O Brasil destaca-se na produção de minério de ferro, o que demanda grandes quantidades de insumos energéticos nas etapas produtivas. Neste sentido, as principais fontes de energia na mineração são: a eletricidade, óleo diesel, explosivos e gás natural ou óleo pesado (pelotização), que demandam altos níveis de energia. Na última década observou-se uma tendência de diminuição do teor de ferro nas reservas minerais, o que se faz necessário, cada vez mais a busca de formas mais eficientes de processos e menor consumo energético na cadeia produtiva, com intuito de reduzir os custos operacionais e emissão de gás carbônico na atmosfera. Assim, este trabalho teve como objetivo avaliar o comportamento na última década do consumo energético global na produção de minério de ferro num complexo mineiro formados por várias minas e usinas, situados no Quadrilátero Ferrífero, Estado de Minas Gerais, Brasil. Para tal, utilizou-se a pesquisa documental com abordagem quantitativa não-probabilística baseado nos dados disponíveis nos Relatórios Anuais de Lavra e, posteriormente, avaliou-se as medidas de melhorias em termos de eficiência energética, de acordo com a literatura existente. Os resultados mostraram que as características e teores do minério, o planejamento adequado da lavra, a relação estéril/minério, a complexidade dos processos da usina e alternativas de transporte, podem ser determinantes no consumo de energia. Em geral, conclui-se que deve sempre buscar uma integração com gestão e eficiência energéticas nas diferenças etapas produtivas, de forma a obter otimização operacional, economia de recursos e ganhos socioambientais.