scholarly journals Melhoramento do cafeeiro: XLI. Produtividade do híbrido de timor, de seus derivados e de outras fontes de resistência a Hemileia vastatrix

Bragantia ◽  
1989 ◽  
Vol 48 (1) ◽  
pp. 73-86 ◽  
Author(s):  
Alcides Carvalho ◽  
Luiz Carlos Fazuoli ◽  
Waldir Marques da Costa

Progênies do café Híbrido de Timor e F02-F4 oriundas de cruzamentos desse café com outros cultivares resistentes ou não a Hemileia vastatrix e cruzamentos entre outras fontes de resistência ao patógeno, foram avaliadas em três experimentos, em Campinas, para observação de sua produtividade, em relação a alguns cultivares de Coffea arabica tomados como testemunhas. As progênies do Híbrido de Timor apresentaram pequena produtividade, indicando baixa adaptação, com exceção daquelas de prefixos C 1737, C 1738 e C 1699. As progênies derivadas de cruzamentos do Híbrido de Timor com cultivares de porte pequeno, como Caturra Vermelho e Vila Sarchi de Coffea arabica, mostraram-se, também, pouco produtivas. Destacou-se apenas a progênie C 1669, rústica. Das combinações do Híbrido de Timor com outros cultivares de C. arabica com resistência a H. vastatrix, apenas a progênie C 1698 se revelou melhor. As progênies F2 derivadas de cruzamentos do cultivar S 795 portador do fator S H3 de resistência com Mundo Novo, deram produções bastante razoáveis. Notou-se, de modo geral, acentuada variabilidade na produção das progênies, o que é indicado pelos elevados valores dos coeficientes de variação obtidos nos três experimentos. Os dados desses experimentos mostraram a dificuldade de aproveitamento das progênies e dos derivados do Híbrido de Timor analisados. Tratando-se, no entanto, de material de elevado grau de resistência às raças de H. vastatrix, novas hibridações deverão ser sintetizadas, com cultivares comerciais, a fim de se conseguirem linhagens resistentes, vigorosas e mais produtivas.

Bragantia ◽  
1977 ◽  
Vol 36 (1) ◽  
pp. 93-102
Author(s):  
A. Carvalho ◽  
L. C. Monaco ◽  
L. C. Fazuoli ◽  
I. J. A. Ribeiro

Cafeeiros portadores dos fatores genéticos SH2 ou SH2 e SH3, simultaneamente, que conferem resistência a várias raças de Hemileia vastatrix, foram cruzados com plantas selecionadas do cultivar mundo novo de Coffea arabica a fim de se obter, em F2, recombinações com resistência a esse patógeno e elevada produtividade. Analisaram-se 14 populações F2 segregando apenas para o fator SH2, oito para os fatores SH2 e HS3, e três populações que dão, em sua descendência, plantas do grupo A, resistentes a todas as raças do patógeno até agora conhecidas. De 22.356 cafeeiros originalmente plantados em ensaio, a duas mudas por cova, em parcelas casualizadas, fez-se uma primeira seleção deixando apenas um cafeeiro por cova, reduzindo-se para 11.178 as plantas em estudo. Com base no aspecto vegetativo, na produtividade, na ausência de defeitos nos frutos e na reação de resistência ao agente causal da ferrugem, realizaram-se sucessivas seleções escolhendo-se finalmente, apenas 100 cafeeiros do tipo mundo novo e resistentes a H. vastatrix para derivação das populações F2 e prosseguimento da seleção.


Bragantia ◽  
2004 ◽  
Vol 63 (1) ◽  
pp. 39-54 ◽  
Author(s):  
Cristiana de Gaspari-Pezzopane ◽  
Herculano Penna Medina Filho ◽  
Rita Bordignon
Keyword(s):  

O rendimento intrínseco do café, relação percentual entre a massa de dois grãos normais tipo chato e do respectivo fruto que os contém, foi estudado em seis grupos de germoplasma de Coffea, com o objetivo de se conhecer a variabilidade genética para essa característica. Investigou-se o rendimento intrínseco de Coffea arabica em um grupo de cinco cultivares de porte baixo, em outro contendo 22 cultivares e seleções e, ainda, em outro grupo com 79 cultivares, variedades e formas botânicas, mutantes e acessos da Etiópia. Em C. canephora, foram analisados três acessos da variedade kouilou e 10 acessos da variedade robusta. Investigaram-se ainda, outras oito espécies do gênero Coffea. Observou-se considerável variabilidade genética tanto entre representantes de C. arabica quanto de C. canephora, assim como entre as diferentes espécies do gênero Coffea. A amplitude de variação nos valores de rendimento intrínseco referente ao último grupo foi bem maior que a de qualquer outro grupo estudado. A magnitude das variações observadas e as implicações econômicas do rendimento intrínseco indicam que essa característica pode ser utilizada como um critério adicional de seleção no melhoramento de C. arabica e C. canephora.


Bragantia ◽  
2005 ◽  
Vol 64 (4) ◽  
pp. 547-559 ◽  
Author(s):  
Albano Silva da Conceição ◽  
Luiz Carlos Fazuoli ◽  
Masako Toma Braghini

Com o objetivo de avaliar e selecionar progênies F3 de cafeeiros de porte baixo com o gene SH3 de resistência à ferrugem, foram estudadas 36 progênies de cafeeiros tipo arábica (Coffea arabica L. ), em geração F3, resultantes dos cruzamentos dirigidos entre as cultivares Catuaí Vermelho IAC 46 e Catuaí Vermelho IAC 81 com o acesso IAC 1110 (BA-10). Esse último, originário da Índia, é fonte dos genes SH2SH3 que conferem resistência a Hemileia vastatrix. O experimento, estabelecido em 1988 no Centro Experimental do Instituto Agronômico, em Campinas (SP), no delineamento experimental em blocos ao acaso com seis repetições, duas plantas por parcela e no espaçamento 3,0 x 1,8 m, utilizou como testemunha a cultivar Catuaí Vermelho IAC 81, totalizando 37 tratamentos. Avaliaram-se no campo, a produção de café (média de sete colheitas), vigor vegetativo, resistência à ferrugem, porte da planta, coloração das folhas novas e maturação dos frutos. Os frutos das plantas mais produtivas foram analisados em laboratório quanto ao rendimento, tipos de sementes, peneira média e massa de 1000 grãos. A análise da variância dos dados de produção das progênies evidenciou que houve diferenças significativas entre as progênies, ao nível de 1% de probabilidade, pelo teste F. Foram selecionadas 11 progênies com média superior à testemunha e dentro dessas, 39 cafeeiros. Das 25 progênies restantes foram selecionados mais 15 cafeeiros produtivos e resistentes ao agente da ferrugem. Desses 54 cafeeiros, foram selecionados os 18 que apresentaram peneira média acima de 15,5 e maior freqüência de grãos normais do tipo chato. As progênies dessas plantas selecionadas foram avaliadas na geração F4, em fase de mudas, quando se verificou que dez delas estavam em homozigoze para porte baixo. Com as 18 plantas, o Programa de Melhoramento do Café, no IAC, terá continuidade como progênies F4, visando à obtenção de nova cultivar de porte baixo portando o gene SH3 de resistência ao agente da ferrugem.


Author(s):  
Eduardo Santiago-Elena ◽  
Erika Janet Zamora-Macorra ◽  
Mireya Zamora-Macorra ◽  
Karla Giovana Elizalde-Gaytan

<p>La roya del cafeto (<em>Hemileia</em> <em>vastatrix</em>) es una enfermedad devastadora para los cafetales en México. Los métodos de control se han centrado en el uso de fungicidas, pero sin éxito, por lo que el control biológico representa una alternativa. Las larvas de <em>Mycodiplosis</em> se reportan como depredadoras de <em>H. vastatrix</em>, pero la información disponible sobre este insecto es limitada. Los objetivos de esta investigación fueron describir el tipo de relación entre <em>H. vastatrix</em> y <em>Mycodiplosis</em> y conocer su patrón de distribución en el dosel de la planta. Se eligieron tres plantaciones con incidencia de roya en Xochitlán de Vicente Suárez, Puebla y se registraron periódicamente la severidad de la roya y el número de larvas de <em>Mycodiplosis</em> por estrato de la planta. Se seleccionaron 25 plantas por parcela, muestreada en cinco de oros. Las larvas se identificaron molecularmente. Mediante la prueba de Kruskal Wallis, se encontraron diferencias significativas entre sitios de muestreo en la severidad de roya y el número de larvas de <em>Mycodiplosis</em>, detectando una correlación positiva entre la severidad de la roya y el número de larvas de Mycodiplosis. La distribución de <em>Mycodiplosis</em> fue similar en los estratos (baja, media y alta) de las plantas evaluadas.</p>


2007 ◽  
Vol 31 (2) ◽  
pp. 413-419 ◽  
Author(s):  
Luciana Maria Vieira Lopes Mendonça ◽  
Rosemary Gualberto Fonseca Alvarenga Pereira ◽  
Antônio Nazareno Guimarães Mendes ◽  
Flávio Meira Borém ◽  
Elizabeth Rosemeire Marques

Com este trabalho, buscou-se caracterizar a composição química e físico-química dos grãos crus de 16 cultivares de café Coffea arabica L., com o intuito de avaliar novos materiais desenvolvidos com resistência à ferrugem (Hemileia vastatrix Berg. et Br.) em comparação aos tradicionais. Desta forma, frutos provenientes do ensaio de melhoramento genético do MAPA/PROCAFÉ, localizado na Fazenda Experimental de Varginha em MG foram colhidos e transportados imediatamente para o Pólo de Tecnologia em Pós-Colheita do Café da UFLA, onde foram lavados, descascados e secados em terreiro de concreto. Após o beneficiamento, os grãos foram acondicionados em latas de alumínio e armazenados a 15ºC. Os frutos avaliados correspondiam às cultivares 'Acaiá', 'Acauã', 'Bourbon Amarelo', 'Canário', 'Catuaí Amarelo', 'Catuaí Vermelho', 'Catucaí Amarelo', 'Catucaí Vermelho', 'Icatu Amarelo', 'Icatu Vermelho' 'Mundo Novo', 'Palma', 'Rubi', 'Sabiá 398', 'Siriema' e 'Topázio', do ano safra 2002. Os grãos crus foram moídos em moinho de bola com nitrogênio líquido. As análises realizadas foram: açúcares totais, redutores e não-redutores, extrato etéreo, polifenóis e cafeína. Diferenças foram consideradas significativas e as cultivares apresentaram variações para os teores de todos os compostos avaliados, indicando haver uma influência do genótipo sobre esses constituintes.


2012 ◽  
Vol 7 (1) ◽  
pp. 189-191 ◽  
Author(s):  
A. S. Capucho ◽  
E. M. Zambolim ◽  
R. L. Freitas ◽  
F. Haddad ◽  
E. T. Caixeta ◽  
...  

2016 ◽  
Vol 72 (2) ◽  
Author(s):  
Asmini BUDIANI ◽  
I SUSANTI ◽  
Surip MAWARDI ◽  
D A SANTOSO ◽  
. SISWANTO

Summary Leaf rust disease caused by Hemileia vastatrix is considered to be one of the most important diseases on arabica coffee plantation. In order to understand the mechanism underlying resistance of arabica coffee against leaf rust disease, this research was aimed to study expression of β-1,3 glucanase (GLU) and chitinase (CHI) genes in the arabica coffee S1934 and  BLP10 that have been reported respectively as a resistant and susceptible varieties to H. vastatrix. The two varieties were essayed against H. vastatrix, and an RT-PCR (Reverse Transcriptase Polymerase Chain Reaction) using total RNAs  from the S1934 and BLP10, both inoculated with H. vastatrix and uninnoculated was carried out for studying the expression of GLU and CHI. Two primer pairs were designed to amplify the conserved region of GLU and CHI. Amplification products were sequenced and the nucleotide sequences were subjected to BlastX analysis. The result of bioassay confirmed that arabica coffee S1934 was resistant to H. vastatrix, while BLP10 was susceptible.   β-1,3 glucanase was expressed in all of the four samples, the inoculated and uninnoculated S1934, and BLP10 in different degree. S1934 expressed higher GLU compared to BLP10. In the inoculated S1934 the expression of this gene was higher compared to that of the uninoculated one. Expression of CHI was detected only in the S1934, both inoculated and uninoculated. Sequence analysis confirmed that the RT-PCR products were exon regions of genes encoding β-1,3 glucanase dan chitinase respectively. Both of the cDNA fragment have been cloned in E.coli.  Ringkasan Karat daun yang disebabkan oleh jamur Hemileia vastatrix merupakan salah satu penyakit penting pada perkebunan kopi arabika. Untuk memahami mekanisme ketahanan kopi arabika terhadap karat daun, penelitian ini bertujuan untuk mempelajari ekspresi gen β-1,3 glukanase dan kitinase pada varietas kopi arabika S1934 yang dilaporkan tahan karat daun dan varietas BLP10 yang termasuk rentan karat daun. Untuk itu kedua varietas diuji kembali ketahanannya terhadap H. vastatrix melalui bioesai dan dilakukan RT-PCR menggunakan RNA total dari S1934 dan BLP10, baik yang diinokulasi dengan H. vastatrix maupun yang tidak diinokulasi, untuk mempelajari ekspresi gen GLU dan CHI. Dua pasang primer spesifik dirancang untuk mengamplifikasi daerah konservatif kedua gen  tersebut. Hasil amplifikasi disekuen dan dianalisis menggunakan program BlastX. Hasil bioesai mengkonfirmasi bahwa S1934 tahan terhadap H. vastatrix, sedangkan  BLP10 rentan.  β-1,3 glukanase diekspresikan pada kedua varietas, baik yang diinokulasi maupun yang tidak diinokulasi, namun dengan tingkat ekspresi yang sedikit berbeda. Varietas S1934 mengekspresikan β-1,3 glukanase lebih tinggi dibandingkan dengan BLP10. Ekspresi gen tersebut pada S1934 yang diinokulasi lebih tinggi dibandingkan dengan yang tidak diinokulasi. Sedangkan kitinase hanya diekspresikan pada varietas S1934. Hasil sekuensing dan analisis DNA mengkonfirmasi bahwa sekuen hasil RT-PCR merupakan bagian ekson dari gen penyandi β-1,3 glukanase dan kitinase. Kedua fragmen tersebut telah diklon pada E. coli.


Bragantia ◽  
1942 ◽  
Vol 2 (6) ◽  
pp. 231-247 ◽  
Author(s):  
C. A. Krug ◽  
Alcides Carvalho

A variedade maragogipe do Coffea arabica L. foi encontrada pela primeira vez por Crisógono José Fernandes, em 1870, no município baiano de Maragogipe onde, provavelmente, se originou por mutação. Desde 1933 esta variedade vem sendo estudada pela Secção de Genética do Instituto Agronômico do Estado de São Paulo, em Campinas, com o fim de se determinar a sua constituição genética. Muitas autofecundações, cruzamentos e back-crosses foram, então, realizados. Grande parte das plantas obtidas só puderam ser classificadas após a colheita do ano de 1940. Todas foram examinadas quanto à forma e dimensões das folhas e um grande número ainda quanto à forma e dimensões das flores, frutos e sementes. Verificou-se que o caráter maragogipe mostra dominância quase completa em F1, não sendo possivel uma separação das ciasses maragogipe puro e híbrido. Em F2, e nos back-crosses com as formas normais, obtiveram-se, respectivamente, relações de 3:1 e 1:1 entre plantas maragogipe e plantas normais, relações essas que demonstram que os caracteres do maragogipe são controlados por um único par de fatores genéticos dominantes, para os quais se propõe o símbolo Mg-Mg, derivado do próprio nome desta variedade.


Euphytica ◽  
2008 ◽  
Vol 167 (1) ◽  
pp. 57-67 ◽  
Author(s):  
Juan Carlos Herrera P. ◽  
Gabriel Alvarado A. ◽  
Hernando A. Cortina G. ◽  
Marie-Christine Combes ◽  
Gladys Romero G. ◽  
...  

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