scholarly journals Solvitur ambulando em "A arte de andar nas ruas do Rio de Janeiro", de Rubem Fonseca

2021 ◽  
Vol 13 (29) ◽  
pp. 272-286
Author(s):  
Luís Henrique Pereira da Silva ◽  
Kelly Yumi Yamashita
Keyword(s):  
2010 ◽  
Vol 29 (2) ◽  
pp. 285-297
Author(s):  
Bruno Martins Carvalho
Keyword(s):  

Uma leitura do conto de Rubem Fonseca, “A arte de andar nas ruas do Rio de Janeiro” (1992), este artigo explora como os conceitos de Simmel de ponte e de porta podem no ajudar a repensar algumas das distâncias espaciais e psicológicas entre as classes sociais da cidade. Argumentando que o texto insere o personagem principal em uma série de convenções literárias apenas para situá-lo além delas, eu afirmo que uma ética do olhar e do caminhar surge das práticas do protagonista – o qual parece estar bem ciente das limitações da literatura, bem como do leitor implícito do conto. Neste processo, são tratadas questões como planejamento urbano, degradação ambiental, religião organizada, miséria e a corrosão do diálogo.


Opiniães ◽  
2016 ◽  
Vol 5 (9) ◽  
pp. 56
Author(s):  
Luís Otávio Hott

O conto “A arte de andar nas ruas do Rio de Janeiro”, de Rubem Fonseca, revela uma construção onírica da cidade do Rio de Janeiro que, em certa medida, se assemelha à alegoria baudelairiana construída por Walter Benjamin. Para Benjamin, a Paris de Baudelaire se constituía como uma cidade no apogeu de seu esplendor e ao mesmo tempo em processo de decadência. De forma similar Rubem Fonseca constrói a cidade do Rio de Janeiro, uma metrópole onírica e decadente, onde figuras como a prostituta, o andarilho, e o flâneur ainda podem existir, sendo sua própria permanência um ato de resistência e transgressão.


2019 ◽  
Vol 30 (41) ◽  
pp. 83-94
Author(s):  
Paulo Teixeira

Fredric Jameson defende que o posicionamento do indivíduo na pós-modernidade torna inevitável o recurso à prática do mapeamento cognitivo, que o autor descreve como um método de localização e de orientação por meio do qual o sujeito, descentrado pela mudança para um novo tipo de espaço, se pode reorientar a si mesmo. Em cada uma das narrativas de Rubem Fonseca, os personagens dependem da sua capacidade de localização e de orientação no espaço urbano do Rio de Janeiro. A ênfase nesses processos revela em que medida este autor reconhece a importância do espaço na construção da subjetividade e nas possibilidades de ação dos seus personagens.


Opiniães ◽  
2016 ◽  
Vol 5 (9) ◽  
pp. 81
Author(s):  
Elizabeth Da Silva Mendonça
Keyword(s):  

A crítica literária assinala que a ficção de Rubem Fonseca privilegia o espaço urbano e representa, através de uma linguagem agressiva e sem rodeios, as transformações sociais ocorridas na formação da atual cidade do Rio de Janeiro. No conto “A arte de andar nas ruas do Rio de Janeiro”, do livro Romance negro e outras histórias, acompanhamos as andanças do personagem Augusto em sua flanêrie pelo centro da cidade. Observamos as contradições advindas de um olhar nostálgico entre a antiga e a atual cidade do Rio de Janeiro que permeiam toda a narrativa. Identificando-se com a figura do rato, esse personagem, uma espécie de flâneur contemporâneo, envolve-se com as figuras marginalizadas que encontra em suas andanças. Através de um olhar resignado do personagem, o conto não deixa de apresentar a crueza da vida na metrópole em que o ilhamento do sujeito e a marginalização social, gerados pela modernização, tornam-se um convite para reflexão.


Author(s):  
Amina Di Munno

Il proposito del presente articolo è quello di mettere in luce la presenza e il ruolo della città, non tanto come spazio urbano contrapposto a quello rurale-bucolico, ma di una città che assume una posizione privilegiata, da protagonista o, quanto meno, da coprotagonista, in romanzi prodotti tra la fine del secolo scorso e l’attualità nel panorama letterario brasiliano. Storia, finzione, mito, memoria sono aspetti già presenti nella città descritta durante il Modernismo da autori come Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira e Vinicius de Moraes, ma anche, in tempi diversi, da Lima Barreto, João do Rio, Rubem Fonseca, testimoni delle trasformazioni di Rio de Janeiro. Dal canto suo Mário de Andrade con l’opera Paulicéia Desvairada rivela, conciliando estetiche differenti, i cambiamenti di São Paulo dovuti anche alle forti immigrazioni. Tuttavia, l’obiettivo principale di questo testo verte sull’importanza attribuita alle città di Manaus e di Brasilia rispettivamente nei romanzi di Milton Hatoum e João Almino. Questi autori non si inseriscono nel filone del regionalismo, così marcato nella tradizione brasiliana, ma, piuttosto, fanno agire le presenze umane in un contesto cittadino che assume vita propria, quasi personificandosi.


2020 ◽  
Vol 2 (2) ◽  
pp. 141-150
Author(s):  
Paulo Teixeira
Keyword(s):  

Numa abordagem interdisciplinar, na qual intervêm a teoria da literatura e a ciência espacial, o  presente artigo examina a representação do Rio de Janeiro no conto “O quarto selo (fragmento)” de Rubem Fonseca. Situado num futuro indeterminado, o conto recorre à técnica dos planos cinematográficos para descrever uma nova realidade urbana, na qual os espaços da modernidade tardia se veem substituídos por uma metrópole conformada por periferias. Num tempo em que os corpos, as máquinas e as cidades são mutuamente constitutivos, a presença do personagem-ciborgue alude à disseminação de identidades híbridas no contexto de uma geografia pós-humana. O protagonista do conto é precisamente uma criação artificial, dotada de múltiplas identidades, no mundo ordenado e gerenciado do Rio de Janeiro entendido como metrópole apocalíptica. O apocalipse, para o qual remete o título do conto, deve ser entendido como um dispositivo que projeta um cenário catastrófico na realidade imediata, permitindo que questões de ordem social e política possam ser pensadas ​​e discutidas.


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