O presente artigo analisa as possibilidades de construção do saber histórico por meio das histórias em quadrinhos, especificamente O diário de Anne Frank em Quadrinhos, adaptado por Mirella Spinelli (FRANK, 2017). Com base no aporte teórico produzido a partir das noções de consciência histórica, de Jörn Rüsen (2011), e de literacia e empatia histórica, de Peter Lee (2016, 2003), a pesquisa explora a adaptação literária, construindo uma proposta de ensino com o objetivo de favorecer a elaboração do conhecimento histórico pelos estudantes; além disso, mobiliza o aparato teórico-metodológico de Marc Bloch (2001) e Jörn Rüsen (2011). A análise da graphic novel como recurso didático evidenciou: a) a importância dos usos de diferentes fontes históricas em sala de aula; e b) as múltiplas possibilidades de percursos de aprendizagem dos estudantes, por meio de uma nova maneira de compreender e pensar a História, de modo específico, por meio das histórias em quadrinhos.