scholarly journals Padrões espaciais e ecológicos de espécies arbóreas refletem a estrutura em mosaicos de uma floresta subtropical

2012 ◽  
Vol 26 (3) ◽  
pp. 593-606 ◽  
Author(s):  
Alexandre Copatti Loregian ◽  
Bruno Barbosa Silva ◽  
Elisabete Maria Zanin ◽  
Vanderlei Secretti Decian ◽  
Carlos Henke-Oliveira ◽  
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Keyword(s):  

A abundância e distribuição espacial das espécies podem ser reflexos das necessidades do seu nicho ecológico, além de reflexos das variações ambientais no tempo e espaço. Os objetivos do presente trabalho foram analisar a distribuição espacial e grupos ecológicos das espécies arbóreas em um remanescente de floresta subtropical e avaliar a interferência destes padrões sobre métricas de riqueza e diversidade. Os padrões espaciais foram avaliados considerando uma área amostral de 1 ha dividida em unidades amostrais contíguas de 10 x 10 m, onde todos os indivíduos com perímetro à altura do peito > 15 cm foram amostrados. A descrição dos padrões foi obtida por meio de correlogramas (índice I de Moran), considerando diversas classes de distância, índices de agregação e diagramas de superfície. A co-ocorrência entre espécies foi analisada por meio de índices de associação espacial. A maioria das espécies apresentou distribuição agrupada e com autocorrelação espacial positiva, sobretudo para as menores classes de distância, indicando a formação de pequenos grupos de indivíduos. Da mesma forma, 17 espécies apresentaram associações espaciais (co-ocorrências), formando densos agrupamentos e, embora não tenham interferido sobre a riqueza específica, Casearia sylvestris e Ocotea diospyrifolia diminuíram a equabilidade em alguns setores da área. Espécies tolerantes à sombra apresentaram-se associadas, bem como, espécies dependentes de luz, indicando que a dinâmica de mosaicos pode interferir diretamente sobre a distribuição das espécies, sobretudo pela limitação de dispersão.

2021 ◽  
Vol 21 ◽  
Author(s):  
Natália Tribuiani ◽  
Jocimar de Souza ◽  
Marcos Antônio de Queiroz Junior ◽  
Denicezar Angelo Baldo ◽  
Valéria de Campos Orsi ◽  
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Background: The antibacterial mechanism of doxycycline is known, but on the nerve-muscle apparatus is yet unclear. Objective: To combine molecular targets of the neuromuscular machinery using the neuronal blocker effect doxycycline, a semisynthetic second-generation tetracycline derivative, on mice neuromuscular preparations, in situ. Methods: Doxycycline was assessed at the neurotransmission; presynaptic; synaptic cleft; and postsynaptic, including the muscle fiber, using the traditional myographic technique. Preliminarily, doxycycline showed an "all or nothing" effect, being "all" obtained with 4 µM and "nothing", with 1-3 µM. The rationale of this study was to apply known pharmacological tools against the blocker effect of 4 µM doxycycline such as F55-6 (Casearia sylvestris), CaCl2 (or Ca2+), atropine, neostigmine, polyethylene glycol (PEG 400), and d-Tubocurarine. The evaluation of cholinesterase enzyme activity, the diaphragm muscle histology, and protocols on the neuromuscular preparation submitted to indirect or direct stimuli were complementary. Results: Doxycycline does not affect cholinesterase activity nor cause damage to skeletal muscle diaphragm; acts on ryanodine receptor, sarcolemmal membrane, and on neuronal sodium channel with a postjunctional consequence due to the decreased availability of muscle nicotinic acetylcholine receptors. Conclusions: In conclusion, using the blocker effect we showed that doxycycline acts on multiple targets, among them, is antagonized by F55-6, a neuronal Na+-channel agonist and Ca2+, but not by neostigmine.


2012 ◽  
Vol 14 (3) ◽  
pp. 529-536
Author(s):  
P. Spandre ◽  
F. Zanette ◽  
L.A. Biasi ◽  
H.S. Koheler ◽  
P.C. Niesing
Keyword(s):  

Casearia sylvestris Swartz (Salicaceae) ou guaçatonga é uma árvore nativa do México, da América Central, e da América do Sul, com grande importância ecológica, farmacológica, e comercial. No entanto, como a maioria das espécies nativas de interesse medicinal no Brasil, a guaçatonga não é cultivada comercialmente, sendo obtida por extrativismo. O presente trabalho foi conduzido com o objetivo de testar um protocolo de propagação vegetativa de guaçatonga por meio da estaquia, visando identificar qual a melhor estação do ano para o enraizamento de estacas e avaliar o efeito da utilização do regulador vegetal ácido indolbutírico (AIB). No outono, inverno e primavera de 2007, e no verão de 2008, estacas caulinares semilenhosas de 12-14 cm de comprimento e com duas folhas foram preparadas e tratadas com AIB (0, 1000, 2000 e 3000 mg L-1), em solução alcoólica, através da imersão rápida por 10 segundos da base das estacas, e foram plantadas em tubetes contendo substrato Plantmax HT® em casa-de-vegetação sob nebulização intermitente. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, com 4 repetições, 4 tratamentos, e 16 estacas por parcela. Todos os experimentos foram avaliados após 90 dias, sendo que para dois deles (primavera 2007 e verão 2008) prolongou-se o tempo de permanência em casa-de-vegetação para melhor desenvolvimento das raízes. Foram avaliados os parâmetros: porcentagem de estacas enraizadas, porcentagem de estacas vivas (com calos e sem raízes, sem calos e sem raízes), porcentagem de folhas retidas, porcentagem de estacas mortas, número de raízes, comprimento das três maiores raízes (cm), e média da massa seca das raízes (mg). Não ocorreu enraizamento nas estacas retiradas no outono e no inverno. Com as estacas retiradas na primavera obteve-se 39,1% de enraizamento. Estacas coletadas no verão não responderam como o esperado, apresentando, após 240 dias, 6,3% de enraizamento no tratamento com 3000 mg L-1 de AIB. O AIB até 3000 mg L-1 não estimulou o enraizamento de estacas de guaçatonga e a melhor estação do ano para a estaquia é a primavera.


PLoS ONE ◽  
2018 ◽  
Vol 13 (3) ◽  
pp. e0192165 ◽  
Author(s):  
João Paulo Gomes Viana ◽  
Marcos Vinícius Bohrer Monteiro Siqueira ◽  
Fabiano Lucas Araujo ◽  
Carolina Grando ◽  
Patricia Sanae Sujii ◽  
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2021 ◽  
Vol 10 (4) ◽  
pp. e10910413900
Author(s):  
Danielle de Siqueira Jansen ◽  
Edilma Pereira Gonçalves ◽  
Jeandson Silva Viana ◽  
João Paulo Goes da Silva Borges ◽  
Débora Teresa da Rocha Gomes Ferreira de Almeida ◽  
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A Mata Atlântica é um dos principais biomas Brasileiros que se estende desde o Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul. Dentro desse ecossistema, destaca-se as formações de floresta estacional semidecidual montana (brejos de altitudes). Diante disso, o objetivo do trabalho foi investigar a composição florística e fitossociológico num trecho de mata ciliar de um fragmento de Mata Atlântica em Ihumas, localizada no município de Garanhuns - PE. O estudo foi desenvolvido em um trecho de Mata Ciliar na comunidade rural de Inhumas, município de Garanhuns-PE. A área foi delimitada em 07 parcelas de 10 x 10 m, contendo 0,07 ha da área total amostrada. Em cada parcela foram amostrados todos os indivíduos arbóreos vivos, com DAP ≥ 5 cm. No fragmento de Mata Ciliar na Comunidade de Inhumas apontou a ocorrência de 257 indivíduos arbóreos distribuídos em 14 famílias, 18 gêneros e 23 espécies. As Famílias com maior número de riqueza de espécies foram: Fabaceae (cinco ssp.), Sapindaceae (três ssp.) Myrtaceae e Melastomataceae (duas ssp). As espécies Byrsonima sericea DC., Myrcia bela Cambess., Cupania impressinervia e Casearia sylvestris Sw. com frequência absoluta de 100%, sendo 44% das espécies classificadas como secundária inicial e 73% possuem dispersão zoocórica. A área possui alta riqueza florística estando em fase inicial do desenvolvimento sucessional, sendo a espécie Cupania impressinervia Acev.-Rodr. a mais representada na posição sociológica do extrato vertical arbóreo, ocupando os três extratos.


2013 ◽  
Vol 7 (3) ◽  
pp. 322 ◽  
Author(s):  
Jonas Eduardo Bianchin ◽  
Pierre André Bellé

As formações florestais encontram-se alteradas, sobretudo à ação antrópica. Principalmente as florestas aluviais, que por sua localização e função ecológica, devem ser preservadas e recuperadas, para isso é fundamental conhecer a fitossociologia e estrutura da floresta. Assim, objetivou-se com este trabalho avaliar os parâmetros fitossociológicos e estrutura de um fragmento de Floresta Estacional Decidual Aluvial em Santa Maria, RS. Para isso, foram mensuradas 74 parcelas contíguas de 10 x 10 m (100 m²), e considerados todos os indivíduos com CAP maior que 10 cm. Foram identificadas 32 espécies, na sua grande maioria espécies pioneiras, pertencentes a 19 famílias botânicas. O número de espécies amostradas no fragmento foi baixo, enquanto os indivíduos mortos apresentaram quantidade relativamente elevada, o que se deve, possivelmente, às intervenções antrópicas na área e ao processo de sucessão secundária. Algumas espécies, como Casearia sylvestris, Symplocos uniflora, Mimosa bimucronata, Lithrea molleoides e Zanthoxylum rhoifollium se destacaram apresentando os maiores valores dos parâmetros fitossociológicos, havendo predomínio das duas primeiras sobre as demais. Da mesma forma, a análise do Valor de Importância Ampliado mostrou que C. sylvestris e S. uniflora são as espécies mais importante do fragmento, pois estão mais bem distribuídas em todos os estratos verticais.


2010 ◽  
Vol 40 (2) ◽  
pp. 318-325
Author(s):  
Sergio da Silva Fialho ◽  
Geison Morel Nogueira ◽  
Cláudia Acosta Duarte ◽  
Álvaro de Oliveira Paiva Neto ◽  
Delphim da Graça Macoris
Keyword(s):  

Estudos em animais de laboratório sugerem um efeito antiulcerogênico do extrato de Casearia sylvestris. Esse extrato ainda não foi estudado para a profilaxia e/ou o tratamento de úlceras gástricas em equinos. Para avaliar a influência do extrato de C. sylvestris na permeabilidade gástrica à sacarose, seis equinos adultos foram submetidos a modelo de indução de úlceras gástricas. Os animais foram submetidos ao teste de permeabilidade à sacarose antes e ao término do protocolo de restrição alimentar intermitente, para detecção de ulceração gástrica. Durante os sete dias da indução, os animais foram submetidos a tratamentos diários via sondagem nasogástrica com extrato de C. sylvestris (9mg kg-1 de peso corpóreo) ou veículo (ágar). Após intervalo de 32 dias em piquete, para permitir a cicatrização das úlceras induzidas, cada animal foi submetido novamente ao protocolo de indução de úlcera gástrica, e os tratamentos foram alternados. Dessa forma, cada animal foi submetido a ambos os tratamentos em períodos distintos. A concentração de sacarose na urina foi determinada para cada amostra obtida, por cromatografia líquida de alto desempenho e detecção amperométrica pulsátil. Não foram observadas alterações nos exames clínicos e hemogramas. O tratamento com o extrato de C. sylvestris evitou o aumento da concentração de sacarose urinária (P<0,05) quando comparado ao veículo, sugerindo um efeito antiulcerogênico gástrico em equinos. Estudos mais amplos incluindo gastroscopia são necessários para avaliar a possibilidade de usar o extrato para a profilaxia e/ou o tratamento das úlceras gástricas em equinos.


Hoehnea ◽  
2016 ◽  
Vol 43 (4) ◽  
pp. 575-581 ◽  
Author(s):  
Thiara Siqueira Bento ◽  
Luce Maria Brandão Torres ◽  
Mauricio Batista Fialho ◽  
Vera Lúcia Ramos Bononi

ABSTRACT White-rot basidiomycetes are able to deteriorate wood products and be pathogenic to living trees, requiring, thus requiring control. The tropical flora is an important source of eco-friendly antifungal compounds; however, the knowledge on how leaf extracts affect the fungal physiology is limited. Therefore, in the present work we investigated the influence of ethanolic leaf extracts of Casearia sylvestris and C. decandra at 0.1 mg mL-1 on the production of ligninolytic enzymes by Trametes villosa, Ganoderma australe and Pycnoporus sanguineus. Overall, the extracts inhibited the mycelial growth and the production of biomass. Additionally, C. sylvestris extract reduced the production of manganese peroxidase and laccase; however, the exposure to C. decandra extract resulted in variable responses. Therefore, enzymes related to lignin degradation are potential targets to control wood decay fungi by plant bioactive compounds, as their ability to colonize the substrate may be impaired.


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