Competitividade subsetorial e estrutura de capital das empresas brasileiras listadas na B3
A pesquisa teve como objetivo avaliar o impacto da competitividade de mercado na estrutura de capital das firmas brasileiras de capital aberto. Foi analisada uma amostra 296 empresas listadas na B3 durante os anos de 2014 a 2018, totalizando 1.409 observações. A competitividade de mercado para cada empresa/ano foi medida com base no índice de Herfindahl-Hirschman. Utilizou-se dados em painel para se verificar se as variáveis “rentabilidade”, “tamanho”, “composição dos ativos”, “crescimento” e “competição de mercado” têm poder explicativo sobre o “endividamento líquido”. Avaliou-se a aderência do comportamento destas variáveis às previsões das teorias do static trade-off e da pecking order. As constatações apontam para: (i) o nível de competitividade de mercado brasileiro não foi estatisticamente significativo para explicar o comportamento do endividamento das empresas da amostra; e (ii) as variáveis “rentabilidade”, “tamanho” e “composição dos ativos” se mostraram estatisticamente significativas para explicar o “endividamento líquido”, e seu comportamento aponta para uma aderência às expectativas trazidas pela static trade-off theory.