scholarly journals Biología esqueletal de los primeros americanos

2007 ◽  
Author(s):  
◽  
Silvia Cornero

Del proceso evolutivo humano resultan continuas modificaciones, que son producto de las relaciones del grupo con el medio particular que habita e interactúa produciendo, con el correr de los milenios, distintos desarrollos regionales, representados en la diversidad bio-cultural. El estudio de la biología esqueletal de poblaciones prehistóricas posibilita inferir la magnitud de las fuerzas que ejercieron las presiones selectivas del ambiente y su impacto en el grupo. Esta investigación aborda, desde el análisis del registro biológico en su contexto ambiental y cultural, el relevamiento de indicadores óseos de salud y enfermedad. La salud constituye un efecto de la relación población-medio y, por lo tanto, un factor significativo para el análisis de calidad de vida biológica de las poblaciones humanas. Se contemplan, en primera instancia, las consideraciones teóricas básicas y el desarrollo de la conformación del pensamiento bioantropológico respecto de estilo y calidad de vida en la prehistoria. Basado en estos principios se presenta este trabajo, cuyo objetivo es caracterizar el impacto de distintos tipos de estrés biológico sobre un grupo de cazadores recolectores del paleoindio tardío que habitó los cerrados de la región de Lagoa Santa, en Minas Gerais, Brasil Central. La muestra ósea estudiada proviene de una excavación efectuada en Santana do Riacho por Andre Prous, de la Universidad de Minas Gerais, en 1979. Posteriormente fue curada por Walter Neves, de la Universidad de Sao Paulo. Santana do Riacho es un sitio del paleoindio tardío con intensa actividad funeraria. Fueron hallados 28 enterratorios y vestigios orgánicos y tecnológicos. Los esqueletos humanos, correspondientes a 40 individuos, se ubican mayoritariamente entre los 8.000 y 8.500 años de antigüedad. Se seleccionaron como indicadores de salud, la estatura y el dimorfismo sexual, los cuales aportan información respecto del proceso de crecimiento y desarrollo que experimentó el grupo. Como indicadores de patologías óseas se consideraron: hiploplasia dental, hiperostosis porótica / cribra orbitalia, infecciones inespecíficas y específicas, caries, periodontitis, traumas, nódulos de Schmorl, osteoartritis y osteofitosis vertebral. Estos indicadores fueron tomados de acuerdo con las posibilidades que ofrecía la muestra. Se efectuaron las consideraciones teóricas para cada indicador y se presentaron otros casos de poblaciones cazadoras recolectoras, horticultoras y agricultoras. La finalidad de este estudio comparativo es obtener parámetros de referencia que permitan describir contextualmente la situación adaptativa del grupo en estudio. Si bien los grupos control considerados no expusieron todos los indicadores seleccionados, pudo hacerse un estudio pormenorizado, en ajuste a las particularidades de las colecciones y a los objetivos de cada investigación. La consulta bibliográfica se orientó hacia la búsqueda de casos que coincidieran, por un lado en las metodologías empleadas, y por el otro, con los parámetros de estudio seleccionados para este trabajo.

Laborare ◽  
2020 ◽  
Vol 3 (5) ◽  
pp. 3-6
Author(s):  
Os Editores

A "terra arrasada" é uma estratégia militar em que um exército em retirada destrói suas cidades e recursos para que os inimigos nada encontrem para se aproveitar. Os russos assim fizeram contra Napoleão e Hitler. No Brasil pós-golpe de 2016, a estratégia da "terra arrasada" ganhou novos contornos. Juízes, mídia hegemônica, políticos, empresários e militares passaram a destruir sistematicamente o país como um todo  - da Amazônia às políticas sociais,  empresas de infraestrutura, reservas de petróleo,  empregos, direito à alimentação, renda básica, direitos trabalhistas e previdenciários, SUS, Educação etc. Transformaram nosso país em pária internacional e os brasileiros amargam a vergonha de um governo serviçal dos Estados Unidos e negacionista em relação à Ciência e à História. Até que 2020 termine, o Brasil poderá ter 200 mil mortos em consequência da pandemia de COVID-19 e da irresponsabilidade do governo Bolsonaro, que agiu sempre em favor do vírus, semeando ilusões e mentiras, atrapalhando a ação dos governos estaduais e municipais, atacando a Organização Mundial da Saúde, a desviar o foco das questões essenciais. A estratégia adotada visa aplicar o joelho autoritário sobre o pescoço da Democracia e do nosso povo para que nunca mais se ergam. Mas nosso povo e nosso país vão se reerguer aos poucos. Não há estratégia capaz de vencer para sempre um povo e a Democracia. O processo de reconstrução do país  começará logo após nos libertarmos dessa nau repleta de seres de personalidades desviantes, que pregam o contrário do que fazem na sua vida privada ou pública. Governo das “rachadinhas”, das “flordelis”, do "toma-lá-dá-cá", imoral, genocida, antinacional, antipopular e antidemocrático. Na reconstrução do Brasil, continuaremos a defender a revogação das reformas trabalhista e previdenciária, banir de vez o trabalho infantil e o trabalho escravo, reconstituir as normas de proteção à saúde e segurança do trabalho, combater com firmeza todas as formas de discriminação contra mulheres, negros, índios, idosos, pessoas com deficiência, populações vulneráveis etc. O mundo democrático está de olho e tem esperança que o Brasil ressuscite após este duro período de trevas. A Laborare, veículo de debate científico de iniciativa do Instituto Trabalho Digno, segue seu papel de qualificar a discussão dos temas mais relevantes do mundo do trabalho, sempre convicta que “outro mundo do trabalho” é possível. Nesta edição,  destacamos o primeiro artigo internacional que publicamos  - Maria de Fátima Ferreira Queiróz, Professora Associada da Universidade Federal de São Paulo e Pós-Doutora pela Universidade Nova de Lisboa; João Areosa, Professor da Escola Superior de Ciências Empresariais (ESCE-IPS) e Pesquisador da Universidade Nova de Lisboa; Ricardo Lara, Professor Associado da Universidade Federal de Santa Catarina e Pós-Doutor pela Universidade Nova de Lisboa; e Filipe Gonçalves, Estivador do Porto de Sines – Alentejo - Portugal, nos trazem seu olhar sobre "Estivadores Portugueses - Organização do trabalho e acidentes". Duas operadoras do bom Direito do Trabalho trazem o atualíssimo artigo "Trabalho e Saúde Emocional em tempos de COVID-19". São elas Valdete Souto Severo, pós-doutoranda em Ciências Políticas pela UFRGS/RS e Presidenta da AJD - Associação Juízes para a Democracia; e Isabela Pimentel de Barros, Mestranda em Direito do Trabalho pela UERJ e membra da Comissão Especial de Direito Sindical da OAB/RJ. Valdete Severo é coeditora geral desta revista, mas, ressalte-se, todo o processo editorial do seu artigo se deu sem sua participação, assegurando-se o sistema duplo-cego de avaliação. A questão da violência sexual contra trabalhadora do comércio varejista, enquanto caso de acidente de trabalho de trajeto, é o foco de inquietante artigo das sanitaristas Cátia Andrade Silva de Andrade e Iracema Viterbo Silva, a primeira Doutoranda e a segunda Doutora em Saúde Coletiva pelo Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (ISC/UFBA), ambas profissionais da Vigilância e Atenção à Saúde do Trabalhador da Secretaria de Saúde da Bahia. A desigualdade de gênero e a discriminação contra a mulher é tema que a aplicação do Direito Internacional ainda não conseguiu dar conta. Luis Paulo Ferraz de Oliveira,  Graduando em Direito pela Universidade do Estado da Bahia - UNEB, e Luciano de Oliveira Souza Tourinho, Pós-Doutor em Direitos Humanos pela Universidad de Salamanca (Espanha) e Professor Adjunto de Direito Penal e Direito Processual Penal na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB, em seu artigo, investigam a condição da mulher, procurando contribuir com um "um pensamento jurídico emancipador". Esta edição traz ainda um artigo instigante e atual sobre a Indústria da Moda e sua responsabilidade civil frente ao Trabalho Escravo: Contemporâneo ou Démodé? É a contribuição de Emerson Victor Hugo Costa de Sá e Suzy Elizabeth Cavalcante Koury, o primeiro Doutorando em Direito na Universidade Federal do Pará e Auditor-Fiscal do Trabalho, enquanto a segunda é Doutora em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais e Desembargadora do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região. O Trabalho Escravo é também o tema do artigo de Maurício Krepsky Fagundes, abordando o desafio da Inspeção do Trabalho na promoção do trabalho digno em plena pandemia de COVID-19. Maurício é Auditor-fiscal do Trabalho e chefia a Divisão de Fiscalização para Erradicação do Trabalho Escravo (DETRAE) e o Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM). A foto da capa desta edição foi cedida pelo autor através do DETRAE e foi feita em recente operação, com a concordância da jovem trabalhadora. Esta é a Laborare a serviço da qualificação do debate científico para promoção do Trabalho Digno. Seguimos em frente semeando aos ventos para colher esperanças. Como diz, o tantas vezes premiado Francisco Buarque de Holanda, o Chico, em sua canção de 1972: “Ouça um bom conselhoQue eu lhe dou de graçaInútil dormir que a dor não passaEspere sentadoOu você se cansaEstá provado, quem espera nunca alcança”. (...) “Eu semeio o ventoNa minha cidadeVou pra rua e bebo a tempestade" Sigamos de cabeça erguida. OS EDITORES


2012 ◽  
Vol 9 (2) ◽  
Author(s):  
Zephyr Frank

O Oitocentos, especialmente antes da década de 1880, são vistos como um período de crescimento lento ou de estagnação de boa parte da economia brasileira. Ao longo das últimas três décadas, tal interpretação vem sendo revista por estudiosos da História Econômica, em particular com relação ao Sudeste. Este artigo utiliza inventários post mortem e outras fontes quantitativas para detectar se houve ou não crescimento real da riqueza em três localidades do Sudeste: a cidade do Rio de Janeiro, a região do Rio das Mortes, nas Minas Gerais, e a cidade de São Paulo. A evidência indica que o nível de riqueza real era mais alto à época da independência e aumentava mais rapidamente que admitiam os estudos tradicionais, focados na estagnação econômica da primeira metade do século XIX. Concomitantemente, a desigualdade econômica também aumentou. Incluíam-se entre as fontes do crescimento o melhoramento das instituições econômicas, um grande mercado de crédito informal e o incremento da demanda  centrada nas cidades e centros urbanos menores.


2011 ◽  
Vol 8 (1) ◽  
Author(s):  
Vanderci De Andrade Aguilera ◽  
Helen Cristina da Silva

O fato de sociolinguistas considerarem o / r / retroflexo ou caipira como estereótipo, uma forma estigmatizada pelos falantes do Português Brasileiro (Tarallo, 1985), e esta variante de rótico estar distribuída, principalmente, pelo interior de São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul, parte dos estados do Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais, nos leva a indagar se essa variante, em posição de coda silábica, está perdendo espaço para outros registros de rótico no PB. Para responder a questão, propomos um estudo acerca da ocorrência do / r /retroflexo na fala sul mineira, alicerçado em dois corpora: o primeiro constituído dos registros nas cartas do Esboço de um Atlas Linguístico de Minas Gerais -- EALMG -- (Ribeiro et al., 1977), em 51 municípios; e o segundo, com os dados coletados recentemente para o Atlas Linguístico do Brasil (ALiB), em Lavras, no sul de Minas Gerais, localidade em que o / r / retroflexo era bastante produtivo no atlas de 1977. Passados mais de 30 anos entre ambas as recolhas, propomos: (i) verificar, nas respostas dadas aos Q uestionários Fonético-Fonológico (QFF) do ALiB, nessa localidade, a manutenção e / ou mudanças que possam ter ocorrido em relação à frequência de uso do / r / retroflexo; (ii) discutir, à luz dos pressupostos teórico-metodológicos da Sociolinguística Variacionista, as possíveis causas da manutenção ou da mudança no registro oral dos falantes atuais no que se refere ao / r / retroflexo, tendo em conta variáveis linguísticas e extralinguísticas.


2019 ◽  
Vol 10 (3) ◽  
Author(s):  
Larissa Giovanna Cazella ◽  
Letícia Yamawaka De Almeida ◽  
Jaqueline Lemos De Oliveira ◽  
Ana Carolina Guidorizzi Zanetti ◽  
Jacqueline De Souza

Objetivo: analisar as características sociodemográficas associadas à percepção da qualidade de vida de mulheres atendidas na atenção primária. Metodologia: estudo transversal, quantitativo, desenvolvido com 113 mulheres em uma unidade de saúde do interior de São Paulo. Utilizou-se um questionário sociodemográfico e a versão abreviada do instrumento de avaliação de qualidade de vida. Para análise dos dados, foram empreendidos testes de associação. Resultados: a maioria das participantes era de classes sociais menos favorecidas e apresentava boa percepção de qualidade de vida e saúde. Os fatores renda, escolaridade e idade foram os mais relevantes na associação com a qualidade de vida. Conclusão: Apesar de mencionarem boa qualidade de vida e saúde, foram identificados piores resultados nos domínios físicos, psicológicos e meio ambiente.  Os achados reforçam a necessidade de que as ações de saúde estejam contextualizadas aos aspectos sociais/territoriais e vinculadas a políticas mais amplas de redução da vulnerabilidade social. WOMEN'S QUALITY OF LIFE AND ASSOCIATED SOCIO DEMOGRAPHIC CHARACTERISTICSObjective: to analyze the sociodemographic characteristics associated to the perception of the quality of life of the women attended in the Primary Health Care. Methodology: this cross-sectional quantitative study was carried out with 113 women aged 20 to 65 years in a health unit in the interior of São Paulo. A sociodemographic questionnaire and the abbreviated version of the WHOQOL-bref quality of life assessment instrument were used. For data analysis, association tests were undertaken. Results: the majority of participants were from less favored social classes and had a good perception of quality of life and health. The factors income, schooling and age were the most relevant in the association with quality of life. Conclusion: in view of the sociodemographic characteristics associated with quality of life in the present study, it is emphasized that health actions should be linked to broader policies to reduce social vulnerability, enabling empowerment strategies and, above all, increasing women's access to education and income.Descriptors: Quality of Life; Health Centers; Social Vulnerability; Women; Primary Health Care.CALIDAD DE VIDA DE LAS MUJERES Y LAS CARACTERÍSTICAS SOCIODEMOGRÁFICAS ASSOCIADASObjetivo: analizar las características sociodemográficas asociadas a la percepción de la calidad de vida de mujeres que acuden a atención primaria. Métodos: este estudio cuantitativo transversal se realizó con 113 mujeres de 20 a 65 años en una unidad de salud en el interior de São Paulo. Se utilizó un cuestionario sociodemográfico y la versión abreviada del instrumento de evaluación de calidad de vida WHOQOL-bref. Para el análisis de los datos, se realizaron pruebas de asociación. Resultados: la mayoría de los participantes provenían de clases sociales más bajas y tenían una buena percepción de la calidad de vida y la salud. Los factores ingresos, educación y edad fueron los más relevantes en asociación con la calidad de vida. Conclusión: en vista de las características sociodemográficas asociadas con la calidad de vida en el presente estudio, se enfatiza que las acciones de salud están vinculadas a políticas más amplias para reducir la vulnerabilidad social, permitiendo estrategias de empoderamiento y, sobre todo, aumentando el acceso de las mujeres a educación e ingresos.Descriptores: Calidad de Vida; Centros de Salud; Vulnerabilidad Social; Mujeres; Atención Primaria de Salud.


2009 ◽  
Vol 43 (1) ◽  
pp. 207-227 ◽  
Author(s):  
Alceu de Castro Galvão Junior ◽  
Sandra Regina Nishio ◽  
Beatriz Baraúna Bouvier ◽  
Frederico Araujo Turolla

Este artigo analisa os marcos regulatórios estaduais para o setor de saneamento básico. A pesquisa documental identificou a presença de leis estaduais em apenas cinco estados (São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte e Goiás). Os marcos legais estaduais são descritos quanto a um conjunto de atributos ou funções selecionadas: universalização, instrumentos financeiros, regulação e controle social. A principal conclusão é que o desenvolvimento dessas políticas, assim como sua regulamentação, encontra-se em estágio incipiente e poderá receber impulso com aprovação de nova lei federal de dezembro de 2006.


1990 ◽  
Vol 24 (5) ◽  
pp. 373-379 ◽  
Author(s):  
Adelaide José Vaz ◽  
Elvira Maria Guerra ◽  
Luzia Cristina Contim Ferratto ◽  
Leiliana Aparecida Stoppa de Toledo ◽  
Raymundo Soares de Azevedo Neto
Keyword(s):  

Alguns testes sorológicos têm sido utilizados para detectar, indiretamente, a presença de possíveis agentes etiológicos infecciosos durante a gestação, que sendo transmitidos ao feto, por via placentária, causam infecções congênitas com seqüelas leves ou graves e até morte fetal. Foram estudadas 481 gestantes, com idade média de 24,5 anos (de 14 a 46 anos), atendidas em primeira consulta nos Centros de Saúde, na Cidade de São Paulo, SP (Brasil) no período de abril a outubro de 1988. Segundo o trimestre gestacional, 230 pacientes (47,8%) estavam no primeiro trimestre; 203 (42,2%) no 2º e 48 (10,0%) no 3º. Das 474 pacientes que declararam algum tipo de renda mensal, 309 (65,2%) pertenciam a familias com renda até 1 SMPC (salário mínimo per capita) e somente 15 (3,2%) pertenciam a famílias com renda superior a 3 SMPC, caracterizando o baixo nível econômico das gestantes. Das 481 pacientes 159 (33,1%) eram nascidas no Estado de São Paulo e as 322 (66,9%) restantes eram imigrantes procedentes de outros Estados, destacando-se Bahia (23,1%); Minas Gerais (11,4%); Paraná (7,5%); Paraíba (5,4%) e Pernambuco(5,4%). Foram realizados testes imunodiagnósticos para sífilis, toxoplasmose e doença de Chagas. Foram observados resultados positivos para sífilis em 25 gestantes (5,2%). Para toxoplasmose, 157 (32,4%) não tinham anticorpos em nível detectável e 67 (13,9%) apresentaram títulos elevados, indicativos de infecção ativa, das quais em 6 (10,3%) foram detectados anticorpos da classe IgM. Para doença de Chagas foram encontrados anticorpos específicos em 14 (2,9%) gestantes, sendo que destas, 10 (71,4%) eram procedentes da Bahia e Minas Gerais.


1986 ◽  
Vol 28 (5) ◽  
pp. 287-292 ◽  
Author(s):  
Cecília Pereira de Souza

Caramujos do gênero Biomphalaria das espécies B. tenagophila e B. straminea, descendentes de exemplares coletados em oito municípios mineiros, foram infectados com Schistosoma, mansoni das cepas LE e SJ. As taxas de infecção experimenta] variaram de 0 a 28% para B. tenagophila e de 0 a 21% para B. straminea. Esses resultados foram confrontados com os obtidos anteriormente por vários autores, mostrando que mais de 70% dentre 32 populações (doze de B. tenagophila e vinte de B. straminea) de Minas Gerais, foram suscetíveis experimentalmente a S. mansoni. Os dados experimentais, aliados a relatos de encontro de B. tenagophila e B. straminea com infecção natural por S. mansoni em quatro localidades a partir de 1982, parecem indicar que nessas regiões existem condições favoráveis de pré-adaptação ao parasitismo, a exemplo do que ocorreu no nordeste brasileiro e em São Paulo, pois, anteriormente moluscos dessas espécies não foram encontrados com infecção natural pelo trematúdeo em Minas Gerais. Estes dados são importantes para o controle da disseminação da esquistossomose em áreas indenes, tendo em vista a vasta distribuição das duas espécies no Brasil.


2009 ◽  
Vol 61 (4) ◽  
pp. 968-979 ◽  
Author(s):  
M.C.G.R. Lage ◽  
J.A.G. Bergmann ◽  
A.M. Procópio ◽  
J.C.C. Pereira ◽  
J. Biondini
Keyword(s):  

Foram analisadas 12 medidas de comprimento dos ossos, duas medidas de altura, duas medidas de perímetro e 11 medidas de ângulos articulares) de 169 equinos da raça Mangalarga Marchador, de ambos os sexos (82% de fêmeas), com idades entre 35 e 269 meses, de 11 criatórios do Estado de Minas Gerais e cinco de São Paulo. Os efeitos de estado e criatório de origem, tipo de criação (baia ou pasto), idade e sexo sobre essas características foram avaliados pelo método dos quadrados mínimos, e as associações entre as características foram quantificadas por meio da correlação de resíduos. Os modelos justificaram pouco da variação observada, com coeficientes de determinação variando de 0,09 a 0,48 para as medidas lineares e de 0,11 a 0,44 para as medidas angulares. Estado e criatório de origem, sexo, idade e tipo de criação foram importantes fontes de variação, respectivamente para 13 (48,1%), 12 (44,4%), seis (22,2%), quatro (14,8%) e três (11,1%) das 27 características avaliadas. As correlações de resíduo entre as características indicaram que a escolha de animais com úmero de maior comprimento está associada a animais com membros torácicos e pélvicos mais longos e que a escolha de animais a partir do tamanho dos membros acarretará concomitante incremento na altura da cernelha e na garupa e do perímetro da canela e torácico. Ainda, a escolha dos animais considerando as medidas dos ângulos metacarpofalangeano e dedo torácico com a horizontal refletirá positivamente na altura da cernelha e da garupa.


2006 ◽  
Vol 22 (5) ◽  
pp. 1027-1034 ◽  
Author(s):  
Carlos Eduardo Bozelli ◽  
Silvana Marques de Araújo ◽  
Ana Lúcia Falavigna Guilherme ◽  
Mônica Lúcia Gomes
Keyword(s):  

Este trabalho descreveu o perfil clínico-epidemiológico de pacientes com doença de Chagas atendidos no ambulatório e na internação do Hospital Universitário de Maringá (HUM), Paraná, Brasil, entre maio de 1998 a maio de 2003. A média de idade foi maior no serviço de internação (p < 0,000). O sexo masculino predominou entre os internados e o feminino entre os ambulatoriais (p = 0,0033). De 95 pacientes, 60% nasceram em Minas Gerais e São Paulo e 25,3% no Paraná. A história familiar para doença de Chagas foi positiva em 68,9% deles e 53,3% relataram a presença de triatomíneos no domicílio. Em ordem decrescente ocorreram as formas clínicas cardíaca, digestiva, indeterminada e cardiodigestiva. A forma indeterminada prevaleceu entre os ambulatoriais e as formas cardíaca e digestiva entre os internados. As complicações crônicas cardíacas e digestivas foram as principais queixas para a internação. Destacam-se os altos percentuais de doença cardíaca (38,9%) e digestiva (26,3%) encontrados neste estudo, de forma distinta ao que acontece em outras regiões geográficas. O HUM disponibiliza o tratamento sintomático dessas complicações e não prioriza o tratamento etiológico mesmo para pacientes em fase indeterminada.


Bragantia ◽  
1956 ◽  
Vol 15 (unico) ◽  
pp. 193-250 ◽  
Author(s):  
Rudolf Schröder

O presente trabalho trata da distribuição local e sazonal das chuvas no Estado de São Paulo. Serviram de base para sua elaboração os valores da precipitação de 249 postos pluviométricos, cuja distribuição exata é dada numa carta (fig. 4). Descrevemos detalhadamente o material utilizado, comparando-o com séries de observações mais longas de alguns postos pluviométricos, dando atenção especial à decomposição do valor médio. A. descrição da precipitação pluviométrica anual é ordenada segundo os grandes grupos de paisagens geográficas do Estado de São Paulo, como seguem: região costeira, com as paisagens do litoral de S. Sebastião, Santos, Iguapé e Alto do Ribeira; região do Planalto Paulista, que se estende da Serra do Mar até o Rio Paraná; região montanhosa, da Serra da Mantiqueira; e, finalmente, região do Vale do Paraíba, que se apresenta com um caráter próprio em relação às chuvas. Tratando-se de um trabalho para fins agrícolas, as isoiêtas entre 1.000 e 1.500 mm estão representadas com intervalos de 100 mm, e aquelas de 1.500 a 1.700 mm, com intervalos de 200 mm; a partir de 1.700 o intervalo é de 300 mm. E como as chuvas anuais, a partir de 2.000 mm são menos importantes para a agricultura do Estado, daí até 3.000 mm estabelecemos o intervalo de 1.000 mm. Os perfis de precipitação, de Iguapé até o Rio Grande e do Estado do Paraná até o de Minas Gerais, dão-nos conhecimento de que a quantidade de chuva e sua distribuição sazonal varia desde a costa até o interior, c do Estado do Paraná até o de Minas Gerais. Em ambos os perfis acha-se delimitada a "pequena estação chuvosa hibernal". Outrossim, consideramos apenas duas estações do ano, seis meses de inverno, seco e fresco, e seis meses de verão, chuvoso e quente. Grande parte do trabalho encerra o estudo das precipitações mensais, segundo a sua decomposição em pluviogramas. O número de dias chuvosos, a densidade pluviométrica e a probabilidade de chuvas, de cerca de 30 postos escolhidos pela qualidade e confiança das séries longas de observações, são analisados, bem como o quociente de oscilação entre a maior e a menor quantidade de precipitações.


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