scholarly journals O problema das espécies arbóreas exóticas comercializadas nos viveiros florestais: Estudo de caso no município de Juiz de Fora (MG) - The problem of exotic tree species marketed in forest nurseries: a case study in the municipality of Juiz de Fora (MG)

Author(s):  
Norberto Emídio de Oliveira Neto ◽  
Cassiano Ribeiro da Fonseca ◽  
Fabrício Alvim Carvalho

O comércio de mudas florestais para a recuperação de áreas degradadas e reflorestamento é crescente e demanda cada vez mais conhecimentos sobre práticas de manejo na produção de essências nativas, adequadas aos padrões ecológicos locais e à legislação ambiental vigente. Entretanto, a comercialização de mudas exóticas ainda é prática comum nos viveiros florestais, não existindo, para a microrregião de Juiz de Fora, MG, informações sobre os tipos de mudas comercializados nos viveiros florestais. Neste estudo foram levantadas as espécies florestais comercializadas em oito viveiros florestais no município de Juiz de Fora, MG, e que abastecem os projetos de reflorestamento na região. As espécies foram identificadas e categorizadas em nativas da Mata Atlântica ou exóticas. Foram encontradas ao todo 147 espécies. Destas, 64 (43,5% do total) foram exóticas, sendo encontradas, com grande frequência (>50%) entre os viveiros, englobando espécies frutíferas com perfil tipicamente comercial, como Psidium guaja), abacate (Persea americana), amora (Morus nigra) e cítricas – laranja, limão e tangerina (Citrus sp.). Também foram registradas algumas espécies consideradas de alto potencial invasor nas florestas Neotropicais, como o Jambo-rosa (Syzygium jambos), comercializada em metade dos viveiros analisados. A presente análise evidencia uma grande produção e comercialização de espécies exóticas de mudas florestais, utilizadas nos projetos de reflorestamento do município, o que não condiz com a legislação florestal vigente e ainda pode ser considerado como grande risco em potencial para invasão biológica.

FLORESTA ◽  
2014 ◽  
Vol 44 (3) ◽  
pp. 369 ◽  
Author(s):  
Jorge Makhlouta Alonso ◽  
Paulo Sérgio Dos Santos Leles ◽  
Telmo Borges Silveira Filho ◽  
Carlos Alberto Bernardo Mesquita ◽  
Marcos Lima Pereira ◽  
...  

O objetivo deste trabalho foi avaliar a diversidade de espécies florestais nativas produzidas nos viveiros do estado do Rio de Janeiro. O levantamento e diagnóstico foram realizados durante os meses de fevereiro, março e abril de 2010, sendo incluídos os viveiros que produziam mudas de espécies florestais da Mata Atlântica. O trabalho de campo consistiu em visitas a 70 viveiros florestais, nos quais foi requerida a lista das espécies produzidas e realizada entrevista com o responsável, sendo preenchido um questionário englobando diversos temas relacionados à produção de mudas. Foram observadas 277 espécies florestais nativas da Mata Atlântica sendo produzidas nos viveiros, que, em média, trabalham com 56 espécies nativas. A diversidade total de espécies florestais da Mata Atlântica produzidas nos viveiros do Estado do Rio de Janeiro é baixa, assim como a diversidade média, já que mais da metade dos viveiros trabalha com uma listagem de 50 ou menos espécies, número insuficiente considerando a diversidade de espécies florestais presentes nas diferentes formações vegetais do estado.Palavras-chave: Mudas florestais; restauração florestal; Mata Atlântica. AbstractAssessment of diversity of native species produced in forest nurseries of Rio de Janeiro State. The objective of this paper was to evaluate the diversity of native species produced by nurseries in the State of Rio de Janeiro. The diagnostic and survey were conducted during the months of February, March and April of the year 2010, the research included all nurseries that produced seedlings of Atlantic Forest species. The fieldwork consisted of visits to the 70 surveyed nurseries, in which a list of the species produced in the nursery was requested and the seedling production manager was interviewed, filling in a questionnaire covering various topics related to seedlings production. We observed 277 forest species native from the Atlantic Forest produced in the nurseries. In average, the nurseries produce 56 different native species. The total diversity of native species produced in the State of Rio de Janeiro is low, as well as the mean diversity, since more than half of the nurseries work with a list of 50 or fewer species, what is insufficient considering the diversity of forest species that occur in the different vegetation types of the state.Keywords: Forest seedlings; forest restoration; Atlantic Forest.


2012 ◽  
Vol 65 (1) ◽  
pp. 128-144 ◽  
Author(s):  
Godar Sene ◽  
Mansour Thiao ◽  
Ramatoulaye Samba-Mbaye ◽  
Damase Khasa ◽  
Aboubacry Kane ◽  
...  

2016 ◽  
Vol 88 (3 suppl) ◽  
pp. 1675-1688 ◽  
Author(s):  
MARCOS O. VALDUGA ◽  
RAFAEL D. ZENNI ◽  
JEAN R.S. VITULE

RESUMO Plantações de árvores não nativas representam 7% das florestas do mundo e 1,24% da vegetação brasileira. Essas áreas plantadas devem aumentar no futuro próximo; assim, é importante sistematizar o conhecimento existente sobre os efeitos ecológicos das plantações para auxiliar o manejo florestal e a conservação da biodiversidade. Aqui, realizamos uma revisão sistemática da literatura ecológica associada com espécies plantadas de Pinus e de Eucalyptus no Brasil. Nós comparamos as métricas de publicação com: a distribuição geográfica das espécies, os tipos de ecossistemas, os biomas, os taxa, e os impactos ecológicos. Encontramos 152 publicações entre 1992 e 2012. O número de publicações está positivamente correlacionada com a área plantada, número de plantações com certificação florestal, número de investigadores existente, e riqueza de reinos estudados. A maioria dos estudos foram em ecossistemas terrestres (92,1%), no bioma Mata Atlântica (55,3%), e no reino Animalia (68,2%). A maioria dos impactos das plantações de árvores não nativas foram negativas (55,9%), seguido pelo positivo (27%) e mista (17,1%). Impactos negativos foram declínios na riqueza e abundância de espécies, diversidade no banco de sementes e regeneração natural. Impactos positivos foram o aumento ou manutenção da diversidade banco de sementes e regeneração natural. Impactos mistos foram os aumentos na abundância de pragas de plantação de árvores nativas. Tomados em conjunto, nossos resultados sugerem que o manejo florestal pode ajudar a manter a biodiversidade se considerar as condições ambientais anteriores e integrar plantações com habitats nativos adjacentes.


2013 ◽  
Vol 6 (4) ◽  
pp. 1009 ◽  
Author(s):  
Rayonil Gomes Carneiro ◽  
Marcos Antonio Lima Moura ◽  
Vicente de Paulo Rodrigues da Silva ◽  
Rosiberto Salustiano da Silva Júnior ◽  
Antônio Marcos Delfino de Andrade ◽  
...  

Este trabalho buscou realizar um estudo de caso da variação da temperatura do solo (TS) em dois biomas florestais, floresta amazônica e mata atlântica, para um mês considerado chuvoso e outro seco. Para a área da floresta amazônica, foram utilizados dados da torre K34 do grupo de micrometeorológica do LBA-INPA, localizada na Reserva Biológica do Cuieiras, e analisando os perfis de temperatura do solo através de sensores MCM 101 (IMAG-DLO, Wageningen The Netherlands) nas profundidades 2, 5, 10, 20 e 50 cm, para o mês de abril (chuvoso) e setembro (seco) de 2009. Na área de mata atlântica os dados foram obtidos através de uma torre micrometeorológica de 26 m de altura localizada na cidade de Coruripe-AL, e analisando os perfis de temperatura do solo através de termopares tipo cobre/constantan nas profundidades 1, 5, 10, 20, e 50 cm, para o mês de junho (chuvoso) e novembro (seco) de 2009. Observou-se que a variabilidade TS dentro da floresta amazônica apresenta pouca oscilações diária, tanto para o período seco (4 ºC), quanto para o chuvoso (1,2 ºC). Enquanto que a mata atlântica mostrou variabilidade distinta entre os períodos, o período seco obteve máxima amplitude (18 °C) e o período chuvoso teve pouca variação (1 °C). A B S T R A C T This work sought to accomplish case study of the variation of soil temperature (TS) in two forest biomes, Amazon rainforest and Atlantic forest for a month under consideration rainy and a dry. For the area of the Amazon rainforest, we used data from the K34 tower of the group of micrometeorological LBA-INPA, located in the Biological Reserve Cuieiras and analyzing the profiles of soil temperature sensors through 101 MCM (IMAG-DLO, Wageningen The Netherlands ) in the depths of 2, 5, 10, 20 and 50 cm, for the month of April (rainy) and September (dry) 2009. In the area of Atlantic forest the data were obtained through a micrometeorological tower 26 m high located in the city of Coruripe-AL, and analyzing the profiles of soil temperature using thermocouples type copper / constantan in the depths of 1, 5, 10, 20, and 50 cm for the month of June (rainy) and November (dry) 2009. It was observed that TS variability within the Amazon rainforest has little daily oscillations for both the dry period (4 °C), and for the rainy period (1,2 °C). While the Atlantic forest showed distinct variability between periods, the dry obtained maximum amplitude (18 °C) and rainy had little variation (1 °C). Keywords: micrometeorology, thermal conductivity, tropical forest


IRRIGA ◽  
2012 ◽  
Vol 17 (1) ◽  
pp. 85 ◽  
Author(s):  
Kelly Cristina Tonello ◽  
José Teixeira Filho

1991 ◽  
Author(s):  
John K. Francis ◽  
Henri A. Liogier
Keyword(s):  

1991 ◽  
Author(s):  
John K. Francis ◽  
Henri A. Liogier
Keyword(s):  

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