scholarly journals Dermatoses psicossomáticas em estudantes da área da saúde

2020 ◽  
Vol 29 ◽  
pp. 1
Author(s):  
Maria Elisa MENEGUETTI ◽  
Alaiana Aparecida SOARES ◽  
Mayara Schulze Cosechen ROSVAILER ◽  
Hudson Prestes dos SANTOS

 ObjetivoEste artigo almejou comparar a frequência de dermatoses psicossomáticas e a qualidade de vida de estudantes universitários da área de saúde.MétodosNeste estudo analítico, transversal e quantitativo, foram aplicados dois questionários on-line para estudantes da saúde: World Health Organization Quality of Life Scale Abbreviated Version, para avaliar a qualidade de vida, e outro elaborado pelos pesquisadores para analisar a frequência de oito psicodermatoses e sua relação com o estresse, o desconforto com as lesões e a busca pela ajuda médica ou psicológica. Para aferir a relação entreas dermatoses psicossomáticas e a qualidade de vida, foi considerado p<0,05 do teste qui-quadrado.Resultados Participaram do estudo 608 estudantes. A dermatose mais frequente foi escoriação (37,99%), seguida de retirada de cutícula, mordida em lábios e bochechas (32,40%) e prurido psicogênico (14,63%), sendo a automutilação a com menor frequência (1,15%). Dos que tiveram alguma dermatose psicossomática, 82,33% acreditam que estão relacionadas ao estresse acadêmico, 66,20% se sentem desconfortáveis, e 43,45% já buscaram ajuda médica ou psicológica. A qualidade de vida foi considerada boa por 92,76% no domínio físico, 95,72% no meio ambiente, 88,81% no psicológico e 88,89% nas relações sociais. Houve associação entre a queda da qualidade de vida no domínio físico e a frequência das dermatoses psicossomáticas retirada de cutícula, mordida em lábios ou bochechas (p=0,001), tricotilomania (p=0,055) e prurido psicogênico (p=0,0009); e, no psicológico, com retirada de cutícula, mordida de lábios ou bochechas (p=0,059), escoriações (p=0,087) e prurido psicogênico (p=0,002).Conclusão Dermatoses psicossomáticas são encontradas em mais de 30% dos estudantes; porém, sua associação com a queda de qualidade de vida não pode ser confirmada.

CoDAS ◽  
2013 ◽  
Vol 25 (2) ◽  
pp. 128-134 ◽  
Author(s):  
Amanda Brait Zerbeto ◽  
Regina Yu Shon Chun

OBJETIVO: Investigar a qualidade de vida dos cuidadores de crianças ou adolescentes com alterações de fala e linguagem de acordo com a perspectiva deles. MÉTODOS: Participaram dois grupos, totalizando 40 sujeitos. O Grupo 1 foi composto por 20 cuidadores de crianças ou adolescentes com alterações de fala e linguagem entre 4 e 17 anos, pareados por idade com o Grupo Controle ou 2, que incluiu 20 de crianças ou adolescentes sem queixas de fala e linguagem. Para a coleta de dados, foram aplicadas duas questões abertas e um instrumento da Organização Mundial de Saúde, traduzido e adaptado para o português - World Health Organization Quality of Life Scale (WHOQOL) Abreviado. Os resultados de tal instrumento foram submetidos à análise estatística, e as perguntas abertas estavam sendo analisadas qualitativamente. RESULTADOS: Na distribuição das mudanças de fala e linguagem, havia: gagueira (35%), alterações de linguagem oral sem (35%) e com causas neurológicas (30%). Na análise dos escores do WHOQOL-abreviado, encontraram-se diferenças da qualidade de vida nos domínios físico (1,1%), psicológico (0,5%) e relações sociais (1,8%). O Grupo 1 apresentou qualidade de vida mais insatisfatória; e nas abertas, boa e razoável. Já o Grupo 2 mostrou ótima e boa. A rotina clínica e os filhos foram mencionados como fatores que dificultam o autocuidado no Grupo 1. CONCLUSÕES: O menor escore do Grupo 1 no WHOQOL-abreviado foi compatível com achados das questões abertas, mostrando que aspectos como rotina de atendimentos clínicos e dificuldades de compreensão influenciam a qualidade de vida dos cuidadores. Os resultados reafirmam a necessidade de que, além de cuidadores, sejam cuidados, entendendo-os como um grupo digno de ações de saúde direcionadas aos mesmos.


CoDAS ◽  
2021 ◽  
Vol 33 (6) ◽  
Author(s):  
Camila Dias Möller ◽  
Mirtes Bruckmann ◽  
Gabriel Rovadoschi Barros ◽  
Valdete Alves Valentins dos Santos Filha ◽  
Elenir Fedosse

RESUMO Objetivo Analisar a Qualidade de Vida de sujeitos com afasia participantes de um Grupo Interdisciplinar de Convivência. Método estudo transversal e quantitativo. Os participantes foram submetidos a dois questionários: um semiestruturado, desenvolvido para a caracterização dos sujeitos e o outro o World Health Organization Quality of Life Scale – Bref (WHOQOL-Bref) para identificação da Qualidade de Vida (QV) dos mesmos. A análise dos dados foi realizada de modo descritivo. Resultados Foram entrevistados oito sujeitos com idade entre 35 e 78 anos e escolaridade variando entre Ensino Fundamental Incompleto e Superior Incompleto. A ocupação predominante na amostra foi a de balconista e a renda variou entre um e quatro salários mínimos. O tempo de lesão cerebral variou de três a 10 anos, causada predominantemente por Acidentes Vasculares Cerebrais decorrentes de Hipertensão Arterial Sistêmica. Quanto ao WHOQOL houve importante variação entre os sujeitos nos quatro domínios (físico, psicológico, social e ambiental). No entanto, a maioria pontuou acima de 70 pontos. Para todos os sujeitos, o Grupo de Convivência foi identificado como espaço de produção de vida e saúde sendo motivador para a busca de outros atendimentos. Conclusão Os sujeitos eram adultos e idosos pertencentes à classe econômica média baixa; apresentavam condições crônicas de saúde, comprometimento da expressão verbal e longo período de acompanhamento das necessidades de saúde. O WHOQOL-Bref revelou que cinco sujeitos perceberam suas condições de vida/saúde favoráveis, no entanto, destacaram convívio social reduzido. O Grupo de Convivência configurou-se como importante espaço para melhoria de QV.


2011 ◽  
Vol 20 (7) ◽  
pp. 1079-1089 ◽  
Author(s):  
Laia Mas-Expósito ◽  
Juan Antonio Amador-Campos ◽  
Juana Gómez-Benito ◽  
Lluís Lalucat-Jo

Author(s):  
Tangriane Hainiski Ramos ◽  
Edivane Pedrolo ◽  
Leni De Lima Santana ◽  
Nadine De Biagi Souza Ziesemer ◽  
Rafael Haeffner ◽  
...  

Objetivo: Identificar o impacto da pandemia do coronavírus SARS-CoV2, na qualidade de vida de estudantes do curso técnico em enfermagem, quanto ao período de suspensão do calendário acadêmico. Método: Estudo transversal desenvolvido mediante formulário on-line, com alunos de uma instituição pública. Utilizou-se questionário composto por questões sociodemográficas e pelo The World Health Organization Quality of Life (WHOQOL-bref). Resultados: Foram incluídos 55 participantes. 63,6% avaliaram sua qualidade de vida como boa e 47,3% estão satisfeitos com sua saúde. Na estratificação dos domínios do WHOQOL-bref, o “Físico” obteve o maior escore, 67,9%, enquanto o “Psicológico” teve o menor escore, 58,2%. O domínio “Psicológico” foi afetado significativamente pela situação conjugal (p = 0,0344), trabalho (p = 0,0392) e sustento da casa (p = 0,0196). Já a situação conjugal (p = 0,0025) e os filhos (p = 0,0212) tiveram relação significativa com a autoavaliação da qualidade de vida. Conclusão: Identificou-se que as variáveis relacionadas à situação conjugal, filhos, trabalho e sustento da casa alteram de forma significativa a qualidade de vida, durante a pandemia, dos estudantes investigados. Verificou-se também que, apesar da autoavaliação quanto à qualidade de vida e saúde serem boas, a dimensão psicológica é a mais afetada.


CoDAS ◽  
2017 ◽  
Vol 29 (5) ◽  
Author(s):  
Camila Zorzetto Carniel ◽  
Juliana Cristina Ferreira de Sousa ◽  
Carla Dias da Silva ◽  
Carla Aparecida de Urzedo Fortunato-Queiroz ◽  
Miguel Ângelo Hyppolito ◽  
...  

RESUMO Objetivo Avaliar, por meio de questionários padronizados, a qualidade de vida de idosos com deficiência auditiva diagnosticada que utilizam ou não a prótese auditiva (AASI) e de idosos sem queixa auditiva. Método Trata-se de um estudo transversal, com amostra não probabilística, distribuída em três grupos divididos da seguinte forma: 30 idosos com perda auditiva diagnosticada e com indicação para uso do aparelho de amplificação sonora individual (AASI), mas que ainda não faziam uso da prótese; 30 idosos com deficiência auditiva que usavam o AASI; e 30 idosos sem queixa auditiva. Os participantes completaram um questionário que investigava dados sociodemográficos e familiares, o Hearing Handicap Inventory for the Elderly Screening Version (HHIE-S) e o World Health Organization Quality of Life - versão breve (WHOQOL-Breve). Além das análises descritivas dos dados, foram realizados testes para comparação dos três grupos, aplicando-se a análise de variância (ANOVA) e o teste post hoc de Bonferroni. Resultados Os três grupos se diferenciaram significativamente em todos os domínios de qualidade de vida. O grupo de idosos com perda auditiva diagnosticada e com indicação para uso do AASI apresentou menores escores que o grupo de idosos com deficiência auditiva que usavam o AASI e que o grupo de referência. O grupo com AASI apresentou os melhores resultados de qualidade de vida. Conclusão A perda auditiva afeta a qualidade de vida do idoso. O uso efetivo da prótese auditiva é benéfico a esta população, melhorando suas condições de vida e saúde.


2012 ◽  
Vol 29 (2) ◽  
pp. 155-162 ◽  
Author(s):  
Michele Beckert ◽  
Tatiana Quarti Irigaray ◽  
Clarissa Marceli Trentini

A relação entre qualidade de vida e funções cognitivas em idosos tem sido pouco estudada. O objetivo deste estudo foi examinar a associação entre qualidade de vida, cognição e desempenho nas funções executivas de idosos. O estudo teve a participação de 88 idosos. Utilizou-se o método amostral de conveniência. Todos os participantes responderam sobre condições sociodemográficas, qualidade de vida (World Health Organization Quality of Life Group-Bref), funções cognitivas (Mini-Exame do Estado Mental e Instrumento de Avaliação Neuropsicológica Breve) e funções executivas (Teste Wisconsin de Classificação de Cartas). Os dados mostraram associações importantes entre os domínios de qualidade de vida Físico e Meio Ambiente e variáveis cognitivas, o que reforça a importância da cognição tanto na manutenção de cuidados físicos, quanto nas oportunidades de o idoso adquirir novas informações e habilidades no meio em que vive.


2002 ◽  
Vol 18 (1) ◽  
pp. 81-92 ◽  
Author(s):  
Arlinda B. Moreno ◽  
Claudia S. Lopes

Laringectomia é a principal seqüela em pacientes com câncer de laringe. Neste estudo, as autoras conduziram uma revisão sistemática para avaliar a relação entre qualidade de vida e laringectomia. De 96 artigos publicados em periódicos científicos, previamente identificados, foram selecionados 35 artigos sobre laringectomia e qualidade de vida em pacientes laringectomizados. Todos os artigos selecionados foram submetidos à abordagem metodológica de uma revisão sistemática. Para a avaliação dos atributos qualitativos dos artigos foi utilizado o Questionário de Avaliação Qualitativa (QAQ), um instrumento testado e validado. Os resultados encontrados mostraram que a maior parte dos artigos selecionados apresentava inconsistências e falta de rigor metodológico na mensuração do constructo qualidade de vida entre pacientes laringectomizados. Além disso, verificou-se que a relação entre qualidade de vida e laringectomia, na forma apresentada nos artigos selecionados, ainda se encontra distante da abordagem multidimensional do constructo qualidade de vida, conforme preconizado pelo WHOQOL (World Health Organization - Quality of Life Group).


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