Técnicas fisioterapêuticas para o manejo de tendinopatia patelar

Tendinopatia patelar é uma afecção relacionada com a sobrecarga do aparelho extensor do joelho. Essa lesão acomete o tendão patelar, causando dor à palpação e déficit funcional. O segmento mais acometido é a porção profunda e posterior do tendão patelar, adjacente ao pólo inferior da patela. Também é conhecida pelo nome de jumper's knee ou “joelho do saltador”, por ser comum em atletas que praticam esporte de salto, podendo ser dividida em 4 graus de dor. A fisioterapia promove a melhora no quadro de dor, equilíbrio da musculatura, ganho de amplitude de movimento, possuindo um papel fundamental na recuperação da funcionalidade através de métodos terapêuticos, sendo realizada em conjunto com o uso de analgésicos e dispositivos de apoio. Os métodos de tratamento mais utilizados são a cinesioterapia, eletroterapia, alongamento, a bandagem patelar, além da crioterapia. O objetivo desse trabalho é discutir as técnicas fisioterapêuticas para o manejo de tendinopatia patelar. Metodologia: o artigo é uma revisão narrativa de literatura. Para a realização deste artigo foram realizadas filtragens nas plataformas da Google Scholar, Scielo e PubMed, os artigos selecionados foram todos relacionados ao tema proposto desde da parte etiologia da tendinopatia, passando pelas técnicas utilizadas no tratamento fisioterapêutico. Conclusão: As técnicas que mostraram maiores benefícios na fase aguda foram a cinesioterapia, principalmente pela execução dos exercícios excêntricos assim como as técnicas de alongamento que ajudar na flexibilidade do paciente e melhora da função motora, essa técnica além desses benefícios, também pode atuar na prevenção do desenvolvimento da tendinopatia. Nas fases crônicas da doença, a técnica que mostrou uma melhora no tratamento foi eletroterapia, já que ajuda na cicatrização e aumenta a força tênsil do tendão, para o controle da dor a técnica que mais se sobressaiu foi a crioterapia, uma vez que auxilia no alívio das dores localizadas mesmo ainda não havendo um consenso de sua aplicação adequada.

Relationship of Patellofemoral Angles and Tibiofemoral Rotational Angles With Jumper’s Knee in Professional Dancers: An MRI Analysis

Background: Jumper’s knee is a type of tendinopathy affecting the distal insertion of the quadriceps tendon (25% of cases) or the patellar tendon. It has been shown that frontal-plane measurements, such as genu valgum, genu varum, an increased quadriceps angle, a protuberant tibial tuberosity, patella alta, and short hamstring muscles, may be related to jumper’s knee. Purpose: To investigate the effects of tibiofemoral rotational angles and patellofemoral (PF) angles on the development of jumper’s knee in professional folk dancers. Study Design: Case-control study; Level of evidence, 3. Methods: We examined 26 dancers (16 male, 10 female) with knee pain using magnetic resonance imaging (MRI), for a total of 32 knees. Of the knees, 21 with quadriceps tendinopathy (QT) and 7 with patellar tendinopathy (PT) were detected. Using MRI scans, we measured PF angles (PF sulcus angle, lateral PF angle, patellar tilt angle, lateral trochlear inclination angle, lateral patellar tilt angle, and PF congruence angle) and tibiofemoral rotational angles (condylar twist angle, posterior condylar angle, femoral Insall angle, tibial Insall angle, posterior tibiofemoral angle, and angle between the Whiteside line and posterior femoral condylar line) and noted specifics such as patella alta, patella baja, and the Wiberg classification of the patellar shape between the patients with versus without QT and between patients with versus without PT to understand if there was any relationship with tendinopathy. Results: No statistically significant difference was observed in age, sex, patella alta, or the Wiberg classification between the QT groups (with vs without) and between the PT groups (with vs without) ( P > .05). Having QT was found to be significantly associated with the PF sulcus angle ( P = .009), and having PT was found to be significantly associated with the femoral Insall angle ( P = .029). Conclusion: Jumper’s knee was found to be associated with anatomic variations of the PF sulcus angle and rotation of the patellar tendon in relation to the femur (femoral Insall angle) on axial MRI scans in professional dancers. Unlike those of other athletes, dancers’ knees are exposed more to external rotation forces because of turnout, and this can be the cause of jumper’s knee.

EXERCÍCIOS TERAPÊUTICOS EM PRATICANTES DE ATIVIDADES FÍSICAS COM TENDINOPATIA PATELAR: REVISÃO DE LITERATURA

A tendinopatia patelar (TP), conhecida também como jumper’s knee (joelho de saltador), é uma das afecções mais frequentes do joelho em atletas que realizam regularmente alguma atividade esportiva. Avaliar, a partir de uma revisão de literatura, práticas terapêuticas de cinesioterapia para o tratamento da tendinopatia patelar em atletas que fazem regularmente exercícios esportivos. Trata-se de uma revisão de literatura que visou identificar, selecionar e avaliar criticamente as evidências científicas na intervenção dos exercícios terapêuticos em praticantes de atividades físicas com TP. Para a busca dos estudos, foram utilizadas as seguintes bases de dados: Lilacs, Medline, Scielo, PubMed e PEDro. Foram incluídos estudos originais do tipo ensaios clínicos, relacionados as práticas terapêuticas na TP, indexados nas bases de dados selecionadas previamente, escritos nas línguas portuguesa, inglesa e espanhola no período de 2010 a 2020, com resumos disponíveis e acesso na íntegra por meio online e gratuito. Foram selecionados treze estudos para análise, dos quais mostraram as práticas terapêuticas utilizadas para o tratamento da TP. Como instrumentos para coletas de dados junto ao público alvo, observou-se predominantemente o uso do questionário Visa-P associado ou não à EVA. Desses estudos, seis aplicaram apenas o Visa-P; sete aplicaram o Visa-P associado a EVA. Quanto ao público alvo, em sua maioria foram atletas de ambos os sexos. Observou-se que a fisioterapia é eficaz no tratamento da dor e da função em pacientes com TP, sendo que os exercícios excêntricos e exercícios excêntricos juntos com agachamento com declínio foram os que apresentaram melhores resultados em atletas, mostrando-se superior as outras intervenções fisioterapêuticas associados a exercícios excêntricos, tais como terapias de ondas de choque extracorpórea, injeções guiadas por imagem de alto volume, injeções de plasma rico em plaquetas, e adesivo trinitrato de gliceril.

The Jumper’s Knee – a New Look at Non-surgical Treatment. Pilot Study

Background. There are many opinions and views regarding the methods of treatment of patellar ligament enthesopathy. No gold standard of treatment exists. This paper presents our approach involving conservative treatment and an appropriate rehabilitation regime. Our aim was to assess the effectiveness of a combination of various conservative treatment techniques and the time needed to return to sport. Material and methods. The study enrolled 14 patients treated in 2019 and 2020. Knee joint evaluation was based on clinical and radiological examination (sonography and MR). All patients were treated conservatively according to a specially prepared treatment protocol. Patients were evaluated at two-week intervals until the symptoms subsided completely. The KOOS, Kujala and SF36 questionnaires were used to evaluate the results. Results. All of the patients returned to painless physical activity within 3-4 weeks from the start of treatment. In the group of professional athletes, 100% returned to sport. The return to sport took slightly longer for pa­tients with bilateral (5-6 weeks) in comparison to unilateral jumper’s knee (3-4 weeks). The longest period of return to sport, in a patient who had severe pain at rest before starting treatment, was 7 weeks. Statistically significant improvement was noted in all of the questionnaires used and in all subdomains at 6 months after the beginning of the treatment. Conclusions. 1. The conservative approach proposed by us generated promising results in the treatment of the jumper’s knee. 2. A 100% rate of return to sport was recorded among our patients.

Ultrasound-guided Dry Needling in Jumper’s Knee: A Case Report

Background Jumper’s knee is a highly prevalent tendon condition in volleyball players population. Research on clinical effects of tendon dry needling in jumper’s knee is scarce. Therefore, the aim of this study was to present clinical effects of ultrasound-guided dry needling of quadricipital tendon in a patient with jumper’s knee. Methods A 23-years-old volleyball player, who experienced pain in quadricipital tendon for 5 months, was presented and treated by ultrasound-guided dry needling of quadricipital tendon with one session. Slightly limited knee flexion range of motion, high scores in Visual Analogue Scale (VAS) at rest and during Single-Leg decline Squat test (SLDS) related to high pain intensity, low scores in Victorian Institute of Sport Assessment (VISA-P) scale and Lower Extremity Functional Scale (LEFS) were found. Further examination revealed sensitization of the quadricipital tendon (low pressure pain threshold). Results We found important improvements in VISA-P, LEFS and VAS. Besides, pressure pain threshold and knee flexion during SLDS also showed improvements. Results which were obtained were better in all the variables studied and these recoveries were stable for 6 months. Conclusions Our findings showed improvements in pain and function in medium term and could provide preliminary evidence of beneficial effects of quadricipital tendon dry needling in patients with jumper’s knee. Future studies are needed to clarify our results and compare dry needling with conservative treatments.