scholarly journals Análise dos parâmetros fitossociológicos em fragmento de floresta estacional subtropical

2021 ◽  
Vol 8 (1) ◽  
pp. 1319-1326
Author(s):  
Alexsandra Cezimbra Quevedo ◽  
Maristela Machado Araujo ◽  
Roberta Rodrigues Roubuste ◽  
Mateus Alves Saldanha ◽  
Suelen Carpenedo Aimi ◽  
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Keyword(s):  

A caracterização da vegetação e fragmentos florestais subsidia informações para o desenvolvimento regional, assim como o entendimento sobre a estrutura e dinâmica dos ecossistemas. Desse modo, objetivou-se caracterizar a estrutura florística e avaliar a dinâmica de um fragmento de Floresta Estacional Subtropical para a fauna regional. Para isso, foram utilizadas faixas paralelas dentro das quais foram distribuídas parcelas temporárias de 10 m x 10 m, equidistantes 20 m, e todos os indivíduos foram com CAP (circunferência medida a 1,30 m da superfície do solo) ≥ 15 cm foram inventariados. Observou-se 29 espécies pertencentes a 16 famílias no estrato médio, no estrato inferior 11 espécies em 8 famílias e no estrato superior 15 espécies de 11 famílias. O fragmento apresentou mais de 70% de dispersão dos frutos por zoocoria, indicando sua importância para conservação da fauna regional. Ocotea puberula, Lithraea molleoides, Casearia sylvestris, Allophylus edulis, Cupania vernalis, Luehea divaricata, Actinostemon concolor, Piper aduncun e Aiouea saligna foram as espécies de maior relevância, apresentando valores de importância elevados. A forma de dispersão de frutos e sementes de cada espécie é fundamental para a manutenção da biodiversidade e regeneração natural, influenciando diretamente na colonização das espécies e no modo de distribuição. As espécies mais representativas apresentaram padrão de distribuição espacial agrupado, possivelmente por sua preferência a condições ambientais específicas. Esse estudo possibilitou salientar a importância ecológica das espécies em diferentes sinúsias e a dispersão dos frutos pela fauna, contribuindo para a regeneração natural e conservação da biodiversidade em fragmento de Floresta Estacional Subtropical.  

2021 ◽  
Vol 21 ◽  
Author(s):  
Natália Tribuiani ◽  
Jocimar de Souza ◽  
Marcos Antônio de Queiroz Junior ◽  
Denicezar Angelo Baldo ◽  
Valéria de Campos Orsi ◽  
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Background: The antibacterial mechanism of doxycycline is known, but on the nerve-muscle apparatus is yet unclear. Objective: To combine molecular targets of the neuromuscular machinery using the neuronal blocker effect doxycycline, a semisynthetic second-generation tetracycline derivative, on mice neuromuscular preparations, in situ. Methods: Doxycycline was assessed at the neurotransmission; presynaptic; synaptic cleft; and postsynaptic, including the muscle fiber, using the traditional myographic technique. Preliminarily, doxycycline showed an "all or nothing" effect, being "all" obtained with 4 µM and "nothing", with 1-3 µM. The rationale of this study was to apply known pharmacological tools against the blocker effect of 4 µM doxycycline such as F55-6 (Casearia sylvestris), CaCl2 (or Ca2+), atropine, neostigmine, polyethylene glycol (PEG 400), and d-Tubocurarine. The evaluation of cholinesterase enzyme activity, the diaphragm muscle histology, and protocols on the neuromuscular preparation submitted to indirect or direct stimuli were complementary. Results: Doxycycline does not affect cholinesterase activity nor cause damage to skeletal muscle diaphragm; acts on ryanodine receptor, sarcolemmal membrane, and on neuronal sodium channel with a postjunctional consequence due to the decreased availability of muscle nicotinic acetylcholine receptors. Conclusions: In conclusion, using the blocker effect we showed that doxycycline acts on multiple targets, among them, is antagonized by F55-6, a neuronal Na+-channel agonist and Ca2+, but not by neostigmine.


2012 ◽  
Vol 14 (3) ◽  
pp. 529-536
Author(s):  
P. Spandre ◽  
F. Zanette ◽  
L.A. Biasi ◽  
H.S. Koheler ◽  
P.C. Niesing
Keyword(s):  

Casearia sylvestris Swartz (Salicaceae) ou guaçatonga é uma árvore nativa do México, da América Central, e da América do Sul, com grande importância ecológica, farmacológica, e comercial. No entanto, como a maioria das espécies nativas de interesse medicinal no Brasil, a guaçatonga não é cultivada comercialmente, sendo obtida por extrativismo. O presente trabalho foi conduzido com o objetivo de testar um protocolo de propagação vegetativa de guaçatonga por meio da estaquia, visando identificar qual a melhor estação do ano para o enraizamento de estacas e avaliar o efeito da utilização do regulador vegetal ácido indolbutírico (AIB). No outono, inverno e primavera de 2007, e no verão de 2008, estacas caulinares semilenhosas de 12-14 cm de comprimento e com duas folhas foram preparadas e tratadas com AIB (0, 1000, 2000 e 3000 mg L-1), em solução alcoólica, através da imersão rápida por 10 segundos da base das estacas, e foram plantadas em tubetes contendo substrato Plantmax HT® em casa-de-vegetação sob nebulização intermitente. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, com 4 repetições, 4 tratamentos, e 16 estacas por parcela. Todos os experimentos foram avaliados após 90 dias, sendo que para dois deles (primavera 2007 e verão 2008) prolongou-se o tempo de permanência em casa-de-vegetação para melhor desenvolvimento das raízes. Foram avaliados os parâmetros: porcentagem de estacas enraizadas, porcentagem de estacas vivas (com calos e sem raízes, sem calos e sem raízes), porcentagem de folhas retidas, porcentagem de estacas mortas, número de raízes, comprimento das três maiores raízes (cm), e média da massa seca das raízes (mg). Não ocorreu enraizamento nas estacas retiradas no outono e no inverno. Com as estacas retiradas na primavera obteve-se 39,1% de enraizamento. Estacas coletadas no verão não responderam como o esperado, apresentando, após 240 dias, 6,3% de enraizamento no tratamento com 3000 mg L-1 de AIB. O AIB até 3000 mg L-1 não estimulou o enraizamento de estacas de guaçatonga e a melhor estação do ano para a estaquia é a primavera.


PLoS ONE ◽  
2018 ◽  
Vol 13 (3) ◽  
pp. e0192165 ◽  
Author(s):  
João Paulo Gomes Viana ◽  
Marcos Vinícius Bohrer Monteiro Siqueira ◽  
Fabiano Lucas Araujo ◽  
Carolina Grando ◽  
Patricia Sanae Sujii ◽  
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2012 ◽  
Vol 26 (3) ◽  
pp. 593-606 ◽  
Author(s):  
Alexandre Copatti Loregian ◽  
Bruno Barbosa Silva ◽  
Elisabete Maria Zanin ◽  
Vanderlei Secretti Decian ◽  
Carlos Henke-Oliveira ◽  
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Keyword(s):  

A abundância e distribuição espacial das espécies podem ser reflexos das necessidades do seu nicho ecológico, além de reflexos das variações ambientais no tempo e espaço. Os objetivos do presente trabalho foram analisar a distribuição espacial e grupos ecológicos das espécies arbóreas em um remanescente de floresta subtropical e avaliar a interferência destes padrões sobre métricas de riqueza e diversidade. Os padrões espaciais foram avaliados considerando uma área amostral de 1 ha dividida em unidades amostrais contíguas de 10 x 10 m, onde todos os indivíduos com perímetro à altura do peito > 15 cm foram amostrados. A descrição dos padrões foi obtida por meio de correlogramas (índice I de Moran), considerando diversas classes de distância, índices de agregação e diagramas de superfície. A co-ocorrência entre espécies foi analisada por meio de índices de associação espacial. A maioria das espécies apresentou distribuição agrupada e com autocorrelação espacial positiva, sobretudo para as menores classes de distância, indicando a formação de pequenos grupos de indivíduos. Da mesma forma, 17 espécies apresentaram associações espaciais (co-ocorrências), formando densos agrupamentos e, embora não tenham interferido sobre a riqueza específica, Casearia sylvestris e Ocotea diospyrifolia diminuíram a equabilidade em alguns setores da área. Espécies tolerantes à sombra apresentaram-se associadas, bem como, espécies dependentes de luz, indicando que a dinâmica de mosaicos pode interferir diretamente sobre a distribuição das espécies, sobretudo pela limitação de dispersão.


2021 ◽  
Vol 10 (4) ◽  
pp. e10910413900
Author(s):  
Danielle de Siqueira Jansen ◽  
Edilma Pereira Gonçalves ◽  
Jeandson Silva Viana ◽  
João Paulo Goes da Silva Borges ◽  
Débora Teresa da Rocha Gomes Ferreira de Almeida ◽  
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A Mata Atlântica é um dos principais biomas Brasileiros que se estende desde o Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul. Dentro desse ecossistema, destaca-se as formações de floresta estacional semidecidual montana (brejos de altitudes). Diante disso, o objetivo do trabalho foi investigar a composição florística e fitossociológico num trecho de mata ciliar de um fragmento de Mata Atlântica em Ihumas, localizada no município de Garanhuns - PE. O estudo foi desenvolvido em um trecho de Mata Ciliar na comunidade rural de Inhumas, município de Garanhuns-PE. A área foi delimitada em 07 parcelas de 10 x 10 m, contendo 0,07 ha da área total amostrada. Em cada parcela foram amostrados todos os indivíduos arbóreos vivos, com DAP ≥ 5 cm. No fragmento de Mata Ciliar na Comunidade de Inhumas apontou a ocorrência de 257 indivíduos arbóreos distribuídos em 14 famílias, 18 gêneros e 23 espécies. As Famílias com maior número de riqueza de espécies foram: Fabaceae (cinco ssp.), Sapindaceae (três ssp.) Myrtaceae e Melastomataceae (duas ssp). As espécies Byrsonima sericea DC., Myrcia bela Cambess., Cupania impressinervia e Casearia sylvestris Sw. com frequência absoluta de 100%, sendo 44% das espécies classificadas como secundária inicial e 73% possuem dispersão zoocórica. A área possui alta riqueza florística estando em fase inicial do desenvolvimento sucessional, sendo a espécie Cupania impressinervia Acev.-Rodr. a mais representada na posição sociológica do extrato vertical arbóreo, ocupando os três extratos.


2013 ◽  
Vol 7 (3) ◽  
pp. 322 ◽  
Author(s):  
Jonas Eduardo Bianchin ◽  
Pierre André Bellé

As formações florestais encontram-se alteradas, sobretudo à ação antrópica. Principalmente as florestas aluviais, que por sua localização e função ecológica, devem ser preservadas e recuperadas, para isso é fundamental conhecer a fitossociologia e estrutura da floresta. Assim, objetivou-se com este trabalho avaliar os parâmetros fitossociológicos e estrutura de um fragmento de Floresta Estacional Decidual Aluvial em Santa Maria, RS. Para isso, foram mensuradas 74 parcelas contíguas de 10 x 10 m (100 m²), e considerados todos os indivíduos com CAP maior que 10 cm. Foram identificadas 32 espécies, na sua grande maioria espécies pioneiras, pertencentes a 19 famílias botânicas. O número de espécies amostradas no fragmento foi baixo, enquanto os indivíduos mortos apresentaram quantidade relativamente elevada, o que se deve, possivelmente, às intervenções antrópicas na área e ao processo de sucessão secundária. Algumas espécies, como Casearia sylvestris, Symplocos uniflora, Mimosa bimucronata, Lithrea molleoides e Zanthoxylum rhoifollium se destacaram apresentando os maiores valores dos parâmetros fitossociológicos, havendo predomínio das duas primeiras sobre as demais. Da mesma forma, a análise do Valor de Importância Ampliado mostrou que C. sylvestris e S. uniflora são as espécies mais importante do fragmento, pois estão mais bem distribuídas em todos os estratos verticais.


2010 ◽  
Vol 40 (2) ◽  
pp. 318-325
Author(s):  
Sergio da Silva Fialho ◽  
Geison Morel Nogueira ◽  
Cláudia Acosta Duarte ◽  
Álvaro de Oliveira Paiva Neto ◽  
Delphim da Graça Macoris
Keyword(s):  

Estudos em animais de laboratório sugerem um efeito antiulcerogênico do extrato de Casearia sylvestris. Esse extrato ainda não foi estudado para a profilaxia e/ou o tratamento de úlceras gástricas em equinos. Para avaliar a influência do extrato de C. sylvestris na permeabilidade gástrica à sacarose, seis equinos adultos foram submetidos a modelo de indução de úlceras gástricas. Os animais foram submetidos ao teste de permeabilidade à sacarose antes e ao término do protocolo de restrição alimentar intermitente, para detecção de ulceração gástrica. Durante os sete dias da indução, os animais foram submetidos a tratamentos diários via sondagem nasogástrica com extrato de C. sylvestris (9mg kg-1 de peso corpóreo) ou veículo (ágar). Após intervalo de 32 dias em piquete, para permitir a cicatrização das úlceras induzidas, cada animal foi submetido novamente ao protocolo de indução de úlcera gástrica, e os tratamentos foram alternados. Dessa forma, cada animal foi submetido a ambos os tratamentos em períodos distintos. A concentração de sacarose na urina foi determinada para cada amostra obtida, por cromatografia líquida de alto desempenho e detecção amperométrica pulsátil. Não foram observadas alterações nos exames clínicos e hemogramas. O tratamento com o extrato de C. sylvestris evitou o aumento da concentração de sacarose urinária (P<0,05) quando comparado ao veículo, sugerindo um efeito antiulcerogênico gástrico em equinos. Estudos mais amplos incluindo gastroscopia são necessários para avaliar a possibilidade de usar o extrato para a profilaxia e/ou o tratamento das úlceras gástricas em equinos.


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