scholarly journals Caracterização biológica de onze isolados de PVX (Potato virus X) do Brasil

2005 ◽  
Vol 29 (3) ◽  
pp. 521-527
Author(s):  
Oneida de Almeida Silva ◽  
Antonia dos Reis Figueira ◽  
Alessandra de Jesus Boari ◽  
César Augusto Brasil Pereira Pinto ◽  
Rafael Rodrigues Boni

Este trabalho foi realizado com onze isolados do Potato Vírus X (PVX), sendo seis do Centro de Indexação de Vírus Minas Gerais (VIC, LAV, UF, NR, SJ, UDI), um de São Paulo (VEL), dois do Rio Grande do Sul (P21 e P22), um de Santa Catarina (CAN) e um do Distrito Federal (BR). Os isolados de PVX foram inoculados mecanicamente, em duas épocas diferentes (setembro de 2001 e julho de 2002), em hospedeiras diversas, para verificação da sua agressividade e sintomatologia induzida nos hospedeiros, com a finalidade de se fazer sua diferenciação. A diagnose foi feita por inspeção visual e DAS-ELISA. Foram feitas também tentativas de recuperação dos vírus em plantas com DAS-ELISA negativo, por inoculação nas plantas indicadoras Gomphrena globosa e Nicotiana tabacum 'TNN'. Os sintomas induzidos pelos isolados de PVX na maioria das plantas foram semelhantes, com exceção de Nicotiana glutinosa e Physalis floridana, que se revelaram ótimas diferenciadoras para os isolados VEL e P21, respectivamente. Provavelmente os 11 isolados de PVX, estudados neste trabalho, possuem a mesma origem que os isolados dos grupos 1 e 3.

2004 ◽  
Vol 22 (3) ◽  
pp. 521-524 ◽  
Author(s):  
Julio Daniels ◽  
Arione da S. Pereira

O vírus do enrolamento da folha da batata (Potato leafroll virus, PLRV) e o vírus Y da batata (Potato virus Y, PVY) constituem as principais causas da degenerescência da batata-semente no Brasil. Com o objetivo de determinar, nas condições do Rio Grande do Sul, a resistência de campo de genótipos de batata à infecção por estes vírus, avaliaram-se, na presença de infectores, durante três plantios consecutivos de primavera, 20 cultivares e clones de batata. A detecção dos vírus foi efetuada por meio de testes sorológicos (DAS-ELISA). Pela análise de agrupamento os genótipos foram separados em três grupos para resistência ao PLRV (Elvira, Achat, Bintje, Monalisa, Monte Bonito, Panda e Araucária, resistentes; Baronesa, Asterix, Atlantic, 2CRI-1149-1-78, C-1226-35-80, Astrid, C-1714-7-94, A-1139-12-92, Macaca, Eliza e Santo Amor, suscetíveis; Catucha e Cristal, muito suscetíveis) e em quatro grupos para resistência ao PVY (Asterix, Astrid, Catucha, Cristal, Macaca, Monte Bonito, A-1139-12-92, C-1226-35-80 e C-1714-7-94, resistentes; Baronesa, Santo Amor, Monalisa, Panda e 2CRI-1149-1-78, resistentes intermediários; Bintje, Atlantic, Elvira e Araucária, suscetíveis; Achat e Eliza, muito suscetíveis).


PubVet ◽  
2021 ◽  
Vol 15 (4) ◽  
pp. 1-13
Author(s):  
Gabrielle Moura Nascimento ◽  
Camila de Freitas Maia ◽  
Bruno Silva Milagres ◽  
Carlos Alberto da Cruz Junior

Com o objetivo de verificar o uso de plantas medicinais nos animais, em grupos especializados na temática presentes no facebook, WhatsApp e aplicativo DogHero, foi realizado um estudo transversal observacional descritivo entre os dias 17 e 23 de agosto de 2018 com o uso do Google Forms. Foram respondido 124 questionários dos quais 53,22% fizeram o uso de plantas medicinais como tratamento para animais. Todos os entrevistados que utilizaram as plantas receberam indicações, sendo 54,5% de família e amigos, 31,5% de médico veterinário, 9% por grupos em redes sociais e 5% buscaram por artigos. O maior número de respostas para o uso de plantas medicinais em animais foi do Distrito Federal com 56,92% (região centro-oeste), seguido de Pernambuco com 10,60% (região Nordeste) e Rio Grande do Sul com 7,5% (região Sul). Foram citadas utilizações em cães (37%), roedores (20%), felinos (14%), répteis (10%), aves (9%), bovinos (4%), equinos (4%) e peixes (1%). A camomila (Chamomilla recutita) foi a planta com maior relato de uso (19,60%), seguida por 14,28% do chá-verde (Camellia sinensis), 10,78% da babosa (Aloe Vera), 9,80% do capim-santo (Cymbopogon citratus) e 9,80% da erva-de-gato (Nepeta Catari). O maior uso de plantas medicinais foi para o tratamento da ansiedade (23,2%) seguido do tratamento de problemas no fígado e estômago e 10,4% para inchaço e 6,4% para obesidade. O cultivo próprio foi a principal forma de aquisição (36%), seguida das farmácias de manipulação (28,78%), feiras (18%) e lojas (8%). Conclui-se que o uso de plantas medicinais ocorre em diversas espécies de animais e nas mais distintas regiões do páis, demonstrando a importância de se aprofundar os estudos e difusão da etnoveterinária.


2002 ◽  
Vol 20 (3) ◽  
pp. 510-513 ◽  
Author(s):  
Julio Daniels ◽  
Antônio Carlos F. Silva ◽  
Zilmar S. Souza ◽  
Jurema Schons

A infecção pelo vírus do enrolamento da folha da batata (Potato leafroll virus, PLRV) e pelo vírus Y da batata (Potato virus Y, PVY) constitui-se na principal causa da degenerescência da batata-semente no Brasil. Durante dois períodos de cultivo, setembro a dezembro de 1999 e março a junho de 2000, avaliou-se o percentual de infeção de batata-semente básica pelo PLRV e pelo PVY, em regiões produtoras de batata do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. No primeiro período foram avaliadas sorologicamente (DAS-ELISA) 623 amostras de nove regiões, observando-se percentagens de infeção de 17% para PVY e de 3% para PLRV. A percentagem de infeção por PVY e PLRV em cada cultivar foi, respectivamente, Baronesa 7,5 e 0,3%, Catucha 22 e 19%, Elvira 42 e 0% e Monalisa 16 e 4%. No plantio do segundo período usou-se parte dos tubérculos colhidos no primeiro, e foram avaliadas 301 amostras de duas regiões, constatando-se uma percentagem média de infeção de 58% para o PVY e de 11% para PLRV. A percentagem, por cultivar, foi Baronesa 67 e 6%, Catucha 68 e 49%, Elvira 94 e 2% e Monalisa 35 e 0%.


2005 ◽  
Vol 23 (4) ◽  
pp. 904-910 ◽  
Author(s):  
Leonardo N. Fonseca ◽  
Alice K. Inoue-Nagata ◽  
Tatsuya Nagata ◽  
Rudra P. Singh ◽  
Antonio Carlos de Ávila

O Potato virus Y (PVY) tornou-se o maior problema nas áreas de produção de batata semente do Brasil. Somente as estirpes comum (PVYº) e necrótica (PVY N) eram detectadas infectando batata no Brasil. Esta situação mudou drasticamente a partir de 1997 quando um surto epidêmico de uma variante da estirpe necrótica de PVY causando arcos e anéis necróticos na superfície do tubérculo (PVY NTN) foi observado no país. Este estudo visou avaliar e validar uma metodologia de diferenciação de estirpes que causam necrose em tubérculos, proposta por Weilguny e Singh (1998). Vinte e oito isolados de PVY originários de tubérculos infectados de batata, provenientes de quatro estados brasileiros, foram analisados em sua reação em plantas de fumo, por Elisa, utilizando anti-soro policlonal e pelo método 3-primer RT-PCR. Quatro isolados induziram clareamento de nervuras e manchas peroladas em folhas de Nicotiana tabacum conforme esperado para a estirpe comum. Os 24 isolados restantes induziram necrose de nervuras neste hospedeiro portanto, classificados como da estirpe necrótica. Todos os 28 isolados de PVY reagiram positivamente contra o anti-soro policlonal de PVY por Elisa. Três métodos de extração de RNA foram testados, sendo que o método de hidrocloreto de guanidina mostrou-se o mais eficiente e de menor custo. Dos 28 isolados submetidos ao RT-PCR, um isolado de Santa Catarina e três do Rio Grande do Sul foram diferenciados como PVYº, confirmando os resultados do teste biológico. Um isolado de PVY N foi detectado no Estado de Santa Catarina e quatro no Rio Grande do Sul. O PVY NTN foi detectado em Minas Gerais (seis isolados), Santa Catarina (três isolados) e São Paulo (dez isolados). Estes resultados confirmam a presença dessa variante necrótica, PVY NTN, nas principais regiões produtoras de batata do Brasil.


2000 ◽  
Vol 18 (2) ◽  
pp. 145-147 ◽  
Author(s):  
Julio Daniels

O vírus Y da batata (Potato virus Y ou PVY) é uma das principais causas da degenerescência da batata no Brasil. Com o objetivo de determinar, nas condições do Rio Grande do Sul, a resistência de campo de genótipos de batata à infecção pelo PVY, avaliaram-se, na presença de infectores e durante dois plantios consecutivos de primavera, quinze cultivares e clones de batata. A detecção de PVY foi efetuada por meio de testes sorológicos (DAS-ELISA). As cultivares e clones avaliados comportaram-se da seguinte forma: Cristal e 2CRI-1149-1-79, resistentes; Astrid, Baraka, Baronesa, Catucha, Macaca, Monte Bonito, Santo Amor, Trapeira e 2AC-917-7-80, resistência intermediária; Bintje, Cerrito Alegre e Monalisa, suscetíveis; e Achat, muito suscetível.


2008 ◽  
Vol 137 (1) ◽  
pp. 16-23 ◽  
Author(s):  
Natalia Andrea Módena ◽  
Alicia Mercedes Zelada ◽  
Florencia Conte ◽  
Alejandro Mentaberry

2021 ◽  
Vol 2 (1) ◽  
pp. 57-72
Author(s):  
Miriam Cheissele dos Santos

Este trabalho busca responder ao seguinte problema: em que medida o Projeto de Lei do Senado nº 542, de 2018, contribui para a instituição de direitos positivos e ao bem estar dos animais não humanos domésticos, bem como quais critérios têm sido utilizados na decisão judicial acerca da custódia desses? Parte das reflexões trazidas pela obra Zoopolis: a political theory of animal rights, que destaca a ampliação da Teoria da Cidadania e a necessidade de se incluir deveres positivos para com os animais não humanos, a partir de condições sob as quais essas interações podem ser respeitosas e não exploratórias. Para tanto, utilizou-se o método de abordagem dedutivo e métodos de procedimentos bibliográfico e documental. Foram analisadas decisões do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul e do Superior Tribunal de Justiça. Quanto aos resultados, constatou-se que o Projeto, ao buscar regulamentar a guarda compartilhada dos animais de estimação nos casos de dissolução do casamento ou da união estável, contribui para a instituição de direitos positivos, especialmente porque a decisão deverá se dar a partir do critério de bem estar dos animais. As decisões analisadas revelam que o critério utilizado é a prova da propriedade, desconsiderando-se o bem estar animal. Por fim, a decisão do Superior Tribunal de Justiça se mostrou importante ao considerar a relevância da matéria, mas também demonstra a necessidade de se obter legislação apropriada para a análise judicial dessas situações.


2010 ◽  
Vol 40 (9) ◽  
pp. 1955-1960 ◽  
Author(s):  
Ana Paula Moreira Rovedder ◽  
Flávio Luiz Foletto Eltz ◽  
Marta Sandra Drescher ◽  
Fabiana de Oliveira Dorneles ◽  
Ricardo Bergamo Schenato
Keyword(s):  

A degradação do solo pela arenização no sudoeste do Rio Grande do Sul precisa ser controlada e, para isso, a revegetação é uma técnica eficiente e de baixo custo. A possibilidade de se utilizar uma espécie nativa da região para tais medidas de controle surge como uma alternativa viável do ponto de vista econômico e ecológico. O objetivo deste estudo foi testar a melhor maneira de cultivar Lupinus albescens Hook. & Arn., um tremoço nativo da região, visando à contenção da arenização. O experimento foi conduzido em uma área degradada em Alegrete, Rio Grande do Sul (RS), sul do Brasil. Os tratamentos foram espaçamentos com distância de 17, 34 e 51cm entre as linhas de plantio e número de plantas por metro linear (4, 8, 12, 16 e 20 plantas por metro linear). Os parâmetros analisados foram produção de biomassa na parte aérea, acúmulo de macronutrientes na biomassa da parte aérea, produção de sementes, peso e número de nódulos de fixação biológica de nitrogênio (FBN). Foi realizada análise da variância. Não houve interação significativa entre os dois fatores estudados. O fator espaçamento entre linhas (EL) produziu variação significativa para as diversas variáveis estudadas, com exceção do P acumulado na parte aérea. No caso do espaçamento entre linha, a análise da variância foi complementada por análise de regressão, e o valor para cada característica analisada foi estimado a partir dos modelos matemáticos gerados. O espaçamento entre linhas de 17cm favoreceu a produção de biomassa e o acúmulo de macronutrientes na biomassa da parte aérea, além do peso de nódulos de FBN. O espaçamento de 51cm foi mais eficiente para produção de sementes por planta. Conclui-se que, para plantios de contenção da arenização, o espaçamento de 17cm é mais eficiente, enquanto que, para plantios que objetivam produzir sementes, o espaçamento de 51cm é melhor.


2015 ◽  
Vol 13 (2) ◽  
pp. 361-379
Author(s):  
Carlos Augusto Piccinini ◽  
Rosane Azevedo Neves da Silva

Este artigo analisa a singularidade da ação dos agentes comunitários de saúde em sua circulação pelo território, no município de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Considerou-se que os encontros entre agentes e território extrapolam as prescrições e expectativas das políticas de saúde. Problematizou-se a produção de uma imagem idealizada dos agentes, no qual são vistos como a 'mola propulsora' das transformações esperadas da Atenção Básica. Ao se analisar a complexidade das demandas presentes em seu cotidiano de trabalho, destacou-se a multiplicidade de estratégias de cuidado produzidas pelos agentes comunitários. A singularidade de cada território, das equipes de saúde e da gestão, entre outras numerosas variabilidades, pressiona os agentes e os demais trabalhadores das equipes da Estratégia Saúde da Família a encarar uma realidade bastante distinta do que se supõe. Destacou-se, portanto, a importância de se produzir uma posição crítica e reflexiva, colocando em questão os limites e possibilidades dessa prática, a fim de potencializar as estratégias de cuidado ali existentes.


2001 ◽  
Vol 26 (1) ◽  
pp. 53-59 ◽  
Author(s):  
MARCELO EIRAS ◽  
ADDOLORATA COLARICCIO ◽  
ALEXANDRE L.R. CHAVES

Em 1996, foi feita a caracterização parcial de um isolado do vírus do mosaico do pepino (Cucumis mosaic virus, CMV) obtido de bananeira (Musa sp.) proveniente do município de Miracatu, SP. Com o objetivo de se determinar o subgrupo do isolado de CMV, recorreu-se às técnicas de ELISA, RT-PCR, RFLP e seqüenciamento de fragmentos de RNA genômico. Amostras de folhas infetadas, desidratadas com cloreto de cálcio e armazenadas à -20 °C desde 1994 na viroteca do Laboratório de Fitovirologia e Fisiopatologia, foram inoculadas em plantas de Nicotiana glutinosa. Dez dias após a inoculação, folhas apresentando mosaico foram utilizadas para DAS-ELISA e extração de RNAs totais. Em ELISA, houve reação apenas contra o anti-soro específico para CMV subgrupo I. Através de RT-PCR com primers desenhados para anelar em regiões conservadas da porção terminal 3' do gene da capa protéica, foi amplificado um fragmento de DNA com 486 pares de bases. O produto obtido via RT-PCR foi submetido à digestão com as enzimas EcoRI, HindIII, BamHI e MspI, obtendo-se um padrão de restrição esperado para o subgrupo I. Estes resultados foram confirmados através do seqüenciamento do produto de PCR, o qual apresentou homologia de 96% a 98% com os isolados do CMV pertencentes ao subgrupo I. Pelos sintomas observados na hospedeira diferencial Vigna unguiculata, o isolado foi confirmado como sendo do subgrupo Ia.


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