESC, atuando na graduação em Design e na pós-graduação em Design e em Moda, líder do Grupo de Pesquisa UDESC/CNPq NEST, Núcleo de Estudos Semióticos Transdisciplinares. Como explicar, explicitar ou mesmo, como denominar essa ideia de entrevista múltipla? Semioticamente, poderia dizer que se trata de um quadrado, o quadrado semiótico, quatro pontos, os três colegas e eu; mas aqui ninguém seria oposição semântica, no máximo estaríamos gravitando na elipse semiótica, em torno dos sentidos. Pensei em justificar com as interações arriscadas, onde os acidentes dar-se-iam em virtude de ser uma entrevista tríplice, inesperada. Mas resolvi justificar mesmo pela arte e sua ânsia do inusitado, do creare, do produzir o que não existe. E do ensino de arte mesmo, que visto ainda pelos preconceituosos como convencional e padronizado, igualmente tem ânsias de infinito, de sonhar o impossível e de, ao menos, humildemente acompanhar e dialogar com os sentidos do cotidiano de hoje em dia, com suas tecnologias, angústias, crises de identidade e incertezas quanto ao futuro. E vamos ouvir, então, nossos colegas semioticistas, com quem partilho o espaço de intersecção onde se encontram arte, semiótica e educação?


2020 ◽  
Vol 3 (4) ◽  
pp. 1-2
Author(s):  
Marcos Marques Formigosa ◽  
Sinara München

As pesquisas em Ensino de Ciências têm contribuído, entre outros aspectos, para pensar novos e diferentes cenários e processos de ensino e de aprendizagem em múltiplos contextos, dentre eles a escola do campo, o que requer um olhar a partir de diversas perspectivas, que perpassam, por exemplo, pela formação inicial e/ou continuada dos professores, pela prática docente, pelos recursos didáticos e pedagógicos. A Educação do Campo, por sua vez, também tem demarcado seu espaço nas pesquisas, ajudando a pensar e a problematizar várias dimensões (históricas, políticas e sociais) que influenciam diretamente no contexto educacional e, consequentemente, na cultura escolar, em determinados espaços e tempos, com desdobramentos, inclusive, sobre o ensino de ciências. Este Dossiê foi idealizado a partir das experiências vivenciadas nos cursos de Licenciatura em Educação do Campo, com habilitação em Ciências da Natureza, instalados em várias universidades Brasil afora, especialmente nos campi situados no interior dos estados, tendo indígenas, ribeirinhos, quilombolas, assentados de reforma agrária, extrativistas, pescadores e outros agentes sociais locais como sujeitos partícipes desse projeto, com vistas a uma formação específica e diferenciada, para atuação nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio. Essas experiências têm contribuído, por meio de pesquisas empíricas e de reflexões, para o avanço da compreensão dos diferentes processos de escolarização, que acontecem da educação básica à pós-graduação, no campo e/ou com os sujeitos que constituem esse espaço. Tais pesquisas têm seguido diferentes caminhos teóricos e metodológicos que apontam enlaces entre a Educação do Campo e o Ensino de Ciências, materializados em algumas frentes, tais como a consolidação das Licenciaturas em Educação do Campo – enquanto campo de pesquisa e as práticas docentes diferenciadas desenvolvidas nas e com as escolas do campo ou em outros espaços não formais de educação. Foram 63 resumos submetidos inicialmente ao Dossiê, os quais passaram por uma seleção que resultou na escolha de 28 trabalhos designados para apresentação de sua versão completa. O Dossiê mobilizou 74 autores, de diferentes formações acadêmicas e com atuação nos diversos níveis de ensino, desde a educação infantil, a educação básica, o ensino superior, até a pós-graduação. Os autores dos trabalhos publicados estão vinculados a 25 diferentes instituições brasileiras. A publicação do Dossiê contempla propostas, práticas e pesquisas das cinco regiões do Brasil, abarcando experiências de doze estados: Amapá, Pará, Piauí, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina. Os vinte artigos oriundos de resultados de pesquisa abordam diversas temáticas e contextos de investigação. Um dos focos apresentados pelos artigos são os cursos de Licenciatura em Educação do Campo com habilitação em Ciências da Natureza, nos quais as investigações estão relacionadas aos desafios e possibilidades vivenciados nos estágios curriculares e na formação por área de conhecimento para atuação na educação básica. Há trabalhos que trazem apontamentos sobre a Pedagogia da Alternância, a relação entre a formação universitária, os conhecimentos tradicionais e a Educação Ambiental. Outros artigos contemplam discussões acerca de Políticas Públicas vinculadas à Educação do Campo e à organização curricular na área das Ciências da Natureza. As pesquisas em contexto escolar integram investigações sobre a educação infantil, a contextualização, as relações com os povos do campo, o racismo, entre outras temáticas. A produção científica publicada no Brasil sobre Educação do Campo e Ensino de Ciências também aparece em artigos do Dossiê. Além dos artigos, o Dossiê apresenta oito relatos de experiência, os quais integram abordagens de variados contextos do campo brasileiro tratando de temáticas como estufa, agricultura familiar, poesia, agrobiodiversidade, facilitação gráfica, interdisciplinaridade, outubro rosa, ensino por investigação, plantas medicinais, saúde, etnopedologia e insetos. Estes trabalhos, desenvolvidos em diferentes níveis e modalidades de ensino, mostram práticas exitosas que foram implementadas e podem subsidiar outras experiências de ensino de Ciências em escolas do campo. Esse Dossiê é uma oportunidade para a divulgação dos avanços e possibilidades que pesquisadores e pesquisadoras têm promovido, mobilizando discussões de múltiplas formas, tendo o Ensino de Ciências e a Educação do Campo como questões orientadoras. Espera-se, portanto, que essa iniciativa seja capaz de subsidiar tanto as formações como as práticas docentes, bem como desencadear outras produções, com vistas ao fortalecimento de ambas as áreas, pois, a partir daquilo que se apresenta tanto nos artigos quanto nos relatos de experiência, são perceptíveis as diferentes interfaces entre a Educação do Campo e o Ensino de Ciências. Agradecemos aos editores da Revista Insignare Scientia (RIS), Dr. Roque Ismael da Costa Güllich e Dra. Rosangela Ines Matos Uhmann, por possibilitarem através deste Dossiê a divulgação de trabalhos que articulam a Educação do Campo e o Ensino de Ciências.   Prof. Marcos Formigosa (UFPA) Profa. Sinara München (UFFS) Organizadores do Dossiê


2021 ◽  
pp. 1-18
Author(s):  
Rodrigo Fracalossi de Moraes

Esta nota técnica apresenta dados sobre medidas legais de distanciamento físico adotadas pelos governos estaduais no Brasil. A nota enfatiza que medidas rigorosas de distanciamento foram adotadas antes e durante a primeira onda, mas não o foram antes da segunda onda ou mesmo quando a segunda onda já se manifestava em várias partes do país. Ao se comparar os meses de abril e dezembro de 2020, o grau de rigor das medidas de distanciamento físico no país diminuiu de 6,3 para 2,9 (-54%) – em uma escala de 0 a 10. Ao mesmo tempo, o número médio de novos óbitos aumentou de 1,0 para 3,1 por 1 milhão de habitantes no mesmo período. A adoção de medidas mais rígidas provavelmente teria prevenido casos, internações, óbitos e pressão sobre os sistemas de saúde. O aumento acelerado no número de casos e óbitos no Amazonas em dezembro de 2020 indica os riscos de medidas pouco rígidas de distanciamento, bem como os problemas decorrentes da ausência de parâmetros claros, transparentes, objetivos e abrangentes para se determinar o grau de rigor das medidas. Sem tais parâmetros, governos se tornam mais suscetíveis à influência de pressões aleatórias e contrárias a medidas rígidas de distanciamento – oriundas de associações de classe, autoridades, ou outros grupos influentes. Recomenda-se que governos adotem medidas de distanciamento de forma preventiva caso necessário e que criem parâmetros claros, transparentes, objetivos e abrangentes para a adoção de medidas de distanciamento físico, uma política já adotada em diversos estados: Acre, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Rondônia e São Paulo, por exemplo.


2017 ◽  
Vol 34 (1-2) ◽  
pp. 61-66
Author(s):  
Melquíades Pinto Paiva ◽  
Antônio Alberto da Silveira Menezes ◽  
Magda Fernandes De Andrade-Tubino

As pescarias do camarão-rosa no Sudeste/Sul do Brasil ocorrem desde a foz do rio Doce (Estado do Espírito Santo) até o estuário da lagoa dos Patos (Estado do Rio Grande do Sul), alcançando as espécies Farfantepenaeus brasiliensis (Latreille, 1817) e Farfantepenaeus paulensis (Pérez Farfante, 1967), que são pescadas em conjunto e convivem nos mesmos pesqueiros. Neste trabalho tratamos das pescarias industriais do camarão-rosa e da sua fauna acompanhante, no Estado do Rio de Janeiro (1993 – 1997), com base nos registros dos mapas-de-bordo da frota camaroneira. As capturas do camarão-rosa decresceram a partir de 1994, o mesmo não acontecendo com a fauna acompanhante; as médias anuais foram 162,7 t para o camarão-rosa e 2.444,2 t para a fauna acompanhante. Para cada tonelada capturada do camarãorosa foram desembarcadas 15,0 t de fauna acompanhante; o aproveitamento desta cresce com a queda de produção do camarão-rosa. As capturas do camarão-rosa se concentram em junho – outubro, perfazendo o total de 74,6% da produção anual. Na composição em peso dos desembarques da fauna acompanhante, 0,8% corresponderam aos crustáceos, 8,3% aos moluscos e 90,9% aos peixes. As médias da produtividade das pescarias do camarão-rosa foram 25 kg/dia = 7 kg/ lance = 2 kg/hora; para a fauna acompanhante, 396 kg/dia = 108 kg/lance = 26 kg/hora. A queda da abundância relativa do camarão-rosa foi bem evidente a partir de 1994.


2018 ◽  
Vol 21 (0) ◽  
Author(s):  
Max Moura de Oliveira ◽  
Maria do Rosário Dias de Oliveira Latorre ◽  
Luana Fiengo Tanaka ◽  
Benedito Mauro Rossi ◽  
Maria Paula Curado

RESUMO: Objetivo: Analisar a tendência da mortalidade por câncer colorretal, ajustado por indicadores selecionados, segundo sexo, para unidades federativas, regiões e Brasil, no período de 1996 a 2012. Métodos: Estudo ecológico de série temporal das taxas de mortalidade por câncer colorretal, feita análise de regressão linear, sendo o ano centralizado a variável independente. Os modelos foram ajustados por indicadores selecionados. Resultados: Houve aumento nas taxas de mortalidade padronizadas por câncer colorretal em todos os estados para o sexo masculino e em 21 estados para o sexo feminino. No modelo ajustado por taxa de mortalidade por causas mal definidas, produto interno bruto e coeficiente de Gini, a tendência de aumento foi significativa (p < 0,05) no Brasil, somente para os homens, com 0,17 óbitos por 100 mil habitantes ao ano (aa). Nos estados do Piauí (0,09 e 0,20 aa), Ceará (0,17 e 0,19 aa) e Rio Grande do Sul (0,61 e 0,42 aa) ocorreu aumento em homens e mulheres, respectivamente; somente em homens nos estados da Paraíba (0,16 aa), no Espírito Santo (0,28 aa), em São Paulo (0,24 aa) e Goiás (0,31 aa); e em mulheres nos estados de Roraima (0,41 aa), do Amapá (0,97 aa), Maranhão (0,10 aa), Sergipe (0,46 aa), Mato Grosso do Sul (0,47 aa) e Distrito Federal (0,69 aa). Conclusão: O aumento da taxa de mortalidade por câncer colorretal manteve-se significativo no Brasil somente entre os homens; em sete estados, entre homens; e em nove estados, entre mulheres, independentemente dos indicadores estudados. Essas diferenças podem estar relacionadas ao possível aumento da incidência e ao acesso tardio ao diagnóstico e tratamento.


2018 ◽  
Vol 24 (spe) ◽  
pp. 85-100
Author(s):  
Carlos Henrique Ramos SOARES ◽  
Claudio Roberto BAPTISTA

RESUMO: Este artigo apresenta resultados de uma pesquisa que teve como objetivo analisar a escolarização de alunos com surdez, considerando os índices educacionais e a produção acadêmica sobre essa temática, em três estados brasileiros. O interesse em pesquisar esse fenômeno é justificado pela ampliação do debate contemporâneo sobre a escolarização dos alunos com deficiência e pela ocorrência de mudanças na legislação educacional brasileira que indicam que a escolarização desses alunos deve ocorrer nas salas de aula comuns do Ensino Regular. Trata-se de um estudo de natureza qualitativa realizado com base na análise documental associada à revisão bibliográfica e à busca de indicadores de escolarização. Foi possível identificar que ocorreram intensas alterações na escolarização de alunos com surdez, com o aumento das matrículas no Ensino Regular e a redução das matrículas no Ensino Especial, com maior ênfase nos Estados do Espírito Santo e de São Paulo e em menor proporção no Estado do Rio Grande do Sul. Em relação à produção acadêmica desenvolvida por Programas de Pós-Graduação em Educação nos diferentes estados, percebeu-se que as temáticas investigadas com maior frequência mostram sintonia com as alterações que ocorreram nos contextos de referência de cada programa.


2010 ◽  
Vol 100 (4) ◽  
pp. 341-355 ◽  
Author(s):  
Erica Helena Buckup ◽  
Maria Aparecida L. Marques ◽  
Everton Nei Lopes Rodrigues

Três espécies novas de Cryptachaea Archer, 1946 são descritas e ilustradas, com base em ambos os sexos: Cryptachaea brescoviti sp. nov. de Beni, Bolívia e Bahia e Espírito Santo, Brasil; C. bonaldoi sp. nov. de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Paraná e C. lisei sp. nov. de São Paulo e Rio Grande do Sul, Brasil. Sinonímias novas são propostas: Chrysso ribeirao Levi, 1962 e C. caraca Levi, 1962 com Chrysso arops Levi, 1962; Cryptachaea diamantina (Levi, 1963) com C. hirta (Taczanowski, 1873) e Cryptachaea maxima (Keyserling, 1884) com C. altiventer (Keyserling, 1884). Theridion altum Levi, 1963 é sinônimo júnior de Theridion soaresi Levi, 1963. Theridion melanosternum Mello-Leitão, 1947 é sinonimizada com Oedothorax bisignatus Mello-Leitão, 1944 e esta última espécie é removida da sinonímia de Theridion calcynatum Holmberg, 1876 e transferida para Theridion Walckenaer, 1805. Theridion tungurahua Levi, 1963 é a fêmea de Theridion fungosum Keyserling, 1884 e a espécie é transferida para Exalbidion Wunderlich, 1995. Theridion antron Levi, 1963 é a fêmea de Theridion filum Levi, 1963. Theridion nesticum Levi, 1963 é sinonimizada com Theridion teresae Levi, 1963. Theridion olaup Levi, 1963 é transferida para Kockiura Archer, 1950 e a fêmea é descrita e ilustrada pela primeira vez. Novas combinações são estabelecidas: Cryptachaea dalana (Buckup & Marques, 1991), C. triguttata (Keyserling, 1891), C. dea (Buckup & Marques, 2006), C. digitus (Buckup & Marques, 2006), C. taim (Buckup & Marques, 2006) e Parasteatoda nigrovittata (Keyserling, 1884), todas são transferidas de Achaearanea Strand, 1929. Cryptachaea rafaeli (Buckup & Marques, 1991) é transferida para Henziectypus Archer, 1946.


Author(s):  
Scheila Roberta Janke

Ao longo da história de imigração no Brasil, neste caso com destaque para os imigrantes pomeranos, a fé evangélico-luterana atuou um fator de resiliência na superação de adversidades.  A inexistência de uma organização eclesial e social nas zonas de colonização não impediu que este grupo se adaptasse e assumisse a responsabilidade pela solução de problemas e para a preservação de sua fé através da atuação leiga e do engajamento na edificação de comunidades. No cultivo de sua fé os imigrantes pomeranos em três Estados aqui analisados, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Espírito Santo, encontraram força para superar as diversas dificuldades que surgiram ao longo do tempo e para organizarem seu ambiente social de acordo com o modelo que conheciam. O isolamento geográfico e social a que estavam submetidos infelizmente comprometeu um gradativo aprendizado da língua portuguesa e a integração à sociedade brasileira. Sendo assim, as medidas de nacionalização do Estado brasileiro e a perseguição aos imigrantes de fala alemã e pomerana trouxeram grandes empecilhos à vida comunitária e de fé desse grupo. No entanto, mais uma vez a fé evangélico-luterana atuou como fator de resiliência na superação de adversidades e na busca por alternativas de adaptação. Ela se manteve viva acima do aspecto étnico e fortaleceu-se através das adversidades, desenvolvendo-se também em novos contextos de migração como um importante fator de resiliência diante de novos desafios.Im Laufe der Imigrationsgeschichte in Brasilien, hier insbesondere die pommerschen Einwanderer, wirkte der evangelisch-lutherische Glaube als Resilienzfaktor bei der Überwindung von Schwierigkeiten. Der Mangel einer kirchlichen und sozialen Organisation in den Kolonisationsgebiete hinderte diese Gruppe nicht bei der Anpassung und Verantwortungsübernahme für die Lösung von Problemen und bei der Bewahrung ihres Glaubens durch die Laientätigkeit und das Engagement im Gemeindeaufbau. In der Pflege ihres Glaubens fanden die pommerschen Einwanderer in den hier betrachtenen Staaten, Rio Grande do Sul, Santa Catarina und Espírito Santo Kraft, um verschiedene Schwierigkeiten, die im Laufe der Zeit entstanden sind zu bewältigen und ihre soziale Umwelt entsprechend dem von ihnen bekannten Muster zu organisieren. Die geographische und soziale Isolierung, der sie ausgesetzt waren, beeinträchtigte leider eine allmähliche Erlernung der portugiesischen Sprache und die Integration zur brasilianischen Gesellschaft. So brachten die Nationalisierungsmaβnahmen des brasilianischen Staates und die Verfolgung von Einwanderer deutscher und pommerscher Sprache groβe Hindernisse für das Gemeinde- und Glaubensleben dieser Gruppe. Wieder wirkte jedoch der evangelisch-lutherische Glaube als Resilienzfaktor bei der Überwindung von Widrigkeiten und bei der Suche nach Anpassungsalternativen. Er erhielt sich lebendig über den ethnischen Aspekt hinaus und stärkte sich durch die Widrigkeiten, indem er auch in neuen Migrationskontexte sich als einen wichtigen Resilienzfaktor angesichts neuer Herausforderungen entwickelte.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document