scholarly journals A simbologia do corpo-cabelo em “Petrosinella” e “Fios de ouro”

Author(s):  
Leandro Passos ◽  
Adriana Aparecida De Jesus Reis
Keyword(s):  

Este artigo propõe-se a analisar dois contos de épocas, de culturas e de escritores distintos, a saber, “Petrosinella”, do escritor napolitano Giambattista Basile, e “Fios de ouro”, da escritora brasileira Conceição Evaristo. O elemento motivador é o corpo-cabelo que permite, dado os contextos e produções diferentes dos textos, pensar como Basile e Evaristo exteriorizam os valores da época por meio do discurso literário. Os textos oportunizam refletir as relações possíveis entre literatura, corpo-cabelo e mitos antigos da cultura europeia, africana e afro-brasileira. A fim de cumprir tal objetivos, serão utilizados os estudos de Calvino (1996), Brandão (1986), Todorov (2010), Garuba (2012), Paiva (2011), Cascudo (2002), Benjamin (2015), Gomes (2002) e Cuti (2010). Outros críticas também fundamentam os apontamentos aqui presentes.TRANSLATE with x EnglishArabicHebrewPolishBulgarianHindiPortugueseCatalanHmong DawRomanianChinese SimplifiedHungarianRussianChinese TraditionalIndonesianSlovakCzechItalianSlovenianDanishJapaneseSpanishDutchKlingonSwedishEnglishKoreanThaiEstonianLatvianTurkishFinnishLithuanianUkrainianFrenchMalayUrduGermanMalteseVietnameseGreekNorwegianWelshHaitian CreolePersian //  TRANSLATE with COPY THE URL BELOW Back EMBED THE SNIPPET BELOW IN YOUR SITE Enable collaborative features and customize widget: Bing Webmaster PortalBack//

2016 ◽  
Vol 19 (1) ◽  
Author(s):  
Rosane Maria CARDOSO ◽  
Viviane Da Silva DUTRA

Os contos de fadas são remanescentes dos antigos contadores de histórias que narravam para nobres e plebeus. Esses contos permaneceram em nossa literatura, sendo modificados à medida que os anos passavam. Um exemplo é a história da “Bela Adormecida” que possui três versões distintas escritas por Giambattista Basile, Charles Perrault e os Irmãos Grimm. Contudo, sua essência sempre foi mantida. O conto foi adaptado para o cinema em 1959, pela Disney, focando na maldição lançada na princesa e na luta entre o bem e o mal, representados pelo príncipe e pela bruxa, e em 2014, no filme “Malévola”, no qual o foco é a “vilã”, uma fada que passou da luz às trevas devido a uma profunda desilusão. Esta personagem é o foco de nossa discussão, refletindo sobre seu desenvolvimento a partir do mito da Bela Adormecida.


2019 ◽  
Vol 15 (1) ◽  
pp. 01-18
Author(s):  
Joel Victor Reis Lisboa

O presente trabalho tem como objetivo geral investigar a possível suavização de conteúdos originalmente violentos em uma versão mais antiga e uma mais recente do conto A Bela Adormecida, sendo elas: 1) Sole, Luna e Talia (1634), escrito pelo italiano Giambattista Basile (1575?-1632) e  a releitura do mesmo conto, intitulada La Belle au bois dormant (1697), escrita pelo francês Charles Perrault (1628-1703). Ademais, temos como objetivos específicos explorar o contexto socio-histórico das duas versões do conto em questão, assim como levantar variáveis que possam ter contribuído para a eventual ressignificação dos dados referentes à violência. Como procedimentos metodológicos, primeiramente foi feita a leitura da tradução do conto mais antigo, com o intuito de identificar e coletar as manifestações de violência e, em seguida, realizamos a leitura da versão mais recente, a fim de entender a ressignificação dos dados referentes à violência. Na sequência foi feita a exposição de modificações identificadas a partir da leitura das duas versões do conto e, por fim, fizemos a revisão da literatura afim de explorar o panorama sócio-histórico em busca de possíveis variáveis que contribuíram para a eventual suavização de tais conteúdos de teor violento. De acordo com Darnton (1988, p. 26), “os contos populares são documentos históricos, surgiram ao longo de muitos séculos e sofreram diferentes transformações, em diferentes tradições culturais”. Em vista disso, é relevante que haja estudos exploratórios que busquem explicações para essas modificações nos elementos que compunham os contos originais fazendo relações com os momentos históricos a que as diferentes versões dos contos de fadas pertencem. Esperamos por meio desse trabalho estimular a reflexão sobre a relação entre sociedade e produção literária em diferentes momentos da história.


Neophilology ◽  
2020 ◽  
pp. 134-140
Author(s):  
Margarita S. Sosnizkaja

First in Russian the collection “Tale of Tales” by the Neapolitan writer Giambattista Basile (1566–72?–1632) was published in 2016. Most people know plots fragments of the collection from the tales of Brothers Grimm, Carlo Gozzi, Charles Pierrot and A.S. Pushkin. Inspired by the book the movie “Tale of Tales” was shot in 2015, it was directed by Matteo Garrone and got the Italian national film award “Davide di Donatello”. There are some selected plots of these tales; we indicate who actually is “the little animal” (and the Puss in Boots), what mythological background the figures of the Swan Princess, the Dead Princess have. We also consider the Dead Princess’s relation to different world roving plots, including “The Sleeping Beauty” by P.I. Tchaikovsky. We present analogies in rites and customs of the Russian (as well as Ukrainian) folk tales, a pantheon of gods from different peoples, Old Testament. The meaning of the names we establish along with the alchemical formula of A.S. Pushkin, of N.V. Gogol’s Viy and Basile’s Mother of Time; there is also the characterization of N.V. Gogol by P.V. Annenkov (1813–1887). We show the trans-alphabetic coincidence of the meaning of multilingual words, of the calendar names with the mythologic gods’ names related to the different planets. We also present the A.N. Afanasyev’s analysis of one Basile’s fairy tales from in the “Poetic views on nature of the Slavs”, and there are given some thoughts of V.Y. Propp (1895–1970) on the identified topics along with a brief assessment on the oeuvres of A.S. Pushkin given by the renowned specialist in literature P.V. Palievsky (1932–2019).


2019 ◽  
Vol 8 (3) ◽  
pp. 245-256
Author(s):  
Adriana Aparecida de Jesus Reis ◽  
Maria Celeste Tommasello Ramos

Trata-se da tradução literária do conto de fadas “Petrosinella”, presente no livro Lo cunto de li cunti ovvero lo trattenemiento de peccerille (O conto dos contos ou o entretenimento dos garotinhos), também chamado de Pentamerone ossia la fiaba delle fiabe (Pentamerão, ou seja, a fábula das fábulas), obra-prima do escritor italiano Giambattista Basile, original de Nápoles, que viveu entre 1575-1632. Lo cunto de li cunti é uma antologia composta por quarenta e nove contos maravilhosos narrados durante cinco dias ou jornadas e enquadrados por uma narrativa que é também um conto maravilhoso, totalizando cinquenta deles articulados entre si para compor a obra. Essa coletânea foi publicada póstuma e originalmente em dialeto napolitano, língua falada na porção meridional da Itália, na região de Nápoles, fato que dificultou a divulgação da obra de Basile no restante da península e na Europa, por conta da restrição linguística ligada ao dialeto. Assim, a obra prima do autor napolitano permaneceu, durante muito tempo, desconhecida do público literário em geral. Foi somente em 1925 que a obra foi traduzida para o italiano standard, recebeu o nome Pentamerone, título atribuído pelo filósofo e crítico literário Benedetto Croce, que realizou tal tradução em alusão à estrutura narrativa empregada no Decamerone, de Giovanni Boccaccio. Contudo, antes mesmo dos italianos em geral terem contato com a obra, os bibliotecários, escritores e filólogos alemães Jacob e Wilhelm Grimm conheceram-na por intermédio do amigo Clemens Brentano (de família com origem italiana), fato que impulsionou a tradução da obra para a língua germânica, em 1846 pelo estudioso Félix Liebrecht, para a qual os irmãos Grimm escreveram um prefácio. Em virtude desse dado, atestado pelo pesquisador Andrea Lombardi (2015), e da confluência entre seus enredos, é possível afirmar que “Petrosinella”, primeiro conto maravilhoso narrado na segunda jornada do Pentamerone, pode ser o texto-fonte de “Rapunzel”, conhecidíssimo conto de fadas pela versão dos Grimm, que legou à Literatura Infantil e ao imaginário popular a figura da famosa personagem de longuíssimos cabelos, reclusa durante muitos anos numa alta torre. Em outras palavras, a personagem “donzela da torre”, forma pela qual a bela Rapunzel é identificada pelos folcloristas. Com isso, chegamos à conclusão de que é inegável a contribuição de Basile para o nascer da Literatura infantil. Nesse sentido, com o objetivo de alargar o escopo de autores europeus estudados nesse campo de pesquisa em nosso país, acreditamos ser relevante propor para o público brasileiro a leitura da versão infantojuvenil do conto em italiano, agora traduzida para o português e acompanhada de notas explicativas a respeito de questões que envolvem aspectos culturais e tradutórios. A intenção é tanto a de promover uma leitura em português quanto de contribuir para que a obra de Basile seja mais conhecida no Brasil.  


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