scholarly journals O Ele, os K.’s, o homem de boa vontade: Arendt, leitora de Kafka

Perspectivas ◽  
2021 ◽  
Vol 6 (2) ◽  
pp. 200-227
Author(s):  
Lara Rocha
Keyword(s):  

O presente artigo analisa a leitura de Hannah Arendt sobre os textos de Franz Kafka, o que será feito a partir do prefácio de Entre o passado e o futuro, dos ensaios Franz Kafka: uma reavaliação e O judeu como pária: uma tradição oculta, além das narrativas kafkianas Descrição de uma luta, O Processo, O Castelo e da parábola Ele, identificando tanto o que as vincula como o definhamento do humano retratado pelo escritor. Porquanto o absurdo que reveste o cenário descrito por Kafka é percebido por Arendt como um presságio dos horrores praticados pelos regimes totalitários, nossa hipótese é que discutir a leitura da autora sobre os textos kafkianos auxilia a compreensão sobre as consequências desastrosas que as relações sociais podem acarretar e a desfiguração fomentada pela burocracia como aparelho organizacional e forma de governo que normaliza os procedimentos de rotina, os massacres administrativos, a obediência cadavérica e os processos infindáveis baseados em legislações superiores, utilizados como meios de gerir indivíduos desarraigados, indistinguíveis e massificados.  

2019 ◽  
Vol 31 (52) ◽  
Author(s):  
Daiane Eccel
Keyword(s):  

De todos os literatos citados por Arendt, interessa-nos investigar suas relações com os escritos de Franz Kafka. Nosso objetivo neste texto é: (i) averiguar o impacto que a obra de Kafka exerce sobre Arendt e (ii) em que medida os problemas da cultura e da formação (Bildung) se põem no centro das reflexões arendtianas sobre Kafka. Para tanto, nos ocuparemos de dois textos de 1944 escritos por Arendt, a saber, O judeu como pária: uma tradição oculta e, sobretudo, Franz Kafka: uma reavaliação. Por ocasião do vigésimo aniversário de sua morte.


2022 ◽  
Author(s):  
Matthias Bormuth

Schreiben im Exil ist im »Jahrhundert der Extreme« ein Politikum, das in Deutschland auch die »Innere Emigration« betrifft. Dies zeigen Porträts von Gottfried Benn bis Stefan Zweig, von Hannah Arendt bis Tony Judt. Schreiben im Exil ist im »Jahrhundert der Extreme« ein Politikum. Die Essays blicken auf deutsche wie europäische Intellektuelle in politisch ganz verschiedenen Lebenssituationen. Gottfried Benn und Felix Hartlaub schrieben innerhalb Deutschlands für die Schublade, während Hans Scholl intellektuellen Widerstand leistete. Thomas Mann blickte weithin zornig auf die »Innere Emigration« und kehrte aus dem Exil nur kurz in beide Teile Deutschlands zurück. Erich Auerbach skizzierte seit 1942 in Istanbul das Passionsmotiv in der Weltliteratur. Für Stefan Zweig endet das in Brasilien mit seinem Freitod. Die philosophischen Vorformen des totalitären Denkens untersuchte Karl Popper in Neuseeland seit 1945. Seine politischen Auswirkungen nach der Oktoberrevolution und im Kalten Krieg demonstrieren jeweils anders die Lebenswerke von Ossip Mandelstam und Gustaw Herling. Anfang des 21. Jahrhunderts bilanzieren Tony Judt und Adam Zagajewski in Ideengeschichte und Poesie das kosmopolitische Exil, das Hannah Arendt im Namen des jüdischen Paria Franz Kafka in New York schon während des Holocaust umrissen hatte.


2011 ◽  
Vol 26 (66) ◽  
Author(s):  
Isak Winkel Holm

Isak Winkel Holm: “Arendt and Kafka. The Right to Rights in Franz Kafka’s ‘The Metamorphosis’”Franz Kafka experienced a legal and political vacuum opening up in the middle of civilized Europe, Hannah Arendt saw it culminating in the death camps. In this sinister historical situation both authors were not so much interested in the question of specific rights as in the more fundamental question of the right to have rights – to use Arendt’s famous formula. This essay explores the intricate relationship between Kafka’s and Arendt’s analyses of the “calamity of the rightless”. On the one hand, Kafka’s literary diagnosis of rightlessness will be reconstructed through a reading of his story “The Metamorphosis”; on the other hand, Arendt’s philosophical portrait of the rightless refugee will be developed in a discussion of her early Kafka essays and, first of all, of her Origins of Totalitarianism. The contention is that Arendt’s notion of the right to have rights and, hence, her reading of Kafka function as important corrections of modern Kafka research.


Author(s):  
Ilan Stavans

“Introduction” explores the appellation “People of the Book” as it pertains to the Jews, arguing that, theologically as well as culturally, Jews depend on books to exist. The work of Argentine man of letters Jorge Luis Borges is invoked to introduce the concept of aterritoriality. Modern Jewish literature does not have a specific address and is written in multiple languages. There is a connection between Hasidism, Franz Kafka, Hannah Arendt, Isaac Bashevis Singer, Israeli literature, and the work of Jewish writers in other diasporas. Jewish literature should also include graphic novels, film scripts, television shows, and other textual manifestations.


2018 ◽  
Vol 30 (1) ◽  
pp. 117-132
Author(s):  
Serena Billitteri
Keyword(s):  

Abordar el tema de la razón poética en Hannah Arendt, a través de una intención pedagógica, ha abierto principalmente dos caminos de investigación. Las primeras consideraciones nos han guiado hasta el reconocimiento del pensamiento poético, con su proximidad con el lenguaje común, como la forma humana de comprender de una manera diferente y esencial, forma de reflexionar sobre lo que es imprevisible e indefinible. Un segundo camino consiste en mostrar cómo la razón poética se puede desarrollar, en educación, a partir de una revaluación de la tradición y del pasado. Casi que Hannah Arendt quiera indicar el patrimonio humanístico, a menudo desacreditado por las ciencias de la formación, como el lugar desde donde mirar el mundo como algo en común, un hogar compartido, desde el que puede empezar una forma auténtica de comunicación.


2008 ◽  
Vol 17 ◽  
pp. 33-44
Author(s):  
Eduardo Manoel de Brito

A partir do aforismo de Franz Kafka reproduzido por Moacyr Scliar em seu livro Os leopardos de Kafka, propomos uma reflexão sobre violência e humor entre os dois escritores, que têm em comum a origem e a tradição judaica. Primeiramente procuramos estabelecer os pontos de contato entre os escritores Moacyr Scliar e Franz Kafka, para, em seguida, enfocarmos a questão da violência expressa desde o ponto de vista mítico (no aforismo kafkiano) edesde o ponto de vista político (no texto de Scliar). Reflexões tais como os micropoderes (Michel Foucault) e conceitos de violência (Hannah Arendt) fundamentam nossa abordagem literária.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document