scholarly journals Peso e capacidade de armazenamento da vesícula melífera de abelhas africanizadas no Sul de Santa Catarina

2020 ◽  
Vol 8 ◽  
pp. e7989
Author(s):  
Lucas Almeida da Silva ◽  
Maurício Duarte Anastácio ◽  
Tuan Henrique Smielevski de Souza ◽  
Diou Roger Ramos Spido ◽  
Diogo Policarpo Semprebon ◽  
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Objetivou-se avaliar o peso das abelhas operárias e a capacidade da vesícula melífera de Apis mellifera L. africanizadas na região Sul de Santa Catarina. As abelhas foram acondicionadas em potes para a mensuração de seus pesos e, posteriormente, fornecido mel até apresentarem saciedade e pesadas para a quantificação da capacidade da vesícula melífera. O peso médio das abelhas africanizadas vazias foi de 76,20±10,33 mg. A capacidade média da vesícula melífera foi de 24,50±12,69 mg. O baixo coeficiente de determinação da equação de regressão (r2 = 0,03998) demonstra a variabilidade existente entre o peso e a vesícula melífera das abelhas africanizadas. O peso e a capacidade da vesícula melífera das abelhas na região sul de Santa Catarina verificados foram de 76,20 mg e 24,50mg, respectivamente.

2019 ◽  
Vol 6 (3) ◽  
pp. 81
Author(s):  
Patrícia Bachniuk Kloc ◽  
Thiago Merighi Vieira da SILVA ◽  
Daniela Roberta HOLDEFER ◽  
Favízia Freitas de OLIVEIRA ◽  
Franciélli Cristiane Woitowicz-Gruchowski

A polinização é um serviço ecossistêmico de extrema importância no ambiente natural, garantindo muitos benefícios à biodiversidade e à manutenção dos ecossistemas. O presente trabalho teve como objetivo investigar a diversidade da apifauna e delinear as redes de interações entre espécies de plantas e abelhas em áreas de várzea, na Floresta Nacional de Três Barras (SC, Brasil). Foram selecionadas três áreas de várzeas para a amostragem de abelhas nas flores, cada uma com seis parcelas de 1 ha. As coletas ocorreram durante a primavera e o verão de 2016 e 2017. Coletaram-se 1.656 abelhas, distribuídas em 99 espécies. Apidae foi a família mais abundante e Halictidae a família mais rica em espécies. As espécies mais abundantes foram Apis mellifera scutellata, Melipona (Eomelipona) marginata, Plebeia emerina, Trigona spinipes, Rhophitulus flavitarsis, Tetraglossula sp., Scaptotrigona bipunctata, Bombus (Thoracobombus) pauloensis. As interações entre as espécies de abelhas e plantas apresentaram um padrão generalista; a rede mostrou-se significativamente aninhada e modular. A comunidade de abelhas nos campos de várzea evidenciou alta riqueza de espécies em comparação a outros levantamentos na Região Sul do Brasil, especialmente se considerarmos que a área de estudo é um ambiente mais restrito. As espécies mais abundantes foram as eussociais, as quais são diversificadas nas florestas neotropicais, com destaque para Apis mellifera scutellata, uma espécie exótica, bastante populosa e generalista. 


2015 ◽  
Vol 2 (1) ◽  
Author(s):  
Denise Monique Dubet da Silva Mouga ◽  
Paulo Nogueira-Neto ◽  
Manuel Warkentin ◽  
Vanessa Feretti ◽  
Enderlei Dec

A comunidade de abelhas nativas em uma área de mata atlântica no sul do Brasil foi estudada no período 2001-2003, utilizando-se rede entomológica em plantas floridas. Foram amostrados 1.519 indivíduos de 80 espécies e 4 subfamílias de abelhas. Houve predomínio de espécies de Apinae não corbiculadas e Halictinae e de indivíduos de Apinae corbiculados e Halictinae. As plantas associadas totalizaram 124 espécies de 46 famílias, das quais as mais visitadas foram Asteraceae, Fabaceae, Lamiaceae e Melastomataceae. Foram amostradas 11 espécies de abelhas não assinaladas para Santa Catarina. As abelhas mais amostradas foram Apis mellifera, Trigona spinipes, Bombus morio, Dialictus sp., Augochloropsis sp. 07, Trigona braueri, Augochlora (Oxystoglossella) sp. 05 e Tetragonisca angustula. A quantidade de indivíduos amostrados por mês, ao longo do período de coleta, evidencia um padrão bivoltino (maio e setembro-novembro). Algumas espécies de plantas foram visitadas apenas por Apis mellifera. Os índices de diversidade e equabilidade ficaram em 2,315 e 0,528, respectivamente. A curva de acumulação mostrou-se crescente. Os estimadores de riqueza apontam mais espécies. A riqueza e a abundância evidenciam um padrão de atividade de clima temperado. A composição da apifauna demonstrou maior similaridade com formação de floresta ombrófila densa de terras baixas.


2019 ◽  
Vol 6 (1) ◽  
pp. 20
Author(s):  
Francine Tschoeke Liebl Liebl ◽  
Enderlei Dec ◽  
Denise M. D. da Mouga

Visando conhecer a apifauna existente em floresta ombrófila mista, realizou-se estudo em duas áreas de mata de araucária em Mafra (SC), de setembro de 2016 a agosto de 2017. Foi amostrado um total de 1.304 indivíduos de 56 táxons, 32 gêneros e cinco subfamílias. Índices de diversidade e equabilidade foram calculados. As plantas visitadas somam 48 espécies de 16 famílias. Asteraceae foi visitada com mais frequência (41,7% dos táxons). Abelhas dos táxons Meliponini, Ceratinini e Halictinae foram prevalentes. A sequência de predominância de subfamílias quanto à diversidade (Apinae seguida de Halictinae) seguiu o padrão transicional entre porções subtropicais e temperadas da região neotropical, com pequeno número de espécies abundantes e alta proporção de singletons, assim como variação sazonal. Apis mellifera correspondeu, em abundância, a 36,34%. A variação dos índices revelou diferença entre as duas áreas em relação à abundância, dominância e riqueza das espécies, evidenciando influência da antropização e sucessão ecológica. A diversidade e a abundância de abelhas estão diminuídas em comparação a estudos anteriores em ambientes próximos ou similares.


2016 ◽  
Vol 51 (5) ◽  
pp. 422-442 ◽  
Author(s):  
Carmen Sílvia Soares Pires ◽  
Fábia de Mello Pereira ◽  
Maria Teresa do Rêgo Lopes ◽  
Roberta Cornélio Ferreira Nocelli ◽  
Osmar Malaspina ◽  
...  

Resumo: Nas últimas décadas, o declínio de populações de abelhas silvestres e o colapso de colônias de Apis mellifera têm preocupado pesquisadores e apicultores. O objetivo deste artigo de revisão foi compilar alguns dos estudos mais relevantes relacionados às possíveis causas desses problemas - como nutrição, manejo, patógenos, parasitas e efeitos de agrotóxicos -, além de apresentar um breve histórico da síndrome "colony collapse disorder" (CCD) nos Estados Unidos e na Europa. Abordaram-se com mais detalhes os estudos desenvolvidos no Brasil, principalmente sobre agrotóxicos utilizados na agricultura e patógenos e parasitas que acometem as colônias de A. mellifera africanizada. Casos de enfraquecimento, declínio e colapso têm sido registrados, principalmente nos estados de São Paulo e Santa Catarina, que somam grandes perdas. Resultados das ocorrências analisadas indicaram que as mortalidades em massa registradas no Brasil não estavam associadas a patógenos ou a parasitas. Somente dois casos com características semelhantes às descritas para CCD foram registrados, porém sem causas definidas. Para que se conheçam as causas de enfraquecimentos e perdas de colônias de abelhas, é urgente a implementação de programas oficiais de levantamento sistemático da sanidade apícola, associados a pesquisas com foco nas avaliações dos possíveis impactos da fragmentação de habitats e das práticas agrícolas sobre as comunidades de abelhas.


2016 ◽  
Vol 3 (2) ◽  
Author(s):  
Denise Monique Dubet da Silva Mouga ◽  
Paulo Nogueira-Neto ◽  
Manuel Warkentin ◽  
Vanessa Feretti ◽  
Enderlei Dec

The apifauna of an araucaria forest in southern Brazil was studied during 2001 – 2003, using entomological nets on flowering plants. A total of 2,749 individuals were sampled from five subfamilies and 93 species of bees. A total of 82 species with up to 10 individuals were sampled and 29 species had no distribution for Santa Catarina. Non-corbiculate Apidae and Halictidae species predominated as well as individuals of corbiculate Apidae and Halictidae. There was a decrease in species richness in cold seasons, being then sampled only Augochloropsis sp. 01, Augochloropsis sp. 10, Exomalopsis tomentosa, Neocorynura aenigma, Paroxystoglossa brachycera, Trigona spinipes and Apis mellifera. A bivoltine pattern was noticed, with a peak in May and in September-November, for richness and abundance. Ecological indexes over the months were different with and without A. mellifera. The bee accumulation curve remained in elevation until the end of sampling. The richness estimators indicated values of 142 and 175 species. The bee species were sampled on 125 species of plants of 40 famillies and the most visited were Asteraceae, Fabaceae/Solanaceae, Euphorbiaceae/Lamiaceae, Malvaceae/Rosaceae and Commelinaceae/Cucurbitaceae/ Liliaceae/Verbenaceae. A total of 48 species of plants characteristics of araucaria forests were sampled.


Author(s):  
SERAGLIO SILUANA KÁTIA TISCHER ◽  
BERGAMO GREICI ◽  
GONZAGA LUCIANO VALDOMIRO ◽  
FETT ROSEANE ◽  
COSTA ANA CAROLINA OLIVEIRA

As abelhas Apis mellifera produzem dois tipos de méis, os quais se distinguem conforme o tipo de fonte sacarínica utilizada: os méis florais, elaborados a partir do néctar de flores; e o mel de melato, produzido utilizando excreções de insetos sugadores de plantas e/ou secreções de plantas (EUROPEAN COMMISSION, 2002). Ambos os tipos de méis são apreciados por consumidores e indústrias alimentícias, farmacêuticas e de cosméticos, os quais encontram nos méis um alimento versátil com características sensoriais, físico-químicas, nutricionais e terapêuticas diversificadas. Por esses motivos, o mel é considerado um alimento funcional e o interesse no seu uso e consumo tem aumentado constantemente (PITA-CALVO; VÁZQUEZ, 2017; SERAGLIO et al., 2019). O mel é constituído principalmente pelos monossacarídeos, frutose e glicose, além da água. Mas também são encontrados centenas de outros compostos em menores concentrações, como os ácidos orgânicos alifáticos de baixa massa molar (AOA). Esses compostos são encontrados nos méis em concentrações em torno de 0,5 a 1% e são vinculados como os principais responsáveis pela acidez do mel. Os AOA podem ser oriundos da fonte sacarínica utilizada para a elaboração do mel, ou seja, do néctar, excreções e secreções açucaradas; do pólen, principal fonte protéica utilizada pelas abelhas; dos processos de elaboração e maturação do mel na colmeia; e das etapas pós-colheita do mel, que incluem o processamento e estocagem (BRUGNEROTTO et al., 2019; PITA-CALVO; VÁZQUEZ, 2017; SERAGLIO et al., 2019). Em méis florais, o pólen é comumente encontrado em concentrações maiores do que em méis de melato, sendo inclusive o material investigado na análise melissopalinológica para a indicação da origem botânica de méis florais (REYES; SANCHÉZ, 2017). Portanto, o pólen é um importante constituinte presente em méis, especialmente méis florais, podendo contribuir no perfil de AOA nesses produtos (KALAYCIOĞLU et al., 2017). Além disso, o pólen é outro produto apícola com valor agregado, sendo comercializado para consumo direto como pólen comercial bem como ingrediente em suplementos, por exemplo. Entretanto, informações relacionadas a composição de AOA no pólen são escassas. Nesse sentido, o presente estudo teve como objetivo investigar qualitativamente o perfil de AOA em pólen comercial do município de Urupema, Santa Catarina, Brasil, utilizando eletroforese capilar acoplada a detector de arranjo de diodos.


2017 ◽  
Vol 4 (1) ◽  
Author(s):  
Denise Monique Dubet da Silva Mouga ◽  
Bruna Tereza Possamai ◽  
Enderlei Dec

Aiming to verify the relationships between native bees and floral resources in an urban area, their interactions were observed in Joinville, state of Santa Catarina, southern Brazil. Observations were established, lasting 8 hours daily, during different periods from 2009 to 2015. Bees and plants, after preparation, were identified and registered in a database. We sampled 3,073 bees, all of which 1042 were wild native species. The collected bees are included in 34 species and 44 morphospecies (Halictinae-35, Megachilinae-17, Apinae non corbiculate-15, Apinae corbiculate- 10, Andreninae-1). With the exception of Apis mellifera, the most abundant bee taxa sampled were Trigona spinipes (330 individuals), Xylocopa brasilianorum (92) and Pseudaugochlora graminea (92). Euglossini females and species poorly sampled in inventories such as Leiopodus lacertinus, Thygater (Thygater) armandoi, Anthodioctes megachiloides and Coelioxys aculeaticeps were captured. The bees were sampled over 83 botanical species of 38 families. The most visited botanical families were Lamiaceae and Asteraceae. The richness of the studied area is lower than those of other nearby compared places, indicating probably a decrease of the apifauna. The found diversity previews the place as a possible refuge.


Author(s):  
Maria Anna Pabst

In addition to the compound eyes, honeybees have three dorsal ocelli on the vertex of the head. Each ocellus has about 800 elongated photoreceptor cells. They are paired and the distal segment of each pair bears densely packed microvilli forming together a platelike fused rhabdom. Beneath a common cuticular lens a single layer of corneagenous cells is present.Ultrastructural studies were made of the retina of praepupae, different pupal stages and adult worker bees by thin sections and freeze-etch preparations. In praepupae the ocellar anlage consists of a conical group of epidermal cells that differentiate to photoreceptor cells, glial cells and corneagenous cells. Some photoreceptor cells are already paired and show disarrayed microvilli with circularly ordered filaments inside. In ocelli of 2-day-old pupae, when a retinogenous and a lentinogenous cell layer can be clearly distinguished, cell membranes of the distal part of two photoreceptor cells begin to interdigitate with each other and so start to form the definitive microvilli. At the beginning the microvilli often occupy the whole width of the developing rhabdom (Fig. 1).


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