scholarly journals Cartas provincianas: Gilberto Freyre e Manuel Bandeira em crônica epistolar

Teresa ◽  
2008 ◽  
pp. 189
Author(s):  
Silvana Moreli Vicente

Gilberto Freyre e Manuel Bandeira começaram a trocar cartas em 1925. A leitura do conjunto lança luz sobre o estilo de escrita de ambos, além de ajudar a compor um quadro com elementos fundamentais para se compreender a dinâmica do Modernismo no Brasil. Recife e Rio de Janeiro são os espaços em que desfilam personagens e episódios contados nas linhas dessas “crônicas epistolares”

PROLÍNGUA ◽  
2020 ◽  
Vol 15 (1) ◽  
pp. 134-144
Author(s):  
André Cervinskis

RESUMO: A procura dessa brasilidade, portanto, perpassa toda obra poética de Bandeira, desde a valorização da cultura popular, do jeito de ser do brasileiro, até a defesa de um português do Brasil. Desde os inícios do Modernismo, Bandeira se posicionou a favor de um português do Brasil, uma variante do português, mas que conservou características da miscigenação, empreendida aqui pelo colonizador, defendendo que a fala do povo deveria ter lugar nos romances nacionais, como o fazia Mário de Andrade. E essa singularidade, na maneira de escrever e falar do brasileiro, foi assumida categoricamente por Manuel Bandeira, depois de impulsionada por Mário de Andrade, especialmente por meio das inúmeras crônicas que escreveu e da correspondência mantida com ele, por mais de 20 anos. Na sua poesia, encontramos traços de brasilidade, como a religiosidade dessacralizada (trato informal e afetivo com os santos); valorização da oralidade e da cultura popular (a voz do povo recheada de falares e gírias), manifestando a influência cultural das três identidades que formam a brasileira (a europeia, a indígena e a africana). E essa mesma voz apareceria de forma implícita ou velada, mas sempre com propriedade, sem maiores censuras, em muito de sua produção em prosa também, com suas crônicas semanais no jornal A província, de Recife, e nos periódicos do Rio de Janeiro, especialmente o Jornal do Brasil, entre as décadas de 20 e 30. Este artigo procura discutir a opinião de Manuel bandeira sobre o idioma nacional (português do Brasil), centrado em questões de nacionalidade e identidade através de expressões linguísticas e literárias, tanto em seus versos quanto em suas crônicas.


2008 ◽  
pp. 155
Author(s):  
Elza Miné

O POETA MANUEL BANDEIRA FOI O PRIMEIRO A FAZER O LEVANTAMENTO (TÍTULOS E DATAS) DOS TEXTOS PUBLICADOS POR EÇA DE QUEIRÓS NA GAZETA DE NOTÍCIAS DO RIO DE JANEIRO, DE 1880 A 1897, ACOMPANHANDO-O DE ALGUNS COMENTÁRIOS. O PRESENTE TEXTO FOCALIZA A CONTUNDENTE REAÇÃO CRÍTICA DO POETA A UM CONJUNTO DE MATÉRIAS DE EÇA ALI PUBLICADAS QUATRO ANOS ANTES DE SUA MORTE, SOB O TÍTULO GERAL DE “APROPÓSITO DA DOUTRINA DE MONROE E DO NATIVISMO”.


1998 ◽  
Vol 12 (34) ◽  
pp. 287-311
Author(s):  
Pedro Meira Monteiro

NESTE ARTIGO PROCURO analisar criticamente um poema de Manuel Bandeira, intitulado Lua Nova, composto no Rio de Janeiro em 1953. Lendo os versos à luz de algumas reflexões de Dilthey, busco neles a expressão das vivências do poeta, tentando assim compreender, através de Lua Nova, sua constante recusa de todo o excesso e sua serena aceitação do ritmo da vida, que contém como fim inevitável e fundamente significativo a própria morte.


Author(s):  
Amina Di Munno

Il proposito del presente articolo è quello di mettere in luce la presenza e il ruolo della città, non tanto come spazio urbano contrapposto a quello rurale-bucolico, ma di una città che assume una posizione privilegiata, da protagonista o, quanto meno, da coprotagonista, in romanzi prodotti tra la fine del secolo scorso e l’attualità nel panorama letterario brasiliano. Storia, finzione, mito, memoria sono aspetti già presenti nella città descritta durante il Modernismo da autori come Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira e Vinicius de Moraes, ma anche, in tempi diversi, da Lima Barreto, João do Rio, Rubem Fonseca, testimoni delle trasformazioni di Rio de Janeiro. Dal canto suo Mário de Andrade con l’opera Paulicéia Desvairada rivela, conciliando estetiche differenti, i cambiamenti di São Paulo dovuti anche alle forti immigrazioni. Tuttavia, l’obiettivo principale di questo testo verte sull’importanza attribuita alle città di Manaus e di Brasilia rispettivamente nei romanzi di Milton Hatoum e João Almino. Questi autori non si inseriscono nel filone del regionalismo, così marcato nella tradizione brasiliana, ma, piuttosto, fanno agire le presenze umane in un contesto cittadino che assume vita propria, quasi personificandosi.


ILUMINURAS ◽  
2008 ◽  
Vol 9 (19) ◽  
Author(s):  
Ana Luiza Carvalho da Rocha ◽  
Mônica Siqueira

Neste ensaio trago reflexões de caráter preliminar decorrentes dos primeiros meses de trabalho de campo para fins de doutoramento com um grupo de travestis acima dos 60 anos e residentes na cidade do Rio de Janeiro. Tal investigação tem como proposta principal, compreender os processos pelos quais este grupo foi construindo ao longo de suas trajetórias sociais e por intermédio de seus itinerários urbanos, suas práticas de sociabilidade relacionadas às suas vivências na c idade do Rio de Janeiro. Pensar as prática s de sociabilidades especificas deste grupo nos leva a análise de suas interações sociais e conseqüentemente das formas de apropriação do espaço urbano bem como de suas relações, percepções e concepções da c idade, entendida aqui como cenário de atuação desses atores sociais. Deste modo, para os propósitos deste texto destaco fragmentos de narrativa s e vivências de três interlocutoras moradoras ou antigas moradoras do bairro da Lapa e arredores. O bairro da Lapa foi fundado em 1751 e se desenvolveu ao redor da Igreja Nossa Senhora do Carmo da Lapa do Desterro no largo e dos Arcos da Carioca o aqueduto concluído em meados do século XVIII durante a administração do Governador–Geral Gomes Freire de Andrade. Esta situada no centro da cidade, e destaca-se como um dos principais símbolos do Rio de Janeiro, por sua notória vida noturna devido aos antigos cabarés e zonas de meretrício (Cosme, 2005) e por seus célebres moradores ou antigos habitués como: Villa Lobos, Lima Barreto, Manuel Bandeira, Di Cava lcanti, Sergio Buarque de Holanda, entre outros artistas, músicos e intelectuais, sem falar nos míticos malandros Chile, com seus chapéus terno de linho branco e sapatos bicos finos, tendo como representante mais famoso Madame Satã considerado como o primeiro “travesti-artista” do Rio de Janeiro. Ao longo dos séculos o bairro passou por diversas transformações urbanas e de estilo de vida. Se no inicio se caracterizava por ser um bairro familiar, aristocrático e centro político a partir de 1910 a paisagem do bairro ganha novos aspectos com a instalação das primeiras pensões de mulheres que nos anos seguintes tomaram as ruas e becos do bairro de assalto, um dos mais famosos é o beco das carmelitas onde as casas funcionavam durante todo o dia. Principalmente as décadas de 20 e 30 do século passado foram consideradas Montmartre Montparnasse pelos ilustres poetas, intelectuais e músicos como a ou carioca caracterizando o “Rio Noturno” em alusão aos áureos tempos da boêmia do bairro. (Santos de Lima Costa, 2000).


MODOS ◽  
2021 ◽  
Vol 5 (1) ◽  
pp. 216-229
Author(s):  
Elizabeth Catoia Varela

O Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro – MAM Rio – era uma instituição recém-inaugurada no cenário artístico nacional da década de 1950. Visando a ser palco da arte mais recente, o Museu realizou mostras de arte abstrato-geométrica e também informal. Foi ainda, no Rio de Janeiro, a instituição que aglutinou os agentes da arte concreta e neoconcreta. Ali realizaram-se exposições, palestras e cursos. Duas exposições em particular, a segunda coletiva do Grupo Frente e a I Exposição neoconcreta, são centrais para os estudos sobre a vertente concreta no Brasil. Nesse contexto, é importante pesquisar sobre a Retrospectiva de Alfredo Volpi, organizada por Mário Pedrosa em 1957. Essa mostra foi amplamente abordada pela crítica da época, com textos de Mário Pedrosa, Antonio Bento, Jayme Maurício, José Roberto Teixeira Leite, Manuel Bandeira e Ferreira Gullar. Ao estudar exposições individuais como a de Volpi, pretendemos revelar conexões até então não estudadas na abstração-geométrica vivenciada no Brasil. Considerando-se que Volpi já era um pintor de prestígio, sua participação na vertente concreta reafirmava o valor do movimento. Este estudo buscará reconstituir o debate crítico ocorrido, destacando suas principais linhas de tensão.


2018 ◽  
Vol 11 (3) ◽  
pp. 317-328 ◽  
Author(s):  
Verônica C. Araujo ◽  
Christina M. B. Lima ◽  
Eduarda N. B. Barbosa ◽  
Flávia P. Furtado ◽  
Helenice Charchat-Fichman

2010 ◽  
pp. 170-181
Author(s):  
Maria Izabel Oliveira Szpacenkopf
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