ESCOVANDO A HISTÓRIA COLONIAL A CONTRAPELO: TEORIA DA MEMÓRIA COMO BASE EPISTEMOLÓGICA PARA UMA TEORIA CRÍTICA DOS DIREITOS HUMANOS
2021 ◽
Vol 9
(17)
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pp. 194-210
Este artigo tem como objetivo apresentar a interseção entre a teoria da memória de Walter Benjamin e o pensamentodecolonial de Enrique Dussel como fundamentos epistemológicos para uma Teoria Crítica dos DireitosHumanos. Nesse sentido, a crítica ao progresso, defendida por Benjamin, e a crítica ao discurso colonizador eurocêntrico,empreendida por Dussel, permitirão a narrativa de uma nova história, de uma história “escovada a contrapelo”(BENJAMIN, 1994). A preocupação de ambas as teorias com as vítimas silenciadas pela história oficial, nosleva a propor uma teoria crítica dos direitos humanos que tenha em conta uma exigência de memória e de justiçapara essas vítimas.