scholarly journals Sucessões de culturas com plantas de cobertura e milho em plantio direto e sua influência sobre o nitrogênio no solo

2000 ◽  
Vol 24 (1) ◽  
pp. 153-159 ◽  
Author(s):  
C. N. Gonçalves ◽  
C. A. Ceretta ◽  
C. J. Basso

Em condições naturais, o solo encontra-se em equilíbrio, mas o manejo inadequado causa degradação, principalmente da fração orgânica, comprometendo a sustentabilidade de sistemas agrícolas. Este trabalho, realizado num experimento de seis anos em Argissolo Vermelho-Amarelo (Hapludalf), localizado na área experimental do Departamento de Solos da Universidade Federal de Santa Maria (RS), teve como objetivo avaliar a influência de cinco sucessões de culturas no nitrogênio do solo, sob plantio direto. Foram implantadas as sucessões de culturas ervilhaca comum (Vicia sativa )/milho (Zea mays), tremoço azul (Lupinus angustifolius)/milho, ervilha forrageira (Pisum arvense)/milho, aveia-preta (Avena strigosa)/milho e pousio/milho, associadas a duas doses de N aplicadas no milho (0 e 80 kg ha-1). O solo foi manejado em plantio direto e foram feitas avaliações dos teores de N das plantas de cobertura e dos resíduos vegetais superficiais, bem como do nitrogênio do solo (total, mineral e orgânico), em três profundidades (0-2,5; 2,5-7,5 e 7,5-17,5 cm). As avaliações das plantas de cobertura de solo no inverno foram realizadas nas subparcelas sem aplicação de N mineral. Os resultados mostraram que a introdução de plantas de cobertura de solo, sob plantio direto, durante seis anos, promoveu acúmulos significativos de nitrogênio mineral, orgânico e total no solo e apresentaram diferenças entre as sucessões de culturas, apenas na camada de 0-2,5 cm. A sucessão tremoço azul/milho destacou-se pela capacidade de promover acréscimos de nitrogênio no solo.

1999 ◽  
Vol 23 (2) ◽  
pp. 307-313 ◽  
Author(s):  
C. N. Gonçalves ◽  
C. A. Ceretta

Em condições naturais, o solo encontra-se num estado estável no ambiente, mas o manejo inadequado causa degradação, principalmente da fração orgânica, comprometendo a sustentabilidade de sistemas agrícolas. Este estudo baseou-se num experimento que vem sendo realizado há seis anos em um Podzólico Vermelho-Amarelo (Hapludalf), localizado em área experimental do Departamento de Solos/UFSM, e teve como objetivo avaliar o efeito de sucessões de cultura sobre a dinâmica do carbono. Utilizaram-se as sucessões de cultura ervilhaca comum (vicia sativa)/milho, tremoço azul (Lupinus angustifolius)/milho, ervilha forrageira (Pisum arvense)/milho, aveia preta (Avena strigosa )/milho e pousio invernal/milho, associadas a duas doses de N aplicado no milho (0 e 80 kg ha-1). O solo foi manejado em plantio direto e foram feitas avaliações dos teores de C das plantas de cobertura e dos resíduos vegetais superficiais e do solo, em três profundidades. Os resultados evidenciaram que os sistemas de culturas, sob plantio direto há seis anos, promoveram acúmulos significativos de carbono orgânico apenas na camada mais superficial do solo (0-2,5 cm). A sucessão tremoço azul/milho destacou-se pela capacidade de promover acúmulo de carbono orgânico no solo. A quantidade de carbono orgânico acumulado no solo depende fundamentalmente da quantidade de massa seca produzida pelos sistemas de culturas.


2001 ◽  
Vol 25 (1) ◽  
pp. 157-165 ◽  
Author(s):  
C. Aita ◽  
C. J. Basso ◽  
C. A. Ceretta ◽  
C. N. Gonçalves ◽  
C. O. Da Ros

Durante o período de 1990/94, foi realizado um trabalho na área experimental do Departamento de Solos da Universidade Federal de Santa Maria (RS), num Argissolo Vermelho distrófico arênico, para avaliar o potencial de algumas plantas de cobertura de solo no fornecimento de N ao milho no sistema plantio direto. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso, com parcelas subdivididas e quatro repetições. Nas parcelas principais, foram utilizadas, em cada inverno, as leguminosas ervilhaca comum (Vicia sativa L.), ervilha forrageira (Pisum sativum var. arvense (L.) Poir), chícharo (Lathyrus sativus L.) e tremoço azul (Lupinus angustifolius L.), a gramínea aveia preta (Avena strigosa Schieb.), além de um tratamento com pousio invernal (plantas invasoras). Nas subparcelas, foram aplicadas as doses de 0, 80 e 160 kg ha-1 de N no milho, na forma de uréia. Na média dos quatro anos, as duas espécies que produziram maior quantidade de matéria seca pela parte aérea foram o tremoço azul (5.228 kg ha-1) e a aveia preta (4.417 kg ha-1), seguidas do chícharo (3.047 kg ha-1), ervilha forrageira (2.754 kg ha-1), ervilhaca comum (2.527 kg ha-1) e plantas invasoras do pousio invernal (1.197 kg ha-1). Dentre as leguminosas, a espécie tremoço azul acumulou a maior quantidade de N na parte aérea (113,7 kg ha-1 de N). Os tratamentos que adicionaram menor quantidade de N ao solo pela fitomassa foram a aveia preta (41,7 kg ha-1 de N) e o pousio invernal (20,5 kg ha-1 de N). Aproximadamente, 60% do N acumulado na parte aérea das leguminosas foi liberado durante os primeiros 30 dias após o seu manejo. Na ausência de adubação nitrogenada, o rendimento de grãos de milho foi maior após as leguminosas do que após a aveia e o pousio invernal. As leguminosas diferiram entre si quanto ao potencial de fornecimento de N ao milho. Os maiores valores de equivalência em N mineral (EqN) foram obtidos com a ervilhaca (137 kg ha-1 de N) e com o tremoço (122 kg ha-1 de N), evidenciando a possibilidade de redução das quantidades de N mineral por aplicar no milho quando ele for cultivado em sucessão a estas duas leguminosas.


1999 ◽  
Vol 23 (2) ◽  
pp. 383-391 ◽  
Author(s):  
B. C. Campos ◽  
D. J. Reinert ◽  
R. Nicolodi ◽  
L. C. Cassol

O impacto de plantas de inverno sobre a estabilidade estrutural do solo, antecedendo a cultura do milho sob plantio direto, foi avaliado em Podzólico Vermelho-Amarelo. O experimento foi realizado no campus da Universidade Federal de Santa Maria, de maio de 1991 a maio de 1992. Os tratamentos utilizados constaram de: chícharo (Lathyrus sativus L.), tremoço azul (Lupinus angustifolius L.), ervilhaca (Vicia sativa L.), aveia preta (Avena strigosa Schieb) e pousio invernal. Em cada parcela, foram coletadas mensalmente, desde a implantação das plantas de inverno até a colheita do milho, totalizando treze coletas, amostras de solo parcialmente deformadas e indeformadas para as determinações. Foram usadas duas subamostras na profundidade de 0-5 cm, com pá de corte, compondo uma amostra para análise de agregados e carbono orgânico e cinco subamostras, na mesma profundidade, com uso de cilindro volumétrico, compondo amostra para análise da atividade microbiana e umidade do solo. As plantas de cobertura induziram variação temporal da estabilidade dos agregados no período de estudo. A aveia preta atingiu maiores valores de estabilidade estrutural durante o ciclo das culturas de inverno, enquanto o tremoço azul maiores valores durante o ciclo do milho. Isso pode ser atribuído ao sistema radicular da gramínea e à taxa de decomposição da leguminosa, criando ambiente favorável à agregação, pela ação de raízes, cobertura do solo, fornecimento de material orgânico e conservação da umidade favoráveis à ação de microrganismos. Tais fatores, provavelmente, favoreceram a formação e conservação dos agregados do solo.


1997 ◽  
Vol 27 (4) ◽  
pp. 555-560 ◽  
Author(s):  
Amauri Nelson Beutler ◽  
Flavio Luiz Foletto Eltz ◽  
Antônio Carlos Rabenschlag de Brum ◽  
Thomé Lovato

Em experimento de campo num solo Podzólico vermelho-amarelo, textura superficial arenosa, localizado ná área experimental do Departamento de Solos da Universidade Federal de Santa Maria, foi avaliado o efeito de espécies de cobertura de inverno e de verão no suprimento parcial de nitrogênio e no rendimento de grãos de milho durante os anos agrícolas de1992/93 a 1994/95. Os tratamentos de inverno foram: (a) Consorciação aveia preta (Avena strigosa) + ervilhaca comum (Vicia sativa) + 130kg ha-1 de N mineral no milho e (b) Tremoço azul (Lupinus angustifolius) + 65kg ha-1 de N mineral no milho. Os tratamentos de verão foram: (a) Mucuna cinza (Stizolobium cinereum) e (b) Feijão-de-porco (Canavalia ensiformis), serneadas nas entrelinhas do milho, aproximadamente 100 dias após a semeadura do milho, com a aplicação de 65 kg ha-1 de N mineral no rnilho. As testemunhas foram pousio invernal sem N mineral para o milho, e pousio invernal + 130kg ha-1 de N mineral na cultura do milho. As espécies de verão acumularam o dobro de nitrogênio fitomassa, com destaque para o feijão-de-porco, em relação às espécies de inverno, porém a produção de matéria seca destas espécies de cobertura de verão e no milho em sucessão não foi proporcional a esta maior acumulação de nitrogênio. O rendimento de grãos de milho foi de 4.927, 5.191, 5.405 e 4.772kg ha-1 ern sucessão ao tremoço, mucuna, feijão-de-porco e pousio invernal + N mineral, respectivamente. Isto demonstra que as leguminosas com metade da adubação nitrogenada mineral atingiram níveis semelhantes ao pousio + N no milho, evidenciando a eficiência dessas espécies na fixação de N2 atmosférico e suprimento parcial de nitrogênio ao milho.


1999 ◽  
Vol 56 (1) ◽  
pp. 27-32 ◽  
Author(s):  
R. Heinrichs ◽  
A.L. Fancelli

Em um Podzólico Vermelho Amarelo e sob preparo convencional, foi avaliada a influência de proporções de sementes de ervilhaca (Vicia sativa L.) e de aveia preta (Avena strigosa Schieb.) cultivadas em consórcio, na produção de fitomassa e no aporte de nitrogênio no sistema. O experimento foi implantado em solo podzolico vermelho amarelo, de Santa Maria, RS. Os tratamentos foram casualizados em quatro blocos, constituindo-se de: 1- 100% Ervilhaca comum (E); 2- 90% E + 10% Aveia preta (A); 3- 75% E + 25% A; 4- 50% E + 50% A; 5- 25% E + 75% A; 6- 100% A; 7- pousio de inverno. A amostragem da fitomassa das coberturas verdes foi efetuada na ocasião do pleno florescimento em área de 0,8m2 por parcela. Os resultados evidenciaram que a aveia preta e a ervilhaca comum podem ser consorciadas, beneficiando assim, a produção de fitomassa e acúmulo de nitrogênio.


2004 ◽  
Vol 28 (4) ◽  
pp. 751-762 ◽  
Author(s):  
S. J. Giacomini ◽  
C. Aita ◽  
I. C. Chiapinotto ◽  
A. P. Hübner ◽  
M. G. Marques ◽  
...  

Nos últimos anos, com a rápida expansão do plantio direto no Sul do Brasil, tem aumentado o interesse pela consorciação de plantas de cobertura de solo no outono/inverno como fonte de N ao milho em sucessão. Para avaliar o efeito da aveia preta (AP) (Avena strigosa Schieb), da ervilhaca comum (EC) (Vicia sativa L.) e do nabo forrageiro (NF) (Raphanus sativus L. var. oleiferus Metzg.), em cultivos solteiros e consorciados, sobre o N acumulado e a produtividade de grãos de milho, foi realizado um experimento, no período de 1998 a 2000, na área experimental do Departamento de Solos da Universidade Federal de Santa Maria (RS), em um Argissolo Vermelho distrófico arênico (Hapludalf). O delineamento experimental foi de blocos inteiramente ao acaso com quatro repetições. Os tratamentos foram os seguintes: 100 % AP (80 kg ha-1 de sementes), 100 % EC (80 kg ha-1), 100 % NF (14 kg ha-1), 15 % AP + 85 % EC, 30 % AP + 70 % EC, 45 % AP + 55 % EC, 15 % AP + 85 % NF e 30 % AP + 70 % NF. Além desses, foram utilizados dois tratamentos em pousio invernal onde cresceu a vegetação espontânea da área. Num tratamento sob pousio, o milho foi cultivado sem adubação nitrogenada e, no outro, o milho foi adubado com 180 kg ha-1 de N-uréia. Foram avaliadas: a produção de matéria seca (MS), a concentração de N total do tecido vegetal do milho em diferentes estádios de desenvolvimento da cultura e a produtividade de grãos. A quantidade de N acumulado pelo milho e a produtividade de grãos em sucessão aos consórcios de aveia + ervilhaca não diferiram da ervilhaca solteira e foram proporcionais à quantidade do N dos consórcios que estava presente na fitomassa da ervilhaca. A ervilhaca e o nabo, tanto em culturas solteiras como consorciados à aveia, proporcionaram maior produtividade de milho do que após o pousio e a aveia solteira. Os resultados deste trabalho indicam que, consorciando aveia + ervilhaca, até uma proporção máxima de 30 % de aveia, foi possível atingir uma produtividade de grãos de milho equivalente àquela da ervilhaca solteira e a 70 % daquela obtida com o uso de 180 kg ha-1 de N-uréia no pousio.


1998 ◽  
Vol 28 (4) ◽  
pp. 567-571 ◽  
Author(s):  
Claudir José Basso ◽  
Dalvan José Reinert

Com objetivo de avaliar o efeito da cobertura do solo no inverno por diferentes plantas sobre a estabilidade de agregados estáveis em água, desenvolveu-se um experimento de maio/93 a maio/95, em solo Podzóiico vermelho-amarelo (PV) da área experimental do Departamento de Solos da Universidade Federal de Santa Maria. Os tratamentos constaram das seguintes plantas de cobertura de solo no inverno: ervilha forrageira (Pisum arvensis), ervilhaca (Vicia saliva L.), chícharo (Lathyrus sativus L.), azevém (Lolium multiflorum Lam), tremoço azul (Lupinus angustifolius Lam.), aveia preta (Avena strigosa Shieb) e pousio invernal. As coletas de amostras do solo para as análises da estabilidade de agregados foram feitas a 5cm de profundidade e em quatro épocas: florescimento das plantas de cobertura de solo, logo após a semeadura do milho, florescimento e colheita do milho. No primeiro ano de avaliação (93/94), quarto ano de execução do experimento, verificou-se uma superioridade da aveia preta em relação ao tremoço, ervilhaca, chícharo e ervilha forrageira, durante o ciclo vegetativo das plantas de cobertura de inverno, já no ano agrícola 94/95 não houve grandes diferenças na estabilidade estrutural entre os tratamentos.


2008 ◽  
Vol 32 (5) ◽  
pp. 1805-1816 ◽  
Author(s):  
Dalvan José Reinert ◽  
Jackson Adriano Albuquerque ◽  
José Miguel Reichert ◽  
Celso Aita ◽  
Martín María Cubilla Andrada

A compactação é um grave problema para a qualidade do solo e o desenvolvimento de uma agricultura sustentável, pois modifica os fluxos de água e ar no solo e reduz a produtividade das culturas agrícolas. Uma das alternativas para amenizar esse problema é o uso de espécies com sistema radicular profundo e vigoroso. O objetivo deste trabalho foi avaliar a qualidade física de um Argissolo Vermelho cultivado no sistema de plantio direto, após o cultivo de plantas de cobertura, e identificar o limite crítico de densidade do solo. No outono/inverno de 1999/00 e 2000/01, toda a área experimental foi cultivada com aveia-preta (Avena strigosa) mais ervilhaca (Vicia sativa) e, em 2001/02, com nabo forrageiro (Raphanus sativus). No verão, foi semeado milho (Zea mays) e, no final do ciclo, foram semeadas as plantas de cobertura de verão, crotalária juncea (Crotalaria juncea), guandu-anão (Cajanus cajan), mucuna-cinza (Stilozobium cinereum) e feijão-de-porco (Canavalia ensiformis), e comparadas ao pousio. Foram medidas a densidade e a resistência do solo à penetração. O sistema radicular das plantas foi avaliado pelo método do perfil radicular durante o ciclo do nabo forrageiro, do milho e das plantas de cobertura de verão. O plantio direto nesse Argissolo Vermelho eleva a densidade do solo para níveis considerados limitantes às plantas. Todas as culturas utilizadas nas rotações tiveram restrições de crescimento das raízes, e não foi possível observar diferenças entre as espécies no potencial de crescimento das raízes em solos compactados. O crescimento normal das raízes das plantas de cobertura ocorreu até o limite de densidade de 1,75 Mg m-3. Entre a faixa de 1,75 e 1,85 Mg m-3, ocorreu restrição, com deformações na morfologia das raízes em grau médio, e, acima de 1,85 Mg m-3, essas deformações foram significativas, com grande engrossamento, desvios no crescimento vertical e concentração na camada mais superficial. Todas as espécies avaliadas podem ser utilizadas em solos com algum grau de compactação, mas, quando a densidade for superior a 1,85 Mg m-3, pode ser necessária a mobilização do solo com escarificador e, ou, subsolador para facilitar a penetração das raízes em profundidade.


2002 ◽  
Vol 26 (1) ◽  
pp. 163-171 ◽  
Author(s):  
C. A. Ceretta ◽  
C. J. Basso ◽  
A. M. T. Flecha ◽  
P. S. Pavinato ◽  
F. C. B. Vieira ◽  
...  
Keyword(s):  
Zea Mays ◽  
C 30 ◽  

A sucessão aveia preta (Avena strigosa L.)/milho (Zea mays) é tradicionalmente utilizada no Sul do Brasil, sendo o manejo da adubação nitrogenada importante para o êxito desta sucessão, especialmente no sistema plantio direto. O objetivo do trabalho foi avaliar a possibilidade de transferir, parcial ou totalmente, o nitrogênio que seria aplicado em cobertura no milho para a época de perfilhamento da aveia preta ou na pré-semeadura do milho. O trabalho foi realizado na área experimental do Departamento de Solos da Universidade Federal de Santa Maria (RS), no ano agrícola de 1999/2000, em um Argissolo Vermelho distrófico arênico (Hapludalf). O delineamento experimental foi em blocos ao acaso, com quatro repetições, e os manejos de nitrogênio foram os seguintes: (a) 00-00-00-00, (b) 15-00-30-45, (c) 30-00-30-30, (d) 45-00-30-15, (e) 60-00-30-00, (f) 00-15-30-45, (g) 00-30-30 30, (h) 00-45-30-15, (i) 00-60-30-00 e (j) 00-00-30-60, cuja seqüência corresponde à quantidade de N em kgha-1 aplicado no perfilhamento da aveia preta (114dias antes da semeadura do milho), pré-semeadura do milho (17dias antes da semeadura do milho), semeadura do milho e cobertura do milho (4 a 6folhas desenroladas), totalizando uma aplicação final de 90kgha-1de N. Os resultados mostraram que o aumento da quantidade de nitrogênio no perfilhamento da aveia preta, ocarretou em aumento da quantidade de matéria seca produzida e diminuição nos teores de nitrogênio mineral no solo, no período imediatamente anterior ao da semeadura do milho. A taxa de decomposição do resíduo da parte aérea da aveia preta foi influenciada mais pela quantidade produzida do que pelo teor de N mineral do solo. A produtividade de grãos de milho diminuiu à medida que se retirou nitrogênio que seria aplicado em cobertura no milho para aplicar no perfilhamento da aveia preta. A aplicação de N em pré-semeadura do milho aumentou a disponibilidade de nitrogênio no início do ciclo do milho, mas ficou demonstrado que deve ser mantida a aplicação de N em cobertura.


1994 ◽  
Vol 24 (3) ◽  
pp. 459-463 ◽  
Author(s):  
Ben-Hur Costa de Campos ◽  
Dalvan José Reinert ◽  
Jackson Adriano Albuquerque ◽  
Renato Nicolodi

No sistema de plantio direto a cobertura vegetal do solo favorece a infiltração de água da chuva e/ou irrigação e diminui as perdas por evaporação, mantendo a umidade em valores mais elevados em períodos de estiagem, principalmente, na camada superficial. Este trabalho foi desenvolvido de maio de 1991 a maio de 1992, em área do Departamento de Solos, no Campus da UFSM. O objetivo foi avaliar o efeito de diferentes tipos de coberturas vegetais sobre a umidade da camada superficial do solo, para a cultura do milho cultivada em sistema de plantio direto. Os tratamentos constaram das espécies de inverno: chícharo (Lathyrus sativus), tremoço (Lupinus angustifolius), ervilhaca (vicia sativa), aveia preta (Avena strigosa) e pousio invernal, antecedendo a cultura do milho. A cobertura vegetal foi avaliada pelo método do ponto quadrado em intervalos regulares. A umidade gravimétrica do solo foi avaliada mensalmente, desde a implantação dos tratamentos até a colheita do milho. Houve variabilidade temporal da cobertura vegetal e umidade do solo. Os tratamentos que mais se destacaram na cobertura do solo foram aveia preta e chícharo, tendo esta reflexo direto no maior valor de umidade do solo. O tratamento em pousio invernal apresentou menor cobertura do solo e, conseqüentemente, menor umidade durante o período de agosto de 91 a maio de 92.


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