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Published By "Pro Reitoria De Pesquisa, Pos Graduacao E Inovacao - Uff"

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2021 ◽  
Vol 15 (3) ◽  
pp. 51-72
Author(s):  
João Malerba ◽  
Rosangela Fernandes

O estudo investiga articulações político-midiáticas em favor de uma narrativa comum sobre a pandemia de Covid-19 baseada em teorias conspiratórias e negacionistas e pautada em discursos populistas e de ódio. A análise tem como foco vídeos sobre a pandemia do apresentador do programa policialesco Alerta Nacional, Sikêra Júnior. Os resultados apontam para uma lógica de complementaridade entre o comunicador e o discurso do presidente Jair Bolsonaro, em uma estratégia comunicativa que integra mídia hegemônica e redes sociais como forma de potencializar a disseminação de desinformações, além de trazer indícios de relações que preservam as raízes clientelistas do sistema de comunicação brasileiro.


2021 ◽  
Vol 15 (3) ◽  
pp. 255-276
Author(s):  
Iago Porfírio ◽  
Márcia Gomes Marques

Neste trabalho se discute a representação do malandro em diferentes movimentos do cinema nacional, a fim de indagar sobre a relação dessa representação com a marginalização e a resistência de personagens com corpos negros. Utilizamos as contribuições de Michel de Certeau (2007) e de Giorgio Agamben (1993) acerca do ser qualquer, de modo a identificar as situações que compelem às formas de vida do malandro, como sobrevivência nos espaços sociais. Com a identificação desse tipo social em filmes de diferentes períodos, e de elementos do malandro na vida cotidiana e como sintoma da comunidade que vem, analisamos Madame Satã (2002) como atualização do personagem no Brasil contemporâneo.


2021 ◽  
Vol 15 (3) ◽  
pp. 232-254
Author(s):  
Miguel Luiz Contani ◽  
Nattalia Todeschini Vieira ◽  
Esther Gomes de Oliveira
Keyword(s):  

A noção de arquétipo, muito utilizada na publicidade, denomina O Bobo da Corte quando aplica a comédia e o humor em sua linguagem, como estímulo à absorção do caos do mundo de forma extrovertida. Contém elementos com que Mikhail Bakhtin estabelece um dos pilares da Teoria da Carnavalização: o riso medieval. Esses conceitos, embora criados em épocas distantes, podem ser observados na mídia contemporânea com o mesmo propósito. O presente trabalho analisa o diálogo entre o arquétipo Bobo da Corte e o riso medieval bakhtiniano nas emissões efetuadas pela produtora Porta dos Fundos.


2021 ◽  
Vol 15 (3) ◽  
pp. 357-367
Author(s):  
Marco André Feldman Schneider ◽  
Marco Antônio Bonetti
Keyword(s):  

O filósofo mexicano Fernando Buen Abad Domínguez é professor e diretor do Instituto de Cultura e Comunicação da Universidade Nacional de Lanús (Buenos Aires, Argentina). Nesta entrevista, realizada em setembro de 2021 por e-mail, Buen Abad Domínguez discorre sobre sua teoria da semiótica crítica, forjada na batalha epistemológica e ideológica mais ampla contra a dominação simbólica que trava dentro e fora da academia. Integrante de diversas associações internacionais, como a Rede de Intelectuais e Artistas Independentes em Defesa da Humanidade, fundada por Fidel Castro, Buen Abad entende que o problema da desinformação está relacionado à perpetuação da dominação de classe, cujo enfrentamento requer a democratização substantiva da comunicação.  Mantivemos as respostas de Buen Abad Dominguez em seu idioma original para preservar a força e a potência de sua verve.


2021 ◽  
Vol 15 (3) ◽  
pp. 277-297
Author(s):  
Álvaro Larangeira ◽  
Jeaniel Magno

O governo Bolsonaro tem reiterado o propósito de privatizar ou extinguir a Empresa Brasil de Comunicação (EBC). O presente artigo, permeado em indicadores conceituais e experiências internacionais exitosas em sistemas públicos de comunicação, aponta para a sobrevivência da empresa a recorrência aos princípios constitucionais da Carta Magna de 1988, a interveniência da sociedade civil e a aplicação das premissas poliárquicas, tendo em vista ser a empresa estatal paradigmática na inconstante e complicada implementação de políticas de comunicação pública no igualmente instável campo nacional da economia política da informação, da comunicação e da cultura.


2021 ◽  
Vol 15 (3) ◽  
pp. 339-356
Author(s):  
Rogério Christofoletti
Keyword(s):  

A professora Ana Regina Rêgo, da Universidade Federal do Piauí, coordena a Rede Nacional de Combate à Desinformação (RNCD), coletivo de iniciativas acadêmicas, profissionais e ativistas que produzem e apresentam soluções para enfrentar boatos, narrativas enviesadas e falsidades. Nesta entrevista, feita em junho de 2021 por e-mail, a pesquisadora descreve o funcionamento desse coletivo que já tem mais de 120 parceiros espalhados pelo país, e aponta alguns dos principais desafios no combate às mentiras e à manipulação informativa, como as estratégias do capitalismo de vigilância, adotadas pelas grandes plataformas digitais.


2021 ◽  
Vol 15 (3) ◽  
pp. 194-217
Author(s):  
Cláudia Thomé ◽  
Luciana Soares de Morais ◽  
Ana Carolina Campos
Keyword(s):  

No contexto de negacionismo e informações veladas durante a pandemia da Covid-19, o presente artigo traz uma análise da cobertura audiovisual no telejornalismo regional do MG1 e MG2 - Zona da Mata, da TV Integração acerca de um caso em Barbacena, Minas Gerais, envolvendo a Escola Preparatória de Cadetes do Ar (Epcar), entre maio e julho de 2020. O trabalho mostra essa guerra informacional e reflete sobre qual é o papel do jornalismo no combate às fake news e na divulgação de informações no período pandêmico, além de reforçar que, por meio dele, é possível transferir conhecimento acerca do que se passa no mundo. Além disso, o artigo mostrou como o jornalismo se torna uma importante ferramenta em um período de fortes práticas negativistas, cujas ações podem impactar na saúde coletiva. A análise adotou a metodologia de Análise da Materialidade Visual (COUTINHO, 2016).


2021 ◽  
Vol 15 (3) ◽  
pp. 368-375
Author(s):  
Patricia Silva ◽  
Jadson Maia ◽  
Cristina Almeida

“Proteja-me do que quero” é o aviso sutil inerente ao capitalismo contemporâneo, explica Byung-Chul Han (2018b, p. 28) em Psicopolítica: o neoliberalismo e as novas técnicas de poder. Embora seja característico desse filósofo sul-coreano ser breve na exposição de seus pensamentos, não é seu perfil oferecer uma leitura tranquila — ele acaba por conceber doses homeopáticas de desconforto. Ensaísta radicado na Alemanha, Han leciona na Universidade de Berlim. Sua elaboração teórica é voltada para a relação entre o neoliberalismo e a vida psicológica dos indivíduos, como podemos observar em obras como Sociedade do cansaço (HAN, 2015), No enxame: perspectivas do digital (HAN, 2018a) e O que é poder? (HAN, 2019). No livro objeto desta resenha, o autor dirige proposições cirúrgicas para pensar como “a liberdade e a comunicação ilimitada se transformaram em monitoramento e controle total” (HAN, 2018b, p. 19).


2021 ◽  
Vol 15 (3) ◽  
pp. 144-168
Author(s):  
Marcio Da Silva Granez

O artigo consiste numa reflexão sobre o caráter recorrente da desinformação no contexto da pandemia da Covid-19. Parte de revisão de conceitos de desinformação (UNESCO, 2019; SHAO, 2020; POSETTI; BONCHEVA, 2020), aborda a articulação entre religião, senso comum e o mal na interpretação da realidade, mostrando como eles podem servir à desinformação (FREUD, 2006; ELIADE, 2001, HARARI, 2016, PONDÉ, 2018), e analisa forma e conteúdo de cinco mensagens sobre receitas milagrosas, checadas pelo site Nujoc Checagem. Por fim, propõe quatro chaves de leitura para interpretar os dados: a. A chancela da divindade; b. A persistência da tradição; c. A natureza invisível do mal; d. O caráter cíclico da desinformação.


2021 ◽  
Vol 15 (3) ◽  
pp. 73-100
Author(s):  
Antonio Brotas ◽  
Marcia Cristina Rocha Costa ◽  
Luisa Massarani
Keyword(s):  

Este estudo analisa os enquadramentos (framing) e sua relação com a desinformação sobre vacinas contra a COVID-19 em 50 vídeos postados no YouTube em 2020, em canais de influenciadores brasileiros, selecionados a partir do engajamento, considerando visualizações, comentários e likes. Como caminho teórico-metodológico, adota-se a ideia de quadros (frames) como “pacotes interpretativos” que produzem sentidos e têm ressonância na cultura. Os resultados apontam que os quadros “risco e incerteza científica” e “política pública e estratégia política”, apesar de subordinados ao frame dominante “novo desenvolvimento tecnológico”, foram os mais associados à ocorrência da desordem informacional em narrativas de médicos, religiosos, youtubers e profissionais da comunicação. A desinformação presente nos discursos antivacina também ocorre em narrativas que defendem a ciência e a vacina, evidenciando as tensões e/ou ambiguidades que podem ocorrer no enquadramento midiático. O frame “novo desenvolvimento tecnológico” foi predominante na amostra e no enfrentamento à desinformação, destacando-se narrativas de pesquisadores e divulgadores da ciência, que demonstram a importância da divulgação científica.


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