scholarly journals Cuidadores Principais Ante a Experiência da Morte: Seus Sentidos e Significados

2018 ◽  
Vol 38 (1) ◽  
pp. 88-101 ◽  
Author(s):  
Carolina Peres de Lima ◽  
Mariana de Abreu Machado

Resumo O presente trabalho teve como objetivo compreender os sentidos e significados atribuídos pelos cuidadores principais à experiência de acompanhamento de pacientes com câncer em Cuidados ao Fim de Vida. Com este intuito, foi realizada uma pesquisa qualitativa exploratória, utilizando a observação participante como recurso metodológico. A análise de conteúdo foi utilizada como método de avaliação dos resultados, no qual a Teoria Existencialista de Viktor Frankl e a literatura contemporânea sobre Cuidados Paliativos serviram de substrato teórico à compreensão da temática em questão. Após a análise do diário de campo, foram extraídas cinco categorias temáticas: A espiritualidade atribuindo sentido à experiência; O tempo de espera; Morte como alívio do sofrimento; Revisão da história de vida; Incerteza quanto ao futuro. Foi possível perceber reações e sentimentos expostos pelos cuidadores, que, apesar do esgotamento físico e emocional, desejavam permanecer ao lado de seu familiar até sua morte. Entendemos que a comunicação da equipe ao cuidador sobre a aproximação da morte pode contribuir para o processo de elaboração psíquica desta vivência. A compreensão da experiência subjetiva do cuidador viabiliza uma abordagem efetiva da equipe às reais necessidades de cuidado do familiar.

1998 ◽  
Vol 43 (7) ◽  
pp. 465-465
Author(s):  
Mark L. Harvey
Keyword(s):  

2011 ◽  
Author(s):  
Mellissa Fernanda Gomes da Silva ◽  
Samuel de Souza Neto
Keyword(s):  

2020 ◽  
Vol 32 (1) ◽  
pp. 65-77
Author(s):  
Oliver Florig

Angesichts der massiven ökologischen Schäden, die unsere Lebensweise nach sich zieht, stellt sich die Frage erneut, was denn ein gutes Leben ausmacht. Unter Rückgriff auf antike Denker wie Aristoteles kann man das gute Leben als ein Leben bestimmen, das vor allem denjenigen Tätigkeiten gewidmet ist, die wir um ihrer selbst willen tun, d.h. Tätigkeiten, die ihren Wert in sich selbst tragen. Tätigkeiten dieser Art sind weder beliebig intensivierbar oder vermehrbar noch können sie beschleunigt werden. Sie sind daher mit der Beschleunigung des technologischen und sozialen Wandels und unseres Lebenstempos ebenso wenig vereinbar wie mit der ökologisch fragwürdigen Steigerung von Produktion und Konsum, die unsere modernen Gesellschaften kennzeichnen. In Anlehnung an die Logotherapie von Viktor Frankl ist außerdem plausibel, dass eine Lebensweise, welche die Erfahrung von Werten in den Vordergrund rückt, auch seelisch gesünder ist. Einer solchen Lebensweise entspricht außerdem eine Einstellung zur Welt, in der diese nicht als Ansammlung von Ressourcen gesehen, sondern in ihrem Eigenwert erkannt wird. In der psychoanalytischen Theoriebildung drückt sich eine solche Grundeinstellung etwa in der intersubjektiven Position von Jessica Benjamin aus.


2011 ◽  
Vol 1 (56) ◽  
pp. 95 ◽  
Author(s):  
Franco Ferroarotti
Keyword(s):  

<p><em>El trabajo da argumentos de fondo que legitiman a los métodos cualitativos como estrategias privilegiadas para el estudio de lo social, en forma particular en el caso de las historias de vida; uno de los argumentos centrales es que el hombre no es un dato sino un proceso, el cual actúa en forma creativa en su mundo cotidiano, es decir, lo social implica una historicidad. Un segundo argumento es el de la necesaria vinculación entre texto y contexto, en el que este último implica reconocer su sentido evocativo y re-creativo, elementos que implican la posibilidad de la autopercepción del individuo-sujeto de la historia de vida en su vinculación experiencial con el ambiente con textual. La relación entre texto y contexto la realiza el individuo como parte de su proceso vivencial en tanto que agente histórico. Las historias de vida tienen, finalmente, la capacidad de expresar y formular lo vivido cotidiano de las estructuras sociales, formales e informales, de ahí su aporte fundamental a la investigación social.</em></p>


2012 ◽  
Vol 35 (4) ◽  
pp. 1016
Author(s):  
Lilian Conceição Guimarães de Almeida ◽  
Ceci Vilar Noronha
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Este estudo buscou compreender as dimensões da vulnerabilidade à violência interpessoal contra mulheres vivendo com HIV/Aids, atendidas em serviços de referência para pessoas soropositivas da Bahia. A investigação foi orientada pela abordagem qualitativa, a qual se revelou fundamental para a compreensão do objeto de estudo, centrada no paradigma interpretativo, hermenêutico. As técnicas de coleta de dados foram a observação, registrada em um diário de campo, a análise documental e a entrevista semiestruturada gravada eletronicamente e transcrita na íntegra. Foram entrevistadas 32 mulheres que viviam com HIV/Aids e estavam sendo atendidas em dois serviços de referência dos municípios de Salvador e Santo Antônio de Jesus. A coleta de dados foi realizada no período de dezembro/2008 a setembro/2009. O corpus do estudo foi organizado e tratado com o auxílio da técnica de análise de conteúdo e interpretado com o uso de referências que abordavam a temática. A partir da análise do conteúdo das entrevistas emergiram três sub-temas: (Des)cobrindo a condição sorológica; práticas sexuais e reprodutivas de mulheres antes e após a soropositividade e; vulnerabilidade à violência interpessoal na dinâmica das relações sociais vivenciadas por mulheres. Os resultados revelaram que a história de vida das mulheres soropositivas é dividida, por uma linha imaginária, em um momento antes e outro depois do diagnóstico. As características sociodemográficas e as relações desiguais de gênero que as mulheres mantinham com seus parceiros afetivo-sexuais foram identificadas como condições que interferiram na vulnerabilidade delas à infecção. As agressões fizeram parte do cotidiano das mulheres e puderam ser consideradas como uma causa e uma consequência da infecção pelo HIV/Aids, contudo nem sempre as violências sofridas foram percebidas como tal pelas mulheres, que estavam envolvidas em um contexto relacional afetivo-sexual. Após o diagnóstico, além da violência física, psicológica, sexual e verbal, as mulheres também vivenciaram medos, culpas, estigmas, autoagressões e rupturas nos seus relacionamentos. A sorologia interferiu na maneira como as mulheres lidavam com a sexualidade, pois, após a infecção, algumas apresentaram diminuição da libido e recusaram-se a manter práticas sexuais. Tais condutas contribuíram para a ocorrência de violência entre os parceiros afetivo-sexuais. Nesse contexto, o empoderamento das mulheres é fundamental para que elas interrompam os ciclos de violência e construam outro panorama social, no qual a violência e as desigualdades cedem o lugar à paz e à cidadania plena. Além disso, para a melhoria da assistência a saúde das mulheres vivendo com HIV/Aids, é preponderante ouvi-las, para que, de acordo com suas necessidades, mudanças possam ser implementadas na reorganização das práticas de saúde.


Author(s):  
Cláudia Rodrigues
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A Cidade do Porto é, no fim do século XIX, início séc. XX, campo urbano da consubstanciação da sociedade burguesa, apresentando-se, nomeadamente no palco da sua nova ‘Baixa’, como cidade de grande vigor político, público, cultural, comercial, económico, urbano. A ambiência do espaço urbano da Baixa é, nesse tempo, marcada por uma constelação de desenvolvimentos em vários planos urbanos, navega-se aqui no plano do espaço urbano do Porto com contornos públicos, em particular na sua Baixa. Passeia-se fugazmente, numa primeira parte, pelo espaço da cultura, da boémia, do passeio, do encontro e do recreio na Baixa do Porto, entrando-se, numa segunda parte, no seu espaço público e na sua expressão festiva, resistente e resiliente. Contempla-se a cidade como uma caixa de ritmos que contam e cantam a sua actualidade e o seu passado, propondo-se aqui contribuir para a exploração da história de vida da cidade, em jeito de anamnese do espaço urbano na Baixa do Porto. Que ritmos quotidianos e excepcionais do/no espaço urbano do Porto, marcam este momento de consolidação de uma Baixa moderna? Num momento da vida da cidade de excepcional manifestação popular e resistência? Numa Baixa onde o entretenimento é enfatizado, institucionalizando-se na designada ‘cidade do trabalho’, o café, o teatro, o cinema, o salão, o passeio, o jardim? De quem é, como é produzido, e onde pára o espaço urbano desta Baixa? Eis as questões que motivam e norteiam esta passeata ao espaço público e/ou lúdico na/da Baixa de um Porto ‘moderno’.


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