scholarly journals HERBERT MARCUSE E A TEORIA CRÍTICA: PARA ALÉM DA PERSPECTIVA NORMATIVA DA ESCOLA DE FRANKFURT

Author(s):  
Silvio Ricardo Gomes Carneiro

Nosso ensaio procura compreender o sentido atual da Teoria Crítica de Herbert Marcuse. De início, fazemos a contraposição de Marcuse à versão mais contemporânea da Teoria Crítica, representada pela perspectiva normativa de Jürgen Habermas e Axel Honneth. Notamos, em seguida, a insuficiência deste modelo crítico diante dos desafios contemporâneos, conforme a crítica de John Abromeit e Amy Allen. Ambos apresentam os limites da segunda geração para compreender o avanço do pensamento conservador. Recuperamos aqui as reflexões de Marcuse sobre os limites da democracia burguesa nos anos 1970. Este será o mote para pensarmos uma perspectiva de Teoria Crítica diversa da normatividade. A experiência crítica de Marcuse é marcada pelo contorno dos acontecimentos e dos corpos, o conteúdo material das questões morais – elementos centrais para o embate contra a cultura do medo que alimenta o autoritarismo nas vias democráticas.

2017 ◽  
Vol 39 (142) ◽  
pp. 73-88
Author(s):  
Artur José Renda Vitorino ◽  
Bruna Coden da Silva

RESUMO: A partir das interpretações dos filósofos Jürgen Habermas e Axel Honneth do modelo intersubjetivo do si mesmo produzido socialmente, conforme elaborado por G. H. Mead, defende-se a necessidade de incorporar os preceitos de intersubjetividade, reconhecimento e democracia em uma concepção de educação que, com base no pensamento cooperativo e comunitário, ensine o agir democrático - orientado para a resolução consensual de problemas e embasado no reconhecimento intersubjetivo entre os indivíduos.


2013 ◽  
Vol 44 (1) ◽  
pp. 37-51 ◽  
Author(s):  
Carolin Kaltofen

Even though its focus on emancipation purposefully intends to build upon the intellectual legacy of the Frankfurt School, critical security studies has thus far only interpreted the Frankfurt tradition in a circumscribed manner. That is to say, it selectively drew on some concepts from critical theory that are most associated with Jürgen Habermas and Axel Honneth. However, as a result of this emphasis, Booth and Wyn Jones – the original proponents of critical security studies – give too little attention to thinkers such as Theodor W. Adorno. This article demonstrates that a re-engagement with Adorno’s work not only provides a more complete appraisal of the Frankfurt School’s thought, but also might reinvigorate critical security studies as a ‘critical’ approach to security. It proposes that such a result can be achieved by employing Adorno’s ethics of resistance and through the development of the philosophical construct of a constellation of security.


Kalagatos ◽  
2017 ◽  
Vol 13 (27) ◽  
pp. 195-208
Author(s):  
Maikon Chaider Silva Scaldaferro

Jürgen Habermas e Axel Honneth investigaram nas últimas décadas as "condições de possibilidade de uma política democrática", com isso eles formularam duas teorias críticas do Estado de direito. Nosso objetivo aqui é discutir as teorias elaboradas pelos filósofos, bem como o diagnóstico de época que eles realizaram das patologias sociais. Apontaremos também as semelhanças e diferenças entre as filosofias de Habermas e Honneth.


Caderno CRH ◽  
2011 ◽  
Vol 24 (62) ◽  
pp. 331-352 ◽  
Author(s):  
Nathalie Bressiani

O debate entre Nancy Fraser e Axel Honneth sobre redistribuição e reconhecimento abarca uma multiplicidade de questões. Tomando como fio condutor a pergunta acerca da possibilidade de compreender o conjunto de injustiças existentes a partir do conceito de reconhecimento ou da necessidade de recorrer, para isso, ao par conceitual redistribuição e reconhecimento, este artigo tem como objetivo defender que a disputa entre o monismo de Honneth e o dualismo de Fraser remete a discordâncias em suas teorias sociais. A partir de uma reconstrução das críticas dirigidas pelos autores ao dualismo social de Jürgen Habermas, bem como das diferentes teorias sociais que desenvolvem com o intuito de resolvê-las, procuraremos também mostrar que as saídas encontradas por eles a essas dificuldades estão no centro do debate sobre redistribuição e reconhecimento e que Fraser, ao desenvolver um dualismo social perspectivo, adota uma posição intermediária àquelas sustentadas por Honneth e Habermas.


2020 ◽  
Vol 5 (26) ◽  
pp. 17-28
Author(s):  
Oliver Kozlarek

El artículo parte del supuesto de que las teorías tienen diferentes diseños. Por diseño teórico se entiende a la forma en que una teoría se presenta en el mundo exterior. Una de las particularidades de la Teoría crítica es que busca insertarse en el mundo no exclusivamente académico, aspirando siempre a tener un impacto en las realidades políticas y sociales. Sin embargo, el grado de éxito depende no sólo de la voluntad de los respectivos teóricos, sino también de los diseños teóricos. Aquí se distinguen dos: mientras que el diseño normativista, representado sobre todo por Jürgen Habermas y Axel Honneth, se limita a un ámbito académico, el diseño crítico de Adorno justifica el trabajo teórico precisamente sobre la base del contacto de la teoría con las realidades políticas y sociales concretas. En este artículo se hace referencia sobre todo a algunas de las conferencias de Adorno que se han recogido en el volumen más reciente de sus Obras póstumas (Nachgelassene Schriften). El objetivo es mostrar que el “diseño crítico” ofrece mejores posibilidades para intervenir en el espacio público.


Author(s):  
Hélio Alexandre da SILVA (UESB)

O objetivo desse texto é discutir o diagnóstico, em grande medida partilhado por Jurgen Habermas e Axel Honneth, que aponta para um deslocamento dos atuais movimentos sociais que se afastariam de demandas anti-sistêmicas, leia-se anticapitalistas, para orientarem suas lutas na direção da reivindicação da solução de problemas específicos (ambientais, étnicoraciais, gênero, entre outros). Nesse sentido, serão apresentados elementos presentes em um dos movimentos sociais mais presentes no cenário social brasileiro, a saber, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, como expediente capaz de ancorar na realidade uma perspectiva de análise do tempo presente que permita pensar movimentos sociais que articulem anticapitalismo e demandas específicas. Com isso, pretende-se contribuir para que a Filosofia social mantenha em sua agenda uma perspectiva anticapitalista.


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