scholarly journals A Epistemologia da Economia Teórica em Schumpeter

2002 ◽  
Vol 22 (1) ◽  
pp. 113-135
Author(s):  
MARCOS FERNANDES GONÇALVES DA SILVA

RESUMO O objetivo deste artigo é reconstruir os principais elementos da epistemologia instrumentalista de Schumpeter, da maneira como são expostos em seu primeiro livro publicado Das Wesen und der Hauptinhalt der theoryetischen Nationalökonomie (1908), que é o principal esforço desenvolvido pelo economista austríaco para a análise dos fundamentos da ciência econômica. Primeiramente, reconstruirei sua epistemologia instrumentalista e mostrarei a importância da mesma. Essa reconstrução é importante porque o núcleo duro da epistemologia instrumentista de Schumpeter é relativamente desconhecido. Por fim, indicarei a filiação direta da epistemologia instrumentalista de Schumpeter às ideias principais sobre a natureza da mecânica e da física em geral no final do século XIX. Essas ideias estão principalmente associadas a Ernst Mach, Henri Poincaré e Pierre Duhem, que enfrentaram o mesmo desafio de Schumpeter na economia, que é libertar a ciência (mecânica) da metafísica (cosmologia), criando uma nova visão teórica.

2018 ◽  
Vol 74 (1) ◽  
pp. 13-16
Author(s):  
María de Paz ◽  
Antonio Augusto Passos Videira
Keyword(s):  

2019 ◽  
Vol 12 (2) ◽  
pp. 158-176
Author(s):  
Alexander Brilhante Coelho ◽  
Ivã Gurgel
Keyword(s):  

Caracterizamos neste artigo a postura epistemológica do jovem Mário Schenberg, tal como expressada em seu primeiro no trabalho, Os princípios da mecânica, publicado em 1934 pela Revista Polytechnica. Destacamos os diálogos explícitos e implícitos que Schenberg trava com epistemólogos e físicos da transição do século XIX para o XX, particularmente os diálogos com Pierre Duhem e Ernst Mach. À época, Schenberg defende uma epistemologia antirrealista e instrumentalista, contra uma invasão de elementos metafísicos na teoria. O jovem Schenberg defende, ainda, a segurança do processo de teorização por indução, com uma ascensão dos experimentos às leis e das leis a teoria. No momento da publicação do artigo, Schenberg era um estudante de engenharia da Escola Politécnica de São Paulo, recém transferido da Escola de Engenharia de Pernambuco, onde conhecera o professor Luiz Freire. A influência de Freire foi determinante sobre a trajetória científica de Schenberg, que se tornaria o primeiro físico teórico stricto sensu do Brasil. É por meio de Freire que Schenberg se aproxima de uma tradição relativamente marginal de professores das escolas de engenharia que foram construindo, ao longo das primeiras décadas do século XX, uma identidade científica. Esse grupo de professores militava pela “ciência pura”, se contrapondo ao utilitarismo predominante nas escolas politécnicas no período anterior à fundação das universidades. O artigo de Schenberg pode ser lido como um dos últimos trabalhos dessa tradição de engenheiros com identidade científica, um trabalho que, ao mesmo tempo que carrega alguns traços da tradição politécnica, aponta para uma reflexão que só se desenvolveria plenamente com o surgimento de um regime científico disciplinar no interior das faculdades de ciências fundadas na segunda metade dos anos 1930


Author(s):  
David D. Nolte

This chapter presents the history of the development of the concept of phase space. Phase space is the central visualization tool used today to study complex systems. The chapter describes the origins of phase space with the work of Joseph Liouville and Carl Jacobi that was later refined by Ludwig Boltzmann and Rudolf Clausius in their attempts to define and explain the subtle concept of entropy. The turning point in the history of phase space was when Henri Poincaré used phase space to solve the three-body problem, uncovering chaotic behavior in his quest to answer questions on the stability of the solar system. Phase space was established as the central paradigm of statistical mechanics by JW Gibbs and Paul Ehrenfest.


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