O ânimo das massas e a psicologia do sujeito mutilado

Leon Trotsky e Theodor Adorno desenvolveram interpretações a respeito do fascismo que apresentam tanto divergências como pontos de contato. Enquanto o primeiro priorizava a dimensão política do fenômeno, o segundo se debruçou sobre o fascismo naquilo que ele mobilizava de sofrimento psíquico nas massas. O presente artigo busca comparar essas duas posições, principalmente no tocante ao status que a dimensão subjetiva e a questão da irracionalidade ocupa na obra dos autores.

“MARCHAR SEPARADAMENTE, LUTAR JUNTOS”: Trotsky e o enfrentamento ao fascismo

A presente resenha tem a pretensão de apresentar um quadro panorâmico das ideias defendidas por Leon Trotsky, contidas no livro Como esmagar o fascismo — organizado pelo historiador Henrique Carneiro, que também escreve a introdução da obra — acerca da ascensão e consolidação do regime nazifascista na Alemanha, assim como suas implicações para o cenário político internacional, notadamente no que tange à questão das organizações classistas do operariado. A coletânea reúne textos escritos entre 1930 e 1933, trazendo o debate, familiar ao tempo presente, da frente única contra o fascismo como ferramenta política/organizacional para a superação da crise representada pela extrema-direita no poder.

Apresentando o WReC: uma entrevista com Neil Lazarus, Sharae Deckard e Michael Niblett

Esta entrevista aborda a teoria da literatura-mundial do Warwick Research Collective (WReC), que se define como ‘a literatura do sistema-mundo capitalista’, por meio duma discussão com três membros do grupo: Neil Lazarus, Sharae Deckard e Michael Niblett. Ao longo da entrevista, abrangemos a conjuntura disciplinar que deu origem à debate crescente da literatura mundial e que estimulou o grupo a juntar-se e a formular a sua teoria; os quadros conceptuais principais que informam as suas leituras, como a análise do sistema-mundo e ‘a lei do desenvolvimento desigual e combinado’ de Leon Trotsky; a sua engajamento com os teóricos brasileiros Roberto Schwarz e Michael Löwy; e o papel da tradução na sua concepção materialista da produção literária global. O trabalho do WReC é uma das mais sofisticadas tentativas de levar por diante a tradição marxista na crítica literária para enfrentar os contornos socioculturais cambiantes do mundo contemporâneo. Esta entrevista procura clarificar as proposições centrais do coletivo assim como problematizar algumas áreas de contenção.

Two Tolstoys and a Lenin—Temperance and Prohibition in Russia

Part I of the book—covering Europe’s continental empires—begins with Chapter 2 on the Russian Empire. The state’s overreliance on revenues from the imperial vodka monopoly is laid bare beginning with the temperance revolts of the 1850s, when the empire was almost bankrupted when peasants refused to drink. The understanding of temperance as opposition to imperial autocracy is traced through the antistatist teachings of Leo Tolstoy and early Bolsheviks, including the prohibitionists Vladimir Lenin and Leon Trotsky. Despite official opposition to “subversive” temperance activism, at the outbreak of World War I in 1914 Tsar Nicholas II made Russia the first prohibitionist state, though the loss of state revenue paved the way for the revolutions of 1917. Lenin maintained a prohibition against the vodka trade, which was only undone after Lenin’s death by Joseph Stalin, who reintroduced the tsarist-era vodka monopoly in the interests of state finance.

Los trotskistas bajo el terror nazi. Una historia de la IV Internacional durante la Segunda Guerra Mundial

El estudio de los orígenes y primeros años de la IV Internacional adquiere una especial relevancia al considerarlos como parte del proceso de construcción y de crítica de las herramientas organizativas y políticas de la clase trabajadora que continúa hasta la actualidad. Desde sus orígenes, la IV Internacional estuvo marcada por las disputas políticas en el seno de la Internacional Comunista, por los primeros posicionamientos como Oposición de Izquierda, por la persecución de los simpatizantes trotskistas y por el asesinato de León Trotsky. Así, este libro se apoya en la necesidad y en la importancia de investigar la historia de las Internacionales Socialistas en clave de una historia internacional del socialismo, en la medida en que las expresiones locales y regionales de dicha corriente pueden comprenderse de manera integral a través de análisis comparativos y transnacionales. Los trotskistas bajo el terror nazi. Una historia de la IV Internacional durante la Segunda Guerra Mundial, desarrolla un análisis histórico de la perspectiva política llevada a cabo por la IV Internacional en Europa durante la Segunda Guerra Mundial mediante el estudio comparativo de las secciones francesa, norteamericana, belga y británica. Tomando como uno de los ejes centrales el resurgimiento de la discusión sobre la cuestión nacional en Europa, se observa cómo la crisis de la IV Internacional no comenzó con el debate sobre el entrismo en 1953 sino diez años antes, debido a las dificultades de la organización para adaptarse al nuevo escenario europeo inaugurado a mediados de 1943 con la deposición de Benito Mussolini y el comienzo de la “contrarrevolución democrático-burguesa” a partir de la intervención de Estados Unidos durante los últimos años del conflicto bélico.

Conclusion

This concluding chapter summarizes the meaning of Jewishness in Rahv’s life and work. It traces his religious attitudes back to the familial conflicts of his youth as well as to his reading of Marx. It also looks at writers whose works on Jewish issues Rahv chose to publish in Partisan Review—Jean Paul Sartre, Sidney Hook, Isaac Deutscher, and Leon Trotsky. It argues that their viewpoints approximate and illuminate what his was likely to have been regarding such issues as anti-Semitism, assimilation, Zionism, and definitions of the term Jew. It compares Rahv to current-day immigrants. It closes with conclusions regarding his inner struggles, his achievements, and his relations with women—Ethel, Mary McCarthy, and myself.

The prolegomena of Trotskyism in Argentina: the emergence of left oppositionism with-in the communist camp

In Argentina, towards the end of the 1920s and in the first years of the following, outbreaks of a left oppositionism emerged in the communist camp, not only in the ranks of the "official" Communist Party, but also within its different dissent. These sectors, which identified with the International Left Opposition, led by the Russian revolutionary Leon Trotsky, formed a particular stage of transition, before recognizing themselves in the assumed identity of Trotskyism, after 1933. What were the propaganda axes? of this Argentine oppositionism? What trajectories and profiles did your paintings express? How were the links with the outside and what comparison can be drawn with other countries? Why did fragmentation and the difficulty to consolidate itself as a movement continue after its precocious appearance and how did the characteristics of the communist camp affect itself? These and other questions are explored in this article