scholarly journals Descrição, produtividade e estabilidade da cultivar de soja IAC-23, resistente a insetos

Bragantia ◽  
2003 ◽  
Vol 62 (1) ◽  
pp. 19-27 ◽  
Author(s):  
Manoel Albino Coelho de Miranda ◽  
Nelson Raimundo Braga ◽  
André Luiz Lourenção ◽  
Fernando Toledo Santos de Miranda ◽  
Sandra Helena Unêda ◽  
...  

A cultivar de soja IAC-23 foi obtida pelo método genealógico modificado, a partir do cruzamento BR-6 X IAC 83-23, tendo sido avaliada com a designação IAC 93-345, em 14 ambientes, nos Estados de São Paulo e de Minas Gerais. Os ensaios finais foram desenvolvidos em Conceição das Alagoas (MG), Mococa (SP) e Campinas (SP), em 1994/95; em Conceição das Alagoas, Campinas, Morro Agudo (SP) e Tarumã (SP) em 1995/96; Conceição das Alagoas, Mococa, Campinas, Morro Agudo, Tarumã e Ribeirão Preto (SP), em 1996/97; e em Campinas em 1998/99. Utilizou-se o delineamento de blocos ao acaso, com quatro repetições. Em semeaduras de novembro, esse cultivar precoce, com período juvenil longo, floresceu aos 43 dias, após a semeadura, e suas plantas atingiram 67 cm de estatura. A duração entre a emergência das plântulas e o estádio de maturação (R-8) foi de 106 dias, dentro do grupo de maturação precoce. O rendimento médio de grãos foi de 3.017 kg.ha-1. As plantas na maturação apresentam pubescência marrom e sementes amarelas com hilo marrom. Essa cultivar apresenta resistência às doenças pústula-bacteriana (Xanthomonas campestris pv. glycines), fogo-selvagem (Pseudomonas syringae pv. tabaci), cancro-da-haste (Diaporthe phaseolorum f. sp. meridionalis) e mancha-café ("soybean mosaic virus", SMV). Apresenta também resistência a insetos mastigadores e sugadores, semelhante à cultivar IAC-17 e superior à IAS-5. A produtividade e estabilidade apresentadas pela cultivar IAC-23 sugerem sua indicação para condições edafoclimáticas similares às dos experimentos realizados.

Bragantia ◽  
2003 ◽  
Vol 62 (1) ◽  
pp. 29-37 ◽  
Author(s):  
Manoel Albino Coelho de Miranda ◽  
Nelson Raimundo Braga ◽  
André Luiz Lourenção ◽  
Fernando Toledo Santos de Miranda ◽  
Sandra Helena Unêda ◽  
...  

A cultivar de soja IAC-24 foi obtida pelo método genealógico modificado, a partir do cruzamento IAC80-1177 x IAC 83-288, tendo sido avaliada com a designação IAC93-3335, em 14 ambientes nos Estados de São Paulo e de Minas Gerais. Os ensaios finais foram conduzidos em Conceição das Alagoas (MG), Campinas (SP); Mococa (SP), em 1994/95; em Conceição das Alagoas, Campinas, Tarumã (SP) em Votuporanga (SP), em 1995/96; em Conceição das Alagoas, Campinas, Tarumã, Votuporanga, Mococa, Capão Bonito (SP) e Ribeirão Preto (SP) em 1996/97. Os experimentos foram instalados no delineamento de blocos ao acaso com quatro repetições. O menor rendimento de grãos ocorreu em Campinas com 2.302 kg.ha-1 e o maior em Conceição das Alagoas com 4.003 kg.ha-1, em 1996/97. Na análise conjunta os efeitos de genótipos, ambientes e sua interação foram significativos. O genótipo IAC-24 apresentou rendimento de grãos superior, com 3.480 kg.ha-1, superando significativamente o controle IAC-15. A cultivar IAC-24 apresenta índices de resistência a insetos próximos aos da cultivar IAC-100, além de resistência à pústula bacteriana (Xanthomonas campestris pv. glycines), ao fogo sevalgem (Pseudomonas seringae pv. Tabaci), ao cancro-da-haste (Diaporthe phaseolorum f.sp. meridionalis) e à mancha-café (soybean mosaic virus, SMV). Em semeaduras de novembro, esse cultivar semiprecoce, com período juvenil longo, floresceu aos 57 dias após a semeadura, com estatura de 72 cm no fim do ciclo. A duração do período entre a emergência das plântulas e o estádio de maturação das plantas (R-8) foi de 124 dias, dentro do grupo de maturação semiprecoce. O rendimento médio de grãos nos 14 ambientes foi de 3.480 kg.ha-1. As suas plantas apresentam pubescência marrom, flor branca e sementes amarelas com hilo marrom e mostra resistência a insetos mastigadores e sugadores, semelhante à da cultivar IAC-100. O desempenho apresentado pela cultivar IAC-24 sugere sua indicação para condições edafoclimáticas similares às do Estado de São Paulo.


2004 ◽  
Vol 28 (5) ◽  
pp. 974-976 ◽  
Author(s):  
Gustavo Hiroshi Sera ◽  
Tumoru Sera ◽  
Marcos Zorzenom Altéia ◽  
Armando Androcioli Filho ◽  
José Alves de Azevedo ◽  
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A bacteriose causada pela Pseudomonas syringae pv. garcae provoca grandes prejuízos em algumas regiões da cafeicultura brasileira, como Paraná, São Paulo e Minas Gerais, principalmente em lavouras novas, podadas e expostas ao vento. Com este trabalho, objetivou-se estudar nas plantas F2 do cruzamento entre os genótipos IAPAR-59 e Catuaí Erecta a associação entre as características vigor vegetativo e ângulos de inserção das ramificações plagiotrópicas sobre a intensidade de ocorrência da bacteriose. Avaliaram-se, em outubro de 2001, 316 plantas F2 plantadas no IAPAR de Londrina em outubro de 1998. A escala de notas de avaliação da incidência de bacteriose adotada foi de 1 a 5, sendo 1 = plantas sem lesão e 5 = plantas com muitas lesões. As notas de vigor vegetativo adotadas foram de 1 a 5, sendo 1 para folhas de coloração verde-claras e 5 para folhas verdeescuras. Para a inserção dos ramos plagiotrópicos sobre os ortotrópicos, as notas variaram de 1 a 3, sendo 1 = normal (45 a 70º), 2 = semi-ereta (25 a 40º) e 3 = ereta (5 a 20º). Estimou-se o coeficiente de correlação de Pearson para verificar a associação entre as características vigor vegetativo e do ângulo de inserção das ramificações plagiotrópicas com a intensidade de ocorrência da bacteriose nos cafeeiros. A correlação estimada entre a intensidade da bacteriose com o ângulo de inserção dos ramos plagiotrópicos foi de r = + 0,2087**. Não houve correlação significativa entre a bacteriose e o vigor vegetativo. Assim, plantas com ramificação plagiotrópica ereta são predispostas a uma maior incidência de bacteriose.


Author(s):  

Abstract A new distribution map is provided for Pseudomonas syringae pv. garcae (Amaral et al) Young et al. Gammaproteobacteria: Pseudomonadales: Pseudomonadaceae. Host: coffee (Coffea arabica). Information is given on the geographical distribution in Africa (Ethiopia, Kenya), South America (Brazil, Minas Gerais, Parana, Sao Paulo).


Laborare ◽  
2020 ◽  
Vol 3 (5) ◽  
pp. 3-6
Author(s):  
Os Editores

A "terra arrasada" é uma estratégia militar em que um exército em retirada destrói suas cidades e recursos para que os inimigos nada encontrem para se aproveitar. Os russos assim fizeram contra Napoleão e Hitler. No Brasil pós-golpe de 2016, a estratégia da "terra arrasada" ganhou novos contornos. Juízes, mídia hegemônica, políticos, empresários e militares passaram a destruir sistematicamente o país como um todo  - da Amazônia às políticas sociais,  empresas de infraestrutura, reservas de petróleo,  empregos, direito à alimentação, renda básica, direitos trabalhistas e previdenciários, SUS, Educação etc. Transformaram nosso país em pária internacional e os brasileiros amargam a vergonha de um governo serviçal dos Estados Unidos e negacionista em relação à Ciência e à História. Até que 2020 termine, o Brasil poderá ter 200 mil mortos em consequência da pandemia de COVID-19 e da irresponsabilidade do governo Bolsonaro, que agiu sempre em favor do vírus, semeando ilusões e mentiras, atrapalhando a ação dos governos estaduais e municipais, atacando a Organização Mundial da Saúde, a desviar o foco das questões essenciais. A estratégia adotada visa aplicar o joelho autoritário sobre o pescoço da Democracia e do nosso povo para que nunca mais se ergam. Mas nosso povo e nosso país vão se reerguer aos poucos. Não há estratégia capaz de vencer para sempre um povo e a Democracia. O processo de reconstrução do país  começará logo após nos libertarmos dessa nau repleta de seres de personalidades desviantes, que pregam o contrário do que fazem na sua vida privada ou pública. Governo das “rachadinhas”, das “flordelis”, do "toma-lá-dá-cá", imoral, genocida, antinacional, antipopular e antidemocrático. Na reconstrução do Brasil, continuaremos a defender a revogação das reformas trabalhista e previdenciária, banir de vez o trabalho infantil e o trabalho escravo, reconstituir as normas de proteção à saúde e segurança do trabalho, combater com firmeza todas as formas de discriminação contra mulheres, negros, índios, idosos, pessoas com deficiência, populações vulneráveis etc. O mundo democrático está de olho e tem esperança que o Brasil ressuscite após este duro período de trevas. A Laborare, veículo de debate científico de iniciativa do Instituto Trabalho Digno, segue seu papel de qualificar a discussão dos temas mais relevantes do mundo do trabalho, sempre convicta que “outro mundo do trabalho” é possível. Nesta edição,  destacamos o primeiro artigo internacional que publicamos  - Maria de Fátima Ferreira Queiróz, Professora Associada da Universidade Federal de São Paulo e Pós-Doutora pela Universidade Nova de Lisboa; João Areosa, Professor da Escola Superior de Ciências Empresariais (ESCE-IPS) e Pesquisador da Universidade Nova de Lisboa; Ricardo Lara, Professor Associado da Universidade Federal de Santa Catarina e Pós-Doutor pela Universidade Nova de Lisboa; e Filipe Gonçalves, Estivador do Porto de Sines – Alentejo - Portugal, nos trazem seu olhar sobre "Estivadores Portugueses - Organização do trabalho e acidentes". Duas operadoras do bom Direito do Trabalho trazem o atualíssimo artigo "Trabalho e Saúde Emocional em tempos de COVID-19". São elas Valdete Souto Severo, pós-doutoranda em Ciências Políticas pela UFRGS/RS e Presidenta da AJD - Associação Juízes para a Democracia; e Isabela Pimentel de Barros, Mestranda em Direito do Trabalho pela UERJ e membra da Comissão Especial de Direito Sindical da OAB/RJ. Valdete Severo é coeditora geral desta revista, mas, ressalte-se, todo o processo editorial do seu artigo se deu sem sua participação, assegurando-se o sistema duplo-cego de avaliação. A questão da violência sexual contra trabalhadora do comércio varejista, enquanto caso de acidente de trabalho de trajeto, é o foco de inquietante artigo das sanitaristas Cátia Andrade Silva de Andrade e Iracema Viterbo Silva, a primeira Doutoranda e a segunda Doutora em Saúde Coletiva pelo Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (ISC/UFBA), ambas profissionais da Vigilância e Atenção à Saúde do Trabalhador da Secretaria de Saúde da Bahia. A desigualdade de gênero e a discriminação contra a mulher é tema que a aplicação do Direito Internacional ainda não conseguiu dar conta. Luis Paulo Ferraz de Oliveira,  Graduando em Direito pela Universidade do Estado da Bahia - UNEB, e Luciano de Oliveira Souza Tourinho, Pós-Doutor em Direitos Humanos pela Universidad de Salamanca (Espanha) e Professor Adjunto de Direito Penal e Direito Processual Penal na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB, em seu artigo, investigam a condição da mulher, procurando contribuir com um "um pensamento jurídico emancipador". Esta edição traz ainda um artigo instigante e atual sobre a Indústria da Moda e sua responsabilidade civil frente ao Trabalho Escravo: Contemporâneo ou Démodé? É a contribuição de Emerson Victor Hugo Costa de Sá e Suzy Elizabeth Cavalcante Koury, o primeiro Doutorando em Direito na Universidade Federal do Pará e Auditor-Fiscal do Trabalho, enquanto a segunda é Doutora em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais e Desembargadora do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região. O Trabalho Escravo é também o tema do artigo de Maurício Krepsky Fagundes, abordando o desafio da Inspeção do Trabalho na promoção do trabalho digno em plena pandemia de COVID-19. Maurício é Auditor-fiscal do Trabalho e chefia a Divisão de Fiscalização para Erradicação do Trabalho Escravo (DETRAE) e o Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM). A foto da capa desta edição foi cedida pelo autor através do DETRAE e foi feita em recente operação, com a concordância da jovem trabalhadora. Esta é a Laborare a serviço da qualificação do debate científico para promoção do Trabalho Digno. Seguimos em frente semeando aos ventos para colher esperanças. Como diz, o tantas vezes premiado Francisco Buarque de Holanda, o Chico, em sua canção de 1972: “Ouça um bom conselhoQue eu lhe dou de graçaInútil dormir que a dor não passaEspere sentadoOu você se cansaEstá provado, quem espera nunca alcança”. (...) “Eu semeio o ventoNa minha cidadeVou pra rua e bebo a tempestade" Sigamos de cabeça erguida. OS EDITORES


2012 ◽  
Vol 9 (2) ◽  
Author(s):  
Zephyr Frank

O Oitocentos, especialmente antes da década de 1880, são vistos como um período de crescimento lento ou de estagnação de boa parte da economia brasileira. Ao longo das últimas três décadas, tal interpretação vem sendo revista por estudiosos da História Econômica, em particular com relação ao Sudeste. Este artigo utiliza inventários post mortem e outras fontes quantitativas para detectar se houve ou não crescimento real da riqueza em três localidades do Sudeste: a cidade do Rio de Janeiro, a região do Rio das Mortes, nas Minas Gerais, e a cidade de São Paulo. A evidência indica que o nível de riqueza real era mais alto à época da independência e aumentava mais rapidamente que admitiam os estudos tradicionais, focados na estagnação econômica da primeira metade do século XIX. Concomitantemente, a desigualdade econômica também aumentou. Incluíam-se entre as fontes do crescimento o melhoramento das instituições econômicas, um grande mercado de crédito informal e o incremento da demanda  centrada nas cidades e centros urbanos menores.


2011 ◽  
Vol 8 (1) ◽  
Author(s):  
Vanderci De Andrade Aguilera ◽  
Helen Cristina da Silva

O fato de sociolinguistas considerarem o / r / retroflexo ou caipira como estereótipo, uma forma estigmatizada pelos falantes do Português Brasileiro (Tarallo, 1985), e esta variante de rótico estar distribuída, principalmente, pelo interior de São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul, parte dos estados do Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais, nos leva a indagar se essa variante, em posição de coda silábica, está perdendo espaço para outros registros de rótico no PB. Para responder a questão, propomos um estudo acerca da ocorrência do / r /retroflexo na fala sul mineira, alicerçado em dois corpora: o primeiro constituído dos registros nas cartas do Esboço de um Atlas Linguístico de Minas Gerais -- EALMG -- (Ribeiro et al., 1977), em 51 municípios; e o segundo, com os dados coletados recentemente para o Atlas Linguístico do Brasil (ALiB), em Lavras, no sul de Minas Gerais, localidade em que o / r / retroflexo era bastante produtivo no atlas de 1977. Passados mais de 30 anos entre ambas as recolhas, propomos: (i) verificar, nas respostas dadas aos Q uestionários Fonético-Fonológico (QFF) do ALiB, nessa localidade, a manutenção e / ou mudanças que possam ter ocorrido em relação à frequência de uso do / r / retroflexo; (ii) discutir, à luz dos pressupostos teórico-metodológicos da Sociolinguística Variacionista, as possíveis causas da manutenção ou da mudança no registro oral dos falantes atuais no que se refere ao / r / retroflexo, tendo em conta variáveis linguísticas e extralinguísticas.


2009 ◽  
Vol 43 (1) ◽  
pp. 207-227 ◽  
Author(s):  
Alceu de Castro Galvão Junior ◽  
Sandra Regina Nishio ◽  
Beatriz Baraúna Bouvier ◽  
Frederico Araujo Turolla

Este artigo analisa os marcos regulatórios estaduais para o setor de saneamento básico. A pesquisa documental identificou a presença de leis estaduais em apenas cinco estados (São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte e Goiás). Os marcos legais estaduais são descritos quanto a um conjunto de atributos ou funções selecionadas: universalização, instrumentos financeiros, regulação e controle social. A principal conclusão é que o desenvolvimento dessas políticas, assim como sua regulamentação, encontra-se em estágio incipiente e poderá receber impulso com aprovação de nova lei federal de dezembro de 2006.


2018 ◽  
Vol 44 (3) ◽  
pp. 297-301
Author(s):  
Lígia M. L. Duarte ◽  
Maria Amelia V. Alexandre ◽  
Alexandre L. R. Chaves ◽  
Ricardo Harakava ◽  
Luiz G. B. Alvim ◽  
...  

1990 ◽  
Vol 24 (5) ◽  
pp. 373-379 ◽  
Author(s):  
Adelaide José Vaz ◽  
Elvira Maria Guerra ◽  
Luzia Cristina Contim Ferratto ◽  
Leiliana Aparecida Stoppa de Toledo ◽  
Raymundo Soares de Azevedo Neto
Keyword(s):  

Alguns testes sorológicos têm sido utilizados para detectar, indiretamente, a presença de possíveis agentes etiológicos infecciosos durante a gestação, que sendo transmitidos ao feto, por via placentária, causam infecções congênitas com seqüelas leves ou graves e até morte fetal. Foram estudadas 481 gestantes, com idade média de 24,5 anos (de 14 a 46 anos), atendidas em primeira consulta nos Centros de Saúde, na Cidade de São Paulo, SP (Brasil) no período de abril a outubro de 1988. Segundo o trimestre gestacional, 230 pacientes (47,8%) estavam no primeiro trimestre; 203 (42,2%) no 2º e 48 (10,0%) no 3º. Das 474 pacientes que declararam algum tipo de renda mensal, 309 (65,2%) pertenciam a familias com renda até 1 SMPC (salário mínimo per capita) e somente 15 (3,2%) pertenciam a famílias com renda superior a 3 SMPC, caracterizando o baixo nível econômico das gestantes. Das 481 pacientes 159 (33,1%) eram nascidas no Estado de São Paulo e as 322 (66,9%) restantes eram imigrantes procedentes de outros Estados, destacando-se Bahia (23,1%); Minas Gerais (11,4%); Paraná (7,5%); Paraíba (5,4%) e Pernambuco(5,4%). Foram realizados testes imunodiagnósticos para sífilis, toxoplasmose e doença de Chagas. Foram observados resultados positivos para sífilis em 25 gestantes (5,2%). Para toxoplasmose, 157 (32,4%) não tinham anticorpos em nível detectável e 67 (13,9%) apresentaram títulos elevados, indicativos de infecção ativa, das quais em 6 (10,3%) foram detectados anticorpos da classe IgM. Para doença de Chagas foram encontrados anticorpos específicos em 14 (2,9%) gestantes, sendo que destas, 10 (71,4%) eram procedentes da Bahia e Minas Gerais.


1986 ◽  
Vol 28 (5) ◽  
pp. 287-292 ◽  
Author(s):  
Cecília Pereira de Souza

Caramujos do gênero Biomphalaria das espécies B. tenagophila e B. straminea, descendentes de exemplares coletados em oito municípios mineiros, foram infectados com Schistosoma, mansoni das cepas LE e SJ. As taxas de infecção experimenta] variaram de 0 a 28% para B. tenagophila e de 0 a 21% para B. straminea. Esses resultados foram confrontados com os obtidos anteriormente por vários autores, mostrando que mais de 70% dentre 32 populações (doze de B. tenagophila e vinte de B. straminea) de Minas Gerais, foram suscetíveis experimentalmente a S. mansoni. Os dados experimentais, aliados a relatos de encontro de B. tenagophila e B. straminea com infecção natural por S. mansoni em quatro localidades a partir de 1982, parecem indicar que nessas regiões existem condições favoráveis de pré-adaptação ao parasitismo, a exemplo do que ocorreu no nordeste brasileiro e em São Paulo, pois, anteriormente moluscos dessas espécies não foram encontrados com infecção natural pelo trematúdeo em Minas Gerais. Estes dados são importantes para o controle da disseminação da esquistossomose em áreas indenes, tendo em vista a vasta distribuição das duas espécies no Brasil.


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