Revista Guará - Revista de Linguagem e Literatura
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Published By Pontifica Universidade Catolica De Goias -Puc Goias

2237-4957

2021 ◽  
Vol 10 (2) ◽  
pp. 97
Author(s):  
Beatriz Serrado Gonçalves ◽  
Leila Borges Dias Santos

A literatura de Clarice Lispector e de Martin Buber tem em comum não só a origem judaica askhenaze do leste europeu, mas também o fato de ambos terem levado para seu universo literário o encantamento da visão mística judaica, numa atmosfera epifânica que reflete elementos do hassidismo, movimento místico judaico proveniente da região da Ucrânia, terra natal de Lispector. Este trabalho conta com uma revisão bibliográfica que agrega as contribuições de críticos literários e de historiadores da religião, a fim de corroborar a ligação do universo comum aos dois autores. Dessa forma, objetiva-se estabelecer as conexões provenientes da identidade judaica e do misticismo entre Clarice e Buber, destacando os aspectos e métodos literários coincidentes nos contos selecionados para esta pesquisa. Entende-se, por fim, que, mesmo em épocas e países diferentes, a tradição judaica permeia a cosmovisão de ambos, em uma significação muito específica da vida elevada a Deus. Assim, Lispector e Buber compartilham de uma afinidade cultural que aproxima suas existências e obras.


2021 ◽  
Vol 10 (2) ◽  
pp. 79
Author(s):  
Luís Alberto Dos Santos Paz Filho
Keyword(s):  

O presente trabalho tem como objetivo refletir acerca de dois temas muito caros aos estudos de Roland Barthes: o desejo e a verdade. Ao partir da perspectiva do discurso enquanto produção humana de identidade e subjetividade apresenta-se questões referentes à noção de verdade vinculada a um tipo de objetividade da linguagem, que se mostra oposta às individualidades dos sujeitos (subjetividades).


2021 ◽  
Vol 10 (2) ◽  
pp. 69
Author(s):  
Leicina Alves Xavier Pires
Keyword(s):  

Este trabalho tem por objetivo delinear o processo artístico de Fernando Pessoa (2011), em Apoteose do Absurdo, fragmento do Livro do Desassossego, de acordo com a abordagem fenomenológica do absurdo. Para isso, utilizamos do pensamento de Camus (2011, p. 21): “O homem é a única criatura que se recusa a ser o que é. A questão é saber se esta recusa não pode levá-lo senão à destruição dos outros e de si próprio, se toda revolta deve acabar em justificação do assassinato universal”. Assim, “a revolta nasce do espetáculo da desrazão diante de uma condição injusta e incompreensível” (CAMUS, 2011, p. 21). O absurdo permite a dissimulação da obra, anulando as suas próprias razões, de maneira a passar da visão estética para a transestética, ou seja, da simulação à dissimulação. Inicialmente será realizado um panorama sobre a arte enquanto discurso ao contradiscurso, no sentido foucaultiano, atendo-se à estética do absurdo no conceito de Camus. O estudo, portanto, tem como base teórica a fenomenologia de Camus (1965, 1989, 2006, 2011) e de Baudrillard (1991).


2021 ◽  
Vol 10 (2) ◽  
pp. 49
Author(s):  
Átila Teixeira ◽  
Letícia Cardoso de Oliveira
Keyword(s):  

Este breve trabalho tem como objetivo apontar importantes críticas literárias construídas sobre as primeiras obras de Clarice Lispector e sobre o romance A Paixão Segundo G.H., tendo como principal aporte os estudos de Benedito Nunes. Desde o primeiro momento, destaca-se a importância de questões ligadas ao existencialismo e à condição humana. De uma forma geral, podese concluir que há tanto as pesquisas de Nunes como as de outros importantes críticos um direcionamento para uma relação entre linguagem e ser, corroborada pela experiência limite de G.H. que vive sua Paixão oposta à Paixão do próprio Cristo, em uma travessia que a impele a refazer a sua própria existência.


2021 ◽  
Vol 10 (2) ◽  
pp. 24
Author(s):  
Edna Leão
Keyword(s):  

Este artigo tem o objetivo de analisar a obra Perto do Coração Selvagem, de Clarice Lispector, como um romance de rompimento e provocações a partir de uma escritura, valorizando a não-estética e uma linguagem inovadora, em que a protagonista é revelada por um processo de introspecção. A busca da aprendizagem do ser pela linguagem confrontada na estrutura da narrativa e nas demais personagens representa a própria conjectura da crise do homem moderno. Uma análise sob a perspectivas teóricas filosófica e literária esclarecedora da grandeza dessa obra que trata de temas fundamentais do ser humano.


2021 ◽  
Vol 10 (2) ◽  
pp. 35
Author(s):  
Cacio José Ferreira ◽  
Norival Bottos jr

Esse artigo discute o estatuto das imagens que são produzidas pelos humores líquidos do corpo de Macabéia, em A Hora da Estrela (1998), desregulando e desterritorializandoem filigranas as imagens capazes de sobreviver ao tempo, com destaque para a figura da ninfa, ao mesmo tempo representação da santa cristã ou das deusas pagãs em diversas culturas. Walter Benjamin (2011) denominou essas imagens como aquilo que resta e que é capaz de causar um rasgo ou uma fratura no tempo real, tratar-se-ia, portanto, de sobrevivência no tempo histórico. Como aporte teórico serão utilizadas, sobretudo, as análises de Gilles Deleuze, Félix Guattari, Jacques Derrida, Giorgio Agamben, AbyWarburg e Georges Didi-huberman, especialmente no que diz respeito ao papel da musa como condição sintomática do discurso que Macabéia exerce sobre o mundo patriarcal e racional, além de se efetivar como um diálogo onde Clarice Lispector busca refletir sobre o papel da arte a partir de uma perspectiva filosófica peculiar. Julga-se importante entender de que maneira Macabéia se configura como uma ninfa, especialmente no que diz respeito à importância das imagens carregadas de temporalidades dispersas e dotadas de características únicas, geralmente icônicas que ela desregula com seu discurso descentralizador.


2021 ◽  
Vol 10 (2) ◽  
pp. 4
Author(s):  
Maria Aparecida Rodrigues ◽  
Edna Gomes de Sousa Leão

Este artigo tem o objetivo de analisar a obra A Hora da Estrela, de Clarice Lispector, tratando de questões ontológicas com perspectivas questionadoras acerca do homem moderno que se posiciona e daquele que se esconde ou cala-se na vida. E embora calando-se, ainda assim, fala-se muito ou o necessário para que se denuncie uma estrutura de sistema que oprime, reprime e comprime o sujeito no mais recôndito de si, em ser-no-mundo. Simultaneamente, é uma prática para que se escute a fala daquele que pronuncia, e mais ainda, que se ouça o silêncio daquele que se cala, referenciando-o como um não-ser, que por sua vez, também, é construído. As teorias que subsidiarão tais discursões terão como base a linguagem enquanto constituição do ser defendida por Martins Heidegger e a Vontade como perspectiva de inerência ao homem, teoria essa abordada por Arthur Schopenhauer.


2021 ◽  
Vol 10 (2) ◽  
pp. 88
Author(s):  
Altamir Botoso
Keyword(s):  

O propósito deste artigo é realizar uma análise do romance A outra volta do parafuso, do escritor norte-americano naturalizado britânico, Henry James, evidenciando alguns elementos de sua construção tais como a focalização e a presença de componentes oriundos do gótico e do fantástico, os quais permeiam o relato em primeira pessoa de uma preceptora, que vê ou imagina que existam fantasmas na mansão onde vai trabalhar. Como suporte teórico, são utilizados os estudos críticos de Bromwich (2011), Leite (2006), Lima (2017), Matos (2018), Parreira (2007), Piglia (2019), Santos (2011), Sylvestre (2012), Todorov (2007) e Vasconcelos (2002). Nota-se que a ambiguidade e a incerteza com a qual a voz narradora dota o relato fazem com que o enigma proposto não tenha resolução e, por isso mesmo, transformam esse romance de James numa das grandes obras da literatura ocidental, que intrigou e continua intrigando leitores e críticos de todas as épocas.


2021 ◽  
Vol 10 (2) ◽  
pp. 1
Author(s):  
Átila Teixeira ◽  
Maria Aparecida Rodrigues
Keyword(s):  

 


2021 ◽  
Vol 10 (2) ◽  
pp. 61
Author(s):  
Jefferson Silva do Rego

Muitas pesquisas apontam para a precariedade do ensino de literatura na educação básica. A partir de A literatura e a formação do homem (1972), de Antonio Candido, pretende-se discutir o processo de humanização causado pela apreciação da literatura. Especificamente, objetiva-se avaliar se tal texto pode fazer sentido para aqueles que ensinam literatura no ensino básico do Brasil contemporâneo.


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