Influência do comportamento alimentar e da imagem corporal na autoestima de indivíduos

2021 ◽  
Vol 2 (1) ◽  
pp. 94-105
Author(s):  
Marcella Cantanhêde de Oliveira Cruz ◽  
Letícia Pereira Campos ◽  
Dayanne Da Costa Maynard

Com o passar dos anos, os hábitos alimentares e o consumo alimentar ganharam uma nova forma e passaram a impactar em novas escolhas alimentares, uma vez que o ato de se alimentar sugere um momento de prazer e nutrição, o tipo de comportamento alimentar pode se referir a um momento de escape de emoções descontroladas podendo estar associado a transtornos alimentares. Com isso, a imagem corporal, principalmente após a evolução da mídia, representa um grande reconhecimento social que leva a interpretação de felicidade, confiança e autoestima. O presente estudo teve como objetivo principal, avaliar a percepção de satisfação com a imagem corporal e comportamento alimentar correlacionado a autoestima de adultos, voltado para uma pesquisa do tipo transversal e descritiva, avaliada por meio de questionários aprovados e publicados, sendo eles BSQ (Body Shape Questionnaire), Escala de Silhueta de Kakeshita, EAT-26 (Eating Attitudes Test) e Escala de Rosenberg. A amostra foi composta por 306 participantes, onde foi constatado que 36,3% da amostra encontra-se em excesso de peso (sobrepeso e obesidade) e 52% da amostra apresentam algum grau de insatisfação corporal. O público masculino na sua maioria apresenta estado de sobrepeso/obesidade, porém não demonstram insatisfação com o corpo se comparado com o público feminino que apresentou 45,4% para algum tipo de insatisfação corporal. Observou-se neste estudo, que 88,6% de todos os adultos estão com a autoestima baixa e que apenas 11,4% apresentam a autoestima elevada. Na coleta, dos 271 participantes com autoestima baixa, 26,6% apresentam maior risco para Transtorno Alimentar de acordo com o EAT-26. Portanto, é possível concluir que existe uma relação direta entre distorção de imagem corporal e baixa autoestima, como também, há uma maior relação entre risco de transtorno alimentar no público feminino.

2011 ◽  
Vol 27 (2) ◽  
pp. 195-198 ◽  
Author(s):  
Alex Aigner de Souza ◽  
José Carlos Souza ◽  
Ester Shiori Hirai ◽  
Helena de Almeida Luciano ◽  
Neomar Souza

Detectar as prevalências indicativas de Anorexia e Bulimia em estudantes universitárias, considerando estado civil, curso, IMC, depressão e atividade física. Aplicaram-se em 352 alunas o Eating Attitudes Test (EAT-26) e o Body Shape Questionnaire (BSQ). O curso de nutrição apresentou maior prevalência positiva de Anorexia (20,2%), as pessoas com depressão (23,2%) e praticantes de atividade física (19,2%). A Terapia Ocupacional e não praticantes apresentaram maior prevalência negativa. Quanto à Bulimia, as pessoas obesas (35,7%) e com sobre peso (21,1%) apresentaram preocupação grave com a imagem corporal; as pessoas abaixo do peso não apresentaram (93,8%). O curso de nutrição apresentou maior prevalência indicativa de Anorexia; e pessoas com depressão tendem a resultados piores nos dois instrumentos.


2012 ◽  
Vol 17 (12) ◽  
pp. 3399-3406 ◽  
Author(s):  
Janiara David Silva ◽  
Amanda Bertolini de Jesus Silva ◽  
Aihancreson Vaz Kirchoff de Oliveira ◽  
Aline Silva de Aguiar Nemer

Avaliar a relação entre a alteração do comportamento alimentar, associado à insatisfação com a imagem corporal, e o estado nutricional de universitárias de Nutrição. Realizou-se um estudo transversal com 175 universitárias do Curso de Nutrição (ENUT/UFOP). Foram aplicados os questionários Eating Attitudes Test-26 (EAT-26) e o Body Shape Questionare (BSQ) e realizadas medidas antropométricas. 21,7% das estudantes apresentaram alto risco para transtornos alimentares e 13,7% apresentaram insatisfação com a imagem corporal. A maioria das estudantes com BSQ e EAT-26 positivos estava eutrófica. As estudantes com excesso de peso, aumento do percentual de gordura corporal (% GC) e do perímetro da cintura (PC) apresentaram risco 5 a 9 vezes maiores de alteração do comportamento alimentar. Houve associação positiva entre os parâmetros antropométricos com a pontuação dos questionários EAT-26 e BSQ. Futuras nutricionistas com excesso de peso apresentaram maior risco de estarem insatisfeitas com a sua imagem corporal e de desenvolverem transtornos alimentares. A utilização de outros parâmetros antropométricos, além do IMC, pode ser útil na triagem de indivíduos suscetíveis ao surgimento de preocupações excessivas com o peso corporal e a alimentação.


2013 ◽  
Vol 31 (2) ◽  
pp. 182-188 ◽  
Author(s):  
Leonardo de Sousa Fortes ◽  
Ana Carolina S. Amaral ◽  
Sebastião de Sousa Almeida ◽  
Maria Elisa C. Ferreira

OBJETIVO: Averiguar a associação da insatisfação corporal (IC), do grau de comprometimento psicológico ao exercício (GCPE), do nível habitual de atividade física (NAF), do índice de massa corpórea (IMC), do percentual de gordura (%G) e da etnia com o comportamento alimentar inadequado (CAI) de adolescentes. MÉTODOS: Investigação transversal, da qual participaram 362 jovens de ambos os sexos, com idades entre dez e 19 anos, selecionados por amostragem estratificada. O Eating Attitudes Test (EAT-26) foi utilizado para avaliar o CAI. Ademais, utilizou-se o Body Shape Questionnaire, a Commitment Exercise Scale e o International Physical Activity Questionnaire para avaliar IC, GCPE e NAF, respectivamente. Conduziu-se análise multivariada e regressão múltipla para se analisarem os dados. RESULTADOS: Os resultados evidenciaram que a IC, o GCPE, o IMC e o %G associaram-se significativamente (p<0,05) com os escores das subescalas do EAT-26, tanto no sexo feminino, quanto no masculino. Os valores indicativos dessas associações foram diferentes entre os sexos. CONCLUSÕES: a insatisfação corporal e o IMC parecem ser os fatores mais fortemente associados aos distintos construtos do comportamento alimentar em ambos os sexos.


2003 ◽  
Vol 9 (6) ◽  
pp. 348-356 ◽  
Author(s):  
Fátima Palha de Oliveira ◽  
Maria Lúcia Magalhães Bosi ◽  
Patrícia dos Santos Vigário ◽  
Renata da Silva Vieira

O ambiente esportivo pode ser um meio ampliador de pressões socioculturais motivadas pelo ideal de corpo magro. A presente investigação teve o objetivo de verificar a presença de comportamentos sugestivos de transtornos do comportamento alimentar (TCAs), de alterações na imagem corporal e de disfunções menstruais em atletas da EEFD-UFRJ. Foram avaliadas 12 atletas do sexo feminino (20 ± 2,0 anos) com 4,6 ± 2,3 anos de treinamento (13,8 ± 2,9h/semana) e seus resultados foram comparados com os de 32 jovens não-atletas (15,0 ± 1,4 ano). A avaliação de atitudes e comportamentos relacionados com a alimentação e o controle de peso foi realizada pelo Eating Attitudes Test (EAT-26), a existência de comportamentos sugestivos de bulimia nervosa pelo Bulimic Investigatory Test Edimburgh (BITE) e o grau de insatisfação com a imagem corporal pelo Body Shape Questionnaire (BSQ). Esses são instrumentos de auto-aplicação e foram usados na versão em português. As atletas apresentavam massa corporal total de 59 ± 7,3kg, estatura de 1,65 ± 0,03m, percentual de gordura corporal (%G) 23,1 ± 4,1% e índice de massa corporal (IMC) de 21,6 ± 2,3kg/m². O BSQ apontou que 33% das atletas apresentam leve distorção da imagem corporal mesmo estando com valores para gordura corporal dentro de padrões esperados para a idade e sexo. O BITE apontou 16,6% das atletas com padrão alimentar não-usual na escala de sintomas, sem que estas apresentassem expressão na escala de gravidade. As atletas com padrão alimentar não-usual estão incluídas no total sugestivo de distorção de imagem corporal. O EAT-26 exibiu resultado negativo para todas as atletas. Os resultados encontrados na análise sugerem a presença de sintomas que não caracterizam, precisamente, a bulimia nervosa ou a anorexia nervosa, mas ressaltam a necessidade de avaliação e vigilância mais criteriosas da existência de TCA e seus precursores no ambiente esportivo, como forma de prevenção.


2012 ◽  
Vol 26 (3) ◽  
pp. 447-454 ◽  
Author(s):  
Leonardo de Sousa Fortes ◽  
Marcelo de Oliveira Matta ◽  
Santiago Tavares Paes ◽  
Maria Elisa Caputo Ferreira

O comportamento alimentar inadequado (CAI) parece estar associado a diversos fatores. No entanto, a população de atletas, principalmente do sexo masculino, é carente de investigações deste tipo. O objetivo do presente estudo foi identificar fatores de risco para o CAI em jovens futebolistas. Foram avaliados 271 futebolistas de Juiz de Fora/MG. Avaliou-se o CAI mediante aplicação do Eating Attitudes Test (EAT-26). A insatisfação corporal foi verificada por intermédio do Body Shape Questionnaire. Aferiu-se massa corporal e estatura para calcular-se o índice de massa corporal, além de dobras cutâneas com o propósito de estimar a adiposidade corporal. Conduziu-se regressão logística binária para avaliar riscos sobre o CAI, incutindo nível de significância de 5%. Observou-se que somente a insatisfação corporal manteve-se associada ao CAI, tanto no modelo simples, quanto no ajustado para todas as variáveis (p < 0,05). Concluiu-se que a insatisfação corporal apresentou riscos para a manifestação do CAI.


2021 ◽  
Vol 10 (14) ◽  
pp. e248101421686
Author(s):  
Bárbara Helena da Silva Guerra Espíndola ◽  
Letícia Corrêa Bittencourt ◽  
Mayara Letícia Lindolfo ◽  
Matheus Diniz Gonçalves Coêlho ◽  
Gislene Ferreira

O comportamento alimentar sofre influência de diversos fatores, sejam psicológicos e emocionais, ou socioeconômicos, onde o estilo de vida norteia a alimentação. O ingresso na vida acadêmica universitária aflora ainda mais essas emoções, devido à pressão para a adequação do corpo dentro dos padrões impostos, somado às expectativas de um bom desempenho profissional, principalmente em estudantes da área da nutrição. O objetivo deste trabalho foi analisar mudança comportamental dos acadêmicos de nutrição com o decorrer do curso, em relação aos hábitos alimentares e estilo de vida. Foram avaliados 37 estudantes de nutrição, de uma instituição privada, na cidade de Pindamonhangaba – São Paulo, matriculados em diferentes períodos. Foram aplicados os questionários Eating Attitudes Test - EAT-26 e Body Shape Questionnaire – BSQ, para análise de transtornos alimentares e distorção da imagem corporal, respectivamente, bem como, um questionário de frequência de consumo alimentar e outro contendo questões pessoais, sobre o perfil social e estilo de vida. Fez-se análise descritiva e estatística dos resultados, para verificar associação da mudança comportamental dos hábitos alimentares e estilo de vida dos acadêmicos de nutrição com o decorrer do curso. Apesar de encontrar transtorno alimentar leve e distorção da imagem corporal em todos os períodos, não houve diferença significativa entre as turmas avaliadas e nem presença significativa destes transtornos no grupo. No entanto, os hábitos alimentares, e consequentemente, o estado nutricional da maioria destes universitários se encontram adequados, fato que pode ter sido influenciado pela aquisição de novos conhecimentos na área.


2020 ◽  
Vol 42 (3) ◽  
Author(s):  
Ana Paula Fernandes Gomes ◽  
Nayara Sanson de Souza ◽  
Shenara Lamberg Vidal ◽  
Marcelo Castanheira

A adolescência é caracterizada pelo rápido crescimento e desenvolvimento, fase em que o corpo assume lugar de destaque pelas transformações na imagem. O confrontamento com essas mudanças pode levar ao desenvolvimento de insatisfações, resultando em desordens no comportamento alimentar. Buscou-se identificar fatores antropométricos relacionados a possíveis insatisfações corporais em estudantes no Rio de Janeiro. Foram analisadas as informações do banco de dados de um estudo transversal, realizado em 2013, com 111 estudantes dos sexos feminino e masculino, entre 10 e 19 anos, de duas escolas de Ensino Médio: peso, estatura e Índice de Massa Corporal (IMC), sexo, idade, escores do Body Shape Questionnaire (BSQ-34) e do Eating Attitudes Test (EAT-26). Empregou-se o teste Anova, a fim de analisar diferenças entre as médias de pontuação do BSQ, além do coeficiente de Pearson para comparar os escores de BSQ e EAT, entre si e com as variáveis antropométricas. A média do IMC foi semelhante em ambos os sexos. As meninas obtiveram maior grau de insatisfação com a imagem, assim como também apresentaram maior valor de escore no teste de atitudes alimentares inadequadas. Embora ambos os sexos tenham apresentado correlação entre o IMC e insatisfação com a imagem (p < 0,01), apenas nos meninos foi observada relação entre a variável estatura e a insatisfação (p < 0,01). A elevação do IMC, em ambos os sexos, e a ocorrência de baixa estatura, no sexo masculino, destacaram-se como fatores cruciais para a elevação da insatisfação. Tais fatores devem ser investigados como influenciadores da insatisfação e, possivelmente, do desenvolvimento de transtornos alimentares. Palavras-chave: Comportamento do adolescente. Antropometria. Fatores de risco. Imagem corporal.


2018 ◽  
Vol 13 (1) ◽  
Author(s):  
Raimunda Gerlane Lima Maia ◽  
Bárbara De Cerqueira Fiorio ◽  
Juliana Zani De Almeida ◽  
Francisco Regis Da Silva

Transtornos alimentares tendem a ocorrer entre mulheres jovens, colocando universitárias como grupo de risco. Este estudo objetivou avaliar o estado nutricional agregado à percepção da imagem corporal e ao comportamento alimentar de estudantes do sexo feminino do curso de Nutrição. Trata-se de estudo transversal, do tipo descritivo e analítico, com amostra aleatória representativa, que utilizou o índice de massa corporal (IMC) autorreferido; o Body Shape Questionnaire (BSQ); o Bulimic Investigatory Test Edinburg (BITE); e o Eating Attitudes Test (EAT-26). Foram empregadas análises descritivas de média ± desvio padrão (DP) e frequências simples e relativas. Para a análise de diferenças estatísticas, utilizou-se a análise de variância (Anova), e o nível de significância entre os grupos foi determinado pelo teste de Turkey, com nível de significância p<0,05. As médias ± DP de idade e IMC foram 23 ± 4 anos e 23,39 ± 4,01, respectivamente. As prevalências foram: 46,14% apresentaram distorção da imagem corporal pelo BSQ; 9,62% tiveram risco de desenvolver distúrbios alimentares pelo EAT-26; e 15,38% expressaram comportamento alimentar anormal. Na população estudada, há grande preocupação com o corpo, o que demonstra influência da pressão sociocultural nesse grupo.DOI: 10.12957/demetra.2018.30654


2012 ◽  
Vol 61 (3) ◽  
pp. 148-153 ◽  
Author(s):  
Leonardo de Sousa Fortes ◽  
Flávio Garcia de Oliveira ◽  
Maria Elisa Caputo Ferreira

OBJETIVO: O objetivo do estudo foi analisar a influência de diversos fatores sobre o comportamento alimentar inadequado (CAI) em jovens atletas femininas. MÉTODOS: Participaram 116 esportistas. Avaliou-se o CAI mediante aplicação do Eating Attitudes Test (EAT-26). A insatisfação corporal e o comprometimento psicológico ao exercício foram avaliados pelo Body Shape Questionnaire e pelo Commitment Exercise Scale, respectivamente. O nível econômico foi obtido pelo "Critério de Classificação Econômica Brasil". Aferiram-se peso e estatura para calcular o índice de massa corporal (IMC) e dobras cutâneas para estimar o percentual de gordura. Conduziu-se regressão linear múltipla utilizando o software SPSS 17.0 e adotando nível de significância de 5%. RESULTADO: A insatisfação corporal, seguida do percentual de gordura, foram as únicas variáveis que modularam as pontuações do EAT-26. Contudo, o modelo de regressão linear múltipla explicou um terço da variância do CAI nessas esportistas. CONCLUSÃO: Concluiu-se que o CAI de atletas femininas foi influenciado basicamente pela insatisfação corporal.


2013 ◽  
Vol 18 (11) ◽  
pp. 3301-3310 ◽  
Author(s):  
Leonardo de Sousa Fortes ◽  
Ana Carolina Soares Amaral ◽  
Sebastião de Sousa Almeida ◽  
Maria Elisa Caputo Ferreira

Pesquisadores sugerem que o comportamento alimentar inadequado (CAI) em jovens pode sofrer influências de diversos fatores. No entanto, os resultados têm sido controversos. Deste modo, o objetivo do presente estudo foi averiguar os efeitos de insatisfação corporal (IC), grau de comprometimento psicológico ao exercício (GCPE), nível habitual de atividade física (NAF), índice de massa corporal (IMC), percentual de gordura e etnia sobre o CAI de adolescentes. Participaram 362 jovens de ambos os sexos com idades entre 10 e 19 anos. O Eating attitudes test (EAT-26) foi utilizado para avaliar o CAI. Ademais, utilizou-se o Body shape questionnaire, a commitment exercise scale e o International physical activity questionnaire para avaliar IC, GCPE e NAF, respectivamente. Conduziu-se análise multivariada e regressão múltipla para analisar os dados. Os resultados evidenciaram que a IC, o GCPE, IMC e percentual de gordura influenciaram significativamente (p < 0,05) os escores das subescalas do EAT-26, tanto no sexo feminino, quanto no masculino. No entanto, os efeitos das variâncias foram diferentes entre os sexos. Concluiu-se que IC e o IMC foram os principais fatores que promoveram efeitos significativos nos distintos construtos do comportamento alimentar avaliados pelo EAT-26 em ambos os sexos.


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