Nelton Moreira Souza (UFPEL)
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Eliete Barbosa de Brito Silva (UFG)
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Patricia Rodrigues Chaves da Cunha (UFPEL)
Este artigo apresenta uma análise das práticas políticas de parlamentares pentecostais e neopentecostais da Assembléia de Deus e Igreja Universal do Reino de Deus no Congresso da República do Brasil. Compara essas práticas pentecostais e neopentecostais com padrões de comportamento da cultura política brasileira e as ações correspondentes do Estado nacional como preservador dessa mesma cultura. Intercalando-se a analise com alguns traços do trade policy-making a partir das inter-relações que se estabelecem entre Estado e Religião na forma de Coalizões de Defesa, na busca de um embrião de Estado neopentecostal. A abordagem aqui proposta não é histórica, nem linear, recorre à história social e suas interfaces com os processos políticos. Que se manifestam no trade policy-making, o artigo se propõe a lançar luz sobre alguns pontos da complexa inter-relação entre atores estatais e sociais e suas funções e negociações na consecução da agenda política. O referencial teórico mobilizado é o advocacy coalition framework. Com o intuito de compreender as relações, entre Estado, Política e Religião, na atual democracia brasileira, recorreu-se ao método comparativo. Considerando que as articulações arquitetadas pela bancada evangélica, no legislativo brasileiro, tem sido marcadas por um forte tradicionalismo moral da Frente Parlamentar Evangélica, que tem a missão de atuação na defesa da família e da moral cristã, sendo contra a plataforma dos movimentos feministas; da identidade de gênero, dos homossexuais e dos grupos de direitos humanos, valendo-se de alianças até mesmo com parlamentares católicos, fomentando um discurso moralístico, anticorrupção cabe-nos inquirir acerca dos objetivos implícitos na ação da bancada evangélica. Onde se esconde o seu pote de ouro? Palavras-Chaves: Estado; Politica; Religião; Coalizão de Defesa; Poder Legislativo.