Alessandra Teles Sirvinskas Ferreira
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Lucianne Fragel Madeira
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Gustavo Henrique Varela Saturnino Alves
A promoção da acessibilidade para o surdo utilizando legendas em português nem sempre resolve a questão do acesso. Muitos surdos tem dificuldades de compreensão do português escrito e/ou falado, por isso mesmo, utilizam a língua de sinais como meio de comunicação e expressão. Uma medida financeiramente viável encontrada por alguns museus foi o de usar a tradução audiovisual acessível da língua de sinais. O objetivo deste artigo foi divulgar as estratégias de mediação para surdos que são utilizadas pelos centros de ciências e/ou museus bem como propor as diretrizes para a produção de vídeo guia acessível em língua de sinais a fim de auxiliar na elaboração de um material acessível de qualidade. Para isso, foi feito um levantamento bibliográfico, visitas a museus, entrevistas e análise de vídeos guias disponíveis em museus ao redor do mundo. Como resultado foram encontrados modelos de guias audiovisuais em museus do Rio de Janeiro, dos Estados Unidos e da Europa. Os modelos que utilizam a filmagem com chroma key são os mais apropriados, os vídeos devem ter legendas, as imagens são opcionais podendo ser inseridas ao lado do intérprete ou intercalando a imagem e o intérprete. Como estratégia de tradução deve se optar por realizar a datilologia das palavras/termos menos conhecidos seguido do sinal e/ou classificador especificador. Concluímos que esse modelo é financeiramente viável, em especial para centros de ciências e museus universitários que, por vezes, carecem de verba para a manutenção de suas exposições e atrações.