Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional 
Latest Publications


TOTAL DOCUMENTS

407
(FIVE YEARS 256)

H-INDEX

3
(FIVE YEARS 2)

Published By Editora Cubo Multimidia

2526-8910

Author(s):  
Jéssica Tainara de Macêdo Maia ◽  
Débora Ribeiro da Silva Campos Folha ◽  
Marly Lobato Maciel ◽  
Karla Maria Siqueira Coelho Aita ◽  
Victor Augusto Cavaleiro Corrêa

Resumo O tratamento hospitalar das crianças com cardiopatias produz cerceamento das suas atividades rotineiras como banho, alimentação, escolarização e ludicidade; tal cerceamento se agravou durante a pandemia da COVID-19. Os protocolos de segurança do paciente e de biossegurança hospitalares que objetivam melhoria da qualidade das ações do cuidado e controle de infecção tendem a gerar uma realidade de anonimato, despersonalização, o que pode exacerbar a presença do temor relativo à dor e à ameaça de morte nos usuários e seus familiares. Os ambientes deste contexto que simbolizavam cuidados essenciais à vida agora passam a ser compreendidos, por parte da população, como o local de maior possibilidade de infecção pelo novo coronavírus. Este conjunto de fatores pode afetar a vida da criança cardiopata, diante da urgência da terapêutica hospitalar, influenciando negativamente na aceitação das intervenções realizadas neste contexto. Este artigo descreve a vivência sobre a atuação de uma residente de terapia ocupacional no programa em Atenção à Saúde Cardiovascular no contexto hospitalar durante a pandemia COVID-19, sobretudo no ano de 2020, em uma enfermaria pediátrica cardiológica. Trata-se de um estudo de caráter descritivo e cunho qualitativo do tipo relato de experiência profissional. Foi observado que a assistência e o cuidado às crianças e acompanhantes se tornaram restritos aos indivíduos que compartilhavam do mesmo ambiente de enfermaria e com os integrantes da equipe durante as intervenções. Diante disso, o terapeuta ocupacional se apresentou como o profissional habilitado para identificar rupturas no cotidiano, refletir e intervir em novas formas de atender às demandas ocupacionais e desenvolver recursos e adaptações que correspondessem às necessidades de cada usuário.


Author(s):  
Sonia Maria Leonardi Ferrari ◽  
Samantha Domenique Pywell ◽  
Ana Lucia Borges da Costa ◽  
Taís Quevedo Marcolino

Resumo A pandemia de COVID-19 teve sério impacto ocupacional em pessoas com transtornos mentais pré-existentes. Para prestar o cuidado nesse contexto, os grupos de telessaúde foram uma opção terapêutica para terapeutas ocupacionais para o cuidado em saúde mental. Este artigo apresenta uma experiência de terapia ocupacional com grupos de telessaúde no Brasil, sustentada pelo Método Terapia Ocupacional Dinâmica, buscando discutir o uso da tecnologia durante a pandemia de Covid-19, além dos limites e das potencialidades do cuidado em terapia ocupacional diante da necessária mudança do trabalho com grupos. Trata-se de análise crítica da prática sustentada por uma perspectiva de produção de evidências baseadas na prática por meio de uma parceria colaborativa entre profissionais e acadêmicos do Brasil e do Reino Unido. Os profissionais refletiram sobre as habilidades necessárias no contexto online, destacando suas preocupações iniciais e suas descobertas neste novo cenário de prática. A prática de cuidado em grupo de terapia ocupacional em telessaúde na prática de saúde mental requer o uso de múltiplas ferramentas digitais. Além disso, a(o) terapeuta ocupacional precisa entender das questões de desigualdade digital (acesso digital e/ou habilidades digitais), aprimorar-se digitalmente para atender às necessidades das pessoas sob seu acompanhamento, além de possuir referenciais teórico-metodológicos claros que permitam sustentar práticas em telessaúde.


Author(s):  
Pamela Cristina Bianchi ◽  
Ana Paula Serrata Malfitano

Resumo O estudo objetivou identificar como os conceitos território e comunidade se expressam na prática do terapeuta ocupacional e quais dimensões caracterizam uma ação territorial e comunitária nos países Argentina, Brasil, Chile e Colômbia. Os termos território e comunidade se inserem nas relações políticas, econômicas e sociais estabelecidas no modelo capitalista de produção. Na terapia ocupacional, foram incorporados em decorrência de eventos políticos, sociais e econômicos nos diferentes países, como uma forma de unir a crítica sobre a realidade social às práticas profissionais. O presente artigo traz parte dos resultados de uma pesquisa doutoral, em que foram realizados quatro estudos de caso social, utilizando observação participante e entrevistas semiestruturadas com atores sociais das experiências acompanhadas, nos quatro países investigados. Os resultados destacaram cinco estratégias que caracterizam ação territorial-comunitária na terapia ocupacional latino-americana: a atuação implicada no coletivo e nas relações sociais; a tessitura de redes formais e informais; a construção de vínculos através do uso das atividades; a horizontalidade e disponibilidade nas relações; e as estratégias para lidar com a vulnerabilidade social nos âmbitos micro e macrossocial. Conclui-se que os termos território e comunidade são utilizados de forma articulada nas práticas profissionais, o que pressupõe a reflexão sobre os modos de vida dos sujeitos e as relações que eles estabelecem com seus espaços de vida, tendo a tessitura de redes de solidariedade nos lugares como uma das finalidades da ação técnica.


Author(s):  
Eduardo Henrique Tadashi Suyama ◽  
Luciano Garcia Lourenção ◽  
Dezolina Franciele Cardin Cordioli ◽  
João Roberto Cordioli Junior ◽  
Maria Cristina Oliveira Santos Miyazaki

Resumo Introdução Os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) trabalham em condições de riscos ocupacionais e sobrecarga que podem causar adoecimento. Objetivos Avaliar a presença de estresse ocupacional e sintomas osteomusculares em Agentes Comunitários de Saúde e comparar os níveis de estresse ocupacional, segundo as características sociodemográficas. Método Estudo transversal, realizado em 2017, em um município do interior paulista. Foram utilizadas a Escala de Estresse no Trabalho e o Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares. Resultados Participaram 44 ACS, sendo 70,5% do sexo feminino, 47,7% com 40 anos ou mais, 79,5% não exerciam outra atividade remunerada e 50,0% tinham de três a 10 anos de atuação profissional. Vinte e um (47,7%) profissionais apresentaram níveis importantes de estresse ocupacional (>2,5). Os principais fatores estressores foram: deficiência na divulgação de informações sobre decisões organizacionais (3,3;±1,1); deficiência nos treinamentos (3,4;±1,6); pouca valorização (3,2;±1,4); poucas perspectivas de crescimento na carreira (3,2;±1,6); discriminação/favoritismo no ambiente de trabalho (3,1;±1,5); falta de compreensão sobre as responsabilidades no trabalho (3,0;±1,5); tipo de controle (2,9;±1,1); forma como as tarefas são distribuídas (2,8;±1,4); realizar tarefas que estão além da capacidade (2,8;±1,2); falta de autonomia na execução do trabalho (2,7;±1,3); receber ordens contraditórias do superior (2,7;±1,4); tempo insuficiente para realizar o trabalho (2,7;±1,3). No último ano, 65,9% dos ACS referiram dor osteomuscular nas regiões lombar, 61,4% no pescoço, 47,7% nos ombros e 43,2% nos joelhos. Conclusão O estresse ocupacional e os sintomas osteomusculares são problemas presentes na prática laboral dos ACS, evidenciando que as organizações precisam incrementar recursos laborais para prevenir riscos psicossociais e amplificar a qualidade do trabalho destes profissionais.


Author(s):  
Débora Ribeiro da Silva Campos Folha ◽  
Patrícia Carla de Souza Della Barba

Resumo A Educação Infantil é caracterizada por ocupações relacionadas ao brincar, ao autocuidado e à aprendizagem. Para a terapia ocupacional, a participação nessas ocupações reflete no desenvolvimento físico, cognitivo, social, afetivo e ocupacional das crianças. Este estudo objetivou analisar formas de participação infantil em ocupações nos contextos escolares e propor critérios para classificação dessa participação, na perspectiva da terapia ocupacional. Foi realizada uma pesquisa qualitativa, de observação participante a partir da técnica das Descrições Narrativas. Participaram deste estudo quatro crianças com desenvolvimento típico (DT) e quatro crianças que faziam parte do Público-Alvo da Educação Especial (PAEE), sendo uma com deficiência física e três com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Para a análise dos dados, a técnica de Análise do Conteúdo fez emergir quatro formas de participação, a partir de elementos como envolvimento na ocupação, assistência necessária ou autonomia na participação, tolerância, interações sociais, motivação e iniciativa. Essas formas de participação foram denominadas de participação plena, participação ativa assistida, participação rudimentar e participação restrita. A participação plena foi preponderante manifestada pelas crianças DT e a participação ativa assistida esteve relacionada à criança PAEE com deficiência física. Já a participação rudimentar e a participação restrita foram evidenciadas exclusivamente por crianças PAEE com TEA. Consideram-se os resultados relevantes para a identificação precoce de facilitadores e barreiras para a participação, bem como para o adequado provimento de condições e intervenções que potencializem a participação de todas as crianças nos ambientes escolares e para o fortalecimento e ampliação da atuação dos terapeutas ocupacionais nestes.


Author(s):  
Steven D. Taff ◽  
Lauren Putnam

ABSTRACT In this article, the authors conduct a historical review of recent philosophies influencing the Occupational Therapy profession in the United States (analytic philosophy and Continental varieties such as neopragmatism). Four philosophical categories are explored: epistemology, axiology, ontology, and praxis. The dominant strand of analytic philosophy is characterized by reductionist views of knowledge and reality, with little sustained attention to ethics and practical action. Competing but lesser recognized Continentally-inspired philosophies offer a critical and more phenomenological approach which values human subjectivities, narratives, and social agency. The authors argue that the dominance of analytic philosophy has created the intellectual foundations for neoliberalism to thrive and permeate the profession of Occupational Therapy in its curricula, practice models, reimbursement systems, and research agenda. As this Northern (United States) version of Occupational Therapy expands globally, the danger exists for professional neocolonialism to occur which can negatively influence or contradict more local ways of knowing and doing. The article concludes by offering strategies to unmask, disentangle, and dismantle Occupational Therapy from its Northern roots towards wider acceptance of Southern epistemologies, ethics, and collective action.


2022 ◽  
Vol 30 ◽  
Author(s):  
Glenda Miranda da Paixão ◽  
Adriene Damasceno Seabra ◽  
Adrine Carvalho dos Santos Vieira ◽  
Julia Andreza Gorla ◽  
Daniel Cezar da Cruz

Abstract Introduction The physical, social and occupational restrictions imposed by the COVID-19 pandemic have affected the health and well-being of the world population. Objective To identify the repercussions of the pandemic on the occupational participation of students, lecturers and technicians from three public universities in Northern Brazil, to compare the changes reported by participants in occupational participation before and during the pandemic, and to identify symptoms of depression, anxiety and stress self-reported. Method This is a Cross-sectional, descriptive and comparative study with a quantitative approach. One hundred and ninety-nine (n = 199) participants (students, lecturers and technicians) responded to an online questionnaire, the “Occupational Participation Checklist” and the Anxiety, Stress and Depression Scale (DASS-21). Data analysis were descriptive and also performed by applying the Wilcoxon and Mann-Whitney tests. Results During the pandemic, an increase in occupational participation was identified for all participants in domestic activities (p <0.001) and a decrease in work and study face to face (p <0.001). Students reported more symptoms of depression, anxiety and stress when compared to lecturers (p<0.001). Most students did not organise their time to fulfil their occupations with satisfaction. Such difficulties were associated with symptoms of depression, anxiety and stress, especially among the student's group (p<0.001). Conclusion This study provided preliminary evidence about differences in occupational participation before and during the Covid-19 pandemic. The organization of time and difficulties in occupational participation were associated to levels of anxiety, depression and stress, especially in the sample of students.


Author(s):  
Mariana Fuentes-Barahona ◽  
Camila Lara-Saldaña ◽  
Marianne Pfeifer-Fuentes ◽  
Sofía Zapata-Carrasco ◽  
Débora Grandón-Valenzuela ◽  
...  
Keyword(s):  

Resumen Introducción Las personas travestis se ven enfrentadas a diferentes situaciones de injusticias sostenidas por un sistema heteronormado que violenta sus vidas, corporalidades y silencia sus identidades. En este sentido, el apartheid ocupacional opera a través de la conformación de una estructura que limita sus posibilidades ocupacionales, pero, al mismo tiempo, las personas travestis podrían poner resistencia a ese ejercicio del poder a través de diferentes mecanismos como las performances. Objetivo Explorar y analizar la expresión artística y política de la performance, realizada por disidentes sexuales, como estrategia política de resistencia al apartheid ocupacional. Metodo Este estudio exploratorio corresponde a un diseño de estudio de caso, basado en el análisis documental audiovisual. Se analizó una pieza audiovisual denominada “Yo me maquillo” performada por dos artistas y activistas disidentes sexuales en la ciudad de Valparaíso (Chile). Para el análisis, se realiza una codificación abierta de elementos significativos y una codificación axial posterior. Resultados Se evidencia cómo la performance opera como una estrategia política de resistencia al apartheid ocupacional que personas travestis experimentan en sus vidas cotidianas, a través de la denuncia, visibilización, acción, agitación y desafío de las matrices hegemónicas, permitiendo dar cuenta de las desigualdades y violencias estructurales que cruzan sus vidas. Conclusiones Se discuten los aportes del estudio para la terapia ocupacional y la ciencia de la ocupación. Se destaca la performance como una ocupación colectiva y política que se desarrolla desde la resistencia y subversión al apartheid ocupacional que viven las personas travestis.


Author(s):  
Juan Vives-Vilarroig ◽  
Paola Ruiz-Bernardo ◽  
Andrés García-Gómez
Keyword(s):  

Resumen La integración sensorial se apoya en múltiples antecedentes teóricos que justifican su importancia para poder integrar la información que procede de los diferentes sentidos y desarrollar una respuesta adaptada al entorno. Así también, la literatura científica ha demostrado que existe una estrecha relación entre la integración sensorial y el aprendizaje. El objetivo de este artículo es abordar el concepto de integración sensorial y su influencia en el aprendizaje, en especial, de los niños con Trastorno de Espectro Autista. La metodología utilizada ha sido mediante una revisión bibliográfica de tipo narrativa, orientada por el objetivo de la investigación. Las bases de datos consultadas han sido: Web of Science, SCOPUS, Dialnet y RedaLyC. Y los principales descriptores han sido Integración Sensorial, Aprendizaje y Trastorno de Espectro Autista (TEA). Los resultados obtenidos apoyan la idea de que los niños con TEA suelen presentar dificultades en este proceso de integración sensorial, siendo ésta la causa explicativa de algunos de los problemas de aprendizaje y conducta que presentan. Se espera que a partir de este trabajo se potencie una toma de conciencia de la necesidad de considerar este aspecto durante el diagnóstico y/o la intervención para así favorecer una auténtica inclusión de los niños con TEA en la sociedad.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document