scholarly journals Análise de lesão renal em pacientes de terapia intensiva com diagnóstico de COVID-19 em uso de antibióticos

2022 ◽  
Vol 11 (1) ◽  
pp. e27411124961
Author(s):  
Tatiele Quiquinato Viana ◽  
Paula Juliani Nascimento Rodrigues

O objetivo dessa pesquisa foi caracterizar o perfil dos pacientes que desenvolveram LRA, analisar os exames laboratoriais, classificar de acordo com os estágios e analisar o ajuste de posologia dos antimicrobianos. Trata-se de um estudo transversal, analítico e retrospectivo, cuja coleta de dados foi realizada com informações contidas no Sistema de Prontuário Eletrônico MVPEP®. No período de estudo, foram encontrados 100 pacientes com infecção confirmada para COVID-19, destes 53% desenvolveram LRA durante a internação na UTI que foi em média de 13 dias. A prevalência de LRA foi em pacientes do sexo masculino com idade média de 62 anos, com Hipertensão Arterial Sistêmica e Diabetes Mellitus de comorbidades prévias, sendo a taxa de mortalidade de 67,95%. Observamos a presença de hipercalemia, anemia e aumento dos níveis de creatinina e ureia nesses pacientes. Outra questão analisada foi o uso de antimicrobianos nefrotóxicos, em que a polimixina (83,01%) foi a mais utilizada, seguida pela classe dos aminoglicosídeos (73,58%). Visto a necessidade de ajuste dos antimicrobianos, foi analisado que dos pacientes que utilizaram os aminoglicosídeos, apenas 26,65% receberam ajuste renal. De acordo com os dados encontrados, pudemos ver que a COVID-19 auxiliou no desenvolvimento de LRA, pois obtivemos resultados de alta taxa de incidência e grande número de óbitos, por outro lado, o grande uso de antibióticos no curso da doença e a falta de ajuste renal dos mesmos também podem auxiliar no desenvolvimento de lesões renais.

Author(s):  
Brena Rodrigues Manzano ◽  
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Reyna Aguilar Quispe ◽  
Gabriela Moura Chicrala ◽  
Frederico Buhatem Medeiros ◽  
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A angina instável (AI) é causa comum de internação hospitalar e mortalidade, e seu tratamento inclui o uso de antiagregantes plaquetários (ATP) e/ou anticoagulantes. A realização de cirurgia oral em indivíduos que fazem uso desses medicamentos é um desafio diante do risco de sangramento versus risco de eventos tromboembólicos como a AI. Neste relato de caso, um homem de 61 anos foi internado na Unidade de Terapia Intensiva por AI apresentando queixa de sangramento bucal e histórico de extração dentária há dois dias associado à interrupção de ácido acetilsalicílico 100 mg durante 20 dias antes da cirurgia oral. A história médica revelou hipertensão arterial sistêmica, doença arterial coronariana, diabetes mellitus tipo I, infarto agudo do miocárdio e AI há dois meses. Para controle do sangramento bucal, primeiramente, a equipe médica realizou manobras hemostáticas locais com compressão de gaze e infiltração local com adrenalina, mas sem sucesso. Pela persistência do sangramento bucal, a equipe de odontologia foi contatada e observou-se sutura em posição na região dos dentes pré-molares e primeiro molar em maxila esquerda com sangramento espontâneo via sulco gengival do dente adjacente.A conduta odontológica consistiu na introdução de ácido tranexâmico tópico, o que controlou o sangramento bucal. O paciente recebeu alta hospitalar sem queixas. Consi-derações finais: a suspenção de ATP para cirurgia oral de baixo risco de sangramento levou à AI, aumentando o risco de mortalidade, sendo que o sangramento bucal pode ser eficazmente controlado com medidas hemostáticas locais.


2019 ◽  
Vol 60 (1) ◽  
Author(s):  
Sankar Veintramuthu ◽  
Sherif Abdul ◽  
Anita Ann Sunny ◽  
Grace Mary John ◽  
Kumar Rajasekaran Senthil

La hipoglucemia es una complicación importante de la terapia intensiva de la diabetes, una verdadera emergencia médica, que requiere un reconocimiento y tratamiento rápidos para prevenir el daño cerebral y de órganos. Por lo tanto, el conocimiento sobre la diabetes puede desempeñar un papel importante en el mantenimiento del control de la glucemia y prevenir las complicaciones hipoglucémicas. Objetivo: el objetivo del estudio es desarrollar y evaluar el impacto de los folletos de información al paciente para prevenir la hipoglucemia en pacientes ambulatorios con diabetes mellitus tipo 2 y estudiar el efecto del patrón de medicamentos recetados en los pacientes. Material y métodos: Este estudio abierto de intervención abierta se realizó en el Departamento de pacientes ambulatorios (OPD) de endocrinología en un hospital de atención terciaria durante un período de 9 meses en 55 pacientes. La información se proporcionó a los pacientes a través de un folleto de información al paciente y su conocimiento y estado glucémico se evaluaron mediante un cuestionario validado basado en el lenguaje vernáculo desarrollado internamente en una institución. El cuestionario con cuatro dimensiones diferentes de conocimiento del paciente, control glucémico, cumplimiento y estilo de vida se cuantificó en el estudio. Resultados: El estudio mostró una mejora, estadísticamente significativa (P <0,05), en el conocimiento y el control glucémico en pacientes masculinos y en el conocimiento, el cumplimiento y el control glucémico en pacientes femeninos. Los pacientes alfabetizados mostraron una mejora más significativa en el conocimiento, el cumplimiento, el estilo de vida y el control glucémico que los pacientes analfabetos. Conclusiones: Los resultados del estudio sugirieron que el farmacéutico brindó a los pacientes con hipoglucemia diabética tipo 2 información y conciencia para mejorar el conocimiento y el control glucémico.


Author(s):  
Sarah de Souza Almeida ◽  
Julianne Carvalho Dias Gaudio ◽  
Mônica Gomes de Almeida ◽  
Cristiane Alves de Oliveira

Introdução: Evidências da doença COVID-19 durante a gestação têm indicado maior risco de hospitalização, necessidade de ventilação mecânica e internação em unidade de terapia intensiva (UTI). Além disso, a COVID-19 parece estar associada a maior risco de pré-eclâmpsia, parto pré- termo e outros desfechos adversos. O melhor momento e via do parto na vigência da doença são questões ainda não completamente elucidadas com as evidências científicas disponíveis. Este artigo traz o relato de uma gestante com infecção por SARS-CoV-2 no terceiro trimestre. Relato de caso: Primigesta de 27 anos, com 37 semanas e 5 dias de idade gestacional, foi internada em enfermaria obstétrica para controle de diabetes mellitus gestacional (DMG). Na admissão, relatou história de quadro febril (37,8°C) há três dias e mialgia. O rastreio de SARS-CoV-2 com reação em cadeia da polimerase em tempo real (RT-PCR) em swab nasofaríngeo foi positivo. Exames admissionais demonstraram elevação de enzimas hepáticas e relação proteína/creatinina em amostra urinária alterada. Apesar da curva pressórica normal durante toda internação, foi aventada a possibilidade de pré-eclâmpsia sobreposta à infecção. A paciente manteve sintomas leves de COVID-19 até o oitavo dia de doença (febre baixa sem sintomas respiratórios). Em decisão conjunta com o serviço de Infectologia, foi indicada a interrupção da gestação por via vaginal, com 38 semanas e 3 dias, por DMG e piora dos parâmetros laboratoriais. Iniciou-se a indução medicamentosa do trabalho de parto com misoprostol. Após 18 horas de indução, a paciente evoluiu com taquipneia, leve redução da saturação de O2 e cardiotocografia com possível alteração do bem-estar fetal, e foi indicada a cesariana. O parto ocorreu sem intercorrências, e o recém-nascido apresentou boa vitalidade. No quarto dia pós-parto, a paciente evoluiu com pneumonia, deterioração clínica grave, necessidade de internação em UTI e ventilação mecânica por 15 dias. Após boa evolução, recebeu alta hospitalar em 29 dias da admissão. Conclusão: Evidências atuais demonstram que a COVID-19 na gravidez está associada ao aumento de morbidade materna grave e mortalidade, além de complicações neonatais. O momento ideal para a interrupção da gestação na COVID-19 ainda está em discussão. Alguns princípios podem ser usados para a tomada de decisão, como: indicação obstétrica, COVID-19 sem melhora apesar do tratamento instituído ou doença materna severa em que a antecipação do parto pareça possibilitar melhor manejo materno. A progressão da doença, a idade gestacional e o bem-estar fetal são os principais parâmetros a serem avaliados, contudo a segurança materna é a prioridade. A via de parto deve ser individualizada e considerar indicações obstétricas. O parto vaginal parece estar associado a melhor evolução clínica. A cesariana parece estar relacionada ao aumento de risco de deterioração clínica e de internação em UTI em grávidas com COVID-19. O estresse fisiológico induzido pela cirurgia parece ser o fator associado a essa piora.


2018 ◽  
Vol 31 (1) ◽  
pp. 39-45 ◽  
Author(s):  
Joice Barbosa Vilas Boas da Silva ◽  
Larissa Chaves Pedreira ◽  
Jessica Lane Pereira Santos ◽  
Cláudia Silva Marinho Antunes Barros ◽  
Rose Ana Rios David

Resumo Objetivo: Identificar o perfil clínico e sócio demográfico de longevos em uma unidade de terapia intensiva. Métodos: Estudo transversal, retrospectivo e quantitativo, realizado na UTI de um hospital privado de Salvador. Participaram os longevos admitidos entre janeiro de 2014 e dezembro de 2015, internados por um período igual ou superior a 24 horas. Os dados foram coletados nos prontuários eletrônicos dos pacientes. O instrumento de coleta foi construído a partir das informações contidas principalmente no histórico de enfermagem, para registro das variáveis sócio demográficas e clínicas. Os dados coletados foram digitados no programa Excel 2010 e analisados por meio de um Software estatístico. Para a comparação entre as variáveis foi utilizado o teste χ2 de Pearson. Os resultados são apresentados em tabelas e sua discussão respaldada em evidências sobre o tema. Resultados: Dos 252 longevos identificados, 64,3% eram do sexo feminino. 63,9% tiveram como procedência a unidade de emergência, fator estatisticamente significante se relacionado com a mortalidade, e 91,3% deles apresentavam comorbidades, destacando-se as doenças crônicas não transmissíveis, principalmente as afecções cardiovasculares (81,7%) e a diabetes mellitus (32,9%). As manifestações não infecciosas (84,5%) foram as principais causas de internação. Na admissão, 71,0% apresentavam-se hidratados, 65,1% eutróficos, 39,3% em ventilação espontânea ao ar ambiente, 57,5% com diurese espontânea e 77,0% com pele íntegra. O tempo de internação prevaleceu entre 11 e 20 dias (24,6%), com grande desfecho de óbito (51,6%). Conclusão: Mesmo em condições favoráveis na admissão, os longevos tiveram alta permanência na unidade e elevado percentual de óbito.


2020 ◽  
Vol 9 (9) ◽  
pp. e163996748
Author(s):  
Raquel Magalhães de Azeredo Granadeiro ◽  
Selma Petra Chaves Sá ◽  
Barbara Pompeu Christovam ◽  
Renê dos Santos Spezani ◽  
Daniel da Silva Granadeiro

Objetivos: analisar os fatores de risco para hipoglicemia em pacientes críticos que utilizam Infusão Contínua de Insulina (ICI) encontrados nos prontuários de pacientes internados em uma Unidade de Terapia Intensiva e descrever o conhecimento dos enfermeiros acerca dos fatores de risco para hipoglicemia em pacientes críticos em uso de ICI. Metodologia: Estudo quanti-qualitativa do tipo descritivo e exploratório. O cenário UTI de um hospital público estadual no Rio de Janeiro. A amostra contou com prontuários e enfermeiros. Resultados: fatores de riscos nos prontuários: atraso na glicemia horária; drogas vasoativas; falência orgânica; diabetes mellitus, sepse; hemodiálise; insuficiência renal aguda ou crônica; dieta zero/oral e doença hepática. Os enfermeiros relataram suporte nutricional inadequado ou ausente, atrasos nas aferições glicêmicas, ajustes inadequados do protocolo de insulina e instabilidade hemodinâmica são fatores de risco para hipoglicemia na ICI. Considerações finais: É necessário o conhecimento dos enfermeiros acerca dos fatores de risco para hipoglicemia durante ICI.


Author(s):  
Guilherme Gallo Costa Gomes

Objetivo: Descrever o número de hospitalizações e óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave por COVID-19 nas 27 unidades federativas brasileiras. Métodos: Foi realizado um estudo epidemiológico, transversal, descritivo e analítico de modo que foram selecionados os dados referentes aos números de casos e óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave por COVID-19 e outras causas (Influenza, outros vírus respiratórios, outros agentes etiológicos, não especificados pesquisa), sexo e faixa etária. Resultados: O agente etiológico Sars-CoV-2 gerou mais internações e óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave quando comparado ao total de dados de internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave no mesmo período de 2019 nas 27 unidades federativas, além disso, gerou mais óbitos do que outras causas até a 33ª semana epidemiológica em todos os estados. Os homens com mais de 60 anos também tiveram maior incidência de casos e óbitos em comparação com outras faixas etárias, principalmente em indivíduos que apresentam fatores de risco como doenças cardíacas e diabetes mellitus. Considerações finais: Após a análise dos dados apresentados, é possível verificar que a Síndrome Respiratória Aguda Grave causada pela COVID-19 provocou uma grande sobrecarga nos ambientes de terapia intensiva devido ao acometimento respiratório e cardíaco dos pacientes, evoluindo para insuficiência respiratória e óbito. Os números de óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave causada pela COVID-19 foi maior do que outras causas em todos os Estados e os homens com mais de 60 anos de idade apresentaram maiores incidência de casos e óbitos em relação as demais faixas etárias.


2019 ◽  
Vol 63 (2) ◽  
pp. 95-101
Author(s):  
Ariane Simião Garcia ◽  
Beatriz Navarro Pinedo ◽  
Juliana Kurahashi Antiqueira ◽  
Larissa Macedo Fatel ◽  
Natália Machado Soldi ◽  
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Introdução: Existem poucos relatos correlacionando dados clínicos com a presença de carcinoma renal após o diagnóstico do tumor no exame de imagem. Objetivos: Analisar as características clínicas de pacientes submetidos à nefrectomia parcial (NP); correlacionar dados clínicos e da evolução no pós-operatório com a presença de carcinomas renais. Método: Estudo clínico observacional, retrospectivo, com 178 pacientes submetidos à NP entre 2009 a 2013. Foram avaliadas as características demográficas; morbidades: diabetes mellitus, hipertensão, doença cardiovascular; complicações do intra e pós-operatório e evolução. Os dados foram descritos em porcentagens, médias e desvio-padrão e significância estatística se p<0,05. Resultados: Foram analisados 178 pacientes de 54,0±13,4 anos, 61,2% do sexo masculino, 18,6% com tumores benignos e 81,4% com carcinomas renais. Entre os carcinomas, 69,7% foram de células claras e, entre os tumores benignos, 72,7% eram oncocitomas. A NP aberta foi realizada em 55,9% das vezes e em 44,1% por via laparoscópica. Após a cirurgia, 31,4 % necessitaram de unidade de terapia intensiva; 13,4 % apresentaram lesão renal aguda; 2,3 % alguma infecção; e 1,8% (n=3) foram a óbito após a alta. Entre as características, somente a obesidade e a redução do ritmo de filtração glomerular estimado (eRFG) em sete dias foi significativamente maior nos pacientes com carcinomas. Conclusões: Pacientes submetidos à NP eram predominantemente do sexo masculino e portadores de carcinomas de células claras. Pacientes com carcinomas eram mais obesos e tiveram maior redução do eRFG em sete dias do pós-operatório.


Author(s):  
Yuramis Montirl Espinosa ◽  
Maria da Conceição Ribeiro Simões ◽  
Atinelle Teles Novais ◽  
Elton Lemos Silva

Introdução: Mulheres grávidas são consideradas um grupo de alto risco para o novo coronavírus (COVID-19). A existência de novas cepas na região amazônica em 2021 aumentou rapidamente o número de casos confirmados, elevando a morbimortalidade materna. Diante das preocupações sobre o efeito da COVID-19 durante a gravidez e nos neonatos, a quantificação de seus fatores de risco, resultados maternos e perinatais é essencial para o planejamento de estratégias de combate à atual pandemia. Objetivo: Caracterizar as variáveis associadas, em gestantes, com confirmação de infecção por coronavírus (COVID-19) de um hospital da região amazônica. Métodos: Estudo transversal e retrospectivo que utilizou o banco de dados do hospital. O critério de inclusão foram gestantes com confirmação de COVID-19, admitidas no setor de isolamento do hospital por qualquer motivo no período de fevereiro a março de 2021. Resultados: Foram incluídas 54 mulheres grávidas. Observamos que 34 (62,96%) gestantes se internaram no hospital por COVID-19 com sintomas de moderados a graves e 20 (37,04%) por outras causas; delas, 23 (42,5%) possuíam comorbidades preexistentes, 10 (18,5%) apresentavam hipertensão arterial crônica ou gestacional, oito (14,8%) diabetes mellitus prévia ou gestacional, quatro (7,4%) obesidade e uma (1,8%) lúpus eritematoso sistêmico. Com relação à faixa etária: quatro (7,4%) eram menores de 20 anos, 18 (33,3%) tinham de 20 a 24 anos, 12 (22,2%) de 25 a 29 anos, 10 (18,5%) de 30 a 34 anos e 10 (18,5%) eram maiores de 35 anos. Sobre o parto, 24 (44,4%) tiveram cesárea e oito (14,8%) parto vaginal; 24 (44,4%) tinham entre sete e 10 dias de sintomas, 30 (55,5%) necessitaram de suplementação de oxigênio e 15 (27,7%) de ventilação invasiva. Quanto à necessidade de suporte em unidade intensiva, a incidência foi de 16 (29,6%), o tempo de internação foi menor que sete dias na maioria dos casos (30, ou 55,6%), 15 (27,7%) gestantes apresentaram síndrome respiratória aguda grave e cinco (9,2%) vieram a óbito. Já entre os recém- nascidos, 11 (34,4%) foram prematuros. Conclusão: O estudo mostrou que a maioria das mulheres se encontrava no terceiro trimestre da gestação. As comorbidades preexistentes, como hipertensão crônica, diabetes e alto índice de massa corporal, são fatores de risco para COVID-19 grave na gravidez. As gestantes têm risco aumentado de serem admitidas na unidade de terapia intensiva, de precisaram de ventilação invasiva ou de sofrerem morte materna. Por se tratar de uma doença recente ainda, faz-se necessário maiores estudos quanto ao potencial do vírus na gestação, entre outros desfechos. Podemos, assim, recomendar a vacinação de todas as gestantes como forma de minimizar a gravidade da doença e diminuir a mortalidade materna por essa causa.


2018 ◽  
Vol 23 (2) ◽  
Author(s):  
Marcia Cardoso Teixeira Sinésio ◽  
Marcia Cristina da Silva Magro ◽  
Tatiane Aguiar Carneiro ◽  
Kamilla Grasielle Nunes Da Silva

Objetivo: identificar os pacientes e os fatores de risco associados à ocorrência de infecções relacionadas à assistência à saúde em unidades de terapia intensiva. Método: estudo transversal realizado com 155 pacientes internados entre 2012 e 2014 em duas unidades de terapia intensiva de dois hospitais públicos do Distrito Federal. Os dados foram coletados em prontuário e registrados em planilha no programa Microsoft Excel®. Foram considerados significativos resultados com p-value<0,05. Resultados: do total de 155 pacientes, 55 (35,5%) pacientes foram acometidos por infecções relacionadas à assistência à saúde durante a internação na unidade de terapia intensiva. Tempo de internação (p=0,001), internação por causas clínicas (p=0,017), diabetes mellitus (p=0,002) e cirurgia eletiva (p=0,011), foram fatores de risco, independentes para essas infecções. Conclusão: as complicações infecciosas acometeram cerca de um terço dos pacientes no cenário de terapia intensiva. A vigilância dessas complicações pode orientar ações para melhoria da segurança do paciente crítico.


2015 ◽  
Vol 2 (3) ◽  
pp. 113
Author(s):  
Jéssica P. Resende ◽  
Maria Cristina Paganini ◽  
Izelandia Veroneze ◽  
Célia Inês Burgardt ◽  
Mônica M. Gomes Da Silva

Introdução: Com o surgimento das bactérias produtoras de carbapenemase (BPC), o tratamento das infecções adquiridas no ambiente hospitalar se tornou ainda mais desafiador, com consequente escassez de opções terapêuticas. Objetivo: caracterizar clínica e epidemiologicamente pacientes em que foram isoladas bactérias BPC. Métodos: Pacientes que apresentaram cultura positiva para BPC em culturas de vigilância ou amostra clínica, no período de janeiro a julho/2014. Diversas variáveis foram analisadas a fim de se detectar as mais frequentemente encontradas. Resultados: Um total de 63 pacientes foram avaliados, com faixa etária média de 52 anos. Quarenta e quatro pacientes internaram por síndrome não infecciosa, sendo doenças cardiovasculares e diabetes mellitus as mais frequentes. Trinta e sete (58,7%) pacientes haviam passado por outro serviço de saúde. A detecção da BPC ocorreu em pacientes procedentes das unidades de cuidados intensivos de adultos (66,7%), clínica médica (11%), cirurgia geral (6,3%), unidade de terapia intensiva cardiológica (3,2%) e transplante de medula óssea (3,2%). Das amostras isoladas, 12 (19%) pacientes apresentavam detecção de BPC em amostras clínicas. Quanto ao tempo de internamento, somente 12 (19%) apresentaram detecção após 30 dias de internamento. Quatro (6,3%) pacientes foram a óbito. Conclusões: Em um hospital terciário, a grande maioria dos isolamentos por BPC ocorreu em unidades de cuidados intensivos e antes de 30 dias de internação. Muitos pacientes já eram procedentes de serviços de saúde e tinham doenças crônicas prévias. Nenhum óbito foi relacionado à infecção de BPC.           


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