Revista da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo
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Published By Revista Da Sociedade De Cardiologia Do Estado De Sao Paulo

2595-4644, 0103-8559

Author(s):  
Priscila Maria Gabos ◽  
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Adriana Aparecida Fregonese ◽  
Sílvia Maria Cury Ismael ◽  
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ntrodução: A “síndrome do coração partido”, de nome científico “síndrome de takotsubo”, é uma doença rara, com sintomas similares ao infarto. Trata-se da disfunção do ventrículo esquerdo por conta de um evento estressor de caráter emocional. Existem poucos casos descritos em literatura científica sobre a importância do acompanhamento psicológico para esses pacientes. Objetivos: Relatar caso de paciente com a síndrome de takotsubo. Observar as questões emocionais envolvidas, suas repercussões e a importância da psicoterapia. Método: Relato de caso, com paciente do sexo feminino, com 80 anos. Os dados foram coletados por meio de avaliação e acompanhamento psicológico ao longo da internação e psicoterapia após alta. Avaliou-se seu traço de personalidade e perfil comportamental pela análise do comportamento, correlacionando com os aspectos emocionais conhecidos sobre a síndrome de takotsubo. Resultados: Paciente A., casada e com cinco filhos. Previamente hígida, internada após agendar sua festa de aniversário de 80 anos. A. nunca havia passado por acompanhamento psico-lógico ou psiquiátrico. Observou-se presença de sintomas depressivos leves, traumas e frustrações importantes nunca previamente expressadas, bem como baixa autoestima. Apresentou personalidade introspectiva, com dificuldade de nomear seus sentimentos, comportamentos autopunitivos e tendência para afetos negativos. No acompanhamento psicológico conseguiu entrar em contato com sua dinâmica emocional e perceber seu próprio sofrimento pela primeira vez. Apontou a psicoterapia como um divisor de águas em sua vida, significando-a como um importante recurso de autocuidado. Conclusão: A psicoterapia foi eficaz e essencial para o cuidado emocional da paciente, facilitando que a mesma percebesse seu sofrimento e buscasse formas de enfrentamento, além de ressignificar sua própria história. Conclui-se que o psicólogo hospitalar e o seguimento da psicoterapia após alta são importantes e necessários para os pacientes com essa síndrome, corroborando evidências da literatura do impacto dos aspectos emocionais como facilitadores do desenvolvimento dessa síndrome.


Author(s):  
Mayara Rocha Siqueira Sudré ◽  
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Ana Carolina Queiroz Daniel ◽  
Eugenia Velludo Veiga ◽  
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A tetralogia de Fallot (T4F) é uma patologia congênita considerada a mais comum das má- formações cardíacas cianóticas e se caracteriza por quatro defeitos principais: do septo interventricular, hipertrofia ventricular direita, estenose pulmonar e o posicionamento da aorta à direita. Nessas situações, o sangue de ambos os ventrículos é misturado e bombeado ao corpo, com consequente cianose sistêmica. Seu tratamento envolve diversas possibilidades de condutas, geralmente relacionadas às características clínicas e morfológicas da cardiopatia. Pode ocorrer desde um acompanhamento clínico-medi-camentoso até a reparação cirúrgica paliativa ou definitiva. O objetivo deste estudo foi identificar e analisar publicações científicas nacionais e internacionais sobre assistência de enfermagem aos pacientes portadores de T4F publicadas nos últimos cinco anos. Foi realizada uma revisão narrativa da leitura a partir de pesquisa eletrônica de artigos indexados nas bases de dados MEDLINE, Scopus, CINAHL, LILACS, BDENF, Web of Science, Embase, Cochrane e Google Acadêmico, por meio dos descritores “tetralogy of fallot” e “nursing care”. Foram incluídos estudos com acesso gratuito e na íntegra, nos idiomas português e inglês, e excluídos artigos de revisão, teses, dissertações, editoriais, debates e resenhas. Os resultados mostraram que a assistência de enferma-gem se baseou no processo de enfermagem, na implementação da sistematização da assistência de enfermagem, em práticas assistenciais contemporâneas baseadas na prática de enfermagem avançada, no uso das tecnologias da informação e comunicação (TICs) e na descrição de experiências específicas na assistência de enfermagem aos portadores de T4F em setores restritos.


Author(s):  
Ana Carolina Queiroz Godoy Daniel ◽  
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Isabela Musa Gomes dos Santos ◽  
Mayara Rocha Siqueira Sudré ◽  
Eugenia Velludo Veiga ◽  
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A hipertensão arterial é caracterizada por valores aumentados e sustentados da pressão arterial, maiores ou iguais a 140/90 mmHg, e é o principal fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. A Monitorização Residencial da Pressão Arterial, realizada pelo próprio paciente em sua residência, pode contribuir para a identificação precoce da hipertensão arterial, para o controle das cifras pressóricas e para a adesão ao tratamento medicamentoso. A finalidade deste documento é apresentar uma atualização prática para profissionais de saúde sobre o método de Monitorização Residencial da Pressão Arterial, por meio da descrição detalhada do procedimento de medida indireta da pressão arterial com equipamentos automáticos, em consonância com diretrizes nacionais e internacionais de hipertensão arterial.


Author(s):  
Lis Proença Vieira ◽  
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Ana Luíse Duenhas Berger ◽  
Marcia Maria Godoy Gowdak ◽  
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A hipertensão é o principal fator de risco das doenças cardiovasculares e acomete cerca de 30% da população adulta, atingindo mais de 70% dos idosos no Brasil. Sabe-se que fatores genéticos, socioeconômicos e ambientais são determinantes da doença. Entre as causas ambientais da hipertensão estão excesso de peso, consumo elevado de sódio, dieta inadequada, tabagismo, sedentarismo e consumo elevado de bebidas alcoólicas. A literatura científica tem mostrado que a dieta tem impacto direto na hipertensão e atua tanto na prevenção quanto no controle da doença. Nos indivíduos hipertensos, a adoção de um padrão alimentar adequado associa-se à redução da dose diária das medicações usadas. Neste artigo, discutiremos as consequências de perda de peso, redução de sódio e adoção da dieta DASH no controle da pressão arterial. Neste contexto, serão abordados os mecanismos envolvidos no aumento da pressão arterial com o ganho de peso, seu impacto nos primeiros anos de vida, assim como as consequências das alterações da composição corporal no controle pressórico, a importância da restrição do sódio, a necessidade da reformulação de produtos industrializados e o novo sistema de rotulagem no Brasil como ferramenta de ajuda à população, além da influência da dieta DASH no controle da pressão arterial e risco de mortalidade


Author(s):  
Raquel D’Aquino Garcia Caminha ◽  
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José Endrigo Tinoco ◽  
Brena Rodrigues Manzano ◽  
Lilia Timerman ◽  
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Introdução: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma doença crônica, geralmente silenciosa e de alta prevalência. O cirurgião-dentista (CD) tem papel importante no acompanhamento e detecção de HAS subdiagnosticada. Além disso, a realização de procedimentos odontológicos em pacientes hipertensos, gera diversas dúvidas quanto à conduta, principalmente relacionadas com o limiar de pressão arterial (PA) e complicações que possam surgir durante o atendimento. Objetivo: Descrever estratégias de conduta e intervenção durante o atendimento odontológico de pacientes com HAS. Metodologia: Foi realizada uma revisão integrativa por meio da busca nas bases de dados PUBMED/ MEDLINE®, SCOPUS® e Web of Science com os seguintes descritores, “Hypertension AND Dental care AND Oral health”. Foram incluídos os artigos que abordassem conduta odontológica em paciente com HAS, estivessem em inglês, disponíveis on-line e sem restrição de período. Resultados: Foram encontrados 570 artigos que, depois da aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, resultaram em sete artigos para leitura de texto completo. Verificou-se que todos eles tinham origem nos Estados Unidos da América, sendo que seis estudos eram revisões. Conclusão: Os estudos mostraram que não há necessidade de suspender os procedimentos odontológicos em pacientes assintomáticos com PA abaixo de 180-110 mmHg. Entretanto, sempre é preciso avaliar o perfil de risco, a presença de sintomas cardiovasculares, a extensão do procedimento odontológico, a necessidade de protocolo de redução de ansiedade e considerar o risco e benefício da intervenção.


Author(s):  
Décio Mion Júnior ◽  
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Fernando Nobre ◽  

Na prática clínica, existem três métodos para medir a pressão arterial: medidas de consultório ou casuais, Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA) e Moni- torização Residencial da Pressão Arterial (MRPA). Todas têm importância e significado, porém, cada qual com suas indicações, vantagens e limitações específicas. As medidas casuais foram as utilizadas até esse momento na grande maioria dos estudos que definiram diagnóstico, prognóstico e avaliação do tratamento em pacientes com hipertensão arterial sistêmica. Entretanto, com o advento da MAPA e da MRPA foi possível definir a hipertensão do avental branco e hipertensão mascarada, com características próprias e significado clínico particular. São recomendadas medidas fora do consultório para estabelecimento do diagnóstico de hipertensão do avental branco e hipertensão mascarada nos pacientes sem tratamento e hipertensão do avental branco não controlada e hipertensão mascarada não controlada nos pacientes em tratamento. São discutidos neste texto os empregos dos vários tipos de registro da pressão arterial, considerando a complementariedade com o emprego de todos eles.


Author(s):  
José Fernando Vilela-Martin ◽  
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Luis Cuadrado Martin ◽  
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Essa revisão define as situações de elevação aguda da pressão arterial, caracterizadas como crise hipertensiva e pseudocrise hipertensiva. Crise hipertensiva é definida quando a pressão arterial se apresenta com valores maiores ou iguais a 180 x 120 mm Hg e é subdividida em emergência e urgência hipertensiva. O quadro clínico da emergência hipertensiva difere da urgência hipertensiva por apresentar risco iminente de morte devido à lesão aguda ou em desenvolvimento em órgãos-alvo, principalmente coração, cérebro, rins e artérias, fato que não ocorre com a urgência hipertensiva. Por outro lado, na pseudocrise hipertensiva, independentemente do valor da pressão arterial, não há evidências de lesão aguda em órgãos-alvo nem risco imediato de morte, com base na história clínica, no exame físico e nos exames complementares básicos realizados durante a avaliação do paciente. A discussão sobre mitos, verdades e condutas é baseada em casos clínicos sucintos que abordam a apresentação clínica das situações descritas abaixo.


Author(s):  
Vera Lúcia dos Santos Alves ◽  
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Camila Vitelli Molinari ◽  
Valéria Papa ◽  
Solange Guizilini ◽  
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A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma doença prevalente na população adulta e associada a alta morbidade e mortalidade cardiovascular. Uma das medidas que auxiliam no controle da doença é a prática de exercício físico. O exercício intervalado de alta intensidade high-intensity interval training, HIIT) é uma modalidade de atividade física que ganha destaque na atualidade, pois a prática exige menos tempo e oferece bons resultados. Apesar disso, há uma ampla variedade de protocolos na literatura, o que dificulta a análise da evidência de cada um deles. Objetivamos assim, apresentar resultados de estudos clínicos e revisões sistemáticas com metanálise disponíveis nos últimos cinco anos sobre o treino HIIT na HAS. Foi realizada uma busca sistematizada da literatura na base PubMed, com estratégia de busca previamente padronizada. Após a triagem, os artigos selecionados foram lidos na íntegra e tabulados para análise. Foram localizados 62 artigos com a inclusão de 15 (13 trabalhos clínicos e duas revisões com metanálise). Os resultados dos artigos selecionados que aplicaram o HIIT como protocolo de treinamento para hipertensos, mostra que a modalidade foi uma ferramenta efetiva para controle da pressão arterial em diferentes protocolos e populações. Os artigos fomentam esses achados com análise de sua ação em musculatura endotelial, angiogênese, hiperreatividade do sistema simpático e viscosidade sanguínea. O efeito sobre a fração de ejeção ventricular e o controle glicêmico atribui a este protocolo destaque na reabilitação da população hipertensa com comorbidade associada.


Author(s):  
Graziela Amaro-Vicente ◽  
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Tiago Fernandes ◽  
Leandro Campos de Brito ◽  
Larissa Ferreira-Santos ◽  
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A hipertensão arterial (HA) é uma doença crônica, caracterizada por elevações persistentes dos níveis pressóricos com implicações clínicas importantes e alta preva - lência em nosso país. No tratamento da HA, são recomendadas modificações do estilo de vida, incluindo maior atividade física. Diversas diretrizes recomendam a realização do exercício físico (EF) para tratamento e prevenção da HA, porém muitos pacientes não aderem a essa prática. Os exercícios mais recomendados são os aeróbicos e os resistidos dinâmicos. Entretanto, outros tipos de exercício têm se mostrado efetivos para a redução dos níveis pressóricos de pacientes hipertensos e indivíduos pré-hipertensos. Além disso, estratégias como o exercício não supervisionado também parecem ter impacto positivo na prevenção e no tratamento dessa comorbidade. Esses tipos de estratégia têm importância maior neste momento em que a pandemia de COVID-19 e o consequente isolamento social impossibilitaram grande parte da população, principalmente dos grupos de risco, como é o caso dos pacientes hipertensos, de realizar EF em academias, grupos de reabilitação presenciais e locais fechados. Curiosamente, a hora do dia em que esses exercícios são realizados, também parece influenciar a magnitude do efeito hipotensor agudo e crônico nesses pacientes. Além disso, sabe-se que a HA tem fatores genéticos/epigenéticos envolvidos em sua fisiopatologia. Assim, a investigação de mecanismos moleculares como o papel dos microRNAs nessa comorbidade é de grande interesse e ganhou destaque nos últimos anos. Esta revisão tem como objetivo destacar os estudos mais atuais sobre temas envolvidos no controle e tratamento da HA com participação do EF.


Author(s):  
Suellen Cristina de Jesus Silva ◽  
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Elaine Fonseca Amaral da Silva ◽  
Priscila Cecília de Freitas Abade de Morais ◽  
Rosemeire Cordeiro Santos ◽  
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Keyword(s):  

A hipertensão arterial é vista como um grave problema de saúde publica com características crônico-degenerativas, que destacam a necessidade de tratamento durante toda a vida, assim como das complicações tardias. O Assistente Social, como membro da equipe multidisciplinar de saúde atua na identificação dos determinantes sociais relacionados com o processo saúde-doença, visando a formulação de estratégias de intervenção frente à demanda social apresentada. A Educação em Saúde inclui a educação popular em saúde como instrumento de gestão participativa da ação social. O objetivo deste estudo foi discutir a experiência profissional do assistente social em hospital terciário de cardiologia com educação em saúde para pacientes hipertensos. O método foi estudo bibliográfico e de observação empírica do cotidiano profissional, realizado no Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo em Jul/2021. O estudo revelou que as práticas de educação em saúde devem ser contínuas e capazes de direcionar o paciente hipertenso a adesão à proposta terapêutica, principalmente em equipe interdisciplinar, de modo a viabilizar a democratização da promoção da saúde e das políticas públicas


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