scholarly journals Ocorrência de Staphylococcus aureus em queijo tipo "frescal"

2000 ◽  
Vol 34 (6) ◽  
pp. 578-580 ◽  
Author(s):  
Edvaldo Sampaio de Almeida Filho ◽  
Antonio Nader Filho

OBJETIVO: Verificar a ocorrência de Staphylococcus aureus em uma amostra de queijo tipo Minas "frescal" comercializado na cidade de Poços de Caldas, MG, de modo a obter subsídios que permitam avaliar o risco potencial que este produto pode representar para a saúde da população consumidora. MÉTODOS: Foi investigada a presença e o número de cepas de Staphylococcus aureus em 80 amostras de queijo tipo Minas "frescal" produzido artesanalmente e comercializado na cidade de Poços de Caldas, MG, Brasil. RESULTADOS: Os resultados obtidos evidenciaram a presença de S. aureus em 40 (50,0%) amostras, cujas contagens revelaram valores médios em torno de 10(5)/g. CONCLUSÕES: Tais achados parecem ser extremamente preocupantes, pois além de se situarem acima do limite máximo de 10³/g estabelecido pelo Ministério da Saúde, estes valores mostraram-se muito próximos dos requeridos para a produção de enterotoxinas em quantidades suficientes para a ocorrência de surtos de intoxicação alimentar estafilocócica.

2001 ◽  
Vol 15 (1) ◽  
pp. 18-22 ◽  
Author(s):  
Helena Engel VELANO ◽  
Luiz Carlos do NASCIMENTO ◽  
Letízia Monteiro de BARROS ◽  
Heitor PANZERI
Keyword(s):  

O Staphylococcus aureus faz parte da microbiota da pele, mucosas e nasofaringe de várias espécies animais, incluindo o homem, mas também está associado a enfermidades como abscessos, bacteremias, endocardites e osteomielites, além de se mostrar resistente a múltiplas drogas. Este trabalho foi realizado com a finalidade de avaliar o efeito do gás ozônio, dissolvido em água, sobre o S. aureus. Foram preparadas suspensões de S. aureus, com concentrações variando de 10(6) a 10(16) microrganismos/ml. De cada suspensão recém-preparada foi retirado 1 ml e adicionado a 99 ml de água destilada estéril (com ou sem prévia ozonização), em um reator de cristal. Foram preparadas diluições seriadas (1/10) das suspensões testadas e inoculado 0,1 ml de cada suspensão em Tryptic Soy Agar, incubadas a 37ºC por 24 h, quando então se procedeu à contagem das UFC. Os resultados obtidos mostraram que o tempo máximo para a inativação total das bactérias tratadas com água previamente ozonizada (0,6 mg/ml) foi de 5’25" e, para a água não previamente ozonizada, foi de 23’45", indicando um efeito antibacteriano mais rápido da água previamente ozonizada, frente ao S. aureus.


Author(s):  
Cristiane Güths da Silva De Freitas ◽  
Keli Jaqueline Staudt ◽  
Kelly Helena Khün ◽  
Izabel Almeida Alves ◽  
Maria Cristina Meneghete

<p><strong>Introdução:</strong> Os hospitais constituem importante fonte de infecções, pois, abrigam uma vasta gama de microrganismos, principalmente bactérias. A limpeza e desinfecção de superfícies em ambientes hospitalares são subsídios elementares e eficazes como medidas de controle para romper a cadeia epidemiológica das infecções. <strong>Objetivo</strong>: Verificar a prevalência de microrganismos em bandejas utilizadas pela enfermagem para a administração de medicamentos em ambiente hospitalar, através do crescimento dos mesmos por técnicas microbiológicas. <strong>Métodos:</strong> Trata-se de uma pesquisa do tipo transversal, de prevalência, com abordagem quantitativa realizada em um hospital de médio porte da região Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, no segundo semestre de 2015. A coleta das amostras se deu por meio da técnica de swab, que consistiu em deslizar um swab na superfície das bandejas utilizadas para a administração dos medicamentos. Para a análise dos dados foi realizada a pesquisa microbiológica e utilizada a estatística descritiva mediante a distribuição da frequência. <strong>Resultados:</strong> Os microrganismos isolados foram: <em>Staphylococcus </em>coagulase negativa, <em>Acinetobacter baumanni</em>,  <em>Enterobacter agglomerans</em>, <em>Klebsiella oxytoca, Klebsiella ozaenae</em>, <em>Staphylococcus aureus</em>, <em>Acinetobacter lwoffii, Pseudomonas stutzeri, </em><em>Pseudomonas aeruginosa</em>. <strong>Conclusão:</strong> Demonstrando a importância de se realizar os processos de higienização correta das mãos, dos materiais, dos utensílios, dentre outras, como forma possível de reduzir a transferência de patógenos entre profissionais, pacientes e ambiente.</p>


1989 ◽  
Vol 19 (0) ◽  
pp. 343-348
Author(s):  
Maria de Fátima da Silva Pinheiro

RESUMOEfetuou-se análises bateriológicas em material proveniente de dois espécimes de rãs-touro com a finalidade de se verificar qual o possível agente responsável pela patologia manifestada em um ranário da cidade de Belém, Pará. Os resultados indicam a presença de Staphylococcus aureus.


1999 ◽  
Vol 51 (2) ◽  
pp. 129-135 ◽  
Author(s):  
M.A.V.P. Brito ◽  
J.R.F. Brito ◽  
M.T. Ribeiro ◽  
V.M.O. Veiga

Foram realizados exames microbiológicos de 6315 amostras de leite, obtidas de todos os quartos mamários de 1609 vacas em lactação, originárias de 48 rebanhos localizados na Zona da Mata e Campo das Vertentes do Estado de Minas Gerais. No momento da coleta das amostras foram realizados exames clínicos dos úberes e o Califórnia Mastite Teste (CMT) do leite. Isolaram-se 3919 microrganismos, sendo 3637 de quartos mamários com infecção por um único agente e 283 de infecção mista. As porcentagens dos agentes isolados foram: Staphylococcus aureus, 19,2%, Staphylococcus sp. coagulase negativos (SCN), 12,4%, Streptococcus agalactiae, 6,9%, Streptococcus sp. esculina positivos (ESCPOS), 4,0%, Streptococcus sp. esculina negativos (ESCNEG), 2,1%, Corynebacterium sp., 55,2%, leveduras, 0,1% e Pseudomonas sp., 0,1%. Em 2463 amostras (39% do total) não houve isolamento no exame microbiológico e 216 (3,4%) estavam contaminadas. Corynebacterium sp. foi o microrganismo mais freqüentemente isolado, presente em todos os rebanhos, com porcentagens de quartos mamários infectados que variaram entre 1% e 58,6%. S. aureus foi isolado de 47 rebanhos, 37 deles com até 20% de quartos infectados. S. agalactiae foi isolado em 29 rebanhos (60%) e em 24 deles a média de quartos infectados foi 2,7%. S. aureus, S. agalactiae, SCN, ESCNEG, ESCPOS e Corynebacterium sp. foram isolados de quartos mamários com e sem reação inflamatória (escores positivo e negativo no CMT, respectivamente). O número de isolamentos dos patógenos primários da mastite foi significativamente maior de quartos com escores positivos no CMT, enquanto o número de isolamentos dos patógenos secundários (Corynebacterium sp. e SCN) foi maior em quartos mamários com escore negativo no CMT (P<0,001). Há necessidade de se considerarem quartos mamários com escore negativo no CMT quando forem selecionadas amostras para exames microbiológicos, e vacas negativas no CMT e infectadas por patógenos primários da mastite podem servir de fonte de infecção para outros animais no rebanho. A alta prevalência de S. aureus, S. agalactiae e Corynebacterium sp. sugere que medidas de controle para as mastites contagiosas não estão sendo corretamente aplicadas nos rebanhos estudados.


2019 ◽  
Vol 18 (1) ◽  
pp. 89
Author(s):  
Francisco Patricio de Andrade Júnior ◽  
Brenda Tamires De Medeiros Lima ◽  
Thiago Willame Barbosa Alves ◽  
Maria Emília da Silva Menezes
Keyword(s):  

<p class="ECS-Texto"><span>O <em>Staphylococcus aureus</em> é um coco Gram-positivo encontrado em pele e mucosas de seres humanos. Em alimentos, pode produzir toxinas termo-estáveis capazes de causar intoxicação estafilocócica. O presente estudo teve como objetivo fazer uma revisão bibliográfica acerca da contaminação de alimentos pela bactéria <em>S. aureus,</em> ressaltando fatores que propiciam o seu desenvolvimento em alimentos e riscos atrelados a essa contaminação. Houve a consulta das bases de dados <em>Medline</em>/<em>Pubmed</em>, Lilacs e Scielo, utilizando-se artigos publicados entre os anos de 2000 à 2017. O <em>S. aureus</em> tem a capacidade de se multiplicar em diversos alimentos, se comparado a outros microrganismos, em decorrência de sua presença na microbiota normal, o que facilita a dispersão em alimentos pelos manipuladores, e por apresentar características oportunas de desenvolvimento, como aw= 0,86 e pH= 4,0, indicando grande capacidade de adaptação aos mais diversos alimentos. Este desenvolvimento pode propiciar a produção das enterotoxinas estafilocócicas que causam a intoxicação estafilocócica a partir da ingestão mínima de 100 ng, raramente leva a morte, contudo exige especial cuidado em crianças, idosos e pacientes imunocomprometidos. </span><span>Mais estudos acerca do desenvolvimento de <em>S. aureus</em> nos alimentos são necessários, uma vez que, podem propiciar o surgimento de novas estratégias de armazenamento e processamento específicas de acordo com as particularidades de cada alimento.</span></p>


Author(s):  
H.F.T. Cardoso ◽  
L.S. Carmo ◽  
N. Silva

Este trabalho teve por objetivo caracterizar a produção da toxina da síndrome do choque tóxico (TSST-1) e de enterotoxinas estafilocócicas (SE) A, B, C e D em 127 amostras de S. aureus, isoladas de amostras de leite proveniente de vacas com mastite no Estado de Minas Gerais, entre 1994 e 1997. A verificação da produção de toxinas foi feita pela técnica de sensibilidade ótima em placa. Das 127 amostras testadas, 60 (47%) eram produtoras de TSST-1 e 54 (43%) produtoras de SE, 38 amostras produziram SED (30%), 24 SEB (19%), 8 SEC (6%) e 4 SEA (3%). Estes resultados trazem preocupações quanto à saúde pública pela alta prevalência de amostras de S. aureus produtoras de TSST-1 e de enterotoxinas em isolamentos a partir de leite de vacas com mastite.


2021 ◽  
Vol 8 (19) ◽  
pp. 1257-1272
Author(s):  
Cristieli Nunes da Silva ◽  
Talita Moura Fukuoka ◽  
Maria Raquel Manhani

Os polímeros sintéticos são amplamente utilizados nas indústrias devido à variedade de aplicações que possuem e por apresentarem longa durabilidade. Contudo, a grande resistência desses materiais contribui diretamente para que demorem centenas de anos para serem degradados, o que tem causado inúmeros problemas ambientais. A partir desse cenário, muitas empresas que consumiam polímeros em grande quantidade, iniciaram uma busca por alternativas para tratamento desses resíduos ou por substitutos para os materiais que utilizavam, e nessa nova tendência, alguns produtos se destacaram, como por exemplo, os biopolímeros, produzidos a partir de matérias-primas de fontes renováveis, dentre as quais, destacam-se o amido de milho, de mandioca e de batata, polilactato e poliidroxialcanoato. Neste trabalho, biofilmes de fécula de mandioca foram preparados pela técnica de casting, utilizando-se glicerol como plastificante, e incorporados de extratos etanólico e aquoso de própolis (EGP e EAP, respectivamente) em três diferentes concentrações (1,2%, 1,5% e 1,8%), a fim de se determinar as propriedades físicas e mecânicas, investigar o tempo de sua biodegradabilidade, além de avaliar possível atividade antibacteriana destes filmes. A avaliação das características físicas e mecânicas demonstrou que os filmes produzidos apresentaram resultados satisfatórios em comparação aos parâmetros encontrados na literatura e em relação à amostra controle (sem extrato). Para algumas das análises, como por exemplo, a umidade e a resistência ao rasgo, pode-se notar que a variação no tipo dos extratos influenciou diretamente os valores obtidos nos ensaios e, consequentemente, o desempenho do material. Quanto à biodegradabilidade, foram alcançados resultados muito favoráveis, visto que após 45 dias, houve a degradação completa dos filmes enterrados em solo arenoso. A respeito da atividade antibacteriana, notou-se a capacidade que ambos os extratos tiveram em inibir as suspensões bacterianas de Escherichia coli e Staphylococcus aureus. Diante do exposto, percebe-se o potencial de utilização dos biofilmes desenvolvidos como alternativa ao uso dos polímeros sintéticos, contribuindo assim para diminuir os impactos negativos causados ao meio ambiente, como alternativa ao uso dos polímeros sintéticos, contribuindo assim para diminuir os impactos causados no meio ambiente.


2017 ◽  
Vol 3 (5) ◽  
Author(s):  
Thaina Miranda Da Costa ◽  
Marcos Gabriel Pinheiro ◽  
Claudete Araújo Cardoso ◽  
Marcelo Paraiso Alves ◽  
Fábio Aguiar Alves
Keyword(s):  

A área de ensino, no decorrer de sua trajetória histórica, tem se deparado com problemas de diversas ordens, como por exemplo: a formação de professores e em decorrência na formação dos profissionais da área da saúde. Ao considerar que a formação docente ainda é caracterizada por um viés conteudista, distante da experimentação, acarreta consequências no campo do ensino, pois os mesmos discentes que outrora obtiveram lacunas em sua formação, na atualidade militam no campo da docência em múltiplos campos do saber reproduzindo tais práticas descontextualizadas. Para entender a prática docente e como modificá-la, alguns estudos consideram a importância da perspectiva do professor investigador e as necessidades formativas indispensáveis para a melhoria do ensino de Ciências. Em função da abrangência destes aspectos, há necessidade de se aliar os conhecimentos específicos de variados campos do saber, os aspectos metodológicos diversificados e os princípios históricos e epistemológicos da construção do conhecimento científico. Portanto, sabendo das lacunas que envolvem o processo de formação do laboratorista esse artigo tem como objetivo discutir uma proposta de identificação clínica para laboratorista, mais especificamente para o Staphylococcus aureus, na intenção de servir como um material didático para minizar tais impactos no processo de formação de tais profissionais. O Staphylococcus aureus é bem conhecido pela sua capacidade para adquirir genes de resistência a drogas antimicrobianas. Este patógeno é historicamente associado a infecções relacionadas à assistência à saúde e pode se disseminar rapidamente entre os indivíduos saudáveis. Surtos de infecções causadas por cepas de Staphylococcus aureus resistente a meticilina associados a comunidade (CA-MRSA) têm sido relatados em todo o mundo, incluindo o Brasil, onde existe atualmente uma epidemia de CA-MRSA. Pensando nesta problemática, apresentamos aqui, uma revisão sobre a utilização adequada das metodologias fenotípicas e genotípicas de caracterização dos isolados de Staphylococcus aureus de grande importância no ambiente hospitalar, assim como a caracterização clínica das doenças estafilocócicas e o tratamento medicamentoso adequado para combater estas infecções de maneira rápida e de acordo com as modificações por aquisição, por este organismo, de mecanismos de resistência.


Author(s):  
Masaatsu Koike ◽  
Koichi Nakashima ◽  
Kyoko Iida

Penicillin exerts the activity to inhibit the peptide cross linkage between each polysaccharide backbone at the final stage of wall-peptidoglycan biosynthesis of bacteria. Morphologically, alterations of the septal wall and mesosome in gram-positive bacteria, which were occurred in early time after treatment with penicillin, have been observed. In this experiment, these alterations were cytochemically investigated by means of silver-methenamine staining after periodate oxidation, which is applied for detection of localization of wall mucopolysaccharide.Staphylococcus aureus strain 209P treated with 100 u/ml of penicillin G was divided into two aliquotes. One was fixed by Kellenberger-Ryter's OSO4 fixative at 30, 60 and 120 min after addition of the antibiotic, dehydrated through alcohol series, and embedded in Epon 812 (Specimen A). The other was fixed by 21 glutaraldehyde, dehydrated through glycolmethacrylate series and embedded in glycolmethacrylate mixture, according to Bernhard's method (Specimen B).


Author(s):  
Margaret Hukee

Gold labeling of two antigens (double labeling) is often done on two section surfaces separated by section thickness. Whether labeling is done on both sides of the same section or on two parallel surfaces separated by section thickness (PSSST), comparable results are dependent on an equal number of epitopes being exposed at each surface. We propose a method to study protein labeling within the same field of proteins, by examining two directly adjacent surfaces that were split during sectioning. The number of labeling sites on adjacent surfaces (AS) were compared to sites on PSSST surfaces in individual bacteria.Since each bacteria needed to be recognizable in all three section surfaces, one-hole grids were used for labeling. One-hole grids require a supporting membrane and excessive handling during labeling often ruptures the membrane. To minimize handling, a labeling chamber was designed that is inexpensive, disposable, minimizes contamination, and uses a minimal amount of solution.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document