Revista Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental
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Published By Sociedade Portuguesa De Psiquiatria E Saude Mental

2184-5417

Author(s):  
Ana Filipa Moreira ◽  
Joana Costa ◽  
Tiago Flores ◽  
Cecília Castro

Introdução: A doença por COVID‐19 foi declarada como pandemia desde março de 2020. Estudos realizados em contextos pandémicos anteriores, demonstram um impacto negativo na saúde mental. No contexto da infeção por SARS‐CoV‐2, existem dados que sugerem que a infeção por si só poderá constituir um fator predisponente para o surgimento ou agravamento de patologia psiquiátrica. Material e Métodos: Estudámos os utentes de uma unidade de saúde familiar do Norte de Portugal com diagnóstico de infeção por SARS‐CoV‐2 entre março e outubro de 2020, com pelo menos um mês de seguimento após cura, assim como uma amostra aleatorizada de controlos (proporção 1:1), num total de 218 indivíduos. Resultados: Não encontrámos diferenças significativas no surgimento/agravamento da doença mental face à presença de infeção por SARS‐CoV‐2. Neste grupo, o número de dias de isolamento e o local de tratamento não se associaram ao surgimento/agravamento da patologia mental. Na amostra total, a prática de exercício físico associou‐se a uma menor probabilidade de surgimento/agravamento da patologia mental (p=0,039) e a presença de antecedentes de doença mental a uma maior probabilidade de surgimento/agravamento desta (p=0,001). Discussão: Apesar da COVID‐19 não se ter associado ao surgimento ou agravamento da patologia mental, fatores como a prática de exercício físico e antecedentes de doença mental mostraram ter impacto sobre esta variável em contexto de pandemia. Conclusão: neste estudo, a infeção por SARS‐CoV‐2 não parece ter sido, por si, um fator determinante no surgimento ou agravamento da patologia mental, existindo outros fatores que poderão ter sido mais decisivos, nomeadamente a existência de antecedentes da doença mental e a prática de exercício físico, que pode ter atuado como fator protetor.


2021 ◽  
Vol 7 (4) ◽  
pp. 143-146
Author(s):  
Maria Teresa Valadas ◽  
Ana Pedro Costa ◽  
Lucilia Bravo

A dissociative fugue occurs when an individual with dissociative amnesia wanders away from their familiar surroundings, maintaining self‑care and apparently normal behavior to observers, lasting from hours to months in a row. New identities can be assumed and even organized travel can occur. While dissociative amnesia by itself may have a prevalence of around 7.2%, dissociative fugue is a rare entity, with unknown prevalence, and there are few reports in the literature. In this article, we describe a case of dissociative fugue in a 34‑year old woman that lasted eight months. Dissociative amnesia with fugue remains an interesting topic for further research since it can present a diagnostic challenge, there are currently no evidence‑based pharmacological treatments and prognosis varies greatly between patients.


2021 ◽  
Vol 7 (4) ◽  
pp. 136-139
Author(s):  
Violeta Nogueira ◽  
Mariana Mendes Melo ◽  
Ricardo Gasparinho ◽  
Inês Pereira ◽  
Joana Teixeira

.


2021 ◽  
Vol 7 (4) ◽  
pp. 133-135
Author(s):  
Ana Margarida Fraga ◽  
Nuno Moura ◽  
Ana Quintão ◽  
Catarina Santos ◽  
Pedro Cintra ◽  
...  

.


2021 ◽  
Vol 7 (4) ◽  
pp. 140-142
Author(s):  
Rodrigo Valido ◽  
Filipa Caldas ◽  
Gustavo Santos

.


Author(s):  
Mariana Silva ◽  
Sandra Nascimento ◽  
Tiago Pereira ◽  
Beatriz Lourenço ◽  
Miguel Nascimento ◽  
...  

Introduction: Mental illness stigma studies demonstrate the presence of stigmatizing attitudes towards people with mental illness both by the public and health professionals. This study aimed to analyze the attitudes of professionals working at a Portuguese psychiatric hospital towards people with mental illness. Material and Methods: A cross‑sectional observational study was conducted to examine the attitudes of professionals through application of Mental Illness Clinician Attitude Scale (MICA) and collection of sociodemographic data. Results: Scores of MICA questionnaire were significantly lower than the cut‑off point for negative attitude in general and across professional categories suggesting that overall professionals seem to manifest a positive attitude towards people with mental illness. There was a trend of decrease in MICA scores throughout increasing years of professional experience although not statistically significant. Conclusion: Our results do not contradict the need to continue fighting stigma, but instead to better evaluate how these attitudes translate into practice, by including behavioral outcomes in future research.


2021 ◽  
Vol 7 (3) ◽  
pp. 92-93
Author(s):  
João Gama Marques ◽  
António Bento

.


2021 ◽  
Vol 7 (3) ◽  
pp. 94-100
Author(s):  
Ana Margarida Fraga ◽  
Bárbara Mesquita ◽  
João Facucho-Oliveira ◽  
Margarida Albuquerque ◽  
Miguel Costa ◽  
...  
Keyword(s):  

Desde que foi declarada pandemia em março de 2020 pela Organização Mundial de Saúde, a COVID‑19 tem sido responsável por um impacto disruptivo na saúde, economia e relacionamentos interpessoais, com impacto negativo ao nível da saúde mental, com repercussão nos hábitos alimentares na população. Foi realizada pesquisa bibliográfica, através da base de dados PubMed, que pretendeu estudar implicações da COVID‑19 na saúde mental e hábitos alimentares dos indivíduos. A associação entre o aumento dos sintomas psicopatológicos e as pandemias tem sido estabelecida ao longo da história da humanidade. Estudos realizados durante a pandemia COVID‑19, em indivíduos que tinham sido infetados por SARS‑CoV‑2 e/ou em quarentena, encontraram um aumento significativo, da prevalência de sintomas psicopatológicos como a ansiedade, tristeza ou medo. A duração da quarentena, problemas socioeconómicos, informações falsas e/ou inadequadas e o neurotropismo do vírus, são alguns dos fatores de risco apontados como responsáveis pelo surgimento destes sintomas. Da mesma maneira, a comunidade científica têm também encontrado uma relação entre o período de quarentena e dos sintomas angodepressivos com o aumento do consumo de alimentos conforto, de elevada densidade energética e pobre em nutrientes. Este facto, não só aumenta o risco de desenvolvimento de doenças crónicas não transmissíveis, como a obesidade e a diabetes mellitus tipo 2, como também parece influenciar o eixo hipotálamo‑hipófise‑suprarrenal, com comprometimento do sistema imunitário e aumento das doenças mentais como a depressão. A resposta imunitária é, em última instância, a única maneira que temos para ultrapassar esta pandemia. O SARS‑CoV‑2, tem tido um importante impacto negativo quer na saúde mental da população quer nas suas escolhas alimentares o que, condiciona a nossa resposta imunitária. Deste modo, para além das medidas de prevenção da contaminação, também a promoção de um estilo de vida saudável, parecem ser as melhores estratégias contra a COVID‑19, com vista a aumentar a nossa “psiconeuroimunidade” para melhor ultrapassarmos esta pandemia.


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