ARENDT, VOEGELIN E A ANÁLISE SOBRE A INSURGÊNCIA DOS MOVIMENTOS TOTALITÁRIOS:
Este artigo é um recorte de uma pesquisa realizada junto ao programa de Mestrado Profissional em Filosofia – PROF-FILO, ofertado pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte – UERN. O trabalho pretende apresentar características da perspectiva filosófica bem como das reflexões a respeito dos elementos que colaboraram para o advento dos movimentos totalitários com base na concepção de Hannah Arendt (2012, 2016) e Eric Voegelin (1982, 2002, 2007b). Os problemas investigados são: quais as características da atividade filosófica de acordo com Arendt e Voegelin? Para eles, quais fatores contribuíram para o surgimento e ascensão dos regimes totalitários na Europa? As teses ora levantadas são, respectivamente, as seguintes: Arendt centra sua investigação filosófica na análise de fatos histórico-sociais, promovendo uma aliança entre reflexão e ação políticas, enquanto Voegelin, através de uma filosofia histórico-transcendental, visa resgatar conceitos da filosofia clássica que traduzem as experiências engendradoras da ordem da realidade e da consciência do indivíduo; Arendt atribui a ascensão dos movimentos totalitários a fatores como o colapso do sistema partidário e o aparato de propagação ideológica, já Voegelin indica fatores como a decadência espiritual promovida pelas religiões de credo imanentistas. As discussões que fundamentam esta empresa serão desenvolvidas pela revisão bibliográfica.