Afro-Ásia
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Published By Universidade Federal Da Bahia

0002-0591, 0002-0591

Afro-Ásia ◽  
2021 ◽  
Author(s):  
Fernando Baldraia

<p>Inspirado no pensamento de Frantz Fanon, este texto é um diagnóstico do tempo presente encenado como uma “reação psicótica”, cujo esperado efeito colateral é fazer avançar a noção de convivialidade como um espaço de experimentação analítica, onde desigualdade e diferença compartilham a condição de isonomia conceitual. O experimento específico aqui realizado tenta atingir esse objetivo fundindo diferentes registros escriturais e explorando o repertório vernacular da junção brasileira de um Atlântico afro-indígena. Sua aposta analítica, a ideia de zumbificação, é o esboço de uma posição epistemológica cujo trabalho consiste em uma cinética de (pelo menos) três movimentos: 1) a posicionalidade necessária para fazer exigências políticas; 2) o decentramento necessário para atenuar os efeitos prejudiciais tanto do essencialismo (mesmo estratégico) como da inevitável reprodução de padrões hegemônicos excludentes; 3) o voluntarismo necessário para amplificar abordagens epistemológicas subalternizadas de modo que elas possam se tornar mais pervasivas.</p><p> </p><p>Epistemologies for Conviviality or “Zumbification”</p><p>Inspired by Frantz Fanon’s thought, this paper is a diagnostic of the present time, enacted as a “psychotic reaction” that melts together different scriptural registers to advance the notion of conviviality as a space of analytical experimentation, where inequality and difference share the condition of conceptual isonomy. The experiment performed in this article tries to accomplish this goal by exploring the vernacular repertoire of the Brazilian junction of an afro-indigenous Atlantic. Its analytical idea, zumbification, is the sketch of an epistemological subject-position, whose labor consists in a kinesics of (at least) three movements: 1) the situatedness needed for making political demands; 2) the decenteredness necessary for attenuating the harmful effects of (even strategic) essentialism and the unavoidable reproduction of hegemonic exclusionary patterns; 3) the willfulness required for amplifying subalternized epistemological approaches, so that they may become more pervasive.</p><p>Capoeira | Conviviality | Epistemology | Post-colonial theory | Zumbi</p>


Afro-Ásia ◽  
2021 ◽  
Author(s):  
Luciana Da Cruz Brito

<p>Resenha de:</p><p>de LA FUENTE, Alejandro; GROSS, Ariela. Becoming free, becoming black: race, freedom, and law in Cuba, Virginia and Louisiana. Nova York: Cambridge University Press, 2020. 281p</p>


Afro-Ásia ◽  
2021 ◽  
Author(s):  
Marcelo R. S. Ribeiro

<p>Desde 1912, inúmeros textos – romances, programas de rádio, histórias em quadrinhos, seriados de televisão, filmes – produziram e articularam representações da África em narrativas envolvendo Tarzan, criado pelo estadunidense Edgar Rice Burroughs (1875-1950). Tomando o nome de “África” como referência, os textos que orbitam e habitam o nome de “Tarzan” pertencem a uma genealogia ocidental e a uma história transcultural. Após abordar a economia da marca registrada “Tarzan ®” em sua circulação global, uma descrição breve e esquemática da filmografia de Tarzan me permite interrogar o que chamo de nomenclausura ocidentalista da “África”. Finalmente, por meio de uma leitura atenta de Moi, un noir (1959), de Jean Rouch, como um prisma através do qual a circulação global de Tarzan pode ser interpretada e reinventada, sugiro possibilidades de transbordamento imaginativo, abrindo o espaçamento transcultural da escritura da “África” como economia política do nome de “África”.</p><p> </p><p>Tarzan, a Black Man: Toward a Critique of the Polit Economy of the Name of “Africa”</p><p>Since 1912, countless texts – novels, radio shows, comic strips, television serials, films – have produced and articulated representations of Africa in narratives featuring Tarzan, a character created by the US author Edgar Rice Burroughs (1875-1950). Taking the name of “Africa” as a reference, the texts which surround and inhabit the name of “Tarzan” belong both to a Western genealogy and to a cross-cultural history. After examining the economy of the global circulation of the “Tarzan” trademark, I give a brief and schematic description of Tarzan’s filmography, which allows me to interrogate what I call the occidentalist name-in-closure of “Africa”. At last, by means of a close reading of Jean Rouch’s Moi, un noir (1959) as a prism through which Tarzan’s global circulation can be interpreted and reinvented, I suggest possibilities of imaginative overflow, opening up the cross-cultural spacing of the writing of “Africa” as political economy of the name of “Africa”.</p><p>Cinema | Africa | Tarzan | Racism</p>


Afro-Ásia ◽  
2021 ◽  
Author(s):  
Carlos Sandroni
Keyword(s):  

<p>Resenha de:</p><p>EPALANGA, Kalaf. Também os brancos sabem dançar – um romance musical. São Paulo: Todavia, 2018. 304 p.</p><p> </p>


Afro-Ásia ◽  
2021 ◽  
Author(s):  
Magnus Roberto De Mello Pereira

<p>O presente artigo explora o ideário de Luís Antônio de Oliveira Mendes sobre um conjunto de temas referentes à escravidão e ao regime fundiário na transição do século XVIII para o XIX: o controle da crueldade dos senhores de escravos; a condenação da escravidão perpétua; e a distribuição de terras baldias entre libertos e outros despossuídos. Para entender esse ideário foi preciso compreender e localizar historicamente a origem familiar e o universo da formação intelectual de Oliveira Mendes, da qual fez parte a Universidade de Coimbra e a Academia Real das Ciências de Lisboa.</p><p>Slavery and access to land in Luís Antônio de Oliveira Mendes’ views (1792-1821)</p><p>This article explores Luís Antônio de Oliveira Mendes’ ideas about themes related to slavery and the land ownership regime at the turn of the 19th century: the control of the cruelty of slaveholders; the condemnation of perpetual slavery; and the distribution of unoccupied land to freed and other dispossessed people. In understanding Oliveira Mendes’ ideas, it is necessary to comprehend and historically locate his family origin and of the intellectual formation of Oliveira Mendes, which included the University of Coimbra and the Royal Academy of Sciences in Lisbon.</p><p>Slavery | Anti-slavery | Land distribution | Luso-Brazilian intellectuals</p>


Afro-Ásia ◽  
2021 ◽  
Author(s):  
Isadora Moura Mota

<p>Este artigo explora as relações entre escravizados e imigrantes europeus no oeste paulista tendo, como pano de fundo, a Revolta dos Parceiros, ocorrida em Limeira no ano de 1856. Considerado um marco na história da imigração no Brasil, o levante de colonos suíços contra o sistema de parceria na Fazenda Ibicaba contava também com o apoio dos cativos que trabalhavam nos cafezais adjacentes à Colônia Senador Vergueiro e demais fazendas vizinhas. Apagada pela historiografia, a conspiração negra de 1856 revela que a convivência entre colonos e escravizados no contexto do fim do tráfico acelerou a circulação de ideias sobre o fim da escravidão no Brasil. Ao retornar à Revolta em Limeira, este artigo aborda o encontro de perspetivas subalternas sobre o abolicionismo atlântico em Ibicaba para afirmar a geopolítica negra como elemento constituinte dos significados do mundo do trabalho na década de 1850.</p><p>Crossing Paths at Ibicaba: Slaves, Swiss Immigrants, and Abolitionism during the Sharecroppers’ Revolt (São Paulo, 1856-1857)</p><p>This article examines the relations between the enslaved and European immigrants in western São Paulo against the background of the 1856 Sharecroppers’ Revolt that took place in Limeira. Considered a benchmark in the history of immigration in Brazil, the uprising of Swiss colonists against the “sistema de parceria” at the Ibicaba plantation also counted on support from enslaved populations in the vicinity of the Colônia Senador Vergueiro. Erased by the historiography, the 1856 black conspiracy shows that interactions between slaves and settlers in the context of the ban on the African slave trade sparked the circulation of abolitionist ideas in Brazil. By revisiting the revolt in Limeira, this paper explores how subaltern perspectives of the Atlantic world met in Ibicaba and claims a place for black geopolitics in defining Brazilian labor history in the 1850s.</p><p>Slavery | Colonization | Revolt | Abolitionism</p>


Afro-Ásia ◽  
2021 ◽  
Author(s):  
Matthias Röhrig Assunção

<p>Resenha de:</p><p>BEZERRA Neto, José Maria; LAURINDO Junior, Luiz Carlos (orgs.). Escravidão urbana e abolicionismo no Grão-Pará, século XIX. Jundiaí: Paco Editorial, 2020. 364p.</p>


Afro-Ásia ◽  
2021 ◽  
Author(s):  
Lucilene Reginaldo
Keyword(s):  

<p>Resenha de:</p><p>NASCIMENTO, Beatriz.  <em>Beatriz Nascimento, </em><em>q</em><em>uilombola e </em><em>i</em><em>ntelectual</em>. Possibilidades nos dias da destruição. São Paulo: Editora Filhos da África, 2018. 488p.</p>


Afro-Ásia ◽  
2021 ◽  
Author(s):  
Gilvan Figueiredo Gomes ◽  
Gilvana De Fátima Figueiredo Gomes

<p>A pesquisa toma como objeto de análise a relação entre os grupos salafistas e as dinâmicas culturais que lhe são contemporâneas. Especificamente, avalia-se o Estado Islâmico, grupo salafista-jihadista que emergiu como protagonista de debates políticos e religiosos a partir de 2014. Com base nos recursos teóricos e metodológicos dos estudos culturais, as intervenções midiáticas do grupo são interpretadas como indícios de hibridização entre posicionamentos tradicionais e suportes modernos. Sinais de criatividade e de mobilidade cultural, as condutas do grupo foram importante estratégia de recrutamento. A competência da organização em operar essas duas estruturas fez do Estado Islâmico o grupo jihadista mais bem-sucedido da segunda década do século XXI.</p><p>Inventing a Sunnah: the Islamic State, Salafism and Innovation</p><p>This study analyzes the relationship between different Salafi groups and the contemporary cultural dynamic surrounding them. Specifically, the paper assesses the role of the Islamic State,a Salafi-jihadi group that emerged in 2014 as a leader in political and religious debates. Utilizing the theoretical and methodological resources of cultural studies, the paper analyzes the group’s media interventions, viewing them as evidence of hybridization between traditional positions and modern supports. Signalling creativity and cultural mobility, the group’s conduct was an important recruitment strategy. The organization’s competence in operating these two structures has made Islamic State the most successful jihadi group of the second decade of the 21st century.</p><p>Islamic State | Hybridization | Salafism</p>


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