Three women in dark times: Edith Stein, Hannah Arendt, Simone Weil, or Amor fati, amor mundi

2001 ◽  
Vol 38 (11) ◽  
pp. 38-6109-38-6109
Author(s):  
Maria Simone Marinho Nogueira

Minha participação nesta mesa-redonda é fruto de uma provocação. Trata-se de tentar responder a pergunta feita por uma ou outra pessoa da Filosofia: “por que não há mulheres filósofas?”. Na Contemporaneidade, por exemplo, muitas mulheres se destacaram no cenário da filosofia, nomes como o de Hannah Arendt, Simone Weil, Edith Stein e Maria Zambrano são apenas algumas ilustrações de uma escrita que estamos chamando de feminina e que pode e deve ser resgatada. Na Idade Média, meu recorte nesta mesa-redonda, apesar de um maior domínio da figura masculina, também houve um pensamento feminino mais ligado, entretanto, à mística. Encontramos, assim, uma gama de escritoras femininas que, de alguma forma, nos permite pensar numa reescritura da história, sejam seus textos lidos como transgressores, destituídos de sentido ou, simplesmente, escritos mais com o corpo do que com a razão. É o pensamento dessas mulheres que queremos trazer à tona, oferecendo uma possível reflexão sobre saber e poder na Filosofia Medieval.


1994 ◽  
Vol 88 (4) ◽  
pp. 873-886 ◽  
Author(s):  
Mary G. Dietz

From the perspective of quite different theoretical traditions, Simone Weil and Hannah Arendt present nearly identical and equally powerful critiques of technological determinism in modernity. Yet unlike Arendt, Weil develops a concept of work that draws a distinction between technology and instrumental action as “methodical thinking.” As a result, Weil's theory of action embraces something that Arendt's theatrical politics rejects—a concept of liberatory instrumentality, or purposeful performance. I shall reassess some of the inadequacies of Arendt's concept of work and develop Simone Weil's concept of methodical thinking in order to argue for a more neighborly affinity between work:interaction and purposeful:theatrical performance than Arendtian public realm theory, for all its power, currently allows. If such an affinity is possible, then public realm theory might be more adequately equipped to deliver on what I take to be its promise as an emancipatory project in late modernity.


Kalagatos ◽  
2017 ◽  
Vol 14 (2) ◽  
pp. 37
Author(s):  
Giuseppe Cocco ◽  
Marcio Tascheto
Keyword(s):  

O trabalho na metrópole contemporânea, ao mesmo tempo, criou novos mecanismos operacionais e produziu novas subjetividades antagônicas.  No Brasil, junho de 2013, foi configurado como a brecha nacional de uma onda global de rebeliões multidões dentro da grande fábrica pós-moderna: a cidade. É dentro das cidades e da subjetividade que os levantes têm vindo a desenvolver-se no capitalismo pós-fordista, o que nos permite dizer que tanto junho como o marco político imposto pelo estelionato eleitoral em 2014 (bem como o impeachment de 2016), precisam serem analisados na perspectiva desse deslocamento de paradigma. A revolta de Junho  incomoda porque não se enquadra em nenhum esquema teórico ou político predefinido e porque é irrepresentável. A frase da manifestante entrevistada no calor dos eventos é sintomática: “escreve lá, eu sou ninguém”. Ela parece resgatar a astúcia de Ulysses, menos pela sua dimensão homérica, como uma certa interpretação agambeniana poderia levar a acreditar, e mais por ser capaz de organizar a disputa dentro da subjetividade. Por isso, mobilizamos Simone Weil e Hannah Arendt e suas críticas ao humanismo e a incapacidade dos países dos direitos humanos de ganhar essa batalha. As sombras de junho são insuportáveis porque afirmaram a potência biopolítica do trabalho metropolitano. As máscaras de junho eram possíveis porque se baseavam na “emergência selvagem da classe sem nome”. O que buscamos neste artigo é esse poder vivo que pode inventar as instituições do comum metropolitano.


2021 ◽  
Vol 66 (1) ◽  
pp. e39847
Author(s):  
Juliana Missaggia ◽  
Paola Ramos Ávila
Keyword(s):  

O objetivo deste artigo é realizar uma análise comparativa da forma como Edith Stein e Simone Weil desenvolvem o conceito de “corpo”, sobretudo em escritos de juventude. Para isso, partimos de uma análise de como cada uma das filósofas entende a corporeidade, indicando, a seguir, as semelhanças e diferenças. Embora encontremos diversos estudos apontando a afinidade entre as autoras, tais trabalhos costumam investigar as semelhanças biográficas, ou o envolvimento de ambas com a vivência mística. Seguindo, no entanto, um caminho pouco explorado, procuramos analisar as convergências e divergências, no que diz respeito, especificamente, à noção de corpo, demonstrando, através deste estudo, como tanto Stein como Weil apresentam considerações originais em torno do tema, assunto, também, pouco investigado nas pesquisas sobre a fenomenologia da corporeidade.


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