scholarly journals UVEÍTE ANTERIOR COMO MANIFESTAÇÃO CLÍNICA ISOLADA DE BRUCELOSE EM CÃO

2021 ◽  
Author(s):  
Letícia Gonçalves dos Santos

Introdução: A infecção por Brucella canis é considerada uma das etiologias da uveíte anterior em cães. Outras manifestações oculares incluem panuveíte, endoftalmite, panoftalmite, coriorretinite, vitreíte, descolamento de retina e ceratoconjuntivite. Contudo, há ainda poucos relatos na literatura que relacionam oftalmopatias à infecção natural por Brucella canis. Objetivos: Descrever a evolução clínica de um caso de uveíte anterior unilateral em cão como única manifestação de brucelose. Material e métodos: Cão, Yorkshire Terrier, 3 anos de idade, foi atendido apresentando opacidade em olho direito (OD) com evolução de duas semanas. Como histórico, paciente havia sido utilizado como reprodutor em canil e apresentava hiperlipidemia. Ao exame, verificado blefarospasmo, hiperemia conjuntival, edema de córnea e turbidez em câmara anterior em OD. A pressão intraocular foi de 11 mmHg em OD e 15 mmHg em olho esquerdo (TonoVet®). Foi iniciado tratamento em OD com prednisolona 1%, 5 vezes por dia, e hialuronato de sódio 0,15%, 3 vezes por dia, havendo melhora na primeira semana de tratamento. Porém, durante redução gradual da prednisolona até 1 vez por dia e, mesmo sob tratamento para hiperlipidemia com bezafibrato, houve recidiva do quadro. Portanto, foi mantido o tratamento com prednisolona 1%, 3 vezes por dia, sendo substituída posteriormente por diclofenaco sódico 0,1%, 1 vez por dia. Ao reduzir a frequência do diclofenaco sódico para a cada 48 horas, houve nova recidiva, quando foram solicitados hemograma, PCR para Ehrlichia canis e Babesia spp. e teste ELISA para pesquisa de anticorpos contra E. canis, Leishmania spp., Brucella canis, Anaplasma spp. e Borrelia burgdorferi e antígeno de Dirofilaria immitis. Resultados: O teste ELISA para Brucella canis foi positivo e o paciente foi submetido a tratamento com enrofloxacino e doxiciclina, ambos 10 mg/kg, 1 vez por dia, durante 30 dias. Durante o acompanhamento, não houve novas recidivas de uveíte. Conclusão: A brucelose canina é uma enfermidade que pode ser subdiagnosticada, dado que os sintomas mais frequentes, como aborto e infertilidade, são observados apenas em animais em reprodução. Assim, a pesquisa de brucelose em cães com uveíte é necessária especialmente em pacientes com histórico desconhecido ou destinados previamente a reprodução.

2011 ◽  
Vol 6 (4) ◽  
pp. 371-378 ◽  
Author(s):  
H. Icen ◽  
S. Sekin ◽  
A. Simsek ◽  
A. Kochan ◽  
O.Y. Celik ◽  
...  

2011 ◽  
Vol 86 (2) ◽  
pp. 185-189 ◽  
Author(s):  
Z. Xia ◽  
D. Yu ◽  
J. Mao ◽  
Z. Zhang ◽  
J. Yu

AbstractA survey of the occurrence of Dirofilaria immitis, Borrelia burgdorferi, Ehrlichia canis and Anaplasma phagocytophium in dogs was undertaken in the People's Republic of China between October 2008 and October 2009. A total of 600 blood samples were taken from dogs in four cities in China: 300 in Beijing, 150 in Shenzhen, 30 in Shanghai and 120 in Zhengzhou. All samples were tested for the heartworm antigen and antibodies of canine B. burgdorferi, E. canis and A. phagocytophium by using the canine SNAP® 4Dx® test kit. The occurrence of D. immitis, B. burgdorferi, E. canis and A. phagocytophium was 1.17% (7/600), 0.17% (1/600), 2.17% (13/600) and 0.5% (3/600), respectively. In Shenzhen city 2% (3/150), 8.67% (13/150) and 2% (3/150) of samples were positive for D. immitis, E. canis and A. phagocytophium, respectively. The occurrence of heartworm antigen was 0.33% (1/300) in Beijing, 2.00% (3/150) in Shenzhen, 3.33% (1/30) in Shanghai and 1.67% (2/120) in Zhengzhou. We found E. canis and A. phagocytophium only at one site, Shenzhen, while the only occurrence of B. burgdorferi was at Beijing. In conclusion, the dog population in China is at potential risk for D. immitis, B. burgdorferi, E. canis and A. phagocytophium infection, the risk being especially high in southern China.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document