Variação do limite praia duna nos Balneários Mostardense, Mar Grosso, Cassino e Barra do Chuí – RS no intervalo entre 2003-2015
As praias oceânicas arenosas são extremamente vulneráveis tanto aos fatores morfodinâmicos naturais quanto às ações antrópicas. O presente trabalho tem como objetivo quantificar e caracterizar, a partir de uma série temporal de imagens orbitais no intervalo de 2003 - 2015, a variação especial do limite entre a praia e a duna frontal nos Balneários Mostardense, Mar Grosso, Cassino e Barra do Chuí – RS, a fim de estimar se estão em processo de erosão, acresção ou estabilidade. A metodologia foi empregada a partir de uma base cartográfica adquirida no software GoogleEarthPro® e técnicas realizadas nos softwares ArcGis 10.3.1® e ERDAS Imagine 2013®. A variação da linha de costa foi obtida a partir do método polígono de mudança (Change Polygon Method), por meio de uma linha de controle aplicada ao limite praia duna frontal. Para o Balneário Mostardense, entre os anos de 2005 e 2014, se obteve taxa erosiva ao longo da costa. O Balneário Mar Grosso, entre os anos de 2006 e 2015, apresentou variações ao longo dos anos, predominando acresção e desenvolvimento dunar. O Balneário Cassino, entre os anos de 2006 e 2015, apresentou taxas acrescivas bastante significativas, associadas ao grande aporte sedimentar para a praia no período. O Balneário da Barra do Chuí, entre os anos de 2003 e 2013, apresentou taxas erosivas e acrescivas. Porém, segundo evidências no campo, constata-se que esse local está sofrendo processo erosivo. As variações do limite superior de praia, limite praia duna, têm relação com a ação de eventos de alta energia hidrodinâmica, que por vezes erodem as dunas frontais, e processos de recomposição, promovidos pela ação marinha e eólica. Os resultados mostraram também a importância das características locais no contexto da variação da linha de costa