scholarly journals Solidariedade intelectual Sul-Americana: ecos dos ensinamentos do Mestre Rodó no Paraguai

2021 ◽  
Vol 41 (88) ◽  
pp. 279-305
Author(s):  
Elisângela da Silva Santos
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Resumo Este artigo discute a difusão dos ensinamentos do pensador uruguaio José Enrique Rodó (1871-1917) no Paraguai do começo do século XX, contexto marcante para a geração de intelectuais do país nascida na primeira década após a guerra da Tríplice Aliança (1864-1870), a qual buscou construir uma narrativa de revalorização nacional. A partir da análise de resenhas de obras de Rodó publicadas no Paraguai, de homenagens prestadas a ele pela juventude universitária paraguaia e do intercâmbio de correspondências com autores paraguaios, estabelece-se como hipótese que os ecos de seus ensinamentos e de suas lições tiveram ressonância naquele país e promoveram um diálogo intelectual transnacional, a partir da ideia de Pátria Continental, que Rodó projetou para o continente nesse momento.

2003 ◽  
Vol 22 (2) ◽  
pp. 79-98 ◽  
Author(s):  
Fabio Muruci dos Santos
Keyword(s):  

Este artigo apresenta uma análise comparativa dos primeiros textos de Oliveira Lima e José Enrique Rodó, que discutiam o uso dos EUA como modelo para o estabelecimento de uma ordem civil na América Ibérica. Propomos que ambos tencionavam estabelecer critérios para a seleção de novas elites para combater o poder dos caudilhos, mas suas agudas divergências sobre a fonte de legitimidade dessas elites tornavam opostas as respectivas avaliações da sociedade norte-americana.


2015 ◽  
Vol 3 (3) ◽  
pp. 62-73
Author(s):  
IPC USMA

Este texto se ocupará de comparar dos textos el Ariel del uruguayo José Enrique Rodó (1900) y el Pragmatismo (1907) del norteamericano William James.  A través de estos textos, que no han sido comparados anteriormente, se fundaron tradiciones intelectuales americanas que hasta hoy día no han dejado de ser influyentes entre los intelectuales, el primero. Especialmente, el Pragmatismo de James se articula en una serie de textos escritos por Pierce y Dewey que, a diferencia del Arielismo, que agotó rápidamente sus posibilidades de recepción y reproducción, no ha dejado de interesar a académicos e intelectuales de todo el mundo. El objetivo de este texto es demostrar que hay similitudes entre ambas formas de pensamiento y que el Pragmatismo, tan desconocido y vilipendiado en la América hispana por ser aparentemente una ideología del Imperio y del norte, es un interlocutor perfecto para iniciar un diálogo transcultural en el continente.  


2021 ◽  
Vol 21 (30) ◽  
pp. 240-256
Author(s):  
Fabio Muruci dos Santos
Keyword(s):  

O ensaio Ariel, publicado em 1900 pelo filósofo uruguaio José Enrique Rodó, foi uma das obras mais influentes do pensamento hispano-americano. O texto apresenta uma crítica aos reformadores influenciados por ideias evolucionistas e utilitaristas que consideravam os Estados Unidos como um modelo a ser copiado pelos países latino-americanos e que consideravam o protestantismo como um dos fatores principais para o sucesso econômico do país. Contra essas filosofias modernizadoras, Rodó apresenta uma defesa dos valores católicos latinos, os quais valorizariam a importância da estética e do ócio criativo, diferentemente do foco puritano na disciplina. Nossa proposta é que um dos objetivos de Ariel é apresentar uma crítica de diversos aspectos da religiosidade estadunidense, entre eles a influência puritana e as narrativas edenistas, repudiando os EUA como um modelo de novos caminhos para a humanidade. Ao contrário, seria uma sociedade ameaçada pela estagnação trazida por uma educação homogeneizadora e um foco demasiado no igualitarismo.


1970 ◽  
Vol 36 (73) ◽  
pp. 651-655
Author(s):  
José Enrique Rodó
Keyword(s):  

Author(s):  
Isabella Meucci

O cubano José Martí (1853-1895) e o uruguaio José Enrique Rodó (1871-1917) fariam parte de um terceiro momento da história do pensamento latino-americano, denominado por Leopoldo Zea “filosofia da libertação”. Diferentemente do primeiro período, dos “românticos”, e do segundo, dos positivistas “construtores de uma nova ordem”, nesse terceiro momento haveria uma preocupação com a formação de uma consciência coletiva nacionalista e anti-imperialista diante do fortalecimento norte-americano. Tanto Rodó quanto Martí foram influentes em seu tempo, mas também o transcenderam ao analisarem nas particularidades latino-americanas as formas de romper com a dominação presente na região. De acordo com essa proposta interpretativa, este artigo buscou comparar as elaborações de ambos os autores, especialmente no tocante à construção de uma identidade latina e de uma oposição aos Estados Unidos. Inicialmente, foram retomados os três momentos propostos por Leopoldo Zea para o pensamento latino-americano, a fim de compreendermos os debates nos quais Martí e Rodó estavam inseridos. Em seguida, analisaram-se as especificidades das trajetórias dos autores em seus países de origem, assim como os contextos específicos de produção e recepção de suas obras. Posteriormente, examinou-se de que maneira a identidade latino-americana foi construída pelos autores, na defesa de uma América “Nuestra” em oposição a uma América “outra”ou “anglo-saxã”. Por fim, comparou-se o tipo de perigo representado pelos Estados Unidos para ambos os autores, assim como as soluções propostas para a libertação do subcontinente.


2021 ◽  
pp. 87-106
Author(s):  
Sergio Sánchez

La recepción de Nietzsche en la región tuvo lugar en el contexto del Modernismo, periodo (1890-1910) en el que poetas, escritores y ensayistas promovieron tal tránsito bajo una doble influencia: una fuerte dependencia de la cultura europea y la influencia de la expansión imperialista americana. Esta primera recepción está teñida de una fuerte francofilia de intelectuales hispano americanos: Rubén Darío, José Enrique Rodo y Carlos Reyles forjan una imagen del filósofo fuertemente vinculada a Guyau, Fouillé, Sorel, y otros. El artículo describirá un mapa parcial de las primeras lecturas de Nietzsche en Hispanoamérica, identificando un «Nietzsche francés», capaz de expresar los sueños y temores (especialmente los políticos) denuestras jóvenes naciones.


2016 ◽  
pp. 153
Author(s):  
Rocío Oviedo Pérez de Tudela

El análisis de «Yo soy aquel», primer poema de Cantos de Vida y Esperanza, refleja el cambio experimentado por Rubén Darío, especialmente en su preferencia por el simbolismo frente a la atención que presta a la forma en Prosas Profanas. Poemario más claramente hispano, con una defensa del arielismo que refleja la dedicatoria a José Enrique Rodó. Sin embargo, es en el contenido confesional del poema en el que se desvela el reino interior de Darío, marcado por la dualidad y el esfuerzo por conciliar «sus» contrarios. De la lectura atenta se observa un proceso de transformación de «la estatua bella» a «fauno» monstruoso. Fábulas como la de Eros y Psiquis sirven al poeta para expresar con mayor precisión el juego de antítesis que finaliza con «la caravana pasa», de rasgos relacionados con el gnosticismo cristiano y los rosacruces.


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