scholarly journals Vigilância epidemiológica da transmissão vertical da sífilis: dados de seis unidades federativas no Brasil

2017 ◽  
Vol 41 ◽  
pp. 1 ◽  
Author(s):  
Angelica Espinosa Miranda ◽  
Valeria Saraceni ◽  
Gerson Fernando Mendes Pereira ◽  
Mariangela Freitas da Silveira ◽  
Maria Alix Leite Araujo

Objetivo. Descrever o perfil epidemiológico dos casos notificados de sífilis em gestantes e sífilis congênita nos estados brasileiros do Amazonas, Ceará, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul e no Distrito Federal a partir de dados do Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN). Métodos. Estudo descritivo incluindo avaliação ecológica e transversal. Foram utilizados dados do SINAN Net. Foram calculadas a taxa de detecção de sífilis em gestantes e a taxa de incidência de sífilis congênita por 1 000 nascidos vivos. Para identificar as gestantes notificadas com sífilis com desfecho de sífilis congênita, as duas bases do SINAN foram relacionadas por meio do software RecLink. Como os dados eram de representatividade regional, as comparações foram feitas entre as unidades da federação, e não com a soma dos casos. Resultados A taxa de detecção de sífilis em gestantes cresceu entre 21% (Amazonas) e 75% (Rio de Janeiro). A incidência de sífilis congênita seguiu o mesmo perfil de incremento, variando de 35,6% no Distrito Federal a 639,9% no Rio Grande do Sul, com redução de 0,7% no Amazonas. A realização de pré-natal nas mulheres com desfecho de sífilis congênita variou de 67,3% no Amazonas a 83,3% no Distrito Federal. Das gestantes com sífilis, 43% tiveram desfecho notificado de sífilis congênita. Nas gestantes com sífilis e desfecho de sífilis congênita, o diagnóstico materno ocorreu durante o pré-natal em 74% e no parto em 18%. Em 8% das mulheres ignorava-se o momento do diagnóstico. Conclusão. O incremento nas taxas de detecção de sífilis pode ter resultado do aumento na notificação. O monitoramento constante em gestantes é essencial para a eliminação desses agravos.

2002 ◽  
Vol 8 (1) ◽  
Author(s):  
ANTONIO HÉLIO JUNQUEIRA ◽  
MARCIA DA SILVA PEETZ

O trabalho consitui parte integrante do Projeto “Elaboração do Plano Estratégico de <i>Marketing</i> para Exportações de Flores e Plantas Ornamentais do Brasil (<b><i>FloraBrasilis</i></b> - Convênio Ibraflor/APEX-Brasil, 2003/2004) e visou a uma análise comparada dos principais resultados recentes da evolução das exportações brasileiras de flores e plantas ornamentais, dos pontos devista das características, vocações e estratégias comerciais dos diversos pólos de produção da floricultura nacional, conforme identificados pelo Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor). O estudo baseou-se, metodologicamente, na análise e interpretação dos dados divulgados, mensalmente, pela Secretaria de Comércio Exterior sobre a evolução das exportações setoriais, levando em conta os valores exportados,segundo origem e destino dos principais grupos de mercadorias. Incorporaram-se informações adicionais obtidas pelo Diagnóstico da Produção de Flores e Plantas Ornamentais Brasileira (Ibraflor/FloraBrasilis 2002) e entrevistas publicadas com as principais lideranças de cada pólo da floricultura nacional no <i>Informativo Ibraflor</i> (<i>Ibraflor/FloraBrasilis</i>, vários anos). Os resultados permitiram concluir que os 12 pólos nacionais de produção florícola possuem não apenas dados comparados bastante díspares quanto aos valores efetivos concretizados anualmente no mercado de exportação, mas também potenciais exportadores consideravelmente diferenciados quanto aos itens exportáveis, mercados-alvo e estratégias comerciais. Nesse sentido, o estudo permitiu a classificação dos pólos nacionais de produção de flores e plantas ornamentais em três categorias distintas: a) pólos com inserção definida e estratégias efetivas de crescimento no mercado internacional (São Paulo - Pólos I e II; Santa Catarina e Pólos Nordestinos - Pernambuco, Alagoas e Ceará); b) - pólos com inserção parcial e em fase de definição de estratégias efetivas de crescimento no mercado internacional (Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Rio de Janeiro) e c ) - pólos com foco prioritário na consolidação da floricultura local e no auto-abastecimento (Paraná, Goiás e Distrito Federal, Bahia e Espírito Santo, e Região Norte - Pará e Amazonas).


2016 ◽  
Vol 32 (9) ◽  
Author(s):  
Angelica Espinosa Miranda ◽  
Gerson Fernando Mendes Pereira ◽  
Maria Alix Leite Araujo ◽  
Mariangela Freitas da Silveira ◽  
Leonor De Lannoy Tavares ◽  
...  

Resumo: Este estudo teve por objetivo avaliar a cascata de cuidado da redução da transmissão vertical do HIV nos estados do Amazonas, Ceará, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e no Distrito Federal, usando dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Entre os anos de 2007 e 2012, cresceu a taxa de detecção de HIV na gestação em 5 estados, variando de 7,3% no Distrito Federal a 46,1% no Amazonas, com redução de 18,6% no Rio de Janeiro. Menos de 90% das mulheres usaram antirretroviral durante o pré-natal, incluídas as que já se sabiam portadoras do HIV. A realização de cesárea eletiva foi baixa. A taxa de detecção de AIDS em crianças menores de 5 anos como proxy da transmissão vertical do HIV apresentou uma redução de 6,3% entre 2007 e 2012, sendo a maior no Rio Grande do Sul (50%), que apresentou as maiores taxas do período, enquanto no Espírito Santo ocorreu o maior aumento (50%). A avaliação da cascata do cuidado do HIV na gestante apontou falhas em todos os pontos. É necessária uma conexão entre a atenção básica e os centros de referência para HIV/AIDS, ordenando o cuidado da família e o melhor desfecho para a criança.


Rodriguésia ◽  
2017 ◽  
Vol 68 (2) ◽  
pp. 337-346 ◽  
Author(s):  
Dayvid Rodrigues Couto ◽  
Fernando Perez Uribbe ◽  
Suara S.A. Jacques ◽  
Talitha Mayumi Fracisco ◽  
Rosana C. Lopes

Resumo A comunidade de epífitas vasculares ocorrente na restinga de Grumari, estado do Rio de Janeiro, foi avaliada através de coletas realizadas no ano de 2014 e complementadas com materiais de herbários e publicações. 37 espécies de epífitas vasculares foram registradas, distribuídas em 21 gêneros e seis famílias. As famílias mais ricas são Orchidaceae e Bromeliaceae, que foram as mais representativas (67,6% de todas as espécies registradas). A riqueza na restinga de Grumari é maior do que os outros inventários realizados na planície costeira do Sudeste do Brasil, no entanto, inferior as restingas de São Paulo, Paraná e da planície costeira do Rio Grande do Sul. A categoria ecológica mais representativa foi a holoepífita característica (62%) seguida por holoepífitas facultativas e acidentais com 18% cada. A restinga de Grumari possui mais espécies em comum com as restingas do Espírito Santo e Rio de Janeiro do que com São Paulo e região Sul do Brasil, possivelmente em função da distância geográfica. Nosso estudo traz a primeira contribuição ao conhecimento da flora epifítica da restinga de Grumari e evidencia uma flora singular com 40% das espécies exclusivas dessa localidade, o que justifica sua importância como Unidade de Conservação.


2017 ◽  
Vol 34 (1-2) ◽  
pp. 61-66
Author(s):  
Melquíades Pinto Paiva ◽  
Antônio Alberto da Silveira Menezes ◽  
Magda Fernandes De Andrade-Tubino

As pescarias do camarão-rosa no Sudeste/Sul do Brasil ocorrem desde a foz do rio Doce (Estado do Espírito Santo) até o estuário da lagoa dos Patos (Estado do Rio Grande do Sul), alcançando as espécies Farfantepenaeus brasiliensis (Latreille, 1817) e Farfantepenaeus paulensis (Pérez Farfante, 1967), que são pescadas em conjunto e convivem nos mesmos pesqueiros. Neste trabalho tratamos das pescarias industriais do camarão-rosa e da sua fauna acompanhante, no Estado do Rio de Janeiro (1993 – 1997), com base nos registros dos mapas-de-bordo da frota camaroneira. As capturas do camarão-rosa decresceram a partir de 1994, o mesmo não acontecendo com a fauna acompanhante; as médias anuais foram 162,7 t para o camarão-rosa e 2.444,2 t para a fauna acompanhante. Para cada tonelada capturada do camarãorosa foram desembarcadas 15,0 t de fauna acompanhante; o aproveitamento desta cresce com a queda de produção do camarão-rosa. As capturas do camarão-rosa se concentram em junho – outubro, perfazendo o total de 74,6% da produção anual. Na composição em peso dos desembarques da fauna acompanhante, 0,8% corresponderam aos crustáceos, 8,3% aos moluscos e 90,9% aos peixes. As médias da produtividade das pescarias do camarão-rosa foram 25 kg/dia = 7 kg/ lance = 2 kg/hora; para a fauna acompanhante, 396 kg/dia = 108 kg/lance = 26 kg/hora. A queda da abundância relativa do camarão-rosa foi bem evidente a partir de 1994.


2018 ◽  
Vol 21 (0) ◽  
Author(s):  
Max Moura de Oliveira ◽  
Maria do Rosário Dias de Oliveira Latorre ◽  
Luana Fiengo Tanaka ◽  
Benedito Mauro Rossi ◽  
Maria Paula Curado

RESUMO: Objetivo: Analisar a tendência da mortalidade por câncer colorretal, ajustado por indicadores selecionados, segundo sexo, para unidades federativas, regiões e Brasil, no período de 1996 a 2012. Métodos: Estudo ecológico de série temporal das taxas de mortalidade por câncer colorretal, feita análise de regressão linear, sendo o ano centralizado a variável independente. Os modelos foram ajustados por indicadores selecionados. Resultados: Houve aumento nas taxas de mortalidade padronizadas por câncer colorretal em todos os estados para o sexo masculino e em 21 estados para o sexo feminino. No modelo ajustado por taxa de mortalidade por causas mal definidas, produto interno bruto e coeficiente de Gini, a tendência de aumento foi significativa (p < 0,05) no Brasil, somente para os homens, com 0,17 óbitos por 100 mil habitantes ao ano (aa). Nos estados do Piauí (0,09 e 0,20 aa), Ceará (0,17 e 0,19 aa) e Rio Grande do Sul (0,61 e 0,42 aa) ocorreu aumento em homens e mulheres, respectivamente; somente em homens nos estados da Paraíba (0,16 aa), no Espírito Santo (0,28 aa), em São Paulo (0,24 aa) e Goiás (0,31 aa); e em mulheres nos estados de Roraima (0,41 aa), do Amapá (0,97 aa), Maranhão (0,10 aa), Sergipe (0,46 aa), Mato Grosso do Sul (0,47 aa) e Distrito Federal (0,69 aa). Conclusão: O aumento da taxa de mortalidade por câncer colorretal manteve-se significativo no Brasil somente entre os homens; em sete estados, entre homens; e em nove estados, entre mulheres, independentemente dos indicadores estudados. Essas diferenças podem estar relacionadas ao possível aumento da incidência e ao acesso tardio ao diagnóstico e tratamento.


2013 ◽  
Vol 22 (4) ◽  
pp. 1001-1013
Author(s):  
Rodrigo de Souza Gonçalves ◽  
Rogério Itsuo Hayakawa ◽  
Andréa de Oliveira Gonçalves ◽  
André Luiz Marques Serrano

O exercício do controle social é uma das formas de prática democrática aplicada ao sistema de saúde pública no Brasil. Dentre os mecanismos para o seu exercício, tem-se os relatórios de prestação de contas de natureza econômico-financeira. Tais relatórios são elaborados pelas Secretarias de Saúde e submetidos à deliberação de seus respectivos Conselhos de Saúde, como um dos meios à concretização da transparência dos atos públicos. Este artigo versa sobre uma análise comparada dos relatórios de prestação de contas das Secretarias Estaduais de Saúde, permitindo dessa forma a descrição de possíveis melhorias no processo de divulgação de tais informações. A presente pesquisa se caracteriza pelo tipo documental e natureza qualitativa. Foram analisados os relatórios de prestação de contas dos exercícios de 2008 e 2009 dos seguintes Estados: Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Espírito Santo e Rio de Janeiro. Os resultados sugerem que, apesar de as Secretarias Estaduais divulgarem a maioria das variáveis avaliadas, os Conselhos de Saúde não materializam a análise da gestão pública em seus pareceres, demonstrando que o processo de avaliação das informações carece de melhorias acerca de sua interpretação e recomendações de melhorias das políticas públicas em saúde. No que tange à prestação de contas, aspectos como: definição de prioridades na destinação de recursos e estabelecimento de metas e objetivos ainda não fazem parte da maioria dos relatórios estaduais. Como sugestão para pesquisas futuras, poder-se-á analisar se a amplitude de participação dos conselhos influencia na melhoria dos relatórios de prestação de contas.


Author(s):  
Susana Emília Vaz de Oliveira e Sá ◽  
Katia Alexandra Godoi e Silva ◽  
António Pedro Dias da Costa ◽  
Sidnei Quezada Meireles Leite ◽  
Carlos Roberto Pires Campos ◽  
...  

O número 03 do ano de 2015 da Revista Eletrônica Debates em Educação Científica e Tecnológica do Programa de Pós-graduação em Educação em Ciências e Matemática do Instituto Federal do Espírito Santo reúne alguns artigos dos trabalhos apresentados no 4º Congresso Ibero-Americano em Investigação Qualitativa (CIAIQ2015). Os artigos foram selecionados pela Comissão Organizadora, após uma ampliação do trabalho completo apresentado durante o evento. O CIAIQ2015 decorreu de 5 a 7 de agosto de 2015 na Universidade Tiradentes em Aracaju, Brasil. A conferência recebeu um total de 464 submissões de artigos, envolvendo 906 autores de 17 países -  entre eles, Brasil, Portugal, Espanha, Equador, Colômbia, México, Paraguay, Argentina, Chile, Peru. Cada artigo foi submetido a um processo de revisão double-blind por uma comissão científica composta por elementos altamente qualificados nas áreas científicas do congresso. O evento abordou quatro áreas importantes de desenvolvimento de investigação – Educação, Saúde, Ciências Sociais e Engenharia/Tecnologias - e  contou como preletores com a participação de César A. Cisneros-Puebla, da Universidade Autónoma Metropolitana-Iztapalapa (México); Francislê Neri de Souza, da Universidade de Aveiro (Portugal); Maria Aparecida Bicudo, da Universidade Estadual Paulista (Brasil); Maria Cecília de Souza Minayo, da Fundação Oswaldo Cruz (Brasil); e Menga Lüdke,  da PUC - Rio de Janeiro (Brasil). Os trabalhos reúnem artigos científicos (empírico, experimental ou teórico) e ensaios, concentrados em cinco eixos da revista científica, a saber: (a) Ensino de Ciências e Matemática; (b) Formação Inicial e Continuada de Professores da Educação Básica; (c) Tecnologias Educacionais e Recursos Didáticos; (d) Educação Profissional; e (d) Diversidade e Inclusão Social. Entre as colaborações, citamos instituições tais como a Universidade Federal Fluminense (UFF), Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), Universidade de Estado de Mato Grosso (Unemat), Instituto Politécnico de Coimbra – Portugal, Instituto Politécnico de Coimbra – Portugal, Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) e Universidade Tiradentes (UNIT). Agradecemos à colaboração, sobretudo ao comitê científico e aos consultores ad hoc que dedicaram um pouco de seu tempo na avaliação dos artigos. Esperamos que os leitores aproveitem este número da Revista Eletrônica Debates em Educação Científica e Tecnológica.


2015 ◽  
Vol 17 (34) ◽  
pp. 171
Author(s):  
Helena Alpini Rosa

Este artigo se propõe a descrever e apresentar o Programa de Formação de Professores Guarani “Kuaa Mbo’e – Conhecer, Ensinar dos professores Guarani das regiões Sul e Sudeste do Brasil, ocorrido de 2003 a 2010 em um esforço das Secretarias de Estado da Educação dos estados do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, do Paraná, do Espírito Santo e do Rio de Janeiro; o Ministério da Educação e a Fundação Nacional do Índio. Representou um marco importante na concepção de formação de professores indígenas, pois foi um dos cursos que considerou os indígenas na concepção dos etnoterritórios. Pressupõe-se que, à medida que se apropriam do conhecimento os professores Guarani, tenham elementos próprios para ensinar crianças e jovens que frequentam a escola na aldeia. A partir dos direitos garantidos, tanto na Constituição Federal quanto na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a formação de professores indígenas em todo o país tem sido ponto de estudo e pesquisa em diferentes áreas do conhecimento.


2021 ◽  
Vol 5 (5) ◽  
pp. 990-1002
Author(s):  
Renan Antônio da Silva ◽  
Pedro Demo ◽  
Maria Cecília de Souza Minayo

Nove estados alcançaram Ideb maior ou igual a 6 nos anos iniciais do ensino fundamental. São Paulo teve o melhor desempenho, com 6,7 pontos, seguido por Distrito Federal, Santa Catarina, Paraná e Minas Gerais, com 6,5 pontos; Ceará, com 6,4 pontos; Goiás, com 6,2 pontos; Espírito Santo, com 6,1 pontos; e Rio Grande do Sul, com 6 pontos. Já o Pará teve o resultado mais baixo, com 4,9 pontos, mas superou sua meta de 4,7 pontos. Nos anos finais do ensino fundamental, o aumento foi de 0,2 pontos, com resultado final de 4,9 pontos. Apesar da melhora, o índice ficou abaixo da meta de 5,2 pontos em 2019. Essa etapa de ensino possui 61,8 mil escolas e 11,9 milhões de estudantes no Brasil. O estado de São Paulo teve o melhor desempenho, com 5,5 pontos, mas não conseguiu atingir a meta individual de 5,9 pontos. Sete estados conseguiram cumprir seus objetivos: Amazonas, Alagoas, Pernambuco, Piauí, Ceará, Paraná e Goiás. Os resultados mais baixos foram do Amapá, com 4 pontos, e do Pará, do Rio Grande do Norte, de Sergipe e da Bahia, com 4,1 pontos.


2015 ◽  
Vol 29 (2) ◽  
pp. 202
Author(s):  
Antônia Angélica Correia de Araújo Moura ◽  
Roberto Augusto Caffaro Filho

<p class="Default">Nos países industrializados, a descoberta da dimensão do problema da contaminação dos solos e das águas subterrâneas levou à sistematização do gerenciamento de áreas contaminadas. Cerca de cinco anos após a publicação da Resolução CONAMA 420/09, que estabeleceu diretrizes para o gerenciamento de áreas contaminadas no Brasil, foi levantado neste estudo o panorama do país em relacão ao tema. Foram obtidas informações junto aos órgãos ambientais de cada Estado através de consultas aos seus sítios eletrônicos, contatos telefônicos e aplicação de um questionário. Os Estados das regiões sudeste e sul avançaram significativamente no gerenciamento da contaminação do solo. Por outro lado, nas demais regiões do Brasil o gerenciamento de áreas contaminadas ainda é incipiente, e a Resolução CONAMA 420/09 ainda está por ser atendida. Foi realizada uma análise qualitativa do risco causado pela contaminação de solo e água subterrânea em cada unidade da federação, que levou em consideração o nível de gerenciamento praticado e o potencial poluidor existente. Foi encontrado nível de risco alto no Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Distrito Federal, Ceará, Pernambuco e Bahia. Os Estados da região nordeste em acelerado processo de industrialização encontram-se em situação mais crítica, sendo preciso avançar rapidamente no gerenciamento de áreas contaminadas, sob pena de repetirem-se os injustificáveis danos ao meio ambiente e à saúde pública ocorridos nas regiões industrializadas do país em décadas passadas. O avanço do gerenciamento nos Estados brasileiros pode ser alcançado com a criação de leis estaduais específicas e com a evolução do nível técnico dos profissionais que atuam nessa área.</p>


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