scholarly journals ABOLICIONISMO INGLÊS E TRÁFICO DE CRIANÇAS ESCRAVIZADAS PARA O BRASIL, 1810-1850

2016 ◽  
Vol 35 (0) ◽  
Author(s):  
Carlos VALENCIA VILLA ◽  
Manolo FLORENTINO

RESUMO Sob constante estrangulamento por parte da Inglaterra desde 1810, o comércio negreiro para o Brasil se adaptou até o seu fim definitivo, em 1850, a um padrão de demanda das elites escravistas pautado em crescentes aquisições de crianças africanas. Semelhante movimento revela uma lógica demográfica flexível, fundada na utilização do próprio tráfico visando estender temporalmente a escravidão. A aferição de semelhante hipótese está calcada no manejo dos registros dos navios negreiros constantes do The Transatlantic Slave Trade Database: Voyages. No intuito de verificar a efetividade da ação das elites escravistas, foram igualmente analisados os inventários post-mortem de grandes proprietários rurais do Rio de Janeiro, coletados nos anos terminados em 1, 2, 3 e 5, 6, e 7 entre 1810 e 1831.

2012 ◽  
Vol 9 (2) ◽  
Author(s):  
Zephyr Frank

O Oitocentos, especialmente antes da década de 1880, são vistos como um período de crescimento lento ou de estagnação de boa parte da economia brasileira. Ao longo das últimas três décadas, tal interpretação vem sendo revista por estudiosos da História Econômica, em particular com relação ao Sudeste. Este artigo utiliza inventários post mortem e outras fontes quantitativas para detectar se houve ou não crescimento real da riqueza em três localidades do Sudeste: a cidade do Rio de Janeiro, a região do Rio das Mortes, nas Minas Gerais, e a cidade de São Paulo. A evidência indica que o nível de riqueza real era mais alto à época da independência e aumentava mais rapidamente que admitiam os estudos tradicionais, focados na estagnação econômica da primeira metade do século XIX. Concomitantemente, a desigualdade econômica também aumentou. Incluíam-se entre as fontes do crescimento o melhoramento das instituições econômicas, um grande mercado de crédito informal e o incremento da demanda  centrada nas cidades e centros urbanos menores.


1975 ◽  
Vol 15 (59) ◽  
pp. 381-398 ◽  
Author(s):  
Herbert S. Klein ◽  
Stanley L. Engerman

2015 ◽  
Vol 5 (1) ◽  
pp. 3-29 ◽  
Author(s):  
Elena Schneider

This article traces a philosophical shift that opened the door to a new departure in eighteenth-century Spanish empire: a newly emerging sense that the slave trade and African slavery were essential to the wealth of nations. Contextualizing this ideological reconfiguration within mid-eighteenth century debates, this article draws upon the works of political economists and royal councilors in Madrid and puts them in conversation with the words and actions of individuals in and from Cuba, including people of African descent themselves. Because of the central place of the island in eighteenth-century imperial rivalry and reform, as well as its particular demographic situation, Cuba served as a catalyst for these debates about the place of African slavery and the transatlantic slave trade in Spanish empire. Ultimately, between the mid-eighteenth century and the turn of the nineteenth, this new mode of thought would lead to dramatic transformations in the institution of racial slavery and Spanish imperial political economy.


2021 ◽  
Author(s):  
Debbie Lee

During the British transatlantic slave trade, which lasted from the sixteenth to the nineteenth centuries, millions of people were taken from their home in Africa and sold in the Americas where they were forced to work for nothing. But these people continually resisted slavery through acts small and large, and during the eighteenth and nineteenth centuries, slavery reached a breaking point. British poets, novelists, and artists gave voice injustices slavery created, but the most powerful anti-slavery writing of the era came from those of African origin living in England.


Afro-Ásia ◽  
2014 ◽  
pp. 135-158
Author(s):  
Marcia Cristina de Vasconcellos
Keyword(s):  

O artigo trata dos laços de compadrio e de apadrinhamento criados por escravos em Angra dos Reis, entre os anos de 1805 e 1871. Foram utilizados 3.264 registros paroquiais de crianças existentes no Convento do Carmo e na Igreja de Jacuecanga, ambos localizados em Angra dos Reis, e 220 inventários post-mortem armazenados no Museu da Justiça do Rio de Janeiro e no Arquivo Nacional. Na região, ao longo da segunda metade do século XIX, houve um decréscimo do número de escravos. Em meio às transformações econômicas e demográficas, foram observadas as opções efetuadas pelas famílias nucleares e matrifocais quanto à escolha de protetores espirituais para seus filhos.


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