scholarly journals INFLUÊNCIA DO CULTIVO CONSORCIADO DE AVEIA PRETA (AVENA STRIGOSA SCHIEB.) E ERVILHACA COMUM (VICIA SATIVA L.) NA PRODUÇÃO DE FITOMASSA E NO APORTE DE NITROGÊNIO

1999 ◽  
Vol 56 (1) ◽  
pp. 27-32 ◽  
Author(s):  
R. Heinrichs ◽  
A.L. Fancelli

Em um Podzólico Vermelho Amarelo e sob preparo convencional, foi avaliada a influência de proporções de sementes de ervilhaca (Vicia sativa L.) e de aveia preta (Avena strigosa Schieb.) cultivadas em consórcio, na produção de fitomassa e no aporte de nitrogênio no sistema. O experimento foi implantado em solo podzolico vermelho amarelo, de Santa Maria, RS. Os tratamentos foram casualizados em quatro blocos, constituindo-se de: 1- 100% Ervilhaca comum (E); 2- 90% E + 10% Aveia preta (A); 3- 75% E + 25% A; 4- 50% E + 50% A; 5- 25% E + 75% A; 6- 100% A; 7- pousio de inverno. A amostragem da fitomassa das coberturas verdes foi efetuada na ocasião do pleno florescimento em área de 0,8m2 por parcela. Os resultados evidenciaram que a aveia preta e a ervilhaca comum podem ser consorciadas, beneficiando assim, a produção de fitomassa e acúmulo de nitrogênio.

2000 ◽  
Vol 24 (1) ◽  
pp. 153-159 ◽  
Author(s):  
C. N. Gonçalves ◽  
C. A. Ceretta ◽  
C. J. Basso

Em condições naturais, o solo encontra-se em equilíbrio, mas o manejo inadequado causa degradação, principalmente da fração orgânica, comprometendo a sustentabilidade de sistemas agrícolas. Este trabalho, realizado num experimento de seis anos em Argissolo Vermelho-Amarelo (Hapludalf), localizado na área experimental do Departamento de Solos da Universidade Federal de Santa Maria (RS), teve como objetivo avaliar a influência de cinco sucessões de culturas no nitrogênio do solo, sob plantio direto. Foram implantadas as sucessões de culturas ervilhaca comum (Vicia sativa )/milho (Zea mays), tremoço azul (Lupinus angustifolius)/milho, ervilha forrageira (Pisum arvense)/milho, aveia-preta (Avena strigosa)/milho e pousio/milho, associadas a duas doses de N aplicadas no milho (0 e 80 kg ha-1). O solo foi manejado em plantio direto e foram feitas avaliações dos teores de N das plantas de cobertura e dos resíduos vegetais superficiais, bem como do nitrogênio do solo (total, mineral e orgânico), em três profundidades (0-2,5; 2,5-7,5 e 7,5-17,5 cm). As avaliações das plantas de cobertura de solo no inverno foram realizadas nas subparcelas sem aplicação de N mineral. Os resultados mostraram que a introdução de plantas de cobertura de solo, sob plantio direto, durante seis anos, promoveu acúmulos significativos de nitrogênio mineral, orgânico e total no solo e apresentaram diferenças entre as sucessões de culturas, apenas na camada de 0-2,5 cm. A sucessão tremoço azul/milho destacou-se pela capacidade de promover acréscimos de nitrogênio no solo.


2004 ◽  
Vol 28 (4) ◽  
pp. 751-762 ◽  
Author(s):  
S. J. Giacomini ◽  
C. Aita ◽  
I. C. Chiapinotto ◽  
A. P. Hübner ◽  
M. G. Marques ◽  
...  

Nos últimos anos, com a rápida expansão do plantio direto no Sul do Brasil, tem aumentado o interesse pela consorciação de plantas de cobertura de solo no outono/inverno como fonte de N ao milho em sucessão. Para avaliar o efeito da aveia preta (AP) (Avena strigosa Schieb), da ervilhaca comum (EC) (Vicia sativa L.) e do nabo forrageiro (NF) (Raphanus sativus L. var. oleiferus Metzg.), em cultivos solteiros e consorciados, sobre o N acumulado e a produtividade de grãos de milho, foi realizado um experimento, no período de 1998 a 2000, na área experimental do Departamento de Solos da Universidade Federal de Santa Maria (RS), em um Argissolo Vermelho distrófico arênico (Hapludalf). O delineamento experimental foi de blocos inteiramente ao acaso com quatro repetições. Os tratamentos foram os seguintes: 100 % AP (80 kg ha-1 de sementes), 100 % EC (80 kg ha-1), 100 % NF (14 kg ha-1), 15 % AP + 85 % EC, 30 % AP + 70 % EC, 45 % AP + 55 % EC, 15 % AP + 85 % NF e 30 % AP + 70 % NF. Além desses, foram utilizados dois tratamentos em pousio invernal onde cresceu a vegetação espontânea da área. Num tratamento sob pousio, o milho foi cultivado sem adubação nitrogenada e, no outro, o milho foi adubado com 180 kg ha-1 de N-uréia. Foram avaliadas: a produção de matéria seca (MS), a concentração de N total do tecido vegetal do milho em diferentes estádios de desenvolvimento da cultura e a produtividade de grãos. A quantidade de N acumulado pelo milho e a produtividade de grãos em sucessão aos consórcios de aveia + ervilhaca não diferiram da ervilhaca solteira e foram proporcionais à quantidade do N dos consórcios que estava presente na fitomassa da ervilhaca. A ervilhaca e o nabo, tanto em culturas solteiras como consorciados à aveia, proporcionaram maior produtividade de milho do que após o pousio e a aveia solteira. Os resultados deste trabalho indicam que, consorciando aveia + ervilhaca, até uma proporção máxima de 30 % de aveia, foi possível atingir uma produtividade de grãos de milho equivalente àquela da ervilhaca solteira e a 70 % daquela obtida com o uso de 180 kg ha-1 de N-uréia no pousio.


2001 ◽  
Vol 25 (1) ◽  
pp. 157-165 ◽  
Author(s):  
C. Aita ◽  
C. J. Basso ◽  
C. A. Ceretta ◽  
C. N. Gonçalves ◽  
C. O. Da Ros

Durante o período de 1990/94, foi realizado um trabalho na área experimental do Departamento de Solos da Universidade Federal de Santa Maria (RS), num Argissolo Vermelho distrófico arênico, para avaliar o potencial de algumas plantas de cobertura de solo no fornecimento de N ao milho no sistema plantio direto. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso, com parcelas subdivididas e quatro repetições. Nas parcelas principais, foram utilizadas, em cada inverno, as leguminosas ervilhaca comum (Vicia sativa L.), ervilha forrageira (Pisum sativum var. arvense (L.) Poir), chícharo (Lathyrus sativus L.) e tremoço azul (Lupinus angustifolius L.), a gramínea aveia preta (Avena strigosa Schieb.), além de um tratamento com pousio invernal (plantas invasoras). Nas subparcelas, foram aplicadas as doses de 0, 80 e 160 kg ha-1 de N no milho, na forma de uréia. Na média dos quatro anos, as duas espécies que produziram maior quantidade de matéria seca pela parte aérea foram o tremoço azul (5.228 kg ha-1) e a aveia preta (4.417 kg ha-1), seguidas do chícharo (3.047 kg ha-1), ervilha forrageira (2.754 kg ha-1), ervilhaca comum (2.527 kg ha-1) e plantas invasoras do pousio invernal (1.197 kg ha-1). Dentre as leguminosas, a espécie tremoço azul acumulou a maior quantidade de N na parte aérea (113,7 kg ha-1 de N). Os tratamentos que adicionaram menor quantidade de N ao solo pela fitomassa foram a aveia preta (41,7 kg ha-1 de N) e o pousio invernal (20,5 kg ha-1 de N). Aproximadamente, 60% do N acumulado na parte aérea das leguminosas foi liberado durante os primeiros 30 dias após o seu manejo. Na ausência de adubação nitrogenada, o rendimento de grãos de milho foi maior após as leguminosas do que após a aveia e o pousio invernal. As leguminosas diferiram entre si quanto ao potencial de fornecimento de N ao milho. Os maiores valores de equivalência em N mineral (EqN) foram obtidos com a ervilhaca (137 kg ha-1 de N) e com o tremoço (122 kg ha-1 de N), evidenciando a possibilidade de redução das quantidades de N mineral por aplicar no milho quando ele for cultivado em sucessão a estas duas leguminosas.


1999 ◽  
Vol 23 (2) ◽  
pp. 383-391 ◽  
Author(s):  
B. C. Campos ◽  
D. J. Reinert ◽  
R. Nicolodi ◽  
L. C. Cassol

O impacto de plantas de inverno sobre a estabilidade estrutural do solo, antecedendo a cultura do milho sob plantio direto, foi avaliado em Podzólico Vermelho-Amarelo. O experimento foi realizado no campus da Universidade Federal de Santa Maria, de maio de 1991 a maio de 1992. Os tratamentos utilizados constaram de: chícharo (Lathyrus sativus L.), tremoço azul (Lupinus angustifolius L.), ervilhaca (Vicia sativa L.), aveia preta (Avena strigosa Schieb) e pousio invernal. Em cada parcela, foram coletadas mensalmente, desde a implantação das plantas de inverno até a colheita do milho, totalizando treze coletas, amostras de solo parcialmente deformadas e indeformadas para as determinações. Foram usadas duas subamostras na profundidade de 0-5 cm, com pá de corte, compondo uma amostra para análise de agregados e carbono orgânico e cinco subamostras, na mesma profundidade, com uso de cilindro volumétrico, compondo amostra para análise da atividade microbiana e umidade do solo. As plantas de cobertura induziram variação temporal da estabilidade dos agregados no período de estudo. A aveia preta atingiu maiores valores de estabilidade estrutural durante o ciclo das culturas de inverno, enquanto o tremoço azul maiores valores durante o ciclo do milho. Isso pode ser atribuído ao sistema radicular da gramínea e à taxa de decomposição da leguminosa, criando ambiente favorável à agregação, pela ação de raízes, cobertura do solo, fornecimento de material orgânico e conservação da umidade favoráveis à ação de microrganismos. Tais fatores, provavelmente, favoreceram a formação e conservação dos agregados do solo.


1997 ◽  
Vol 27 (4) ◽  
pp. 555-560 ◽  
Author(s):  
Amauri Nelson Beutler ◽  
Flavio Luiz Foletto Eltz ◽  
Antônio Carlos Rabenschlag de Brum ◽  
Thomé Lovato

Em experimento de campo num solo Podzólico vermelho-amarelo, textura superficial arenosa, localizado ná área experimental do Departamento de Solos da Universidade Federal de Santa Maria, foi avaliado o efeito de espécies de cobertura de inverno e de verão no suprimento parcial de nitrogênio e no rendimento de grãos de milho durante os anos agrícolas de1992/93 a 1994/95. Os tratamentos de inverno foram: (a) Consorciação aveia preta (Avena strigosa) + ervilhaca comum (Vicia sativa) + 130kg ha-1 de N mineral no milho e (b) Tremoço azul (Lupinus angustifolius) + 65kg ha-1 de N mineral no milho. Os tratamentos de verão foram: (a) Mucuna cinza (Stizolobium cinereum) e (b) Feijão-de-porco (Canavalia ensiformis), serneadas nas entrelinhas do milho, aproximadamente 100 dias após a semeadura do milho, com a aplicação de 65 kg ha-1 de N mineral no rnilho. As testemunhas foram pousio invernal sem N mineral para o milho, e pousio invernal + 130kg ha-1 de N mineral na cultura do milho. As espécies de verão acumularam o dobro de nitrogênio fitomassa, com destaque para o feijão-de-porco, em relação às espécies de inverno, porém a produção de matéria seca destas espécies de cobertura de verão e no milho em sucessão não foi proporcional a esta maior acumulação de nitrogênio. O rendimento de grãos de milho foi de 4.927, 5.191, 5.405 e 4.772kg ha-1 ern sucessão ao tremoço, mucuna, feijão-de-porco e pousio invernal + N mineral, respectivamente. Isto demonstra que as leguminosas com metade da adubação nitrogenada mineral atingiram níveis semelhantes ao pousio + N no milho, evidenciando a eficiência dessas espécies na fixação de N2 atmosférico e suprimento parcial de nitrogênio ao milho.


2004 ◽  
Vol 28 (4) ◽  
pp. 739-749 ◽  
Author(s):  
C. Aita ◽  
S. J. Giacomini ◽  
A. P. Hübner ◽  
I. C. Chiapinotto ◽  
M. R. Fries

A dinâmica do N no solo é um assunto ainda pouco estudado no Sul do Brasil, principalmente no sistema plantio direto. O presente estudo avaliou a dinâmica do N no solo durante o ciclo do milho, em sucessão à aveia preta (AP) (Avena strigosa Schieb), ervilhaca comum (EC) (Vicia sativa L.) e nabo forrageiro (NF) (Raphanus sativus L. var. oleiferus Metzg.), em cultivos solteiros e consorciados. O trabalho foi realizado nos anos agrícolas de 1998/99 e 1999/00, em área do Departamento de Solos da Universidade Federal de Santa Maria (RS) em um Argissolo Vermelho distrófico arênico (Hapludalf). Utilizou-se o delineamento experimental de blocos inteiramente ao acaso, com quatro repetições. Os tratamentos foram os seguintes: 100 % AP (80 kg ha-1 de sementes), 100 % EC (80 kg ha-1), 100 % NF (14 kg ha-1), 15 % AP + 85 % EC, 45 % AP + 55 % EC e 30 % AP + 70 % NF. Além desses, foram utilizados dois tratamentos em pousio invernal onde cresceu a vegetação espontânea da área. Num tratamento, o milho foi cultivado sem adubação nitrogenada e, no outro, o milho foi adubado com 180 kg ha-1 de N-uréia. A partir de 10 dias do manejo das plantas de cobertura, avaliou-se a quantidade de N mineral do solo, nas camadas de 0-5, 5-15, 15-30, 30-60 e 60-90 cm, em nove épocas. A soma das quantidades de N mineral das cinco camadas de solo no tratamento com ervilhaca solteira foi superior à dos tratamentos em pousio e aveia solteira. Ao final do primeiro mês, a diferença em favor da ervilhaca foi de aproximadamente 30 kg ha-1 de N. Nos tratamentos com nabo forrageiro, as quantidades de N mineral foram inferiores às da ervilhaca solteira e próximas às dos consórcios de aveia e ervilhaca. Os resultados deste trabalho evidenciaram que a consorciação de aveia e ervilhaca provocou uma diminuição na quantidade de N mineral do solo em relação à ervilhaca solteira, tendo sido esse efeito proporcional à participação de aveia no consórcio. Verificou-se também que o potencial de perdas de N por lixiviação foi maior após a ervilhaca solteira do que após a aveia e o nabo solteiros e os consórcios de aveia e ervilhaca.


2000 ◽  
Vol 24 (4) ◽  
pp. 905-915 ◽  
Author(s):  
C. J. Basso ◽  
C. A. Ceretta

Estabelecida a hipótese de que a antecipação da adubação nitrogenada promove acréscimo no rendimento de grãos de milho pela maior disponibilidade de N nos estádios iniciais de desenvolvimento, foi realizado um trabalho com o objetivo de avaliar diferentes manejos de N para o milho cultivado em sucessão a plantas de cobertura de solo. O experimento foi desenvolvido em área do Departamento de Solos da Universidade Federal de Santa Maria (RS), nos anos agrícolas de 1996/97, 1997/98 e 1998/99, em Argissolo Vermelho distrófico arênico (Hapludalf). O delineamento experimental foi de blocos ao acaso com parcelas subdivididas e três repetições. Nas parcelas principais (25 x 5 m), foram cultivadas três espécies para cobertura de solo no inverno: aveia preta (Avena strigosa Schieb), aveia preta + ervilhaca (Vicia sativa L.) e nabo forrageiro (Raphanus sativus). Nas subparcelas (5 x 5 m), aplicou-se N para o milho da seguinte maneira: (a) 00-00-00, (b) 00-30-90, (c) 30-30-60, (d) 60-30-30 e (e) 90-30-00, cuja seqüência para cada tratamento corresponde à quantidade de N em kg ha-1 aplicado em pré-semeadura-semeadura-cobertura do milho. A aplicação de N em pré-semeadura foi realizada após o manejo das plantas de cobertura de solo no inverno, enquanto em cobertura o N foi aplicado quando as plantas de milho estavam com quatro a seis folhas desenroladas. Utilizou-se uréia como fonte de N. Segundo os resultados, o milho cultivado em sucessão ao consórcio com aveia preta + ervilhaca mostrou melhor desempenho do que quando cultivado sobre resíduos de aveia preta e nabo forrageiro. A aplicação de N em pré-semeadura do milho é uma atitude de risco, sendo mais segura a aplicação de N na semeadura e em cobertura.


2002 ◽  
Vol 32 (1) ◽  
pp. 49-54 ◽  
Author(s):  
Carlos Alberto Ceretta ◽  
Claudir José Basso ◽  
Miguel Gustavo Herbes ◽  
Naracelis Poletto ◽  
Márcio José da Silveira

A qualidade do resíduo vegetal e a disponibilidade de nitrogênio (N) mineral são fatores que afetam a decomposição de resíduos vegetais. O presente trabalho teve por objetivo avaliar a produção de matéria seca, o acúmulo de nitrogênio de três plantas para cobertura de solo no inverno e a influência de diferentes épocas de aplicação da adubação nitrogenada na cultura do milho sobre a decomposição do resíduo vegetal mantido na superfície. O experimento foi desenvolvido na Universidade Federal de Santa Maria (RS), nos anos agrícolas de 1996/97 e 1997/98, em solo ARGISSOLO VERMELHO Distrófico arênico (Hapludalf), sendo que a avaliação da taxa de decomposição do resíduo superficial foi feita somente no ano agrícola de 1997/98. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso com parcelas subdivididas e três repetições. Nas parcelas principais (25 x 5m), durante o inverno foram utilizadas três coberturas de solo: aveia preta (Avena strigosa Schieb), aveia+ervilhaca (Vicia sativa L.) e nabo forrageiro (Raphanus sativus). Nas subparcelas (5 x 5m), diferentes épocas de aplicação de N no milho: (i)00-00-00, (ii)00-30-90, (iii)30-30-60, (iv)60-30-30 e (v)90-30-00, que corresponde a quantidade de N em kg ha-1, aplicado em pré-semeadura (após a dessecação das plantas de cobertura), semeadura, e cobertura do milho (4 a 6 folhas desenroladas), respectivamente. Os resultados mostraram que o cultivo da ervilhaca juntamente com aveia preta não alterou a produção de matéria seca, mas determinou maior teor e acúmulo de nitrogênio na parte aérea das plantas na consorciação. As taxas de decomposição de resíduos de aveia preta, nabo forrageiro e aveia preta+ervilhaca não foram influenciadas pelas épocas de aplicação de nitrogênio para o milho cultivado em sucessão.


2010 ◽  
Vol 34 (5) ◽  
pp. 1701-1710 ◽  
Author(s):  
Fabrício Tondello Barbosa ◽  
Ildegardis Bertol ◽  
Rodrigo Vieira Luciano ◽  
Jorge Paz-Ferreiro
Keyword(s):  

O tipo de cultura e a orientação de semeadura em relação ao declive do terreno podem modificar a proporção e o tamanho dos sedimentos transportados na enxurrada, além da relação do teor de C orgânico nos sedimentos e no solo erodido. Este trabalho teve o objetivo de determinar a proporção e o tamanho dos sedimentos transportados pela enxurrada sob taxa constante desta e o teor de C orgânico contido nos sedimentos e no solo erodido, sob duas formas de semeadura das culturas de aveia e ervilhaca. Quatro testes de chuva simulada foram aplicados entre março e novembro de 2006, durante o ciclo vegetativo das culturas, com intensidade constante de 64 mm h-1 e 1 h de duração de cada teste, em Lages, SC, num Cambissolo Húmico com declividade média de 11,9 cm m-1. Os tratamentos eram formados pela combinação de duas culturas e duas orientações de semeadura em relação ao declive. As culturas utilizadas foram aveia (Avena strigosa) e ervilhaca (Vicia sativa); as formas de semeadura eram: mecanizada em linhas em contorno ao declive e mecanizada em linhas paralelas ao declive (morro abaixo). As amostras de enxurrada para a coleta dos sedimentos foram obtidas sob taxa constante de enxurrada, aos 50 min de duração de cada teste de chuva. A aveia reduziu a quantidade de sedimentos na enxurrada em 46 % em relação à ervilhaca, e a semeadura em contorno, em 56 % em relação à semeadura morro abaixo. A proporção de sedimentos na enxurrada foi diminuída em 63 % entre o início e o final do ciclo das culturas. Na classe de menor tamanho dos sedimentos (< 0,038 mm), a aveia aumentou sua proporção em 17 % em relação à ervilhaca, e o contorno os aumentou em 10 % em relação à semeadura morro abaixo. O índice D50 dos sedimentos presentes na enxurrada foi de 0,043 mm na aveia e 0,119 mm na ervilhaca, e de 0,047 mm na semeadura em contorno e 0,117 mm na semeadura morro abaixo. A razão entre o teor de C orgânico dos sedimentos transportados pela enxurrada e o teor de C do solo na camada de 0-2,5 cm foi de 1,39 na aveia e 1,21 na ervilhaca, e de 1,43 na semeadura em contorno e 1,17 na semeadura morro abaixo.


1994 ◽  
Vol 24 (2) ◽  
pp. 411-413
Author(s):  
Rubens Dorow ◽  
Fernando Luiz Ferreira de Quadros

RESUMO Este experimento foi conduzido na Fazenda Rincão em Cachoeira do Sul, RS; em convênio com a EMATER-RS e o Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Santa Maria, com o objetivo de avaliar o desempenho de temeiros de corte, medido em ganho de peso vivo, desde o desmame aos 90 dias até um ano de idade, quando submetidos a sistemas de alimentação baseados em pastagens naturais, pastagens de Digitaria decumbens Stent., Pennisetum americanum (L) Schum. e Avena strigosa Schreb., combinadas entre si. Avaliou-se a qualidade e disponibilidade de matéria seca das pastagens associando-as ao desempenho dos temeiros desmamados aos 90 dias. Observou-se, nas condições em que foi realizado o experimento, que os temeiros alimentados com pastagens de milheto no verão e aveia no inverno, atingiram 187,75kg de peso vivo médio aos 12 meses de idade. As condições climáticas adversas do período experimental e o manejo animal impostos na Fazenda Rincão contribuíram para a redução na disponibilidade de matéria seca das pastagens, influenciando diretamente o desempenho dos animais.


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