Análise quantitativa das sorologias das Hepatites B e C em 2017, em uma capital do Nordeste
As Hepatites Virais dos tipos B e C são uma preocupação constante de saúde pública, devido às suas manifestações agudas e possibilidade de cronificação. Muito se fala sobre as melhores formas de se dar seguimento a um paciente diagnosticado com Hepatite Viral, porém pouco se aborda sobre a eficácia e as rotinas de diagnósticos que são realizadas, as quais refletem na observação de casos de subnotificação e cronificação de quadros agudos que, caso tivessem adequado diagnóstico e tratamento, poderiam não se direcionar para a cronificação. Foram analisados 4.294 exames sorológicos realizados em laboratório de referência em Teresina-Pi. Dos exames analisados, 3.333 eram de avaliação imunológica (bancada), enquadrando-se como as pesquisas de rotina no caso de pacientes com quadros clínicos e epidemiológicos compatíveis. Dos 4.294, 3.248 foram dados como não reagentes, figurando uma alta taxa de não diagnóstico. Os resultados do presente estudo nos permitem concluir que há uma deficiência significativa na atualização de dados nos meios oficiais de acesso aos mesmos, evidenciando uma demonstração destoante da realidade epidemiológica da cidade de Teresina (PI) em relação aos casos de Hepatite B e Hepatite C.